Radar: Vale (VALE3) é multada em R$ 86,3 mi pela CGU, Itaúsa (ITSA4) pagará proventos bilionários, Nubank (NUBR33) tem prejuízo líquido de US$ 29,9 mi no 2T22
A Vale (VALE3) informou na manhã desta segunda-feira (15) que a Controladoria-Geral da União (CGU), em decisão publicada hoje, sobre o processo administrativo de responsabilização, concluiu que a mineradora deixou de apresentar “informações fidedignas” ao sistema da Agência Nacional de Mineração (ANM) sobre a Barragem I de Brumadinho/MG.
A CGU apontou ainda que a Vale emitiu Declaração de Condição de Estabilidade positiva para a estrutura, no período de junho a setembro de 2018, quando, no entendimento do órgão de controle, ela deveria ser negativa.
As circunstâncias consistiram em ato lesivo à Administração Pública por dificultar a fiscalização da autarquia minerária, diz a CGU.
No fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Vale diz que mesmo reconhecendo a inexistência da prática de atos de corrupção, a CGU definiu a multa em um valor próximo de R$ 86,3 milhões, nível mínimo estabelecido pela lei, sendo reconhecido o não envolvimento ou tolerância da alta direção.
“A CGU determinou a publicação extraordinária da sua decisão, pelo prazo de 30 dias, nos termos do artigo 6º, incisos I e II, da Lei nº 12.846/2013. A Vale discorda da condenação e apresentará nos próximos 10 dias pedido de reconsideração ao Senhor Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União”, afirma a mineradora, em comunicado.
Além da Vale, confira outros destaques desta segunda-feira:
Lucro líquido da Caixa Seguridade (CXSE3) avança 59% para R$ 680 milhões
- Um ano e meio depois de chegar à bolsa de valores, a Caixa Seguridade (CXSE3) reporta um lucro líquido de R$ 680,8 milhões, conforme balanço trimestral divulgado nesta segunda-feira (15). Esse resultado representa um avanço de 59,6% em relação ao segundo trimestre do ano passado e de 22,2%, comparado aos primeiros três meses deste ano.
- A empresa também informa que o resultado do 2T22 da Caixa Seguridade atingiu o maior volume de receitas operacionais de sua história, de R$ 903,3 milhões. Neste cenário, o resultado financeiro terminou o semestre em R$ 35,3 milhões, uma variação 15 vezes mais alta que a registrada no primeiro semestre de 2021, de R$ 2,3 milhões.
- Segundo o relatório da Caixa Seguridade, os serviços de corretagem (+91%) e de consórcio (+872%) foram os que mais tiveram crescimento. Houve, ainda, uma alta nos prêmios emitidos pelos segmentos residencial (15,5%), prestamista (9,1%) e habitacional (6,1%).
- O ROE – sigla para retorno sobre patrimônio líquido recorrente – ficou em 45,5%, representando um desempenho positivo de 11,6% em relação a 2T22 e de 4,3% para 1T22.
- O Índice de Sinistralidade ficou em 22,5%, uma redução de 12,6 p.p. em relação ao mesmo período de 2021, retornando ao patamar pré-pandemia.
- “O desempenho para o segundo trimestre de 2022 é também impulsionado pelo forte desempenho comercial da companhia, com destaque para os segmentos de Previdência, Consórcio e os ramos Residencial e Prestamista no segmento de Seguros”, ressalta o documento sobre o balanço da Caixa Seguridade.
- “No segmento de previdência, as contribuições recebidas dos planos de previdência e os prêmios emitidos de risco, apresentaram crescimento de 11,0% na comparação com o mesmo período de 2021”, destaca. No comparativo entre o acumulado de 2022 e o primeiro semestre de 2021, o montante de R$ 17.117,4 milhões apresentou crescimento de 12,7%, o melhor resultado semestral histórico da companhia. “O montante de reservas até junho de 2022 ultrapassou a marca de R$ 123,0 bilhões, crescimento anual de 22,6%, enquanto as rendas com taxas de gestão e outras taxas aumentaram 19,9% no período.”
- O segmento de consórcio da Caixa Seguridade apresentou no segundo trimestre de 2022 “o crescimento de 872,3% no balcão Caixa na comparação com o mesmo trimestre de 2021, o que representa a melhor performance já registrada pela companhia nas cartas comercializadas, já refletindo no melhor desempenho em Recursos Coletados, +13,7% na comparação 2T22/2T21.”
- No segmento de capitalização, a arrecadação de recursos no segundo trimestre de 2022 registrou crescimento de 33,7% quando comparado com o mesmo período de 2021, com elevação no volume das modalidades de pagamento único, 264,8%, e pagamento mensal, 7,1%. “Na visão comparativa acumulada de 2022 com o primeiro semestre de 2021, o crescimento apresentado foi de 18,3%”, afirma a companhia.
- No seguros e serviços de assistência, na visão comparativa com o segundo trimestre de 2021, “destaque para o crescimento dos prêmios emitidos do ramo Residencial, 15,5%, e do ramo Prestamista, 9,1%.”
- Acrescenta o documento: “Para Prestamista, o segundo trimestre de 2022 não houve a concessão de crédito PRONAMPE, de modo que o resultado está aliado ao crescimento no cross sell e a atuação no crédito agro, que contribuiu para a emissão de R$ 61,8 milhões em prestamista (crescimento de 781,7% em relação ao mesmo período do ano anterior).”
Itaúsa (ITSA4) pagará R$ 0,12 por ação em JCP; veja como receber
- A Itaúsa (ITSA4) anunciou nesta segunda-feira (15), antes da divulgação do balanço do segundo trimestre de 2022 (2T22), que vai pagar Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas.
- O valor dos proventos por ação será de R$ 0,12, que serão pagos em 30 de agosto.
- Os valores foram divididos em duas partes: O JCP para os que possuem posição acionária no dia 24 de março de 2022 receberão R$ 0,11 por ação (líquido de R$ 0,09 por ação); O montante de R$ 0,01 por ação (líquido de R$ 0,008 por ação), declarados nesta data.
- Apenas os investidores com ações da Itaúsa no dia 18 de agosto terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 19 de agosto as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Além disso, a Itaúsa informou que pagará, até 29 de dezembro de 2023, juros sobre o capital próprio adicionais declarados também nesta data no valor de R$ 0,0494 por ação, também com data de corte no dia 18, próxima quinta-feira.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
- O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,10 por ação.
JCP da Itaúsa
- Valor por ação: R$ 0,12367 e R$ 0,0494
- Data de corte: 18 de agosto
- Data do pagamento: 30 de agosto e 29 de dezembro de 2023
- Rendimento (dividend yield): 5,19%
Banco Inter (INBR31) reverte prejuízo e tem lucro de R$ 15,5 mi no 2T22
- A Inter & Co, única controladora do Banco Inter (INBR31), reportou nesta segunda-feira (15) que no segundo trimestre de 2022 (2T22), teve lucro líquido de R$ 15,5 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 30 milhões no mesmo período de 2021.
- A receita bruta totalizou R$ 1,5 bilhão, alta de 129% sobre o 2T21. A receita líquida de serviços do Banco Inter foi de R$ 316 milhões, ganho de 91,3% sobre igual período de 2021.
- As receitas líquidas, por sua vez, subiram 88%, para R$ 877 milhões. Ao todo, R$ 316 milhões vinham dos serviços, volume 91% maior que o do mesmo período de 2021.
- “A qualidade de nossas receitas continua melhorando significativamente, sendo altamente diversificada entre os produtos e com um crescimento mais forte nas receitas de serviços”, disse João Vitor Menin, CEO da holding, em nota inclusa no balanço do Banco Inter.
- O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do Banco Inter alcançou 0,8%, alta de 2,8 ponto percentual na base anual. O patrimônio líquido somou R$ 7,1 bilhões, equivalente a uma queda de 18,4% em relação ao final de dezembro de 2021.
- A margem financeira líquida do Banco Inter foi de 7% no 2T22, uma elevação de 0,1 ponto percentual ante o 2T21. O custo de captação, por sua vez, atingiu 7,6% do CDI, ante 2,1% no mesmo intervalo de 2021, de acordo com o banco digital.
- O resultado antes da tributação ficou em R$ 11,871 milhões, ante perda de R$ 117,652 milhões registrada um ano antes.
- Já a carteira de crédito bruta totalizou R$ 19,5 bilhões entre abril e junho, ganho de 56% na comparação com igual etapa de 2021.
- Os ativos totais tiveram crescimento de 11,7% no primeiro semestre de 2022, alcançando o montante total de R$ 40,9 bilhões.
- Ao todo, as fontes de financiamento do neobanco somavam R$ 25,9 bilhões no final de junho, sendo a maior parte (38%) em depósitos à vista. “Dado o atual cenário de juros, os consumidores estão naturalmente alocando o excesso de liquidez em depósitos mais rentáveis”, afirma a instituição.
- Em junho, o Inter tinha 20,7 milhões de clientes, 73% a mais que em junho de 2021, sendo 10,7 milhões deles ativos.
- No 2T22, o custo de aquisição do cliente (CAC) atingiu R$ 32 por cliente, 16,1% maior que a do mesmo período de 2021.
- Já o volume transacionado cartão do Banco Inter (TPV) foi de R$ 16 bilhões no segundo trimestre de 2022, avanço de 70% sobre o 2T21.
- As despesas administrativas e de pessoal no total do primeiro semestre de 2022 chegaram a R$ 1,161 bilhão, elevação de R$ 724,7 milhões sobre igual momento de 2021. O Banco Inter diz que a alta é decorrente do volume crescente de operações, ampliação dos serviços e produtos oferecidos, além do “aumento exponencial da base de clientes e colaboradores”.
Número de investidoras na Bolsa de Valores brasileira cresce 47,9%; veja dados
- Em julho de 2022 a bolsa de valores brasileira alcançou a marca de 1.252.868 investidoras, crescimento de 47,9% desde 2020. Apesar do aumento de investidoras, a representatividade ainda é baixa: 23,9% do total no Brasil são mulheres. O número de investidores homens cresceu 67.5%, alcançando a marca de 3.990.457 em julho deste ano.
- De acordo com a Expert XP, quando considerada a análise de saldo médio por pessoas. as mulheres detêm menos do que os homens – menos no Rio de Janeiro, onde o saldo das mulheres é de R $141,6 mil, enquanto dos homens é de R$ 128,9 mil. Em São Paulo o saldo médio feminino é de R$ 103,2 mil, enquanto o masculino é de R$ 121,5 mil, ou seja, 15,1% menor.
- No total a bolsa de valores brasileira atingiu a marca de 5.243.325 investidores pessoas físicas em julho. Na comparação mensal o aumento foi de 57.100 investidores, cerca de 1%, na comparação com o mesmo período de 2021 o aumento de 35,7%.
- Na posição total de investidores pessoas físicas na bolsa de valores também foi registrado aumento mensal de 3,9%, ou seja, R$ 468,7 bilhões investidos em julho. O aumento pode ser justificado pelo desempenho do Ibovespa, que fechou o mês em 103.164 pontos, 4,7% maior do que o patamar alcançado no mês anterior de 98.541.
- A tendência de investidores cada vez mais jovens já é observada pelo mercado há algum tempo e vem se confirmando a cada ano: 1.759.589 são de investidores de 26 a 35 anos, representando 33,4% do total. A faixa etária dos 36 a 45 anos vem em seguida, levando uma fatia de 28,1%, equivalente a 1.479.944 contas.
- A terceira posição fica com os investidores com mais de 56 anos, que representam 13% das contas em julho.
- São Paulo concentra, sozinho, 36,5% (1.915.998 contas) do total de contas pessoas físicas abertas na B3. Logo atrás vêm Minas Gerais (520.741 contas) e Rio de Janeiro (519.671 contas).
- Paraná e Rio Grande do Sul ficam quarto e quinto lugares, respectivamente, somando juntos 16,9% dos investidores da bolsa de valores.
Vibra Energia (VBBR3) quase dobra lucro em um ano, para R$ 707 milhões
- O balanço trimestral da Vibra Energia (VBBR3), divulgado nesta segunda-feira (15), mostra que a empresa quase dobrou seu lucro líquido no acumulado dos últimos doze meses. A empresa reportou uma alta de 85,1%, passando de R$ 382 milhões, no segundo trimestre de 2021, para R$ 707 milhões no 2T22. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a alta foi ainda maior, de 117,5% ante os R$ 325 milhões então divulgados.
- O Ebitda da Vibra (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no resultado do 2T22 da Vibra foi recorde e alcançou R$ 1,61 bilhão, alta de 58,3% ante o montante reportado no segundo trimestre de 2021. Com relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 1,1 bilhão), houve alta de 45,6%.
- A margem Ebitda ajustada recuou para 3,4% no período, ante 3,5% no segundo trimestre de 2021 e 2,9% no primeiro trimestre.
- Já a receita líquida da Vibra somou R$ 47,15 bilhões no segundo trimestre deste ano, alta de 62,5% em relação a igual período do ano passado e de 22,9% ante trimestre imediatamente anterior.
- Em nota, a companhia atribuiu o resultado de Ebitda à alta da cotação internacional do petróleo no período aliada ao que definiu como aumento histórico das margens de refino (“crack spread”, em inglês) do diesel.
- Essa mudança repentina do nível dos preços provocou “efeitos não recorrentes” para os resultados da empresa no período, que foram parcialmente compensados por despesas de hedge de operações de importação iniciadas ainda no primeiro trimestre, mas cujo impacto no Ebitda foi considerado entre abril e junho, relata em comunicado.
- Segundo a Vibra, os resultados foram “bastante superiores” ao previsto para o segundo trimestre, sobretudo quando considerada a sazonalidade usual das margens.
- “Estes patamares de margens foram alcançados sem sacrifício de nossa participação de mercado. Alcançamos um market share consolidado de 28,0% no segundo trimestre, evolução de +0,2 p.p. em relação ao trimestre anterior, com destaque para a evolução de +0,9 p.p. no diesel”, informou em nota.
- O resultado financeiro da companhia, porém, foi pior do que divulgado no relatório de um ano atrás, com o avanço de 741% nas perdas. Entre abril e junho do ano passado, o registro era de -R$ 73 milhões, enquanto no mesmo período deste ano foi de -R$ 614 milhões.
- Ainda segundo o balanço da Vibra, as vendas tiveram alta de 2,5% em relação ao 1T22, especialmente de diesel (+6,2%) e óleo combustível (+2,1%). Já a venda de produtos especiais, como coque (-37%) e combustível para aviação (-2,6%) seguiram pelo caminho contrário, registrando baixa.
- “Estas variações são reflexo do retorno da mobilidade e da atividade econômica, com a curva de volume voltando para a normalidade ao longo do trimestre, destacando a contribuição do diesel no período em que pese os altos preços do produto no mercado internacional”, de acordo com o relatório.
Itaúsa (ITSA4) tem lucro líquido recorrente de R$ 3,01 bilhões no 2T22, alta de 5,5%
- A Itaúsa (ITSA4), holding que controla o Itaú (ITUB4), a Dexco (DXCO3) e Alpargatas (ALPA4), divulgou nesta segunda que obteve lucro líquido recorrente de R$ 3,018 bilhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), de acordo com release divulgado nesta segunda-feira (15).
- Essa valor representa aumento de 5,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido caiu 12,5% na mesma base comparativa, para R$ 3,076 bilhões.
- “O lucro líquido foi afetado por eventos não recorrentes, que totalizaram efeito negativo de R$ 58 milhões no 2T22”, diz o balanço da Itaúsa.
- Na holding, houve resultado não recorrente relativo ao recebimento de earn-outs oriundos da venda da Elekeiroz.
- No Itaú, o principal efeito foi o impacto negativo relativo ao teste de readequação do passivo.
- Na Dexco, o resultado da LD Celulose, ainda em fase de ramp-up no 2T22, foi o principal evento não recorrente.
- O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) recorrente chegou a 18%, queda de 1,1 ponto percentual sobre o mesmo período do ano anterior.
- No final do trimestre, o ativo total da holding era de R$ 75,802 bilhões, alta de 9,2% em um ano. O patrimônio líquido, por sua vez, era de R$ 67,498 bilhões, acréscimo de 10,4% no mesmo período.
- O resultado recorrente das empresas investidas totalizaram R$ 3,302 bilhões no 2T22, aumento de 12% sobre o 2T21.
- Já as despesas administrativas alcançaram R$ 47 milhões entre abril e junho, crescimento de 40% no comparativo anual.
- O valor de ativos da Itaúsa no 2T22, com base no valor da ação mais líquida (ITSA4), era de R$ 73,6 bilhões, enquanto a soma das participações nas empresas investidas a valor de mercado totalizava R$ 96,3 bilhões, resultando em um desconto de 23,6%, redução de 0,3 ponto percentual ante os 23,9% no final de junho do ano passado.
- A alienação de 1,26% do capital da XP Inc, de R$ 665 milhões, impactou positivamente o resultado do segundo trimestre da Itaúsa em R$ 300 milhões para os resultados do 3T22.
- No total, foi uma venda de 7 milhões de ações Classe A da XP Inc. “A Itaúsa passou a deter diretamente 10,31% do capital total da XP e 3,68% de seu capital votante”, afirma a holding, no release.
- Sobre a CCR (CCRO3), no início de julho, foram assinados os contratos para o investimento da Itaúsa em conjunto com a Votorantim na CCR no montante total de aproximadamente R$ 4,1 bilhões, para aquisição de 14,86% de participação no capital total da CCR. Do total, a parcela referente à Itaúsa corresponde a R$ 2,9 bilhões de investimento para aquisição de 10,33% do capital total da CCR.
- No trimestre, a maior parte do resultado da Itaúsa veio das participações no setor financeiro, sendo que o Itaú contribuiu com a maior parcela, de R$ 2,704 bilhões, e a XP, com R$ 121 bilhões. No setor não-financeiro, a maior contribuição veio da NTS, que conferiu lucro de R$ 364 milhões à holding.
- Em junho, a Itaúsa tinha endividamento líquido de R$ 3,478 bilhões, 10,1% abaixo do registrado no mesmo intervalo de 2021. Segundo a empresa, isso representava uma alavancagem de 4,6%.
- O passivo total da holding era composto por R$ 4,618 bilhões em debêntures, R$ 1,763 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio a pagar e R$ 1,713 bilhões em provisões.
Nubank (NUBR33) anuncia Youssef Lahrech como novo presidente
- O Nubank (NUBR33) anunciou nesta segunda (15) que Youssef Lahrech, diretor de operações da companhia há dois anos e um dos principais nomes no comando da fintech, será o novo presidente. Lahrech vai acumular cargos e vai se reportar ao fundador e presidente-executivo David Vélez.
- Em nota a companhia detalha como ficará o comando do Nubank: “À frente da organização, David Vélez continuará a orientar e manter a supervisão da gestão operacional, da liderança, cultura e reputação da empresa. Além disso, David priorizará a estratégia de longo prazo, incluindo o desenvolvimento de produtos, a expansão para novos mercados e novas aquisições. Para dar suporte a essas prioridades, o Nu criará a posição de Diretor de Desenvolvimento Corporativo (Chief Corporate Development Officer), que reportará diretamente a David.”
- A administração estará organizada da seguinte forma:
- “Youssef Lahrech, Diretor de Operações (Chief Operating Officer), também assumirá uma nova posição como presidente do Nubank, reportando-se diretamente a David. Ao longo dos últimos anos, Youssef desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das estratégias de crédito, no planejamento do portfólio de produtos e nas iniciativas de internacionalização. Como Presidente e Diretor de Operações, ele administrará diretamente a operação, orçamento e o desempenho das métricas-chave para os produtos globais, as plataformas globais, as operações de mercado e as funções corporativas”, afirma a nota do banco digital.
- Segundo o Nubank, Youssef tem mais de 20 anos de experiência no setor financeiro: “Desempenhou um papel fundamental no recente crescimento e consolidação do Nubank, gerenciando nossas estratégias de crédito e internacionalização. Estou entusiasmado em oferecer esta nova posição ao Youssef e continuar essa parceria para ampliar nosso alcance, alavancar nossos pontos fortes e impulsionar resultados ainda mais ambiciosos para todos os nossos acionistas”, diz David Vélez.
- Com Youssef Lahrech como presidente, a administração da fintech ficou estruturada desta forma, de acordo com documento da fintech:
- Cristina Junqueira, co-fundadora e CEO do Brasil, também assumirá a posição de Diretora de Crescimento (Chief Growth Officer), gerenciando as operações da equipe de mercado e as estratégias de crescimento com foco no cliente em Brasil, México e Colômbia;
- Jag Duggal, Diretor de Produtos (Chief Product Officer), liderará a organização dos produtos globais, apoiando a inovação, a centralidade no cliente, a disponibilidade global para o desenvolvimento dos principais produtos e a expansão do portfólio, a fim de impulsionar a jornada de longo prazo do Nu para ser uma empresa global de tecnologia com serviços completos;
- Matt Swann, Diretor de Tecnologia (Chief Technology Officer), liderará a organização das plataformas globais, gerenciando tecnologia, engenharia e dados para apoiar o hiper crescimento através da plataforma de sistemas da companhia;
- Marco Araujo, Diretor Jurídico (Chief Legal Officer), junta-se à administração, responsável por supervisionar as áreas Jurídica e de Public Policy.
- Guilherme Lago, Henrique Fragelli e Vitor Olivier continuarão em suas funções de Diretor Financeiro (Chief Financial Officer), Diretor de Risco (Chief Risk Officer) e Diretor de Pessoas (Chief People Officer), respectivamente, e continuarão a trabalhar de forma próxima com David Vélez nos resultados e cultura da companhia.
- “Desde nossa fundação, em 2013, deixamos de ser uma empresa mono-produto de cartões de crédito no Brasil para ser uma plataforma de serviços financeiros multiprodutos e multi geográfica. Esse crescimento cria desafios organizacionais significativos, e o momento é propício para repensarmos nosso modelo de gestão e nos organizarmos para a próxima década de crescimento”, disse David Vélez fundador do Nubank.
Nubank (NUBR33) tem prejuízo líquido de US$ 29,9 milhões no 2T22; ações sobem em NY
- O Nubank (NUBR33) divulgou nesta segunda (15) os resultados do seu desempenho operacional no segundo trimestre de 2022 (2T22). A fintech teve prejuízo líquido de US$ 29,9 milhões no período, alta de 96,7% sobre os US$ 15,2 milhões do 2T21.
- Entretanto, no aspecto ajustado, o Nubank teve lucro líquido de US$ 17 milhões, alta de 3,03% sobre igual período do ano passado. O montante ajustado é decorrente de despesas com remuneração baseada em ações e efeitos tributários.
- Considerando só o Brasil, maior mercado para a fintech, a operação passou a ficar no azul este ano, com lucro líquido contábil de US$ 13 milhões no primeiro semestre. O banco digital chegou a 65,3 milhões de clientes, um salto de 57% em 12 meses, considerando os negócios no Brasil, Colômbia e México, os três países onde atua. No crédito, ficou mais conservador nos últimos meses nas linhas de empréstimo pessoal. A carteira total chegou a US$ 9,2 bilhões, expansão de 4,5% em um trimestre.
- Ao final do pregão de hoje, as ações do Nubank listadas em Nova York subiram 9,86%, para US$ 4,68, antes da divulgação do balanço financeiro, e continuam a subir no after market de NY, com ganhos de 10,90%.
- Entre abril e junho de 2022, a receita líquida do Nubank somou US$ 1,15 bilhão, alta de 244% no comparativo anual, “uma vez que o Nu continua tendo eficiência no upselling e cross-selling do portfólio de produtos financeiros”, diz o relatório.
- De acordo com o balanço do Nubank, o valor veio com a receita de juros e ganhos (perdas) sobre instrumentos financeiros atingindo US$ 853 milhões, salto de 361% no ano a ano, decorrente do crescimento da receita de juros líquida da carteira de crédito ao consumidor, composta de crédito pessoal e cartões de crédito. O aumento das taxas de juros no Brasil e o crescimento dos ativos financeiros com a expansão da franquia de serviços do Nubank no país contribuíram para esse número, segundo o Nubank.
- A receita média mensal por cliente ativo do Nubank (ARPAC, em inglês) no período foi de US$ 7,8, resultado 105% superior ao 1T21 “A taxa de atividade bateu uma nova marca histórica, com 80% de crescimento. O Nu se tornou o banco principal para mais de 55% dos clientes que estão há mais de um ano com a companhia”, afirma o banco digital.
- Uma das medidas mais monitoradas em fintechs, a receita média por cliente ativo (ARPAC), é um indicador que mostra se o banco está fazendo dinheiro – monetizando – com seus clientes, cresceu 105% em um ano no Nubank. Analistas esperavam que fosse ficar em US$ 7,5.
- Para o diretor financeiro do Nubank, Guilherme Lago, considerando os clientes mais antigos, o ARPAC chega a US$ 20. Já o Custo Médio Mensal de Atendimento por Cliente Ativo totalizou US$ 0,8, permanecendo estável em relação ao mesmo período do ano anterior, excluindo a variação cambial.
- No crédito pessoal, Lago conta que o banco aumentou os juros, o que compensou o aumento do custo de captação do banco digital. Na inadimplência, o executivo avalia que o ciclo de normalização pode estar chegando ao final, após um período de baixa taxa de calotes durante a pandemia de covid. A estabilidade do indicador para períodos curtos – de 15 a 90 dias – pode ser um indício desse movimento.
- Do total de 65 milhões de clientes do banco, 62,3 milhões estão no Brasil, crescimento de 51% em 12 meses. Já a base de clientes de empresas pequenas e médias cresceu 150% em 12 meses, subindo para 2 milhões.
- Nos produtos, o cartão roxinho do banco tem 29 milhões de clientes ativos, enquanto 45 milhões possuem conta corrente, a NuConta. No empréstimo pessoal, são 4 milhões de clientes e em seguros, 700 mil.
- Houve crescimento da base de clientes, de 5,7 milhões, totalizando 65,3 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia, representando um crescimento de 56,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
- A carteira de clientes ativos do Nubank foi de 52,3 milhões, contra 29,9 milhões no 2T21. A taxa de atividade ficou em 80% sobre 72% do mesmo período do ano anterior.
Méliuz (CASH3): prejuízo piora e sobe 4 vezes mais no 2T22, para R$ 28,2 milhões
- O Méliuz (CASH3) obteve prejuízo líquido de R$ 28,2 milhões no 2T22, um aumento de cerca de 320% contra o prejuízo de R$ 6,7 milhões em igual período do ano passado.
- O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu o valor de R$ 52 milhões negativo no 2T22, contra R$ 17,1 milhões negativo no 1T22, aumento de 204%.
- O resultado do 2T22 do Méliuz foi impactado principalmente pela:
- menor receita do business de Shopping, em função da sazonalidade do período e da desaceleração do e-commerce brasileiro no 2T22;
- consolidação dos resultados do Bankly (-R$ 6,1 milhões).
- A receita líquida do Méliuz, por sua vez, atingiu R$ 79,1 milhões no 2T22, um aumento de 45% em relação ao mesmo período de 2021. Deste total, a receita líquida do Shopping Brasil somou R$ 55,7 milhões, um aumento de 59% em relação ao 2T21.
- As despesas operacionais totalizaram R$ 120,2 milhões, aumento de 10% comparado ao igual período do ano anterior. Deste total, R$ 43,7 milhões vieram de despesas em cashback, que caíram 18% contra o 2T21, enquanto as despesas com serviços de terceiros subiram 206%, atingindo R$ 12,3 milhões.
- “Esse aumento é explicado principalmente pelos custos do novo cartão Méliuz e com a nova conta digital”, disse o Méliuz.
- O GMV (volume bruto de mercadorias) do Méliuz totalizou R$ 170 milhões, caindo em comparação aos R$ 239,1 milhões do 2T21, o que, segundo a companhia, foi afetado pelo forte impacto da variação cambial entre os períodos.
- No mesmo período, o GMV no Shopping Brasil do Méliuz totalizou R$ 1,249 bilhão, sendo R$ 1,2 bilhão no Méliuz e R$ 46 milhões no Promobit. O valor registrado no Méliuz cresceu 38% contra o 2T21.
- “O 2T22 foi um período desafiador para o setor de varejo devido à desaceleração do e-commerce brasileiro no período. Apesar do cenário adverso, conseguimos manter um crescimento operacional robusto e sustentável – bem acima da média do mercado – e com margens mais saudáveis”, explicou o Méliuz no relatório de divulgação de resultados do 2T22.
- A empresa de cashback encerrou o 2T22 com 25,2 milhões de contas totais, aumento de 34% em comparação ao 2T21.
Ambipar (AMBP3) sai da carteira recomendada da Warren; entenda por quê
- A carteira recomendada da semana feita pela Warren Investimentos apresentou duas alterações: Ambipar (AMBP3) e BRF (BRFS3) saíram e deram lugar à Multilaser (MLAS3) e PetroReconcavo (RECV3). Entre as cinco escolhas principais, foram mantidas Santander (SANB11), Eneva (ENEV3) e Melnick (MELK3).
- De acordo com os analistas, a substituição das ações da Ambipar e as ações da BRF vem a partir dos resultados da temporada de balanços do segundo trimestre de 2022.
- “Estávamos com dois ativos na carteira (AMBP3 e BRFS3) que divulgaram resultados ruins e tiveram quedas fortes na semana, prejudicando nossa performance da carteira, enquanto o Ibovespa teve forte alta”, disse o relatório divulgado pela Warren nesta segunda (15).
- Na última semana, as ações recomendadas encerraram bem abaixo do Ibovespa, com queda de 1,85% de rentabilidade, contra avanço de 5,91% do índice de referência.
- Entre os dias 1º e 5 de agosto, a Ambipar tinha sido o maior destaque da carteira, tendo subido 7% no período.
- Já sobre as opções que ficaram, as ações do Santander foram as que mais renderam na semana, com +4,34%. De acordo com os analistas, o ativo performou bem e cumpriu com o cenário que havia sido traçado, “fazendo o rompimento das médias curtas e caminhando em reversão para buscar R$ 31,50. Caso passe dessa faixa, nosso próximo alvo fica em R$ 34,00”.
- Em relação à PetroReconcavo, os analistas afirmam que os ativos retornam para a carteira “após sinalizar recuperação o suficiente para romper médias curtas do gráfico semanal e mostrar capacidade de rompimento, como provou passando do topo anterior no gráfico diário”, diz o relatório.
Compras no Magazine Luiza (MGLU3) têm cashback pelo PicPay Store
- O Magazine Luiza (MGLU3) faz parte agora do cardápio de lojas parceiras do shopping virtual do PicPay, a PicPay Store.
- O cashback varia de acordo com a companhia e, para os clientes do Magazine Luiza, pode chegar a até 10%, válido para qualquer produto.
- O novo parceiro está sendo gradualmente liberado aos usuários da plataforma financeira.
- Para comprar, basta ter conta no PicPay e acessar o app. Ao entrar na Store, o usuário deve selecionar a loja e será direcionado ao site do parceiro, em que pode escolher os itens que deseja comprar e finalizar a transação para receber o cashback dentro da conta do PicPay.
- O cashback concedido nas compras do Magazine Luiza é depositado na conta do cliente, dentro do prazo estipulado pelo parceiro. O usuário acompanha todo o processo pelas notificações dentro do aplicativo.
- O PicPay possui mais de 30 milhões de usuários ativos. A loja possui mais de 330 parceiros, e é uma das verticais que a carteira digital tem utilizado para aumentar o engajamento dos clientes.
Yduqs (YDUQ3) tem prejuízo líquido de R$ 63,3 milhões no 2T22
- A Yduqs (YDUQ3) apresentou prejuízo líquido de R$ 63,3 milhões no segundo trimestre de 2022, revertendo o lucro líquido de R$ 116,5 milhões do mesmo período do ano passado.
- Segundo a companhia, o prejuízo da Yduqs foi consequência do resultado financeiro líquido negativo no 2T22, que totalizou – R$ 189 milhões, subindo 144,7% na comparação anual.
- O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Yduqs atingiu o valor de R$ 304,9 milhões no segundo trimestre, caindo 12,6% contra o 2T21, com margem de 26,9%, queda de 3,2 pontos percentuais na mesma comparação.
- No primeiro semestre de 2021 vs. 2022 ocorreram alguns efeitos sazonais entre os trimestres, que impactam, de acordo com a empresa, a análise trimestral do Ebitda da Yduqs:
- Postergação da captação do 1T21 para o 2T21, em função ao atraso do ENEM (principalmente no segmento presencial); efeito da captação trimestral do ensino digital (+100 mil alunos no 2T21) que em sua maioria foi DIS, que tem o reconhecimento full da receita e;
- Campanha “Brilho Duplo” no 1S22 com uma menor adesão ao DIS, que ocasionou em uma redução da receita do segmento presencial e ensino digital”, disse a empresa no relatório de divulgação de resultados do 2T22 do Yduqs.
- A receita líquida da Yduqs, por sua vez, totalizou R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre deste ano, o que representa uma queda de 2,2% na comparação com o mesmo período de 2021.
- No 2T22, o lucro bruto da Yduqs apresentou uma redução de 8,5% ante o 2T21, para R$ 603, 3 milhões, com uma margem bruta de 53,2% que caiu 3,7 pontos percentuais na mesma base.
- A Yduqs justificou o resultado pela “leve queda da receita líquida e do aumento dos custos”. Os custos dos serviços prestados subiram 6,1% no 2T22, atingindo R$ 531,6 milhões.
- No mesmo período, as despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 241,3 milhões, aumentando 1,9% em relação ao segundo trimestre de 2021.
Da Vale à Yduqs, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.