Radar: parceria com Petrobras (PETR4) deve render receita adicional bilionária à Weg (WEGE3), Taesa (TAEE11) paga rendimentos e Minerva (BEEF3) levanta oferta de bonds
Nesta terça-feira (13), a Weg (WEGE3) anunciou uma parceria estratégica com a Petrobras (PETR4) para projetos eólicos. Em relatório, o Itaú BBA avalia que a parceria está no cerne do processo contínuo da Weg de desenvolver novos produtos e abrir caminhos para o crescimento.
A Weg prevê com a parceria o desenvolvimento de aerogerador onshore de 7 megawatts (MW), o primeiro desse porte a ser fabricado no Brasil. “Recebemos com satisfação as notícias sobre o progresso na nova turbina de 7 MW”, diz o BBA,
Segundo a equipe do BBA, as receitas potenciais para Weg no negócio serão de longo prazo, mas a expectativa é de adicionar um valor de R$ 1,4 bilhão por ano na receita da empresa.
No entanto, para os analistas, existem “ventos contrários” que pesam na decisão dos investidores, como os desafios de margem no médio prazo e o crescimento modesto no resultado líquido da Weg em 2024. Além disso, o BBA cita as discussões ainda não definidas sobre o imposto de transferência de preço e a possibilidade de o benefício fiscal de juros sobre o patrimônio ser eliminado.
Diante desse cenário, o banco tem recomendação market perform, equivalente a neutro, para as ações da Weg, com preço-alvo de R$ 44. Nesta quinta (14), a Weg fechou em queda de 2,17%, cotada a R$ 36,13.
Além de Petrobras, confira outros destaques desta quinta-feira:
Taesa (TAEE11) pagará rendimentos nesta sexta-feira
- A Taesa (TAEE11) pagará rendimentos referente a amortização e juros aos seus detentores de debêntures da 1ª série da 4ª emissão.
- O pagamento de rendimento das debêntures da Taesa ocorrerá nesta sexta-feira (15), conforme comunicado pela companhia.
- A companhia irá dispender de cerca de R$ 190 milhões para remunerar os debenturistas com TAES14 na carteira.
- Referente a amortização, o valor unitário é de R$ 687,682320 – custando R$ 175 milhões à companhia, dado os 255 mil papéis.
- No caso dos juros, serão pagos R$ 60,40768193 por papel. O volume é o mesmo, de 255 mil debêntures, implicando então em um custo de R$ 15,4 milhões à elétrica.
Minerva (BEEF3) levanta US$ 100 milhões em oferta de bonds; veja qual será o destino do dinheiro
- A Minerva (BEEF3) informou nesta quinta (14) que sua subsidiária, a Minerva Luxembourg, concluiu sua oferta de bonds adicionais, no montante total de US$ 100 milhões, conforme comunicado emitido nesta quinta-feira (14).
- As notas da Minerva Luxembourg foram emitidas com ágio, com um preço de 100,5% do seu montante principal.
- Os bonds da subsidiária da Minerva terão vencimento em 2033, e possuem uma taxa de juros de 8,875%. Os recursos líquidos adicionais gerados por essa oferta serão usados para financiar o saldo remanescente das operações anunciadas no dia 28 de agosto de 2023.
- Dentre essas operações, estão a compra de estabelecimentos comerciais e industriais e ativos da Marfrig (MRFG3), realizada pela Minerva e sua controlada Athn Foods Holdings.
- O dinheiro também será usado para pagar dívidas da Minerva, ou para recomprar as notas. Por fim, o restante do valor será utilizado para fins corporativos gerais, conforme informou a empresa no dia 6 de setembro.
- A oferta adicional de bonds da Minerva Luxembourg se deu após a constatação de uma demanda extra de investidores. Além disso, ela também se deu em razão da boa performance no mercado secundário de notas.
- As notas adicionais se destinam à colocação no mercado internacional de capitais. Vale destacar que a oferta se destina apenas a investidores institucionais qualificados, e que residem nos Estados Unidos.
- “As notas adicionais não foram registradas conforme o Securities Act ou qualquer lei estadual de valores mobiliários e não podem ser ofertadas ou vendidas nos Estados Unidos da América sem registro ou isenção aplicável pelos requerimentos de registro pelo Securities Act ou por leis estaduais aplicáveis”, conclui a companhia em seu comunicado.
Embraer (EMBR3) fecha acordo com “gigante” da África e venderá 5 jatos por US$ 288,3 milhões
- A Air Peace encomendou cinco jatos Embraer E175, pelo valor de US$ 288,3 milhões, conforme comunicado pela Embraer (EMBR3) nesta quinta-feira (14).
- A empresa nigeriana Air Peace, a maior do setor aéreo da África Ocidental, afirma que a compra representa um avanço significativo na estratégia de atualização de sua frota.
- O objetivo da Air Peace com a aquisição dos jatos da Embraer é ter a maior e mais moderna frota de jatos da África, assim como aumentar sua malha doméstica e número de voos regionais.
- A expectativa é de que os jatos da Embraer sejam entregues para a companhia nigeriana a partir de 2024. Cada uma das aeronaves terá um total de 88 assentos.
- “Os jatos irão complementar a frota da companhia nigeriana, permitindo que a Air Peace combine dinamicamente capacidade e demanda, preservando a rentabilidade e a viabilidade das rotas”, diz a empresa em seu comunicado.
- Allen Onyema, Presidente e CEO da Air Peace, destaca a importância da aquisição de jatos da Embraer para ampliar a conexão aérea da Nigéria com os demais países da África.
- “Esse é mais um passo importante para cumprir nossa meta de conectar a Nigéria a todo o continente africano. Essa aquisição também ampliará o volume de passageiros em voos mais longos, partindo do nosso hub em Lagos”, explicou.
- Ele acredita que a chegada das aeronaves vai permitir maior diversificação das rotas da Air Peace, ampliando-a para um número maior de cidades. Potencialmente, a aquisição também pode aumentar a capacidade de manutenção das aeronaves na Nigéria.
- “A estratégia inovadora da Air Peace continua a torná-la um caso de sucesso da aviação na África Ocidental. A companhia já opera o E2 e a atualização de sua frota, com a introdução do E175, oferecerá aos passageiros mais assentos e maior nível de conforto”.
- Por fim, o executivo ainda destacou o investimento relevante já realizado pela empresa na compra de 18 E-Jets para sua frota.
Cielo (CIEL3): banco prevê perdas de participação no mercado – mas recomenda ações; entenda por quê
- Após reunião com diretores da Cielo (CIEL3), o BTG Pactual manteve recomendação de compra para as ações da companhia, por causa de uma avaliação atrativa e uma perspectiva construtiva. No entanto, o banco avalia que uma das grandes dificuldades da empresa é manter ganhos de participação no mercado.
- Segundo o BTG, a percepção retirada da reunião com a administração da Cielo é de que a dinâmica da indústria continua piorando, mesmo que marginalmente. Felipe Oliveira, CFO da Cielo, afirmou que o TPV (Volume Total Processado) de mercado deve encerrar 2023 com crescimento em torno de um dígito, de 9% a 11%.
- “A competição está se intensificando marginalmente, sobretudo do ponto de vista da atividade comercial. Do ponto de vista micro, não houve atualizações significativas”, citam os analistas.
- Além disso, a Cielo disse estar monitorando os concorrentes no segmento de pequenas e médias empresas (PMEs), ressaltando que a perda de participação no mercado nos próximos trimestres não será tão forte.
- Outro ponto discutido na reunião foi o aumento da taxa de distribuição de lucros e programas de recompra das ações da Cielo. De acordo com o BTG, Oliveira sinalizou que a Cielo “analisa constantemente futuras necessidades de caixa”, visando financiar o crescimento, principalmente no negócio de pré-pagamentos para PMEs.
- “No entanto, devido a um cenário diferente de crescimento e também prestando atenção aos múltiplos descontados pelos quais as ações da empresa têm sido negociadas, [Oliveira] não descarta a possibilidade de uma recompra, embora tenha enfatizado que esse tipo de iniciativa deve passar pela governança da Cielo e, até o momento, não houve discussões no Conselho de Administração”, explica o BTG.
- Diante deste cenário o BTG manteve recomendação de compra para as ações da Cielo, com preço-alvo de R$ 6.
Lojas Renner (LREN3): XP corta preço-alvo e diz que Shein é um obstáculo para a varejista brasileira: “Mas não um xeque-mate”
- Em relatório recente, a XP cortou o preço-alvo para as ações ordinárias da Lojas Renner (LREN3), citando, principalmente, a competição da varejista em relação a companhias como a Shein. Para a casa, um cenário mais desafiador com a atividade da chinesa no Brasil não significa um fim para as empresas brasileiras do setor.
- A XP cortou o preço-alvo das ações ordinárias da Lojas Renner de R$ 27 para R$ 19, com upside de 18,6% frente ao fechamento da última terça-feira (12).
- “A Shein é um vento contrário, mas não um xeque-mate. Embora concordemos que o cenário competitivo deva ficar mais desafiador com a chinesa se movimentando com força no território brasileiro, não vemos isso como um fim para as brasileiras. Mulheres valorizam a diversidade de marcas, o que impede que só uma varejista de vestuário domine o mercado”, disse a equipe da XP, liderada por Danniela Eiger.
- Apesar de a Shein oferecer uma alternativa mais barata, diz a XP, os produtos com fornecimento local não são tão mais baratos, enquanto a qualidade é inferior. “A logística da Shein ainda fica bem atrás, com uma diferença de 14 dias para entrega local em comparação com a Renner e 38 dias para entregas internacionais”.
- Ainda segundo o relatório, a Lojas Renner, além de bem posicionada, deve surfar positivamente no futuro próximo dos efeitos do El Niño. O evento climático leva, segundo os analistas, a temporadas de verão mais quentes, o que deve diminuir os preços do algodão e apoiar a competitividade da Renner, sem comprometer margens.
- “Ainda há espaço para crescer. As lojas de rua e menores são a nova fronteira de crescimento da Renner. Por isso, realizamos uma análise de sensibilidade baseada na perfil atual da loja de rua e chegamos em um potencial de longo prazo de 280 novas unidades, versus nosso potencial de expansão de aproximadamente 130 lojas adicionais em perpetuidade”, estima a XP.
- Por outro lado, para a XP, a performance negativa da Lojas Renner é explicada pela revisão de lucros em um cenário macroeconômico mais deteriorado e base de comparação desafiadora, aliada a anúncios negativos para o setor, como a isenção de imposto de importação para compras abaixo de US$ 50, limite nas taxas de juros do crédito rotativo e discussões sobre um possível fim dos benefícios fiscais associados ao IOC e ICMS, destaca.
- “Entretanto, esperamos ver uma dinâmica melhor de resultados à frente, principalmente a partir do quarto trimestre, com possíveis anúncios do governo como a provável introdução de um imposto de importação para produtos abaixo de US$ 50 e ajustes do Congresso no projeto de lei de benefícios de ICMS“, finaliza a casa.
Vale (VALE3) e Bradespar (BRAP4) disparam com recomendação do JPMorgan
- As ações da Vale (VALE3) e da Bradespar (BRAP4) dispararam no Ibovespa nesta quinta-feira (14) após a recomendação do JPMorgan, com 4,10% e 5,17% de alta, respectivamente.
- O JPMorgan elevou a recomendação de neutra para compra no caso de Bradespar, com preço-alvo de R$ 29. Para as ações da Vale, a casa reiterou recomendação de compra e aumentou o preço-alvo para R$ 89.
- Segundo a casa, os dados de produção de aço da China mostram números resilientes ainda que a economia do dragão asiático tenha mostrado solavancos em indicadores recentes – com deflação pela primeira vez desde 2021 e crescimento econômico aquém do esperado.
- “A sólida demanda por matérias-primas das siderúrgicas com alto-forno, as expectativas de uma onda de reabastecimento antes do feriado, juntamente com os baixos estoques, sustentaram os preços (do minério de ferro)”, disseram os analistas da Sinosteel Futures à agência de notícias Reuters.
- A projeção do JPMorgan é de que o minério de ferro feche o ano de 2023 no patamar de US$ 117, mostrando uma elevação de 6% ante a projeção anterior.
- Apesar de a estimativa também ter catapultado otimismo com pares como CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5), o JPMorgan destaca que VALE3 segue como a predileta do setor.
Da Petrobras à Bradespar, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.