Radar: Vale (VALE3) pode virar parceira da Tesla (TSLA34), o novo serviço do Nubank (NUBR33), Raia Drogasil (RADL3) vai pagar R$ 66 mi em JCP
A agência de notícias Bloomberg revelou que a Tesla (TSLA34) e Vale (VALE3) fecharam um contrato para que a mineradora brasileira seja a nova fornecedora de níquel da empresa de Elon Musk. A agência indica ainda que o acerto é para uma parceria que deve durar alguns anos.
Até o momento, nem Vale nem Tesla se manifestaram sobre a notícia, mas fontes ouvidas pela Bloomberg relataram que o contrato foi a forma que a Tesla encontrou de contornar a escassez mundial de níquel, uma matéria-prima importante para as baterias dos carros da montadora.
Com isso, a empresa de Elon Musk estaria interessada em um item específico da mineradora brasileira Vale: o níquel que vem do Canadá.
Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, que resultou em sanções contra o país de Vladimir Putin, o preço do níquel disparou mais de 70%, renovando máximas históricas, aos US$ 86,7 mil a tonelada, visto que a Rússia produz 17% do níquel mundial.
E não só. Os preços de outros metais usados na fabricação de carros também dispararam, como o alumínio, paládio e lítio.
Procurada pela reportagem da Bloomberg, a Vale disse que vende 5% de sua produção de níquel no mercado de veículos elétricos e planeja aumentar esse percentual para a faixa entre 30% e 40%.
“Como líder mundial na produção e fornecimento de níquel classe 1, estamos em conversas com partes interessadas em todos os pontos da cadeia de fornecimento de veículos elétricos, incluindo grandes fabricantes de automóveis, produtores de cátodos e de baterias para explorar possibilidade de parcerias”, afirma a mineradora, em nota.
Além disso, Musk, que é diretor-presidente da Tesla, já falou sobre seu objetivo de verticalizar a cadeia logística da Tesla e ter controle sobre todos os aspectos de produção da montadora. Atualmente, a empresa opera em conjunto com a Panasonic para a fabricação de baterias para seus carros elétricos.
Neste ano, a Tesla definiu a meta de aumentar sua produção de veículos elétricos em 50%, e para isso precisa de mais níquel.
Com o arrefecimento da pandemia ao redor do mundo, a montadora quer correr atrás do tempo perdido, ainda que a a produção de vários componentes vitais para a indústria automotiva ainda não tenha se recuperado, caso dos chips e metais para baterias.
Além da Vale, confira outros destaques desta quarta-feira:
Nubank (NUBR33) lança novo serviço de pagamentos online
- O Nubank (NUBR33) acaba de lançar o NuPay, solução de pagamento online que deve facilitar e potencializar compras de e-commerce feitas pelo aplicativo do banco.
- Pelo NuPay, o pagamento pode ser feito via débito em conta ou parcelamento sem juros e oferecerá limites adicionais aos já disponíveis no cartão de crédito do Nubank.
- O novo serviço deve incrementar o dinamismo e o poder de compra dos consumidores, e beneficiar os lojistas de um modo geral, segundo o Nubank.
- Há maior atratividade para recorrência no uso, já que o serviço deve se assemelhar ao Apple Pay e ao Google Pay, por exemplo – ferramentar de pagamento instantâneo e por aproximação com o celular.
- “O e-commerce é o setor que cresce mais rapidamente no país hoje e, ainda assim, a experiência de compra online no Brasil é complexa, ineficiente e cara para compradores e vendedores”, disse Livia Chanes, vice-presidente de produto do Nubank, ao Valor Econômico.
- “As taxas de abandono de checkout chegam a quase 50% por conta da quantidade de etapas que os consumidores precisam passar e do receio de compartilhar seus dados de cartão. O Brasil representa mais de 45% dos casos de fraude no mundo e um em cada seis brasileiros já teve o cartão clonado”, segue.
- Os lojistas poderão simplificar os processos operacionais com a adesão ao serviço, e o Nubank também oferece liquidação da transação já no dia seguinte.
- Outro ponto de atratividade deve ser a redução de custos, já que intermediários de pagamento tendem a encarecer o serviço e cobrar taxas.
- Segundo o banco digital, atualmente o NuPay está disponível nos checkouts de parceiros selecionados como Consul, Positivo (POSI3), Baw Clothing, Madesa Móveis e na Lojinha do Nubank.
- A partir de agora, o foco é expandir a oferta para grandes varejistas nos próximos meses. A solução pode ser integrada diretamente nas plataformas de e-commerce parceiras ou via API e outros sistemas de varejo.
- Nos últimos meses a fintech já havia sinalizado interesse em incrementar a sua presença em meios de pagamentos digitais com a aquisição da Spin Pay, plataforma de pagamentos instantâneos que oferece pagamentos por Pix e suporte ao varejo eletrônico.
- A ferramenta agora se chama NuPay for Business, e será responsável por auxiliar na integração da infraestrutura do NuPay com as grandes plataformas de e-commerce.
CBA (CBAV3): Votorantim avalia oferta pública secundária de R$ 750 mi
- A Companhia Brasileira de Alumínio, CBA (CBAV3), informou nesta quarta-feira, 30, que seu acionista controlador, a Votorantim, avalia a possibilidade de realizar uma oferta pública de distribuição secundária (pelo próprio controlador) de ações ordinárias, ou seja, as com direito a voto no conselho de acionistas.
- As ações da CBA serão oferecidas no Brasil com esforços restritos de colocação, o que significa estar disponível apenas a investidores qualificados: aqueles com mais de R$ 1 milhão investidos em ações.
- Aqui esse modelo é conhecido também pela instrução normativa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que a define, ou “oferta 476“.
- Ao todo, a CBA planeja captar cerca de R$ 750 milhões, e não considera eventuais lotes adicionais ou suplementares.
- Em fato relevante enviado à CVM, a CBA afirma que a potencial oferta reforça iniciativas para aumento de liquidez das ações de emissão da companhia no mercado, consequentemente atingindo o requerimento mínimo de free float previsto no regulamento do Novo Mercado da B3, além de estar inserida no contexto da estratégia de diversificação de portfólio da Votorantim.
- Foram engajados o Banco BTG Pactual S.A., Bank of America Merrill Lynch, Banco Bradesco BBI, UBS Brasil (UBS BB), Citigroup, e Banco Itaú BBA, e determinadas afiliadas internacionais dessas instituições, para a prestação de serviços no âmbito da Potencial Oferta, incluindo trabalhos preparatórios para a definição da viabilidade e dos termos da potencial oferta.
- A CBA observa que a efetiva realização da Potencial Oferta, assim como qualquer operação deste tipo, está sujeita, entre outros fatores, às condições do mercado de capitais brasileiro e internacional, à obtenção das aprovações necessárias, incluindo as respectivas aprovações societárias aplicáveis, às condições políticas e macroeconômica favoráveis, ao interesse de investidores, dentre outros fatores alheios à vontade da companhia.
- “Caso efetivada, a Potencial Oferta contará com restrição à negociação de valores mobiliários de emissão da companhia e detidos pela Votorantim (lock-up) de 180 dias”, informou a CBA.
Enauta (ENAT3) recebe proposta e estuda vender metade do Campo de Atlanta
- A Enauta (ENAT3), antiga Queiroz Galvão, informou nesta quarta-feira (30) que estuda a venda de metade do Campo de Atlanta, no litoral fluminense.
- Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Enauta afirmou que recebeu uma proposta da Karoon Energy por 50% da participação no conjunto de poços de exploração. Ambas as companhias assinaram acordo que garante exclusividade na negociação até maio de 2022.
- Desde abril do ano passado, a Enauta busca novos parceiros para o desenvolvimento e exploração do Campo de Atlanta. A empresa é dona de 100% dos direitos de exploração de petróleo na região.
- A produção no Campo de Atlanta chegou a ser interrompida em setembro do último ano por causa de falhas no sistema de bombas submarinas.
- Após novas perfurações, reparo dos sistemas e compra de uma embarcação – unidade flutuante de armazenamento e transferência (ou FPSO, na sigla em inglês) -, a produção do campo foi retomada integralmente em janeiro deste ano.
- Em nota, o presidente da Enauta, Décio Oddone, afirmou que “a aquisição do FPSO é mais um passo importante para a concretização do Sistema Definitivo de Atlanta”
- “Se tivermos sucesso na sanção do projeto, a produção de Atlanta chegará à casa dos 50 mil barris de óleo por dia a partir de 2024, gerando expressivo valor para os nossos acionistas”, adicionou.
- Segundo o diretor-presidente da Enauta, Lincoln Guardado: “Estamos muito satisfeitos com a entrega da produção dos três poços próxima à capacidade máxima de processamento do FPSO. Isso demonstra o nosso comprometimento com as metas operacionais e a crença na capacidade operacional do Campo de Atlanta, o que nos dá confiança para avançar para o Sistema Definitivo” .
- De acordo com a empresa, o Campo de Atlanta tem 103,1 milhões de barris de petróleo em reservas confirmadas e prováveis. Até o fim de 2020, a empresa havia extraído cerca de 16,13 milhões de barris. O volume de óleo total, entretanto, chega a 1,29 bilhão de barris.
- Em nota, a Enauta destacou que, “após implantação de soluções tecnológicas inovadoras para viabilizar a produção e perfuração dos três poços [no Campo de Atlanta], o consórcio atingiu o marco de 30.462 barris de óleo por dia, uma conquista relevante em meio ao histórico desafiador do Campo”.
Subsidiária da Eletrobras (ELET3), Eletropar (LIPR3) propõe pagar R$ 20,7 milhões em dividendos
- A Eletropar (LIPR3), subsidiária da Eletrobras (ELET3), anunciou nesta quarta-feira (30) que propôs ao Conselho de Administração o pagamento de R$ 20,7 milhões em dividendos aos seus acionistas.
- O valor seria dividido entre dividendos obrigatórios, no equivalente a R$ 2.421.695,72, e dividendos adicionais de R$ 18.337.059,64.
- De acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor dos proventos obrigatórios por ação será de R$ 0,20584, e os adicionais, de R$ 1,55868. Ainda não há data de pagamento, pois a proposta dos rendimentos deve ser aprovada em Assembleia Geral Ordinária no dia 29 de abril de 2022.
- Apenas os investidores com ações da Eletropar ao final do pregão em dia 22 de abril terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 25 de abril, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Os proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2021.
- Valor total: R$ 20.758.755,36
- Valor por ação: R$ 1,76452
- Data de corte: 25 de abril
- Data do pagamento: a ser anunciada.
Raia Drogasil (RADL3) vai pagar R$ 66 milhões em JCP
- A Raia Drogasil (RADL3) vai pagar R$ 66 milhões aos seus acionistas na forma de Juros Sobre Capital Próprio (JCP), informa comunicado divulgado nesta quarta-feira (30).
- Os proventos da Raia Drogasil serão distribuídos em parcela única, até o dia 1º de dezembro de 2022, “em data a ser oportunamente fixada pela administração da companhia”, indica o documento.
- O valor por ação bruto do JCP a ser pago pela Raia Drogasil será de R$ 0,0400, e não sofrerá nenhuma atualização monetária até a data de pagamento, avisa a empresa.
- Esse valor não contabiliza a incidência do Imposto de Renda, que para a pessoa física é de 15% a alíquota, descontada na fonte.
- Apenas os investidores com posição comprada nas ações da Raia Drogasil ao final do pregão do dia 04 de abril de 2022, terão direito a receber os JCPs.
- Os papéis passam a ser negociados “ex-juros“, ou seja, sem direito aos juros sobre capital próprio, a partir de 5 de abril de 2022.
- Proventos totais: R$ 66 milhões
- Valor bruto por ação: R$ 0,0400
- Data de corte: 04 de abril de 2022
- Data do pagamento: até o dia 1º de dezembro de 2022
- Dividend Yield: 0,81%
CVM investiga fundos de Nelson Tanure por insider trading na compra da Alliar (AALR3), diz site
- A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai investigar uma denúncia feita pela gestora Esh Capital, que aponta o uso de informações privilegiadas (insider trading) pelos fundos ligados ao empresário Nelson Tanure na aquisição do controle da Alliar (AALR3).
- Segundo o portal Pipeline, a CVM considerou que a reclamação da Esh “parece se configurar legítima” e merece uma apuração mais detalhada por parte da autarquia.
- O insider trading teria acontecido no fim do ano passado, de acordo com o Pipeline, quando Nelson Tanure negociava a compra de ações do bloco de controle da Alliar. Na época, saiu na mídia que os papéis seriam adquiridos pelo preço de R$ 20,50.
- Porém, a cotação estava muito abaixo desse valor, em torno de R$ 13,00, e as ações dispararam na Bolsa, visto que os acionistas minoritários esperavam uma oferta pública de aquisição (OPA), por se tratar do controle da Alliar, e correram para “corrigir” o valor da ação.
- “Enquanto os minoritários compravam, esperando a OPA, os fundos de Tanure vendiam, realizando lucro daquela alta”, diz a matéria do Pipeline.
- Com isso, entre os dias 18 e 30 de novembro, os fundos teriam se aproveitado da alta das ações para vender 1,48 milhão de papéis, volume equivalente a R$ 25,5 milhões. O preço médio por ação da Alliar ficou em R$ 17,19, cerca de 38,85% acima do fechamento anterior à notícia da possível OPA.
- A CVM confirmou ser um volume de negociação acima da média para a Alliar, ainda que, considerando o investimento total de Tanure (cerca de R$ 1,28 bi), seja um valor pouco relevante.
- “A incerteza, não presente nas decisões dos fundos ligados a Nelson Tanure, colocaria o papel com potencial de chegar a R$ 20,50 mais juros até a liquidação ou voltar ao patamar de R$ 13, em que estava o papel antes da divulgação do conteúdo na coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo”, diz a CVM.
- Com isso, a CVM decidiu seguir com a análise para identificar a “profundidade e extensão dos delitos”.
Privatização da Petrobras (PETR4) não está prevista para ‘este mandato’, diz Paulo Guedes
- O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou a possibilidade de privatização da Petrobras (PETR4) “neste mandato”. Em entrevista coletiva na embaixada brasileira em Paris, ele comentou a troca de presidente da estatal e minimizou o impacto da medida sobre a companhia.
- “O presidente [Jair Bolsonaro] disse expressamente que não privatizaria a Petrobras neste mandato, seu primeiro mandato. Nunca disse nada sobre o segundo”, declarou Guedes.
- Em viagem à França para discutir a adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o ministro disse ser pessoalmente favorável à privatização da petroleira, mas afirmou que a decisão final cabe ao presidente da República.
- “Quando penso em Petrobras, penso que a gente deveria privatizar a Petrobras, mas eu não tenho votos. Sou só um ministro da Economia”, disse.
- Durante a entrevista, Paulo Guedes prometeu executar outras privatizações até o fim do ano, como a da Eletrobras (ELET3) e a dos Correios, além de avançar com concessões de portos e dos aeroportos do Galeão, de Santos Dumont e de Congonhas.
- Em relação à troca na presidência da Petrobras, o ministro da Economia disse que a mudança não deverá ter consequências práticas sobre a gestão da empresa, inclusive na política de preços dos combustíveis, motivo que levou Bolsonaro a mexer no comando da estatal.
- “Não acho que essa mudança seja um fator importante, não mesmo. Não espero que tenha efeitos reais”, comentou Guedes.
- A troca da presidência da Petrobras foi anunciada na última segunda-feira (28), com a saída de Joaquim Silva e Luna, que estava no comando da estatal desde fevereiro de 2021, para a entrada do economista Adriano Pires.
- Ainda sobre o assunto, o ministro acrescentou que o único nome indicado por ele para comandar a estatal foi o do economista Roberto Castello Branco, que presidiu a companhia de janeiro de 2019 a fevereiro de 2021.
Da Vale a Petrobras, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.