Radar: Itaú (ITUB4) entre marcas mais valiosas do mundo, aquisição da Petz (PETZ3) e Marfrig (MRFG3) investe em startups
O Itaú (ITUB4) é a única empresa brasileira figurando na lista das 500 marcas mais valiosas do mundo, segundo o ranking anual feito pela Brand Finance, consultoria internacional de marcas. O banco foi eleito como a 335ª marca mais valiosa no relatório de 2022. No relatório do ano anterior, estava na 388ª posição.
Na edição anterior, além do Itaú, o Banco do Brasil (BBAS3) figurava no ranking, na 492ª posição. Neste ano, o BB ficou de fora da lista das 500 marcas mais valiosas. O Santander (SANB11) está na 126ª posição – mas com a marca global.
Para compilar o ranking, a Brand Finance considera o reconhecimento das marcas, sua importância e a reputação junto à sociedade. O boca a boca – ou seja, o quanto a marca tem de engajamento espontâneo junto ao público, sem a necessidade de propaganda – também foi incluído pela consultoria.
A marca mais valiosa do mundo é a Apple (AAPL34), que já ocupava a liderança do ranking no ano passado, e que tem valor de US$ 355,1 bilhões. O segundo lugar é da Amazon (AMZO34), que vale US$ 350,3 bilhões. Em terceiro, quarto e quinto lugares, estão as também americanas Google (GOGL34), Microsoft (MSFT34) e Walmart (WALM34).
Entre as latino americanas, a mais bem colocada é a cerveja mexicana Corona (312ª), com valor de US$ 7 bilhões. A Brand Finance destaca que a marca teve de lidar com o fato de ter o nome associado ao coronavírus em 2020, e que apesar de ter se recuperado ano passado, enfrentou outro problema relacionado à pandemia: o desabastecimento de cerveja no mercado e a necessidade de aumentar os preços, dada a inflação das commodities.
Além de figurar entre as marcas mais valiosas, o Itaú conquistou uma posição no ranking dos 250 principais CEOs, ou “guardiões de marca”, como a Brand Finance os chama. Prestes a completar um ano à frente do conglomerado, Milton Maluhy ocupa a 231ª posição. Também é o único representante, na lista, de uma empresa brasileira.
Além de Itaú, veja as notícias que movimentaram o noticiário nesta quarta:
Petz (PETZ3) compra Holding Petix por R$ 70 mi; ações disparam mais de 11% no Ibovespa
- A Petz (PETZ3) adquiriu 100% das ações da Holding Petix, detentora da marca de tapetes higiênicos Supersecão, segundo fato relevante desta quarta-feira (26). O valor da transação ficou em R$ 70 milhões.
- De acordo com o documento, o contrato de aquisição prevê a incorporação de 51% das ações da Holding Petix pela Petz, correspondentes ao valor de R$ 35 milhões. Os 49% restantes serão adquiridos por meio de ações representativas, com o pagamento de R$ 24,86 milhões na data de fechamento.
- Na data de efetivação da incorporação das ações, os acionistas da Petix receberão 1.650.450 novas ações ordinárias da Petz.
- Caso a Holding Petix atinja determinadas métricas de desempenho, a Petz ainda poderá pagar, até R$ 10 milhões, divididos em três parcelas relativas ao desempenho verificado nos anos de 2023, 2024 e 2025.
Minerva (BEEF3) finaliza cancelamento e recompra de parcela de Bonds 2028 e 2031
- A Minerva Foods (BEEF3) anunciou nesta quarta-feira (26) que concluiu o cancelamento e a recompra de mais uma parcela de US$ 35 milhões dos títulos de dívidas (bonds), de 2028, e US$ 10 milhões, de 2031.
- A companhia afirma que o objetivo da operação é manter a estratégia de aperfeiçoamento de estrutura de capital, tornando-a menos onerosa, assim como dar continuidade a gestão de passivos financeiros da Minerva”
- A Minerva cogita migrar sua base acionária para fora do Brasil, segundo documento submetido pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
- O documento informa que, em reunião realizada hoje, “os membros da diretoria foram autorizados a iniciar estudos referentes a um potencial processo de redomiciliação da companhia, que poderá resultar na migração de sua base acionária para sociedade a ser constituída no exterior”.
- Caso venha a ocorrer, as ações da Minerva passariam a ser listadas na bolsa de valores nos EUA. Segundo reportagem do site Pipeline, a companhia avalia listar suas ações na Nasdaq.
Hypera (HYPE3) anuncia emissão de debêntures de R$ 500 milhões
- O Conselho de Administração da Hypera Pharma (HYPE3) aprovou nesta quarta-feira (26) a 12ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações e em série única, no valor de R$ 500 milhões.
- A companhia irá emitir 500 mil debêntures, com valor nominal unitário de R$ 1 mil. O prazo de vencimento é de até cinco anos, contados a partir de 4 de fevereiro, informou a empresa.
- As debêntures fazem jus, segundo a Hypera, a uma remuneração “equivalente à variação acumulada de 100% das taxas médias diárias dos DI –Depósitos Interfinanceiros de um dia, acrescida exponencialmente de spread (sobretaxa) de 1,50% ao ano base de 252 dias úteis”.
- A Hypera reforçou em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que “os recursos obtidos por meio da emissão serão destinados para reforço de caix.a para atender aos negócios de gestão ordinária e investimentos da companhia”.
Embraer (EMBR3) conclui reintegração da aviação comercial
- A Embraer (EMBR3) concluiu a reintegração dos sistemas de tecnologia do segmento de aviação comercial nesta quarta-feira (26).
- Segundo o comunicado da Embraer na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o processo vinha em curso desde meados de maio de 2020.
- De acordo com a fabricante de aeronaves, a reorganização decorrente deste processo garante benefícios operacionais e elimina ineficiências fiscais com uma gestão integrada, menos complexa e mais ágil.
- A empresa destaca que com a conclusão e restabelecimento do ritmo normal da empresa, a aviação comercial volta a estar diretamente ligada à estrutura da Embraer.
- “Acreditamos que 2022 será um ano de crescimento e estamos bem preparados para aproveitar todo o potencial da companhia. O sucesso da reintegração do negócio da aviação comercial é mais um passo importante no processo de execução do nosso planejamento estratégico e deverá resultarem melhorias operacionais significativas e melhor rentabilidade”, diz Antonio Carlos Garcia, Vice-Presidente Executivo Financeiro e Relações com Investidores.
Marfrig (MRFG3) investe US$ 7 milhões em duas startups no ramo de alimentos
- A Marfrig (MRFG3) informou nesta quarta-feira (26) que efetivou dois investimentos em startups por um valor de aproximadamente US$ 7 milhões. A companhia investiu na brasileira Quiq, plataforma digital que simplifica a gestão de pedidos online dos restaurantes, e na norte-americana Takeoff Technologies, que trabalha na criação de soluções automatizadas de atendimento de estoque de alimentos para redes de supermercado e pequenos comércios.
- Segundo a companhia, o Quiq é uma joint venture liderada pelo hub de tecnologia 4all e outros nove sócios de importantes redes de food-service.
- A startup conecta os diversos aplicativos de delivery diretamente aos sistemas de Ponto de Venda (PDV).
- A Takeoff Technologies, por sua vez, foi fundada em meados de 2016 por José Vicente Aguerrevere e Max Pedro e conta com mais de 250 funcionários.
- De acordo com a companhia em comunicado enviado à Comissão de Valores Imobiliários (CVM), as startups são correlacionadas e complementares aos negócios da Marfrig e estão alinhadas com sua estratégia de crescimento.
- O anúncio dá continuidade ao comunicado de dezembro de 2020, quando a empresa informou a criação da Diretoria de Inovação & Novos Negócios.
- “Os investimentos somam aproximadamente US$ 7 milhões e estão alinhados à estratégia de crescimento da companhia, sempre atenta às constantes inovações de mercado e a complementaridade de nossas atividades”, disse a Marfrig.
Do Itaú a Marfrig, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.