Radar: Taesa (TAEE11) pagará rendimentos milionários, TIM (TIMS3) fecha parceria com Ambev (ABEV3) e analistas veem valorização da Weg (WEGE3)
A Taesa (TAEE11) pagará rendimentos aos detentores de debêntures da 1ª e 2ª séries da 11ª emissão da companhia. O valor total pago será de R$ 128,6 milhões.
O pagamento de rendimentos da Taesa ocorrerá na próxima segunda-feira, dia 15 de janeiro, conforme comunicado pela companhia.
As debêntures da Taesa são todas simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografárias e em duas séries, emitidas em 15 de janeiro de 2022.
Serão pagos R$ 75 milhões a título de amortização para os detentores de TAEEB1. Os mesmos títulos também darão direito a R$ 66,34 por papel a título de juros, totalizando R$ 9,95 milhões.
Além disso, os detentores dos títulos TAEEC1 receberão R$ 67,27 por papel, representando R$ 43,7 milhões no total.
Além da Taesa, confira outros destaques desta sexta-feira:
TIM (TIMS3) fecha parceria com Ambev (ABEV3) dentro do Zé Delivery para fidelizar base de pré-pago
- A TIM (TIMS3) fechou parceria com a Ambev (ABEV3) para atrelar a recarga de créditos em aparelhos pré-pagos a um cashback no serviço de entrega Zé Delivery, da fabricante de bebidas. A ideia é ampliar o leque de benefícios dessa clientela e aumentar sua fidelização.
- A parceria entre a TIM e a Ambev, que vai contar com publicidade massiva ao grande público, permite desconto de R$ 15 por mês no delivery a cada recarga de valor igual ou superior junto à operadora de telefonia. O cupom de desconto pode ser usado em compras a partir de R$ 70 no Zé Delivery, sem contar com o valor de frete.
- Ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o vice-presidente de receitas da TIM, Fabio Avellar, afirma que mais do que simples promoção, o movimento inaugura uma diversificação na estratégia de atração e fidelização de clientes pré-pagos, parte relevante do negócio. Segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), referentes a novembro, a Tim tem 33,6 milhões de clientes pré-pagos, o que representa mais da metade de sua base (55%) e 31,4% do mercado, disputado de forma acirrada com Vivo (VIVT3) e Claro.
- “Estamos avançando para uma nova geração de oferta para o cliente, com um benefício que vai além do nosso próprio segmento (telefone e internet) e do entretenimento com serviços de streaming, que marcou os últimos anos do mercado de telefonia móvel”, diz Avellar.
- Nos últimos cinco anos, a oferta associada de serviços de streaming de música e vídeo, como Deezer, Amazon Prime, Netflix, HBO Max e YouTube Premium, marcou de forma crescente os pacotes de telefonia oferecidos no mercado. Segundo Avellar, esses serviços são mais comuns para planos pós-pagos, mas a Tim oferece um deles, o Amazon Prime, para clientes pré-pagos, o que já faz parte da estratégia de diferenciação.
- Agora nasce uma estratégia de descontos associados a outros serviços do dia a dia do usuário. Na TIM, diz Avellar, isso já tinha começado por meio de parceria com o serviço de saúde Cartão de Todos, que oferece consulta online e descontos na compra de medicamentos aos usuários. Em fase piloto, o projeto já roda no Rio, Bahia e toda a região Sul. O racional por trás é o fato de mais de 75% da população não ter acesso à saúde suplementar, em geral usuários de telefonia pré-paga.
- “A ideia é se diferenciar, sair do óbvio, que é oferecer mais gigas. O cliente não quer só mais dados, ele quer assistir a jogos de futebol no streaming, pedir cerveja gelada, ter uma alternativa de saúde para a família. São necessidades orgânicas da sociedade, que vamos atender”, diz Avellar.
- O balanço da TIM no terceiro trimestre de 2023 mostrou crescimento da receita do pré-pago de 2,9% na comparação com o mesmo período de 2022. No acumulado dos nove meses até setembro de 2023, esse crescimento foi de 12,9% em relação a um ano antes. A receita média por usuário no período foi de R$ 30,20, com alta de 21,1% na comparação anual. No pré-pago, especificamente, esse valor por usuário foi de R$ 15, um avanço de 17,1% na mesma base de comparação.
Weg (WEGE3): analistas veem valorização das ações, mas divergem sobre o lucro da empresa em 2024
- O Itaú BBA manteve recomendação neutra para as ações da Weg (WEGE3), com preço-alvo de R$ 38,50, ante a cotação atual de R$ 34,27. Os analistas do BBA afirmam que a empresa possui um impulso de lucro fraco no curto prazo. O BTG Pactual recomenda compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 50, afirmando que o segmento de transmissão pode ajudar a companhia, visto a expectativa de desaceleração em outras frentes.
- “A Weg é um investimento sólido de longo prazo com uma gestão de alta qualidade e potencial de crescimento, mas com um impulso de ganhos fracos a curto prazo”, afirmou o BBA após reunião com executivos da empresa.
- A estimativa do BBA sobre a Weg é de um aumento de 7% da receita em relação ao ano anterior, com a geração distribuída no mercado doméstico e as flutuações cambiais como os principais fatores do resultado.
- Segundo o BBA, além da desaceleração no crescimento de vendas da Weg e da diminuição da margem, 2024 será o primeiro ano que as novas regras de preço de transferência serão aplicadas, o que deve aumentar a taxa efetiva de imposto da empresa em 4 pontos percentuais.
Weg: BTG vê segmento de transmissão como impulsionador
- Já o BTG vê o segmento de transmissão como um “impulsionador significativo” para a Weg, com um grande volume de leilões de transmissão que garantirão um robusto backlog (conjunto de pedidos em espera) para as empresas do setor.
- Os investimentos da Weg em novas linhas de transmissão podem atingir R$ 56 bilhões nos próximos anos, segundo estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
- “No geral, consideramos esse pipeline de leilões de transmissão como um impulsionador significativo da acumulação de pedidos da Weg, especialmente porque a empresa tem investido pesadamente no aumento da capacidade no segmento de transmissão recentemente”, pontua o BTG.
- Os analistas do BTG afirmam que, apesar do crescimento mais lento em outros segmentos, é esperado que T&D [transmissão e distribuição] doméstico sustentem o ritmo de crescimento orgânico da Weg este ano.
- O banco ainda enfatiza que a participação de mercado da Weg no segmento aumentou em torno de 30-40%, resultando em uma carteira de pedidos de R$ 7-13 bilhões na última década, ou 26% das receitas de energia da Weg.
- “Os negócios de T&D domésticos e internacionais ajudam a mitigar essa desaceleração na receita. Mais importante ainda, olhando para 2024, esperamos que a integração da Regal Rexnord ajude a Weg a atingir seu histórico ritmo de crescimento”, conclui o BTG.
Companhia está com prêmio de 60% ante pares globais, diz BBA
- Os analistas do Itaú BBA destacaram que, no valuation atual, a companhia está sendo negociada em um patamar de preço substancialmente menor do que seus pares globais.
- Os especialistas destacam que desde meados de outubro de 2023, as ações da Weg só ficam à frente da Nidec, ao passo que outros pares globais como ABB e Siemens possuem uma disparidade relevante.
- “A queda das taxas no mercado externo desencadearam o desempenho positivo para Weg, ABB e Siemens a partir do final de outubro”, diz o BBA.
- “Enquanto isso, o consenso final de 2024 para a Weg não mudou no último mês (continua 11% acima da nossa estimativa), apesar dos sinais de desaceleração do crescimento futuro acompanhado de margens em queda, taxas de imposto mais elevadas e a consolidação da Regal Rexnord que ocorrerá no 2T24”, completa.
- Com isso, as ações Weg negociam com um prêmio substancial de 60% em relação aos pares globais e 50% em relação aos “nomes locais de alta qualidade”, ressaltam os analistas.
Suzano (SUZB3) é melhor que Klabin (KLBN11)? Itaú BBA muda preço-alvo das companhias
- O corte no preço-alvo de ações da Suzano (SUZB3) e aumento para Klabin (KLBN11) pelo Itaú BBA chamou a atenção do mercado nesta manhã, ao passo que uma das empresas apresenta o upside relevantemente maior que a outra segundo a casa.
- Nesta sexta-feira (12), o Itaú BBA renovou sua recomendação de Klabin (KLBN11), passando de “venda” para status neuro. Além disso, a casa elevou o preço-alvo de R$ 22 para R$ 24 para os papeis de KLBN11. Atualmente, os papeis da companhia são negociados por volta entre os R$ 21 e R$ 22.
- Ainda no setor de papel e celulose, a concorrente Suzano (SUZB3) teve o preço-alvo rebaixado, de R$ 66 para R$ 63, enquanto os papeis rondam os R$ 50 a R$ 55 nos últimos meses. O Itaú mantém a sua recomendação de “compra” para as ações de SUZB3.
- Apesar da movimentação positiva para a Klabin, o relatório afirma que a casa continua tendo SUZB3 como sua queridinha. “Continuamos a preferir a Suzano à Klabin, por motivos de avaliação: EV/tonelada atraente, maior potencial de upside pelo Fluxo de Caixa Descontado (DCF, da sigla em inglês) e múltiplos mais baratos.
- Além disso, o banco adotou um tom elogioso: “as duas empresas estão garantindo sua competitividade de longo prazo por meio de acordos de terras favoráveis.”
Klabin (KLBN11) tem upside de 8% e preço-alvo elevado
- A elevação do preço-alvo da Klabin (KLBN11) foi avaliada junto a um potencial de 8% (upside). A estimativa é de R$ 6,4 bilhões para o Ebitda de 2024, ou seja, o lucro da companhia antes de serem descontados juros e impostos, depreciação e amortização.
- A estimativa está 3% abaixo do consenso do mercado e também representa uma alta de 3% em relação à projeção do Itaú BBA para 2023, “um aumento de 3% em relação a 2023, principalmente devido à consolidação integral dos resultados da MP 28 [nova máquina de papel] durante o ano inteiro e o consequente aumento nas vendas de papel kraft e papelão para mercados estrangeiros.”
- A casa ressalta que o upside limitado por indicadores como DCF e Ebitda impedem os analistas de serem mais otimistas com a Klabin.
Suzano (SUZB3) é a preferida do Itaú BBA, com desempenho acima da média
- Em seu relatório, a financeira destaca que a companhia de papel teve um desempenho acima da média e projetam um upside de 16% (contra os 8% de Klabin). Apesar disso, houve uma redução do preço-alvo de Suzano (SUZB3) R$ 66 para R$ 63 como meta para o final de 2024.
- “Nossa previsão de Ebitda para 2024 agora está em BRL 20,8 bilhões (6% acima tanto do nosso modelo anterior quanto do consenso), principalmente devido a um desempenho de custos mais positivo desde o 3T23, que mais do que compensou um real brasileiro mais valorizado.”
- Além disso, a casa afirmou estar otimista com o EV/Ebitda estimado para Suzano em 2024 de 6,2x e das perspectivas melhoradas para a geração de FCF já a partir do segundo semestre de 2024, quando o Cerrado começar a se expandir.
BlackRock (BLAK34) amplia lucro no 4T23 e anuncia compra da gestora de private equity GIP por US$ 12,5 bi
- A BlackRock (BLAK34) divulgou que teve um lucro líquido de US$ 1,38 bilhão no quarto trimestre de 2023 (4T23), alta de 9% ante mesmo período no ano anterior. Com ajustes, o lucro por ação entre outubro e dezembro foi de US$ 9,66, acima do consenso da FactSet, de US$ 8,74. Além disso, a gestora anunciou nesta sexta-feira (12) a compra da empresa Global Infrastructure Partners (GIP) por cerca de US$ 12,5 bilhões.
- Atualmente, a GIP administra mais de US$ 100 bilhões em ativos, contando com um portfólio que inclui o aeroporto britânico de Gatwick, o Porto de Melbourne e grandes projetos eólicos offshore.
- Segundo a Reuters, a compra da GIP envolve US$ 3 bilhões em dinheiro e US$ 12 milhões em ações da BlackRock, que ficará responsável pela gestão dos ativos. Com isso, a gestora de private equity deve ocupar a primeira posição em ativos alternativos, com um total de US$ 150 bilhões sob gestão.
- Com sede em Nova York, a GIP controla e opera empresas de energia, transporte, água e lixo.
- A transação representa a maior compra da BlackRock desde que a gestora adquiriu a divisão de gestão de ativos do Barclays.
- Cinco dos seis sócios fundadores da GIP, incluindo o CEO Bayo Ogunlesi, estão ingressando na BlackRock. Ogunlesi fará parte do conselho da BlackRock e renunciará ao cargo de diretor principal do Goldman Sachs. Ele liderará o novo grupo de infraestrutura da BlackRock.
- A expectativa é de que o negócio seja fechado no segundo ou terceiro trimestre e, em seguida, a BlackRock criará um setor distinto de Global Infrastructure Partners que combina a empresa adquirida com as equipes de infraestrutura existentes da BlackRock.
- Os crescentes déficits de governos aumentam a necessidade de financiamento privado de grandes projetos de infraestrutura, e os subsídios podem tornar os investimentos atrativos, disse o diretor financeiro da BlackRock, Martin Small.
- A BlackRock preferiu adquirir a GIP em vez de uma empresa de aquisição de capital privado mais tradicional, em parte devido à crença de que os melhores retornos do capital privado da era da taxa de juros zero ficaram para trás, disse Small.
- A BlackRock anunciou ainda que incorporará seus negócios de ETF e índices em toda a empresa com a criação de um novo negócio estratégico de soluções de produtos globais.
Pão de Açúcar (PCAR3) convoca nova AGE para deliberar sobre aumento do limite de capital autorizado
- O Grupo Pão de Açúcar, GPA (PCAR3), publicou edital de segunda convocação da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que deve ser realizada em 22 de fevereiro, às 11 horas, a fim de deliberar sobre aumento do limite de capital autorizado da companhia.
- A AGE do Pão de Açúcar tratará ainda de potencial alteração do número de co-vice-presidentes e da competência para indicação do presidente e do vice-presidente do conselho de administração.
CPTS11 e VGIR11 anunciam novos pagamentos de dividendos; veja valores
- Os fundos imobiliários CPTS11 e VGIR11 anunciaram novos dividendos para o mês de janeiro, com os valores de R$ 0,065 e R$ 0,11 por cota.
- Conforme comunicado nesta quinta-feira (11), os dividendos do CPTS11 e VGIR11 serão distribuídos em 18 de janeiro de 2024, sendo destinados somente para quem detinha cotas desses FIIs até o fechamento da sessão de ontem na Bolsa de Valores.
- Ambos os dividendos são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas. Esses valores têm como base os resultados auferidos em dezembro.
- Os dividendos do VGIR11 ficaram estáveis em relação ao mês anterior. Já os rendimentos do CPTS11 tiveram um aumento de 6,56% neste período de comparação, visto que em dezembro de 2023 o FII pagou R$ 0,061 por cota.
- Nos últimos 12 meses, os proventos do CPTS11 somam R$ 0,885 por cota, resultando em um dividend yield (DY) de 10,41% nesse período (sobre a cotação de R$ 8,50).
- Já os rendimentos do VGIR11 totalizam R$ 1,45 por cota, perfazendo um DY anual de 14,90% (cotação de R$ 9,73).
De Taesa à Pão de Açúcar, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias, clique aqui.
*Com informações de Agência Brasil e Estadão Conteúdo