As ações da Vale (VALE3) e das demais mineradoras subiram em bloco nesta quarta (17), ajudando o Ibovespa a fechar em alta e na casa dos 109 mil pontos. Esse movimento ocorre após os contratos futuros de minério de ferro subirem para seus níveis mais altos nas últimas três semanas.
No fechamento do Ibovespa hoje, os papéis VALE3 subiram 3,30%, ao preço de R$ 69,87 – as ações da Vale ocupam 14,3% do espaço do principal índice da Bolsa brasileira.
Além da Vale, as ações de mineradoras na Bolsa também subiram em bloco. Confira:
- Bradespar (BRAP4), subsidiária da Vale: alta de 3,85%, aos R$ 22,91;
- CSN Mineração (CMIN3): alta de 5,39%, aos R$ 4,69;
- CBA – Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3): alta de 8,74%, a R$ 5,35.
Além de Vale, confira outros destaques desta quarta-feira:
IRB (IRBR3) derrete 8,4% na Bolsa apesar de ‘sinais positivos’ no balanço; veja por quê
- As ações do IRB Brasil (IRBR3) despencaram 8,4% no Ibovespa desta quarta-feira (17), um dia após a resseguradora divulgar seu balanço trimestral.
- O lucro do IRB foi de R$ 8,55 milhões no primeiro trimestre deste ano, ante expectativas de R$ 1 milhão de prejuízo do consenso Bloomberg. O resultado mostra uma queda de 89% no comparativo com igual período do ano anterior.
- Segundo o BB Investimentos, o IRB mostrou um resultado relativamente positivo, com avanços significativos em algumas linhas, como o resultado positivo de R$ 3,7 milhões de underwriting, o primeiro após sete trimestres negativos.
- Contudo, do lado negativo, analistas destacam um consumo de caixa operacional de R$ 411,2 milhões, comparado a um consumo de 288,1 milhões em igual etapa do ano anterior, aumento explicado pelo maior pagamento de sinistros e pelo maior volume de retrocessão.
- “O IRB encerrou o trimestre com recursos suficientes para manter o enquadramento regulatório de suficiência do patrimônio líquido ajustado (105% do capital mínimo requerido) e de cobertura de provisões técnicas (238.9 milhões). Entretanto, o risco de futuros prejuízos desenquadrarem a companhia ainda é relevante, em nossa opinião”, acrescentam os especialistas.
- A recomendação da casa é neutra para IRBR3, com preço-alvo de R$ 36,70.
CPI da Americanas (AMER3) é instalada na Câmara; veja os deputados indicados para a comissão
- A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta (17) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o rombo contábil registrado na Americanas (AMER3). O deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE) será presidente do colegiado e o deputado Carlos Chiodini (MDB-SC) ficará com a relatoria.
- A CPI, protocolada pelo líder do PP na Câmara, André Fufuca (MA), terá 27 membros titulares e 27 suplentes. Apenas 17 titulares foram indicados até o momento. A leitura do requerimento para instalação do colegiado foi feita pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), no dia 26 de abril.
- A primeira sessão da comissão foi iniciada na tarde desta quarta. Logo no início dos trabalhos, Ribeiro disse que é preciso investigar quem cometeu fraude, mas sem desestabilizar a economia do País.
- “Teremos um trabalho árduo pela frente porque é um tema que precisamos ter muita responsabilidade, logicamente tendo o compromisso de punir aqueles que possivelmente fraudaram ou tentaram fraudar o mercado financeiro, mas também temos que ter a consciência de não desestabilizar a economia do País, principalmente no momento que vivemos”, afirmou o presidente da CPI da Americanas.
- “O Brasil precisa ter um ambiente de negócios equilibrado, mas não podemos admitir qualquer tipo de fraude que possa arranhar a imagem do nosso País no que diz respeito a nossa economia”.
- Confira os membros titulares da CPI indicados até o momento
- Alex Manente (Cidadania-SP)
- Alexandre Guimarães (Republicanos-TO)
- Átila Lira (PP-PI)
- Carlos Chiodini (MDB-SC)
- Diego Coronel (PSD-CE)
- Domingos Neto (PSD-CE)
- Fausto Santos Jr. (União-AM)
- Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE)
- João Carlos Bacelar (PL-BA)
- Jorge Goetten (PL-SC)
- Junior Mano (PL-CE)
- Maurício Carvalho (União-RO)
- Mauro Benevides Filho (PDT-CE)
- Mendonça Filho (União-PE)
- Robinson Faria (PL-RN)
- Thiago de Joaldo (PP-SE)
- Vicentinho Junior (PP-GO)
Um dia após a maior queda diária desde o IPO: é hora de comprar Magazine Luiza (MGLU3)? Confira análises
- Com a apresentação dos números do primeiro trimestre de 2023 (1T23), as ações do Magazine Luiza (MGLU3) protagonizaram um pesadelo na terça (16) e registraram sua maior queda diária desde o IPO: 22,83%. Contudo, para o investidor que pensa no longo prazo, agora é uma boa hora para comprar as ações da varejista?
- Nesta quarta (17), os papéis da varejista encerraram o Ibovespa em queda de 0,59%, a R$ 3,36.
- De acordo com o mapeamento do Status Invest, o preço-alvo médio das ações do Magazine Luiza está em R$ 4,49. Sete analistas recomendam que o investidor aguarde, enquanto quatro profissionais indicam uma “compra forte” desses papéis.
- O Suno Notícias coletou recomendações de sete casas sobre o que fazer com as ações do Magalu.
Natura (NTCO3) tem venda da Aesop aprovada pelo Cade
- A superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a venda da Aesop pela Natura (NTCO3) à L’Oreal.
- A operação da Natura de R$ 12,74 bilhões será definitivamente aprovada se nenhum concorrente se manifestar sobre a questão.
- A Aesop é uma empresa australiana que fabrica produtos para a pele, corpo e cabelo, com um mix de ingredientes botânicos e desenvolvidos em laboratórios, sendo adquirida pela Natura em meados de 2012, pela cifra de US$ 70 milhões.
- A L’Oréal, por sua vez, é uma multinacional francesa de cosméticos presente em 130 países e fundada em 1909, com sede em Clichy, com especialização em produtos para cabelos, protetores solares e também no ramo dermatológico.
- A L’Oréal Austrália, integralmente detida pela L’Oréal, deve adquirir a totalidade do capital social e votante da Natura Brazil Pty, holding detentora do Grupo Aesop atualmente detida pela Natura Cosméticos.
- Pretende depois fomentar e expandir o potencial de crescimento da Aesop.
- Na outra ponta, a Natura deve incrementar o caixa e remar na direção da desalavancagem financeira, posicionando a empresa com um foco no seu core business e também na integração dentro da América Latina.
- A superintendência do Cade afirma que a Aesop não é uma marca significativa no segmento de beleza e cuidados pessoais no Brasil, independentemente da definição de mercado relevante considerada.
- “O aumento de concentração de mercado resultante da operação proposta é, em todos os cenários analisados, desprezível e não desperta quaisquer preocupações concorrenciais”, diz o parecer.
Petrobras (PETR4): Nova política de preços ‘afasta os piores cenários’ para a empresa, dizem analistas do Itaú BBA
- A discussão em torno da nova política de preços da Petrobras (PETR4) ainda gera dúvidas nos agentes econômicos. Porém, na visão do Itaú BBA, o que foi proposto pela petroleira “afasta os piores cenários” desenhados pelos especialistas do banco.
- “Ainda que não dê muita clareza aos parâmetros e periodicidades dos reajustes, o anúncio afasta os piores cenários que nos preocupam e considera uma abordagem técnica razoável como alternativa ao preço de paridade de importação (PPI) baseado nos valores marginais de produtos para a Petrobras”, argumentam os analistas do BBA Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello.
- O trio recorda que, nos últimos meses, uma mudança radical na política de preços da Petrobras “era um grande risco na tese de investimentos na companhia”.
- “Esse valor marginal é uma saída do modelo de otimização linear que funciona bem como uma proxy para o custo de oportunidade da empresa para seus produtos e pode indicar diferentes referências de preços entre regiões que podem variar entre as alternativas de exportação e importação para a produção de combustível da empresa. Vemos o valor marginal funcionando como um preço mínimo de referência para a empresa definir preços competitivos para gasolina e diesel em cada região do país, considerando os níveis desejados de market share e utilização da refinaria”, destacam os especialistas.
- “Além disso, o anúncio parece ter sido bem recebido pelos membros do governo, o que pode ajudar a aliviar a pressão associada sobre a empresa. Resta, porém, a questão de como a empresa conseguirá evitar a transferência da volatilidade para os preços domésticos caso os preços internacionais ou as taxas de câmbio voltem a disparar, forçando os custos de oportunidade significativamente para cima”.
- Por volta das 15h25 desta quarta (17), as ações da Petrobras eram negociadas em queda de 1,29%, a R$ 25,96.
Aéreas decolam no Ibovespa: Azul (AZUL4) sobe 15% e Gol (GOLL4) tem alta de 9%. O que houve?
- As companhias áreas foram destaque no Ibovespa hoje desta quarta (17). No intradia, as ações da Azul (AZUL4) já lideravam o ranking das maiores altas do índice e chegaram a entrar em leilão. Logo em seguida, quem também voava eram os papéis da Gol (GOLL4). Mantiveram o curso e fecharam em forte alta.
- Os papéis AZUL4 subiram 14,89% no Ibovespa hoje, ao preço de R$ 14,20, e entraram em leilão neste patamar. De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações da Azul caíram 35,14%.
- Na última segunda (15), a companhia aérea apresentou seus números do balanço do primeiro trimestre de 2023 (1T23). A empresa fechou o primeiro trimestre de 2023 com um prejuízo líquido ajustado de R$ 727,6 milhões, queda de 10% ante o 1T22. Segundo a empresa, o “resultado líquido foi ajustado por resultados não realizados de derivativos e taxa de câmbio”.
- Confira os principais números do balanço da Azul:
- Receita líquida total: R$ 4.478 bilhões, alta de 40,3% ante 1T22;
- Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização): R$ 1.030 bilhão, alta de 73,8% ante 1T22;
- Resultado líquido ajustado: Prejuízo de R$ 727,6 milhões, queda de 10% ante 1T22.
Apesar de ‘onda de otimismo’ com Nubank (NUBR33), BTG mantém cautela e segue neutro com ações
- Pelo segundo trimestre consecutivo, o Nubank (NUBR33) apresentou surpresas positivas em seu balanço. Após um quarto trimestre de 2022 com ROE (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido) considerado muito elevado por algumas casas, agora, no primeiro trimestre deste ano, o banco digital entregou um lucro acima das projeções, de US$ 141,8 milhões.
- Os números do resultado do Nubank foram suficientes para analistas revisarem algumas teses ou aumentarem expectativas com os papéis do banco digital. Além disso, para ocasionar uma alta de cerca de 10% nos papéis listados em Nova York.
- Apesar disso, o BTG Pactual destacou que apesar da melhora nas últimas linhas do balanço da fintech, a cautela ainda deve ser mantida, dados os preços e múltiplos atuais.
- A recomendação da casa, assim, segue neutra para as ações do Nubank, com preço-alvo de US$ 7, ante uma cotação atual na casa dos US$ 6,10.
- “A rentabilidade no Brasil foi muito forte, com impressionante diluição de custos, enquanto aceleração capex/opex no México/Colômbia e novos produtos no Brasil foram adiadas para um futuro mais provável. Dado o crescimento acelerado do NU, pequenas mudanças de margem fazem uma grande diferença nos resultados, principalmente no que tange ao imposto sobre vendas, quando o ROE consolidado ainda está crescendo”, diz a casa.
- Apesar da cautela, o lucro projetado para este e os próximos anos foi elevado. Para 2023, o BTG espera US$ 730,8 milhões de lucro no acumulado anual, ante US$ 1 bilhão em 2024 e US$ 1,6 bilhão no ano subsequente.
- “A administração espera uma alíquota menor nos próximos trimestres, com o uso de juros sobre benefícios fiscais patrimoniais e/ou créditos fiscais de prejuízos passados. A taxa de imposto efetiva no primeiro trimestre foi um 42% muito alto. Para o segundo trimestre, enquanto esperamos um EBT menor em comparação com o primeiro trimestre devido ao limite de intercâmbio e maiores despesas por novas vias de crescimento, e menor imposto, o que se traduz em uma projeção de lucro de US$ 179 milhões no próximo trimestre”, acrescenta.
Da Vale à Americanas, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.