Radar: produção de minério da Vale (VALE3) sobe, Weg (WEGE3) mira mercado europeu, Itaú (ITUB4) lucra R$ 7,16 bi no 4T21

A produção de minério de ferro da Vale (VALE3) totalizou 82,47 milhões de toneladas no quarto trimestre de 2021, o equivale a uma queda de 7,8% na comparação trimestral e de 2,4% na anual.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Planilha-controle-de-gastos.png

No acumulado de 2021, a produção da Vale chegou a 315,61 milhões de toneladas de minério de ferro, alta de 5,1% frente os 300 milhões de 2020. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (10) pela mineradora em seu relatório trimestral de produção e vendas.

Em relação às vendas, a comercialização de minério da Vale somou 83,15 milhões de toneladas no 4T21, uma alta de 22,6% na comparação trimestral e de 0,4% frente 2020. No acumulado do ano, as vendas atingiram 244,51 milhões de toneladas, 8,9% superior ao montante de 2020.

Segundo a Vale, o resultado foi impulsionado pelo:

  • aumento da produção de minério de ferro (5% a.a.) e vendas (9% a.a.) devido a maior produção nas operações de Minas Gerais (17% a.a.);
  • cenário favorável de preços de mercado (47% a.a.);
  • greve em Sudbury, que contribuiu para uma redução de 9% na produção de níquel e 18% na produção de cobre; e
  • melhor desempenho da produção de carvão em Moatize (45% a.a.), juntamente com a assinatura de um acordo vinculativo para vender o ativo.

Ainda assim, o desempenho da Vale na produção de minério de ferro ficou abaixo do guidance da empresa, que era de 320-335 milhões de toneladas.

A Vale destaca que, apesar da menor produção no trimestre, as vendas de finos de minério de ferro e pelotas aumentaram 23,2%, “devido principalmente ao uso de estoques em trânsito formados no 3T21, levando a um recorde de vendas de finos de minério de ferro para um quarto trimestre”.

produção de pelotas da Vale foi de 9,07 milhões no 4T21, 8,8% superior na comparação trimestral e 27,5% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. No ano de 2021, foram 31,71 milhões de toneladas de pelotas produzidas, 6,8% a mais do que em 2020.

Já as vendas das pelotas somaram 10,35 milhões no período de outubro a dezembro de 2021, 28,8% superior ao 3T21 e 22% maior na comparação anual. Em 2021, 32,31 milhões de toneladas de pelotas foram vendidas, soma 3,5% maior do que em 2020.

Além da Vale, confira outros destaques desta quinta-feira:

Weg (WEGE3) mira mercado europeu com construção de fábrica em Portugal

  • A Weg (WEGE3) vai investir 23,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 141 milhões) para construir uma nova fábrica de motores elétricos em Santo Tirso, noroeste de Portugal. A expectativa é de que a nova unidade entre em operação no primeiro trimestre de 2024.
  • A nova fábrica da Weg será construída no mesmo terreno em que a fabricante de equipamentos elétricos já possui uma operação, dedicada à produção de motores industriais de baixa tensão.
  • De acordo com a empresa, essa nova unidade vai permitir a ampliação da produção de motores elétricos de grande porte e transferir sua unidade localizada em Maia para Santo Tirso, centralizando as operações no mesmo local.
  • Segundo o diretor superintendente da Weg Motores, Alberto Kuba, o investimento é um passo estratégico e muito importante para a expansão da empresa no mercado europeu.
  • A Weg iniciou suas operações em Portugal em 2002 com a compra de uma fábrica de motores elétricos em Maia. Em 2015, a companhia iniciou a construção de uma nova unidade em Santo Tirso, que foi inaugurada em 2018 e incorporou uma linha de produção mais verticalizada com processos de usinagem, fabricação de rotor, bobinagem, montagem e laboratórios de ensaios elétricos dedicados.
  • Segundo o presidente da Weg, Harry Schmelzer Jr., em entrevista concedida ao Estadão, a internacionalização da companhia garante certa “imunidade” às dificuldades deste ano, como a alta na taxa de juros, o período eleitoral e a inflação no País.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

NotreDame Intermédica (GNDI3) compra HSCOR, no RJ, por R$ 83 milhões

  • A NotreDame Intermérdica (GNDI3) divulgou que comprou, nesta quinta-feira (10), o Hospital do Coração de Duque de Caxias (HSCOR), no Rio de Janeiro, por R$ 83 milhões.
  • Segundo fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a NotreDame Intermédica passa a deter, de forma indireta, 100% das cotas dos imóveis do hospital.
  • Além disso, informa que o valor da aquisição foi pago à vista, em dinheiro, descontados o endividamento líquido e uma parcela retida para contingências.
  • O HSCOR foi fundado em 2007, em Duque de Caxias, e atualmente opera um hospital cardiológico de alta complexidade, recentemente reformado. Também dispõe de 70 leitos, dos quais 20 são leitos UTI, e conta também com 6 salas de cirurgia, sendo 2 salas híbridas para procedimentos vasculares e neurológicos de alta complexidade. Em 2021,o HSCOR apresentou um faturamento líquido de R$ 50,6 milhões.
  • De acordo com a NotreDame Intermédica, o plano de integração avalia sinergias operacionais e administrativas, com as operações do grupo no estado do Rio de Janeiro.
  • “Com essa aquisição, a companhia passa a contar com cinco hospitais, dez centros clínicos, dois prontos-socorros autônomos, além de dois novos prontos-socorros em construção no centro do Rio de Janeiro e em Nova Iguaçu”, afirma a empresa, no texto.
  • A conclusão da compra não está sujeita à aprovação prévia da Agência Nacional de Saú

Petrobras (PETR4): ANP decide por R$ 576 milhões a serem pagos por royalties da SIX

  • A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou nesta quinta (10) a versão final do acordo com a Petrobras (PETR4) para pagamento de royalties devidos há anos pela produção de petróleo e gás proveniente de xisto na Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), da Petrobras, em São Mateus do Sul, no Paraná.
  • Ao contrário da proposta original, que previa o parcelamento da dívida total em 60 parcelas, a Petrobras terá de pagar 25% do total devido de royalties à vista (R$ 144 milhões) e o restante (R$ 432 milhões) em 60 prestações.
  • O valor total, de R$ 576 milhoes se referea dezembro de 2012 e será atualizado na ocasião do pagamento, informou o diretor.
  • “A solução para a controvérsia é requisito fundamental para que eventuais novas empresas deem continuidade à atividade”, explicou Bispo.
  • A SIX faz parte do portfólio de desinvestimentos da Petrobras e foi vendida em novembro do ano passado para a Forbes & Manhattan Resources Inc. (F&M Resources) por US$ 33 milhões.
  • A resolução terá que ser aprovada ainda pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e a Advocacia Geral da União (AGU).
  • A Lei do Petróleo (9.478/1997) não menciona a atividade de lavra de xisto betuminoso e a produção de petróleo e gás proveniente de xisto. Com isso, havia dúvida se suas regras valeriam também para os produtos provenientes da lavra e beneficiamento do xisto betuminoso.

B3 (B3SA3) tem queda de 17,1% no volume diário em janeiro, para R$ 30,6 bi

  • A B3 (B3SA3) divulgou nesta quinta-feira, 10, seus destaques operacionais. A empresa da bolsa registrou volume financeiro médio diário de R$ 30,652 bilhões em janeiro, o que representa queda de 17,1% na comparação com janeiro de 2021. Em relação a dezembro de 2021, houve aumento de 2,7%.
  • Os maiores volumes vieram do mercado à vista de ações, com R$ 29,654 bilhões na média diária, queda anual de 16,5%, e avanço mensal de 2,6%.
  • O número de investidores ativos chegou a 5,050 milhões, 49,6% a mais que em janeiro de 2021. Em relação a dezembro, houve crescimento de 0,7%. Os investidores pessoas físicas somaram 4,235 milhões, alta anual de 50,6% e mensal de 0,6%.
  • O número de empresas listadas passou de 409 para 461 em 12 meses. O valor de mercado das companhias recuou 13,2% na mesma base de comparação, e 1,4% em um mês, para R$ 4,537 trilhões.
  • No mercado de derivativos e futuros, o volume de contratos caiu 32% na comparação anual, e subiu 14,7% na mensal, para R$ 4,256 bilhões. Ainda no mercado de futuros, a receita média por contrato cresceu 26,8% na comparação com janeiro de 2021, para R$ 2,109. Em relação a dezembro, o indicador caiu 7,6%.

Embraer (EMBR3) avança em regulação de ‘carro voador’

  • Uma das empresas da Embraer (EMBR3), a Eve formalizou processo de obtenção de  certificado para o projeto do eVTOL – modelo popularmente conhecido como ‘carro voador’ – junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
  • Com isso, a Eve oficializa o compromisso de demonstrar cumprimento com os padrões técnicos internacionais e requisitos de aeronavegabilidade obrigatórios para a certificação das aeronaves da Embraer.
  • Com o apoio da Anac, a Eve dará continuidade às interações com as principais autoridades aeronáuticas estrangeiras, formalizando em breve o processo de validação do certificado de acordo com a sua estratégia global de negócio.
  • “Do ponto de vista da regulação há muito trabalho a ser feito, não somente em relação à tecnologia da aeronave, mas também na definição de todo ecossistema”, diz Roberto Honorato, superintendente de aeronavegabilidade da Anac.
  • O eVTOL da Eve é uma aeronave de pouso e decolagem vertical totalmente elétrica. De acordo com a Embraer, o modelo, projetado com foco nos usuários, proporcionará um transporte confortável, com baixo ruído e zero emissões de carbono.
  • “A formalização do processo de certificação do eVTOL é um passo importante para a continuidade das discussões que vêm sendo realizadas entre Eve e ANAC em direção à certificação do veículo para mobilidade urbana”, aponta Luiz Felipe Valentini, diretor de tecnologia da Eve.
  • Em dezembro do ano passado, a Eve e a Sydney Seaplanes, empresa da Austrália, anunciaram uma parceria para iniciar a implantação de operações de táxi aéreo elétrico na cidade de Sydney, com uma encomenda inicial de 50 aeronaves a ser entregue a partir de 2026.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop-1.jpg

Multiplan (MULT3): lucro líquido sobe 45,5% e alcança R$ 213,6 milhões no 4T21

  • A rede de shopping centers Multiplan (MULT3) divulgou nesta quinta-feira (10) que o lucro líquido do quarto trimestre de 2021 somou R$ 213,6 milhões, uma alta de 45,5% em relação ao mesmo período de 2020. Na base ajustada, o montante total foi de R$ 222,7 milhões.
  • No acumulado do ano, o lucro líquido foi de R$ 453 milhões, uma queda de 53% em comparação ao ano anterior.
  • Já a receita líquida da Multiplan cresceu 47,8% ante resultados de 4T20, para R$ 445,7 milhões. O Ebitda da Multiplan (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 285,1 milhões. Na base ajustada, o total foi de R$ 294,3 milhões, crescimento de 82,3%, com margem de 66%.
  • A receita de locação representou R$ 442,2 milhões no 4T21, comparada aos R$ 321 milhões do ano passado, equivalente a um aumento de 37,8%.
  • A companhia encerrou o trimestre com dívida líquida de R$ 2,483 bilhões, aumento de 9,7% ante o terceiro trimestre deste ano. Por outro lado, a alavancagem medida por dívida líquida sobre Ebitda caiu de 3,36x em setembro para 3,06x em dezembro, impulsionada pelo crescimento de 20,2% do Ebitda na comparação do trimestre anterior.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Itaú (ITUB4) lucra R$ 7,16 bi, alta de 32,87%, e carteira de crédito atinge R$ 1,027 tri em dezembro

  • O Itaú Unibanco (ITUB4) registrou lucro recorrente gerencial de R$ 7,16 bilhões no quarto trimestre de 2021, uma alta de 32,87% em relação ao mesmo período do ano anterior. O retorno recorrente gerencial sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) foi de 20,2% no consolidado, enquanto no Brasil o retorno atingiu 20,9%.
  • Entre os fatores que mais influenciaram os resultados do Itaú no 4T21 estão o crescimento da margem financeira com clientes, impulsionado pelo maior volume de crédito e da mudança de mix de produtos, com maior crescimento relativo de produtos com melhores spreads.
  • “Também contribuiu para os números o aumento das receitas de prestação de serviços em razão da melhora na atividade econômica e do consequente crescimento das receitas com cartões”, diz o banco, no relatório.
  • A carteira de crédito total — incluindo garantias financeiras e títulos privados — cresceu 18,1% ante o quarto trimestre de 2020, atingindo R$ 1,027 trilhão. O desempenho refletiu a performance das carteiras de crédito de pessoas físicas e de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), que avançaram 30,1% e 23,4%, respectivamente.
  • O custo do crédito, que inclui a despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD), totalizou R$ 6,20 bilhões no quarto trimestre, uma alta de 2,8% quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado.
  • Segundo o Itaú, o aumento no custo de crédito foi impulsionado por maior provisionamento pelos negócios de varejo no Brasil, “com maior originação em produtos de crédito ao consumo sem garantias”, indica relatório.
  • O índice de inadimplência, medido por créditos vencidos há mais de 90 dias, ficou em 2,5%, com aumento de 0,2 ponto percentual na base anual. “Esse aumento ocorreu no segmento de pessoas físicas no Brasil e está relacionado com o crescimento da carteira de crédito, que cresceu 9,5% neste segmento e 6,7% no total”.
  • As receitas com serviços e seguros aumentaram 5,8% na comparação anual, tendo os resultados da XP Inc. contribuído durante apenas 5 meses, diz o relatório do Itaú. Desconsiderando o resultado da XP, o crescimento teria sido de 7,2%.
  • “Esse aumento ocorreu em função do maior faturamento na atividade de emissão de cartões e dos maiores ganhos com assessoria econômico-financeira associados com a maior atividade do mercado de capitais“, indica o balanço do Itaú.

Da Vale ao Itaú, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2021/09/960x136-1-1.png

Victória Anhesini

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno