Os analistas do Bank of America (BofA) reduziram o preço-alvo das ações da Taesa (TAEE11) para R$ 35 (antes eram R$ 39), “refletindo as suposições macroeconômicas atualizadas”.
Segundo os especialistas, a deflação do índice IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) e os investimentos em construção afetaram o resultado da Taesa.
“As ações da Taesa tiveram um desempenho inferior recentemente depois que a empresa anunciou uma redução nos dividendos em 2024, de 75% ao invés de 90% nos últimos anos, devido à alta alavancagem em meio ao seu plano de capex”, explicam.
Entretanto, os acionistas de TAEE11 podem esperar uma distribuição de dividendos na faixa de 90% a partir de 2025. Estimativas do banco indicam que isso pode se traduzir em rendimentos de 7,0% a 7,5% em 2024-2025.
“Mantivemos nossa classificação Neutra, pois vemos um equilíbrio adequado entre risco e recompensa (IRR real de 7,5%),” completam.
Além de Taesa, confira outros destaques desta quarta-feira:
IRB (IRBR3): “Processo de reestruturação vem dando frutos, mas receita preocupa”, diz BTG sobre balanço do 1T24
- O BTG Pactual reiterou recomendação neutra para as ações do IRB (IRBR3), com preço-alvo de R$ 44, após os resultados do 1T24. Segundo o BTG, o lucro líquido de R$ 79 milhões (ROE de 7,3%) ficou 10% acima das expectativas do banco e ligeiramente acima do consenso da Bloomberg.
- “De modo geral, o IRB continua seu longo processo de reestruturação, que já está dando frutos. Embora a receita ainda não tenha entrado em modo de crescimento, praticamente todos os outros números superaram nossas expectativas”, afirma o BTG.
- No entanto, os prêmios emitidos diminuíram 9% na base anual, ficando 15% abaixo das projeções do BTG. Durante o 1T24 do IRB a companhia tinha 74% de seu portfólio de prêmios emitidos no Brasil, abaixo de sua meta reiterada de 80%.
- Por outro lado, a sinistralidade ficou em 58%, 10 p.p melhor do que o previsto, demonstrando os efeitos da limpeza de portfólio, dizem os analistas.
- Os resultados financeiros do IRB superaram em 15% as estimativas do banco, crescendo 14% no trimestre, apesar de um menor volume de ativos financeiros e uma taxa Selic mais baixa.
- “Consequentemente, EBT (lucro antes dos impostos) e lucro líquido atingiram R$ 151 milhões (42% acima das nossas projeções) e R$ 79 milhões (10% acima das nossas projeções)”, diz o BTG.
- “No entanto, o aspecto menos favorável é que a melhora nesses índices regulatórios também é atribuível a uma receita notavelmente mais fraca, reduzindo o tamanho da empresa. Em nossa opinião, o IRB precisa reverter essa tendência”, acrescenta o banco, que também cita que a companhia vem enfrentando uma pressão negativa devido a preocupações sobre os impactos da catástrofe no RS.
JBS (JBSS3) teve resultados fortes e bem acima do consenso, dizem analistas; ações disparam no Ibovespa
- Em relatórios mais recentes sobre a JBS (JBSS3), analistas avaliaram que o resultado do primeiro trimestre de 2024 (1T24) da companhia vieram fortes e bem acima do consenso de mercado. As ações da companhia operam em alta substancial nesta quarta-feira (15) no Ibovespa.
- No fechamento, os papéis JBSS3 subiam 8,11% no Ibovespa, cotadas a R$ 27,19.
- No primeiro trimestre de 2024, a JBS (JBSS3), considerada a maior processadora de carnes do mundo, teve um lucro líquido de R$ 1,646 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 1,453 bilhão registrado no mesmo período de 2023 (1T23). A empresa diz que houve melhoras em muitos setores, embora o segmento de bovinos nos Estados Unidos ainda enfrente desafios.
- Em relatório, a XP avaliou que a JBS reportou um trimestre sólido, com a maioria das controladas melhorando, com exceção da US Beef. Para o banco, a margem Ebitda de 7,2% foi melhor do que o esperado (ante consenso XP de 5,9%), com a surpresa positiva vindo de US Pork na tradução para o modelo IFRS.
- “Seara e Pilgrim’s Pride também ficaram no lado positivo, enquanto a Austrália veio forte e em linha, e US Beef ficou negativa, mas melhor do que o esperado, e a JBS Brasil foi uma surpresa negativa. Com suas muitas partes móveis em uma perspectiva positiva e sem mais problemas operacionais, a velocidade de recuperação ainda não é empolgante, mas segura, o que é a principal razão para nossa recomendação de compra”, escreveram os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca.
Embraer (EMBR3): analistas veem forte demanda e ambiente favorável na aviação comercial; ações sobem hoje
- Nesta quarta-feira (15), as ações da Embraer (EMBR3) registram alta de 5,64% após relatório do Goldman Sachs afirmar que a empresa pode atingir margem operacional de dois dígitos num longo prazo, por causa da forte demanda por serviços e suporte.
- “A companhia espera receitas de US$ 40 milhões este ano através da portuguesa OGMA, uma joint venture com o governo brasileiro”, diz o Goldman, cujas estimativas são de que as receitas possam atingir, eventualmente, US$ 500 milhões por ano.
- Além disso, ontem, diversos veículos de notícias de aviação reportaram sobre uma nova empresa aérea nos EUA. De acordo com as agências, Ed Wegel, ex-CEO da GlobalX, planeja uma nova companhia aérea sediada na Flórida, a Zoom Airlines, que estaria pronta para se lançar com os E-jets da Embraer.
- Segundo fontes, já existem avanços na operação aérea regular e os jatos da Embraer para lançamentos seriam E190/195 E1, alimentados pelos motores CF34 da General Electric.
- De acordo com o BTG, a decisão de lançar a nova companhia aérea com os jatos da Embraer mostra a forte aceitação do produto da família E1 nos EUA, mesmo que não seja possível afirmar se as aeronaves componentes da frota são novas ou usadas.
- “A notícia também destaca o ambiente positivo na aviação comercial, com a ERJ afirmando em sua última conferência que as campanhas em andamento totalizam até 200 aeronaves. O sucesso dessas campanhas permanece um fator chave para as ações”, diz o BTG.
- Neste contexto, o banco recomenda compra das ADRs da Embraer, com preço-alvo de US$ 32,00, com base no forte momentum de lucros esperado para o ciclo 2024-2025.
- “A companhia espera receitas de US$ 40 milhões este ano através da portuguesa OGMA, uma joint venture com o governo brasileiro”, diz o Goldman, cujas estimativas são de que as receitas possam atingir, eventualmente, US$ 500 milhões por ano.
- Além disso, ontem, diversos veículos de notícias de aviação reportaram sobre uma nova empresa aérea nos EUA. De acordo com as agências, Ed Wegel, ex-CEO da GlobalX, planeja uma nova companhia aérea sediada na Flórida, a Zoom Airlines, que estaria pronta para se lançar com os E-jets da Embraer.
- Segundo fontes, já existem avanços na operação aérea regular e os jatos da Embraer para lançamentos seriam E190/195 E1, alimentados pelos motores CF34 da General Electric.
- De acordo com o BTG, a decisão de lançar a nova companhia aérea com os jatos da Embraer mostra a forte aceitação do produto da família E1 nos EUA, mesmo que não seja possível afirmar se as aeronaves componentes da frota são novas ou usadas.
- “A notícia também destaca o ambiente positivo na aviação comercial, com a ERJ afirmando em sua última conferência que as campanhas em andamento totalizam até 200 aeronaves. O sucesso dessas campanhas permanece um fator chave para as ações”, diz o BTG.
- Neste contexto, o banco recomenda compra das ADRs da Embraer, com preço-alvo de US$ 32,00, com base no forte momentum de lucros esperado para o ciclo 2024-2025.
Nubank (ROXO34) tem trimestre forte com eficiência recorde, diz Itaú BBA
- O Nubank (ROXO34) teve mais um trimestre de crescimento dos lucros, combinado com tendências positivas de expansão dos negócios, avaliam os analistas do Santander e Itaú BBA.
- Nesta semana, os resultados do 1T24 reportaram o lucro líquido do Nubank de US$ 379 milhões, 5% maior em relação ao trimestre anterior e 8% acima da previsão do banco, com um ROAE de 8%.
- Os analistas do Santander Henrique Navarro, Anahy Rios e Arnon Shirazi avaliam que a receita de juros foi forte, superando a estimativa em 18%, sendo compensada por provisões acima do esperado (+36%) e despesas financeiras (+15%).
- Apesar disso, a qualidade dos ativos na visão dos analistas foi um ponto negativo e pode levantar algumas preocupações quanto à deterioração da qualidade do crédito nos próximos trimestres.
- Ainda sobre o lucro do Nubank, os analistas do Itaú BBA, Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, apesar do dado estar teoricamente abaixo das estimativas do banco e do consenso – de US$ 400 milhões –, as tendências operacionais subjacentes vieram muito fortes.
Da Taesa à JBS, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.