O conselho de administração da Lojas Renner (LREN3) aprovou um novo pagamento de juros sobre capital próprio (JCP), no valor bruto de R$ 171,71 milhões, conforme comunicado pela empresa nesta quinta-feira (21).
Os novos JCP da Renner se referem ao exercício de 2023 e o valor por ação é de R$ 0,17969. Somente receberão os proventos os investidores que tiverem ações da companhia ao final da sessão de 26 de setembro.
Desse modo, a partir de 27 de setembro, as ações da Renner serão negociadas sem direito a distribuição dos JCP.
O pagamento dos juros sobre capital próprio vai ser feito até a data da assembleia geral ordinária de 2024, e não haverá atualização monetária sobre o valor. O valor dos JCP será imputado no cálculo do dividendo obrigatório do exercício de 2023.
Conforme legislação aplicável a esse tipo de provento, os investidores estão sujeitos a tributação de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF).
A exceção vai para os acionistas, empresas ou entidades que comprovarem ser isentos da tributação de IR. Essa comprovação deverá ser feita junto ao escriturador dos papéis, que é o banco Itaú (ITUB4), até o dia 28 de setembro de 2023.
Além de Renner, confira outros destaques desta quinta-feira:
Ultrapar (UGPA3): analistas elevam preço-alvo das ações, mas indicam um desafio para empresa
- O BB Investimentos reiterou recomendação neutra para Ultrapar (UGPA3), mas elevou o preço-alvo das ações. Segundo analistas, o principal desafio do grupo é a retomada das margens históricas da Ipiranga.
- De acordo com o BB, a Ultragaz e Ultracargo vêm apresentando uma dinâmica bastante favorável de redução de custos, ganhos de margem e crescimento em mercados estratégicos.
- No caso da Ultragaz, a equipe do BB diz que a empresa atua em um mercado de elevado potencial de crescimento, com regulação avançada e penetração de 91% na população brasileira. Neste contexto, a base para aprimorar resultados é centrada na excelência operacional, movimento de expansão para o interior e expansão de soluções energéticas.
- “Uma dúvida que pode surgir é sobre a capacidade de a companhia manter o nível de margens em patamar tão elevado, ao redor de R$ 900/ton, mas, dado que a maior parte do crescimento está ligado a ações estruturais, há bons motivos para manter otimismo”, explica o BB.
- Em relação a Ultracargo, o BB diz que a empresa vem deixando de ter o foco apenas em armazenamento para ser uma provedora de soluções em serviços integrados. “Em nosso entendimento, a lógica atual de investir em corredores logísticos que capturem parte do crescimento do agronegócio e de biocombustíveis é bastante acertada.”
- Além disso, conforme explicam analistas, as aquisições recentes de terminais da Ultrapar indicam uma busca pela interiorização para oferecimento de serviços mais integrados,
- Por sua vez, a Ipiranga está promovendo ações para melhoria operacional, com a evolução de quatro fatores: pricing, logística, trading e engajamento da rede. Com isso, a Ipiranga conseguiu manter parte de seu market share em comparação aos demais embandeirados, informa o BB.
- “De modo geral, a melhoria em logística da Ultrapar, processo ainda em andamento, deve resultar em uma redução de 20% nos custos em 3 anos”, destacam os analistas.
- Neste contexto, a recomendação do banco é neutra para as ações da Ultrapar, com preço-alvo de R$ 20 para a Ultrapar. Nesta quinta (21). os papéis da Ultrapar caíram 1,64%, cotados a R$ 18,65.
Petrobras (PETR4) vai subir preço de combustíveis após ‘fator Rússia’?
- Após uma quarta (20) de movimentos relevantes de política monetária, os mercados se voltaram para uma mudança drástica no mercado de combustíveis – cuja presença principal no Brasil é da Petrobras (PETR4), que ‘dita’ os preços.
- Isso se deu por conta de uma suspensão temporária das exportações de diesel e gasolina por parte do Governo da Rússia. Segundo especialistas, essa mudança de panorama pode afetar os preços praticados pela Petrobras.
- Analistas do Goldman Sachs destacaram que a estatal pode ter que subir preços para impedir um eventual desabastecimento.
- “Com a oferta limitada da Rússia, o desconto da Petrobras para a oferta alternativa aumentaria, aumentando assim a probabilidade de um ajuste de preços para cima”, diz o relatório do banco estrangeiro.
- “É muito difícil saber quando esse preço chega na bomba. Primeiro pela lógica do setor, em que as distribuidoras e a Petrobras têm estoque e estão livres para praticar preços. Depois, porque o anúncio é incompleto à medida em que não esclarece como o corte vai acontecer. Quem compra diesel, não compra igual a uma Coca-cola”, acrescenta.
- Vale destacar que neste ano a Rússia se tornou o principal fornecedor estrangeiro de diesel para o Brasil.
- Apesar disso, a Petrobras não importa diesel russo – ainda que possa ser afetada por uma reação em cadeia.
JCP: Mills (MILS3) e CSU (CSUD3) pagarão milhões a acionistas
- A Mills (MILS3) vai pagar R$ 16,7 milhões em Juros Sobre Capital Próprio, ou JCP, para seus acionistas, conforme comunicado nesta quinta-feira (21).
- O valor dos JCP por ação será de R$ R$ 0,06954633, que serão pagos no dia 27 de outubro.
- Apenas os investidores com ações da Mills no dia 26 de setembro terão direito de receber os rendimentos.
- A partir do dia 27 de setembro, as ações serão negociadas sem direito aos JCP.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2023.
- Vale destacar que o JCP tem retenção de 15% de imposto de renda retido na fonte, resultado em R$ 0,059 líquidos a serem recebidos por ação.
JCP da Mills
- Valor total: R$ 16.795.440,49
- Valor por ação: R$ 0,06954633
- Data de corte: 26 de setembro
- Data do pagamento: 27 de outubro
- No pregão de hoje, a cotação das ações da Mills caiu 2,58%, a R$ 12,44. No ano, os papéis sobem 21,8%.
- Além disso, a CSU (CSUD3) também anunciou JCP a ser pago aos seus acionistas. O valor bruto anunciado foi de R$ 7 milhões, a serem pagos a partir do dia 6 de outubro.
- Terão direito aos proventos os acionistas com posição no dia 26 de setembro. Sendo assim, a partir do dia 27 de setembro as ações passam a ser negociadas sem direito aos JCP.
- O valor pago por ação será de R$ 0,169677345. Com a retenção de IR na fonte, o valor fica em aproximadamente R$ 0,14.
- “Tais valores serão imputados ao dividendo estatutário obrigatório do exercício de 2023, “ad referendum” da Assembleia Geral Ordinária de 2024″, diz o aviso aos acionistas da empresa.
- Valor total: R$ 7.000.000,00
- Valor por ação: R$ 0,169677345
- Data de corte: 26 de setembro
- Data do pagamento: 27 de outubro
Itaúsa (ITSA4) irá sofrer com fim do JCP? Analistas respondem
- Analistas do BTG Pactual que se reuniram com o CFO da Itaúsa (ITSA4) recentemente destacaram que a empresa não teria grandes impactos com o possível fim dos Juros Sobre Capital Próprio (JCP), em discussão no congresso.
- “Segundo o CFO, o potencial fim do JCP seria positivo para os resultados dos negócios da empresa, eliminando ineficiências fiscais. Recordamos que existe atualmente uma ineficiência fiscal devido a impostos PIS/COFINS sobre JCP recebidos do Itaú (ITUB4)“, diz a casa sobre a Itaúsa.
- “No entanto, o CFO sinalizou que o impacto nas demais empresas do portfólio da Itaúsa seria negativo (especialmente para Itaú) se não houver compensação de imposto corporativo. Relativamente ao desconto de detenção (atualmente em cerca de 18%), o CFO reconhece que normalmente há um desconto entre a participação e a principal empresa devido a ineficiências fiscais, mas ela acredita que esse desconto poderia restringir o benefício percebido da reforma tributária“, completa.
Da Renner à Petrobras, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.
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