Radar: Vitória judicial da Light (LIGT3) sobre dívidas, Tegma (TGMA3) pagará dividendos milionários e Banco do Brasil (BBAS3) dispara no Ibovespa
A Tegma Gestão Logística (TGMA3) surpreendeu os investidores ao anunciar nesta quarta (12), após o fechamento do mercado, que pagará R$ 39,5 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). Contudo, a data de corte foi hoje e, a partir de amanhã, os papéis serão negociados sem direito a esses proventos.
De acordo com o comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os gestores da Tegma tomaram essa decisão na assembleia geral ordinária e extraordinária realizada nesta quarta. Os recursos têm como base o lucro líquido apurado pela companhia no ano passado e serão entregues aos investidores no dia 24 de abril.
Os R$ 39,5 milhões em proventos estão divididos da seguinte forma:
- R$ 29,6 milhões em dividendos intercalares, sendo que o valor por ação será de R$ 0,45.
- R$ 9,8 milhões em JCPs, correspondente a R$ 0,13 por ação.
“Terão direito ao recebimento dos referidos proventos todos os titulares de ações ordinárias da companhia no dia 12 de abril de 2023 (Data de Corte), sendo que as ações da companhia passarão a ser negociadas ‘ex- dividendos e ex-juros sobre capital próprio‘ a partir de 13 de abril de 2023″, destacou a companhia.
Além de Tegma, confira outros destaques desta quarta-feira:
Light (LIGT3): Justiça autoriza suspensão temporária de R$ 11 bi em dívidas; ações sobem
- A Light (LIGT3) conseguiu uma vitória judicial nesta quarta (12): a 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro autorizou a suspensão temporária do vencimento das dívidas da empresa, que somam cerca de R$ 11 bilhões. Com essa informação positiva, as ações da empresa fecharam em alta de 0,95% hoje.
- Em comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os gestores da Light informaram que a medida cautelar pode ser prorrogável por mais 30 dias, mantendo os “efeitos de eventuais decretações de vencimento antecipado e/ou amortização acelerada já ocorridas, […] impedindo-se novas decretações nesse sentido”.
- “A Medida Cautelar tramita em segredo de Justiça”, complementou a empresa no informe ao mercado.
- No início da manhã desta quarta, a empresa do setor elétrico havia publicado um fato relevante no qual informava o mercado sobre o pedido de urgência desta medida cautelar.
- “A medida cautelar foi ajuizada em caráter de urgência por entenderem as companhias [Light e subsidiárias] que, dadas as circunstâncias atuais que as envolvem, a propositura da referida ação é a medida mais adequada, neste momento, para permitir e viabilizar a readequação e/ou equalização das obrigações abrangidas pela medida cautelar, inclusive por meio de negociações coletivas em ambiente específico e apropriado para tanto, e a implementação de melhorias na estrutura de capital das companhias”, justificou.
Banco do Brasil (BBAS3) dispara quase 7% e puxa ganhos no Ibovespa; entenda a alta
- As ações do Banco do Brasil (BBAS3) fecharam em alta de 6,8%, cotadas a R$ 42,72, nesta quarta-feira (12), segunda maior alta do Ibovespa.
- Os papéis puxaram o índice, que subiu cerca de 0,64% no seu segundo pregão de otimismo consecutivo. Isso ocorre após uma leva de especialistas destacar otimismo com as ações do Banco do Brasil.
- Os especialistas do Santander destacaram que miram um preço-alvo de R$ 62, ante negociações na casa dos R$ 42.
- A expectativa é de ‘resultados sólidos’ para o próximo trimestre.
- “Esperamos que o Banco do Brasil reporte fortes resultados trimestrais mais uma vez, com crescimento de lucro de 28% na base anual, para R$ 8,49 bilhões. Isso, beneficiando-se do crescimento saudável dos empréstimos e das melhorias nas margens devido ao maior rendimentos”, diz a casa.
- O BBA, da mesma forma, prevê Banco do Brasil e BB Seguridade com “resultados mais resilientes e com chance de surpresas positivas”.
- “Para os grandes bancos esperamos que as carteiras de empréstimos mostrem um crescimento escasso no primeiro trimestre. Embora o evento de crédito das Lojas Americanas foi quase totalmente reservado durante o 4T22, a demanda por crédito vacilou em 1T23 devido às condições mais difíceis e/ou aversão ao risco por parte dos credores. A NII do cliente também tende a apresentar pouco crescimento sequencial como resultado de carteiras de menor risco e um mix de financiamento pior”, diz a casa.
- A recomendação do Itaú BBA é de compra para os papéis BBAS3, com preço-alvo de R$ 48.
B3 (B3SA3): mercado de ações cai 20,5% em março para R$ 26,4 bilhões
- A B3 (B3SA3) registrou uma queda de 20,5% no volume financeiro médio diário em março de 2023 em comparação com o mesmo mês de 2022, totalizando R$ 26,4 bilhões em transações diárias. As informações são do relatório de destaques operacionais, divulgado pela bolsa brasileira nesta quarta (12).
- O volume ficou estável em relação a fevereiro (variação positiva de 0,1%), o mercado à vista de ações na B3 caiu em relação a março do ano passado. Houve um recuo de 20,6% no comparativo anual, totalizando R$ 25,5 bilhões em negociações diárias.
- Apesar da queda no volume financeiro, o número de contas cadastradas na B3 apresentou um crescimento anual de 21,6%, totalizando 6,16 milhões de contas ativas em março.
- O número de CPFs cadastrados também aumentou. Foi registrado um crescimento de 23,4% em relação ao ano anterior, totalizando 5,27 milhões de investidores pessoa física na bolsa brasileira. Em relação a fevereiro de 2023, a expansão foi de 0,5%.
Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini têm fusão aprovada pelo Cade
- O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) negou um pedido de destaque que poderia prolongar a análise sobre a fusão entre o Fleury (FLRY3) e o Hermes Pardini (PARD3). Por maioria de votos, a decisão seguiu o parecer da Superintendência Geral da autarquia, que havia se manifestado pela aprovação do negócio
- A aquisição do terceiro maior grupo de medicina diagnóstica do país pelo segundo maior resultará em uma empresa com 39 marcas e R$ 6,1 bilhões em receita líquida, um patamar próximo da líder de mercado, a Dasa (DASA3). A combinação entre o Fleury e Pardini passará a ter 487 unidades e 6,6 mil clientes.
- Com a negativa da avocação [quando a autoridade superior competente traz para si a responsabilidade para solucionar, modificar e implementar determinado Processo/Procedimento administrativo] por quatro votos a três, a operação foi considerada aprovada pelo Cade. Os conselheiros acreditam que a análise feita pela SG sobre a operação foi suficiente para indicar que não há problemas concorrenciais.
- A fusão entre Fleury e Pardini vai mudar significativamente o mercado de medicina diagnóstica no Brasil. Isso porque a nova empresa terá uma posição ainda mais forte no mercado, batendo de frente com a Dasa — que atualmente detém uma fatia significativa.
Do Tegma ao Fleury, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.