Radar: Vale (VALE3) sobe e dá fôlego ao Ibovespa, Itaúsa (ITSA4) anuncia pagamento de JCP e Pão de Açúcar (PCAR3) rejeita nova oferta pelo Éxito

As ações da Vale (VALE3) fecharam em alta nesta quinta-feira (20), enquanto as demais mineradoras e siderúrgicas terminaram mistas na sessão, em meio a conversas no mercado sobre maior apoio ao setor imobiliário doméstico da China, ainda que preocupações com excesso de oferta e demanda fraca tenham limitados os ganhos.

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No fechamento, as ações da Vale subiram 0,22%, ao preço de R$ 67,39, ajudando o Ibovespa a subir, enquanto as ações de mineradoras e siderúrgicas avançavam. Confira:

Além de Vale, confira outros destaques desta quinta-feira:

Itaúsa (ITSA4) anuncia pagamento de JCP; veja data e o valor por ação

  • Os juros sobre capital próprio da Itaúsa serão pagos até 30 de dezembro de 2024, estando sujeito a retenção de 15% de imposto de renda na fonte.
  • Considerando a tributação de IR, os valores líquidos a serem recebidos pelo investidor será de R$ 0,043775 por ação. A exceção dessa retenção vai para os acionistas pessoas jurídicas que comprovarem ser imunes ou isentos.
  • Os JCP da Itaúsa têm como base de cálculo a posição acionária final do dia 25 de julho de 2023 e serão imputados ao valor do dividendo do exercício de 2023.

JCP da Itaúsa

  • Valor bruto por ação: R$ 0,0515
  • Valor líquido por ação: R$ 0,043775
  • Data de corte: 25 de julho de 2023
  • Data do pagamento: até 30 de dezembro de 2024
  • As ações preferenciais da Itaúsa, negociadas sob o ticker ITSA4, terminaram a sessão de hoje (20) em alta de 0,62%, a R$ 9,72. Já as ações ordinárias (ITSA3) apresentaram valorização de 0,71%, cotadas a R$ 9,89.

Petrobras (PETR4) paralisa processo bilionário alegando conflito de interesses

  • Petrobras (PETR4) paralisou um processo bilionário de arbitragem movido por acionistas minoritários contra a petroleira, após pedir impugnação do advogado Anderson Schreiber alegando conflito de interesses.
  • A ação contra a Petrobras corre na Câmara de Arbitragem do Mercado da B3 e é estimada em quase R$ 1 bilhão com 26 fundos estrangeiros envolvidos. Os ativos cobram indenizações devido aos casos de corrupção que levaram a petroleira a ser investigada na Operação Lava Jato.
  • Os acionistas minoritários de PETR4 alegam que a estatal teria perdido bilhões de reais em razão dos escândalos, penalizando-os com a queda dos preços de suas ações com a divulgação dessas perdas. A câmara de arbitragem contra a Petrobras foi constituída na Bolsa a partir de um pedido do Sistema de Aposentadoria de Empregados Públicos da Califórnia, nos EUA, ainda em julho de 2017.
  • No fim de junho deste ano, antes que a impugnação a seu nome fosse julgada, Schreiber renunciou ao posto, o que deve atrasar ainda mais a arbitragem, que se encaminhava para a fase final. Agora será preciso indicar um novo presidente para a câmara arbitral, e aguardar a aprovação do nome pelas partes envolvidas no processo.
  • O sistema de arbitragem consiste de um mecanismo extrajudicial que corre em sigilo, mas cujos efeitos têm o peso das decisões de Justiça.

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Americanas (AMER3): BTG Pactual (BPAC11) e Santander (SANB11) rejeitam plano de recuperação judicial

  • Após a apresentação da proposta de pagamento da Americanas (AMER3), em seu processo de recuperação judicial, os credores da varejista puderam se mostrar a favor ou contra o documento até esta quarta-feira (19), conforme protocolo na Justiça.
  • Segundo o jornal Valor Econômico, algumas das instituições que se opuseram ao plano de pagamento foram BTG Pactual (BPAC11) e Santander (SANB11). Além disso, também se mostraram contra a proposta apresentada pela Americanas 30 gestoras e fundos de investimentos, assim como a Virgo Companhia de Securitização.
  • Conforme aponta a lista de credores da Americanas mais atualizada, a dívida da varejista com o BTG Pactual é de R$ 3,5 bilhões. Enquanto isso, o Santander também tem um total de R$ 3,5 bilhões para receber da empresa.
  • Uma das objeções protocoladas na Justiça contou com as assinaturas de 10 gestoras. Um grupo de 20 gestoras e fundos de investimento também entregou um termo em conjunto opondo-se ao plano de recuperação judicial da Americanas, inclusive com a presença da Oliveira Trust DTVM.
  • O BTG Pactual discordou de 7 pontos da proposta da Americanas. Um deles se refere à projeção da Americanas de aumento de capital de “somente” R$ 10 bilhões. Além disso, o banco destacou sua discordância sobre o ponto de “deságio não inferior ao percentual de 60% previsto para as modalidades de pagamento dos credores quirografários”.
  • Já o Santander disse que o plano da Americanas se limita a “descrever o contexto geral da economia brasileira e do mercado de comércio eletrônico/varejo”.
  • Desse modo, o banco acredita que a proposta não mostra “as razões pelas quais seria numericamente razoável esperar que as soluções propostas no plano de recuperação judicial levariam ao soerguimento das recuperandas e/ou seriam as menos gravosas ao patrimônio de seus credores”.

Pão de Açúcar (PCAR3) rejeita nova oferta de bilionário colombiano pelo Éxito; saiba os motivos

  • conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar, o GPA (PCAR3), rejeitou por unanimidade, nesta quinta-feira (20), a nova proposta do bilionário colombiano Jaime Gilinski para aquisição de 51% das ações da companhia no Grupo Éxito.
  • Os conselheiros do Pão de Açúcar recusaram a nova oferta de Gilinski, no total de US$ 586,5 milhões, por entenderem que o preço não atende parâmetros adequados de razoabilidade financeira para uma transação visando uma participação de controle – e por isso não interessa ao GPA e seus acionistas.
  • “Além disso, os termos da nova oferta, conforme apresentado, não oferecem elementos suficientes no sentido de assegurar ao Conselho de Administração quanto ao caráter vinculante da nova oferta e à expectativa razoável de conclusão de uma transação que dela derive”, afirma o Pão de Açúcar em nota sobre a oferta pela Éxito.
  • No comunicado, o conselho de administração do GPA ainda listou requisitos, que, dado o estágio avançado do processo de segregação de ativos, deveriam ser seguidos em uma potencial oferta.
  • Entre eles, está o contrato definitivo de compra e venda, incluindo não solicitação de obrigações de indenização a acionistas do Éxito que não sejam aquelas estritamente estabelecidas pela lei e breakup fee – valor a ser pago em caso de desistência -, “representando percentual razoável do preço a ser proposto”.
  • O conselho do Pão de Açúcar ainda aponta outros pontos para a rejeição da oferta do empresário colombiano, como apresentação de evidência de funding pelo comprador para o valor total proposto, pré-avaliação da natureza do potencial processo de análise antitruste, cronograma de implementação da transação e compromisso em apoiar o GPA em quaisquer alternativas que eventualmente sejam decididas com relação a sua participação remanescente no Éxito.
  • “Importante ressaltar que a segregação dos negócios do GPA e do Éxito continua em evolução, estando pendente apenas a declaração de efetividade do Form 20-F do Éxito pela U.S. Securities and Exchange Commission e a obtenção das aprovações regulatórias das autoridades colombianas para sua conclusão”, conclui o Pão de Açúcar.
  • Hoje, as ações do Pão de Açúcar tiveram alta de 1,69%, cotadas em R$ 21,7.

Natura (NTCO3) lidera altas no Ibovespa: banco vê melhora na lucratividade; recomendação é de compra das ações

  • As ações de Natura (NTCO3) fecharam em alta nesta quinta-feira (20), liderando as altas do Ibovespa, com o Itaú BBA sinalizando melhora na lucratividade de suas unidades de negócios, além de fornecer perspectivas positivas para a marca após a conclusão da segunda onda de integração com a Avon.
  • No fechamento, as ações de Natura subiram 4,96%, cotadas a R$ 16,72. No acumulado de 2023, os papéis da companhia sobem cerca de 38%.
  • Em análise após a segunda onda de integração com a Avon, o Itaú BBA pontuou que continua ver a unidade de negócios Natura &Co LatAm como o principal driver de geração de valor para a empresa daqui para frente.
  • Além disso, embora não tenha clareza sobre quando a The Body Shop e a Avon International retomarão o crescimento, o banco elogiou os esforços da empresa e enxerga sinais iniciais de melhora na lucratividade.

Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) decolam no Ibovespa hoje; veja os motivos

  • No fechamento, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) subiram 1,10%, ao preço de R$ 47,95. Ações de outras instituições financeiras também subiam em bloco. Confira:
  • Itaú Unibanco (ITUB4): alta de 1,86%, aos R$ 28,49;
  • Santander Brasil (SANB11): alta de 0,54%, aos R$ 29,66;
  • Bradesco (BBDC4): alta de 0,06%, aos R$ 16,52;
  • Nubank (NUBR33): alta de 1,00%, aos R$ 6,09.
  • Lucas de Caumont, estrategista de investimentos da Matriz Capital, explica que, além de seguir a alta do Ibovespa, o setor financeiro se beneficiou nesta quinta-feira de um movimento de altas dos vértices intermediários e mais longos dentro da curva de juros.
  • “O mercado precificando os juros um pouco mais altos, principalmente de 2025, 2026 até os vencimentos mais longos, acabou beneficiando os bancos. Hoje é aquele dia atípico em que dólar, juros e bolsa subiram todos ao mesmo tempo”, pontuou.

Braskem (BRKM5): minoritários receberam proposta da J&F com ressalvas, diz jornal

  • J&F Investimentos, holding da família Batista, dona da JBS (JBSS3), ofereceu R$ 10 bilhões para ficar com a dívida da Novonor junto a cinco bancos, mas não indicou quais serão os passos para assumir, posteriormente, a participação acionária na Braskem (BRKM5), apurou o jornal Valor Econômico. Isso desagradou acionistas minoritários da petroquímica, diz a reportagem.
  • “A oferta da J&F representa o ‘pior cenário’, pois há muito pouca ou nenhuma transparência sobre o que virá depois”, disse um dos acionistas minoritários à publicação.
  • Uma outra fonte, próxima a um dos minoritários relevantes, pontuou ao Valor que o formato da operação pretendida pela J&F pode levar a uma discussão sobre a necessidade de a oferta ser estendida aos demais acionistas de Braskem, acrescentando não estar claro se os bancos credores irão aceitar um desconto tão relevante (cerca de um terço em relação ao valor atual da dívida, embutido na proposta da J&F).
  • Em referência à oferta dos Batista, os bancos precisam primeiro aceitar a oferta para que então, aconteçam as conversas com os minoritários, disse uma outra fonte à reportagem.

Da Vale à Braskem, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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