A Totvs (TOTS3) divulgou que concluiu, nesta segunda-feira (31), a criação de uma joint venture com o Itaú Unibanco (ITUB4) para atuar em techfin, empresa de tecnologia que oferece serviços financeiros.
No acordo da transação, o Itaú passa a deter 50% do capital social da Totvs Techfin, mediante aporte primário de R$ 200 milhões no capital social da unidade e pagamento à Totvs de R$ 410 milhões à vista e até R$ 450 milhões a serem pagos após 5 anos, a título de preço complementar (earn-out) – mediante o atingimento de metas alinhadas aos objetivos de crescimento e performance da joint venture.
Segundo a Totvs, a transação com o Itaú marca o início de uma operação focada no desenvolvimento e distribuição de serviços financeiros, que une ciência de dados, integração com ERPs e ampla distribuição, além de acesso a funding para expansão.
“Com potencial transformacional, este modelo de negócio possibilitará à Totvs Techfin ampliar, simplificar e democratizar o acesso a uma extensa oferta de produtos financeiros no mercado B2B, beneficiando pequenas e médias empresas e toda a cadeia produtiva do país”, diz a empresa em comunicado.
Além de Itaú, confira outros destaques desta segunda-feira:
Weg (WEGE3) investe R$ 87 milhões em novas fábricas em Santa Catarina
- A Weg (WEGE3) anunciou, nesta segunda-feira (31), que investirá R$ 87 milhões na construção de duas novas fábricas no município de Itajaí, em Santa Catarina, com o objetivo de aumentar a capacidade e a verticalização dos processos produtivos.
- Com o investimento da Weg, será construída uma serralheria específica para a fabricação de partes, peças e invólucros para inversores de frequência, soft-starters e chaves especiais para fabricantes de máquinas. A empresa terá ainda nova fábrica de tomadas e interruptores para atender o mercado de infraestrutura predial, comercial e residencial.
- “O prédio da nova fábrica de tomadas e interruptores terá aproximadamente 5.500 m² de área construída e a nova serralheria, 12.000 m²”, diz a Weg.
- Ambas foram projetadas de forma a permitir o aumento gradual, de forma modular, da capacidade de produção da Weg. O prazo de conclusão está fixado para final de 2024.
- Além disso, a Weg vai ampliar sua área construída em Itajaí e deverá abrir mais de 300 novos postos de trabalho nos próximos 5 anos. Atualmente, a empresa conta com mais de mil colaboradores nas operações no município.
Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) têm sessão de ganhos no Ibovespa; saiba por quê
- As ações de Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) avançaram no Ibovespa nesta segunda-feira (31), com uma possível redução da taxa Selic na próxima quarta-feira (2) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) animando os investidores e impulsionando os papéis do setor de varejo.
- No fechamento, os papéis da Via subiram 1,41%, cotados a R$ 2,16, enquanto os ativos do Magazine Luiza despontaram com alta de 5,68%, a R$ 3,35. As ações ordinárias de Lojas Renner (LREN3) cresceram 0,59%, a R$ 18,75, assim como as de Petz (PETZ3), que subiam 3,24%, a R$ 7.
- Para Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, o varejo é muito afetado quando dos juros têm uma expectativa de queda. Com uma projeção maior de corte de 0,50%, o mercado se anima mais.
- “Tivemos mais cedo o Boletim Focus projetando queda de inflação tanto para este ano como para 2024. A estimativa de IPCA para 2023 caiu de 4,90% para 4,84% e, para 2024, de 3,90% para 3,89%, o que acaba reforçando esse cenário de queda de juros na próxima reunião do Copom. E com isso, as ações de varejo são muito beneficiadas”, disse.
- Além de um cenário de corte da Selic, o que acaba tirando a pressão de empresas que sofrem com despesas e custos financeiros como Via e Magazine Luiza, a animação do mercado aumenta com a melhora do rating do Brasil na semana passada, diz Fábio Lemos, sócio da Fatorial Investimentos.
- “Há uma esperança que possamos ver um corte de 0,50% na Selic, o que seria de grande ajuda para o caixa das empresas com alavancagem alta, como do setor de varejo. Vale ressaltar que inflação já cedeu e agora, com juros menores, podemos ver a volta dos ânimos do setor de consumo e o tão prometido incentivo ao setor de eletrodomésticos e linha branca podendo animar o setor”, pontuou.
IRB (IRBR3): banco diz que “o pior parece ter ficado para trás”, mas recomenda venda das ações; entenda por quê
- O IRB (IRBR3) está em meio a uma reviravolta, começando a render resultados positivos, avalia o BTG, em relatório divulgada nesta segunda-feira, 31. Porém, os analistas do banco enfatizam que há muitas dúvidas sobre como a empresa sairá desse processo, recomendando a venda das ações.
- “O próprio CEO do IRB afirmou que ‘ninguém sabe realmente o retorno do capital que a IRB deve entregar.’ A equipe de gestão disse ainda não ser possível olhar os resultados do mês e tirar conclusões significativas devido à alta volatilidade”, diz o BTG se referindo à entrevista do presidente do IRB, Marcos Falcão, ao Brazil Journal.
- Segundo o BTG, o desafio da empresa é finalizar essa fase de ajustes, incluindo limpar o portfólio para conter riscos mal precificados e fazer a empresa crescer de novo. “O IRB continua reduzindo sua exposição ao resseguro internacional e espera retomar o crescimento no mercado consolidado no próximo ano.”
- Atualmente, a participação do IRB no mercado brasileiro de resseguros é de aproximadamente 20%, mas a companhia espera recuperar gradativamente a participação de mercado com foco na rentabilidade.
- Outro ponto destacado por analistas foi a confirmação por parte da IRB sobre as ações terem sofrido uma hype/especulação devido à sua forte concentração entre investidores de varejo. A empresa também indicou a possibilidade de realizar um Investidor Day, no Rio de Janeiro, em agosto.
Copasa (CSMG3): Lucro sobe para R$ 249 milhões no 2T23
- A Companhia de Saneamento de Minas Gerais, a Copasa (CSMG3) reportou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2023, apresentando um crescimento expressivo no lucro líquido e EBITDA ajustado. Apesar disso, a companhia ainda ficou abaixo do projetado pelo consenso Bloomberg em ambos os indicadores financeiros.
- O lucro líquido da Copasa alcançou R$ 249,3 milhões, um aumento de 38,2% em relação ao mesmo período de 2022. O consenso de mercado, contudo, mirava R$ 293 milhões de lucro.
- O EBITDA ajustado totalizou R$ 647,8 milhões no 2T23, representando um crescimento de 31,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
- A margem EBITDA ajustada atingiu 40,4%, mostrando um aumento de 4,8 pontos percentuais frente ao 2T22.
- A receita líquida da Copasa somou R$ 1,57 bilhão no segundo trimestre deste ano, apresentando um crescimento de 17,6% em comparação com igual período de 2022.
- O lucro bruto foi de R$ 660,9 milhões entre abril e junho de 2023, representando um aumento de 14,1% na comparação anual.
- O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 21,7 milhões no segundo trimestre de 2023, uma diminuição de 72,8% em relação às perdas financeiras do mesmo período de 2022.
Taurus (TASA4) fecha acordo com empresa saudita e mira joint venture
- A Taurus (TASA4) informou nesta sexta-feira (31) que celebrou um Memorando de Entendimentos (MoU), não vinculante, para permitir o estudo de viabilidade da constituição de uma joint venture no Reino da Arábia Saudita com a empresa Scopa Defense Trading LLC.
- O objetivo da joint venture da Taurus, se obtidas todas as autorizações estatutárias e legais, será a fabricação de armas da companhia no Reino da Arábia Saudita e comercialização em toda a região do GCC (Cooperation Council for the Arab States of the Gulf), que tem como membros os seguintes países: Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã.
- Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que a parceria, caso efetivada, também busca atender uma série de programas e plataformas do projeto Saudi Vision 2030, que objetiva uma posição abrangente e ambiciosa para o Reino da Arábia Saudita (KSA) até o ano de 2030, com várias frentes estratégicas para promover o desenvolvimento econômico e social da região, principalmente na área de defesa.
- A partir da assinatura do MoU, as partes terão até 12 meses para concluir os estudos de criação da joint venture e o plano de negócios a ser desenvolvido e, será definida a participação de cada uma das partes envolvidas, bem como as demais condições para efetivação da joint venture.
- Durante este período, a Scopa atuará como agente de negócios e distribuidora da Taurus para explorar oportunidades de negócios para as Forças Policiais e Militares em toda a região do GCC.
- A Scopa Defense Trading é uma empresa de defesa do Reino da Arábia Saudita.
- A companhia pertence a Mohammad bin Abdulaziz Alajlan, vice-presidente do Grupo Ajlan & Bros, fundado em 1979, que detém participação em mais de 75 empresas e emprega cerca de 15 mil funcionários em diversos países, sendo um conglomerado atuante em diversos setores estratégicos.
- Segundo a Taurus, a Arábia Saudita possui atualmente o 5º maior orçamento de defesa no mundo e planeja que, até o ano de 2030, 50% dos investimentos militares tenham origem em empresas locais.
- “A celebração desse acordo é mais um passo importante na estratégia global da Taurus como líder mundial na fabricação de armas leves e transferência de tecnologias, tendo como base a rentabilidade sustentável, qualidade e melhoria dos indicadores financeiros e operacionais, além do forte investimento no desenvolvimento de tecnologias de novos produtos, processos e materiais”, afirma a companhia.
Petrobras (PETR4) pagará mais ou menos dividendos? Veja análises
- Após meses sob nova gestão do Governo Federal, a Petrobras (PETR4) anunciou sua nova política de dividendos, prevendo um pagamento mínimo US$ 4 bilhões ao ano caso o barril de petróleo Brent fique acima dos US$ 40.
- Com a nova política de dividendos da Petrobras já anunciada, os papéis da estatal sobem, com alta de 4%, por volta das 14h10.
- As novidades acerca da companhia foram recebidas bem pelos analistas, ainda que com algumas ressalvas.
- Especialistas do BTG Pactual destacaram que a nova política “não é tão ruim quanto temiam, porém também não tão boa quanto tinham esperanças que fosse”.
- “Quantitativamente falando, não vemos o anúncio como o catalisador que alguns esperavam, com nossas estimativas de payout ficando praticamente inalteradas. Qualitativamente, nossos sentimentos são confusos. Enquanto a atualização transmite uma alocação racional de capital, também deixa uma ampla gama de possibilidades em aberto, adicionando uma camada de subjetividade a algumas métricas-chave de política”, destacam os analistas da casa.
- Os analistas chamaram atenção para os pontos:
- Pagamento de 45% da diferença entre FCF operacional e capex, ante 60% vistos antes
- Uma possível revisão do pacto de dívida bruta para distribuição (atualmente em US$ 65 bilhões)
- Capex agora considera fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês)
- Potencial lançamento de um programa de recompra de ações
- Atualmente o BTG mantém recomendação neutra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de US$ 14 para as ADRs da empresa.
- Analistas do Santander mantiveram recomendação de compra, com preço-alvo de US$ 19, e destacaram ‘pagamento mais baixo, mas ainda sólido’, e o potencial de recompre de ações.
- “A política de remuneração estabelece distribuições trimestrais equivalentes a 45% do Fluxo de Caixa Livre (FCF), antes da próxima revisão de seu plano estratégico 2024-28. O novo pagamento implica em um dividend yield (DY) projetado para 2023 de 13% e de 9% para 2024″, destaca a casa.
Do Itaú à Petrobras, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.