Radar: dividendos bilionários da Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), Nubank (NUBR33) recebe crédito de US$ 650 mi, Telefônica (VIVT3) investe em startups

Em 2021, a soma dos dividendos distribuídos por Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) foram superiores ao total pago por todas as demais empresas da bolsa de valores, segundo dados da Economática.

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O levantamento mostra que, no ano passado, os dividendos da Petrobras somaram R$ 72,72 bilhões, enquanto a distribuição da Vale foi de R$ 73,29 bilhões. Somando os dividendos das duas empresas, a quantia distribuída e 2021 foi de R$ 146,01 bilhões.

Em paralelo, todas as demais empresas da B3 distribuíram, juntas, R$ 145,2 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). Trata-se do maior valor já desembolsado em proventos, segundo a Economática.

Para chegar a esse número, o levantamento considerou todas as empresas de capital aberto com dados disponíveis entre 2010 e 2021. A amostra contou com 226 empresas listadas.

Com isso, Vale e Petrobras distribuíram juntas R$ 146,01 bilhões em dividendos, enquanto 226 empresas listadas, juntas, retornaram R$ 145 bilhões aos seus acionistas.

O levantamento da Economática ainda listou as 20 empresas com os maiores volumes de dividendos e JCP distribuídos entre 2010 e 2021, em valores nominais (ou seja, sem ajuste pela inflação).

Com os R$ 73,29 bilhões pagos no ano passado, a Vale lidera a lista como a maior pagadora de dividendos do Brasil. Além do posto de 2021, a empresa aparece outras cinco vezes entre os maiores pagamentos da lista.

Seguido da Vale, vêm os dividendos da Petrobras, com os R$ 72,72 bilhões pagos em 2021. Além desse, a estatal tem um segundo registro da lista de Top 20.

Santander Brasil (SANB11) e o Bradesco (BBDC4) têm dois registros cada um, o Itaú Unibanco (ITUB4) e a Ambev (ABEV3) aparecem em quatro oportunidades.

Além de Petrobras, confira outros destaques desta segunda-feira:

Nubank (NUBR33) toma crédito de US$ 650 milhões para financiar expansão no México e Colômbia

  • O Nubank (NUBR33) tomou empréstimo de US$ 650 milhões para financiar sua expansão na Colômbia e México. As informações foram divulgadas pela agência de notícias Reuters.
  • A linha de crédito de US$ 650 milhões de três anos foram financiados por Morgan StanleyCitiGoldman Sachs e HSBCinstituições financeiras que também participaram da abertura de capital do Nubank.
  • Segundo a fintech, o financiamento será destinado ao desenvolvimento de tecnologia e produtos, crescimento da base de clientes e contratação de pessoal.
  • Atualmente, o roxinho, que opera sob a marca NU, oferece apenas cartões de créditos na Colômbia e no México. Ao final de 2021, eram 114 mil clientes na Colômbia e 1,4 milhão no México.
  • “Nossa prioridade é continuar desenvolvendo este produto para expandir nossa base de clientes e lançar mais recursos”, disse o presidente do Nubank, David Vélez.
  • A fintech está se preparando para lançar contas correntes no México ainda este ano, depois de receber a aprovação regulatória para aquisição do banco local Akala, anunciada ao mercado em setembro do ano passado.
  • No início de 2021, o Nubank havia anunciado investimento de US$ 135 milhões no México, esse mercado é estratégico para a empresa, pois representa 20% da população da América Latina.

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Banco Inter (BIDI4) alcança 18,6 milhões de clientes no 1T22, aumento de 82%

  • O Banco Inter (BIDI11),  anunciou nesta segunda-feira (11) a prévia dos resultados operacionais da empresa do primeiro trimestre de 2022 (1T22). No período de janeiro a março, o Banco Inter alcançou 18,6 milhões de clientes, aumento de 82% ante mesmo período de 2021, com um saldo médio de R$ 1,1 mil em conta por cliente.
  • No trimestre, o banco apurou R$ 14,1 bilhões em transações em cartões, crescimento de 86% na comparação anual. O número é equivalente a R$ 6,4 bilhões em movimentações de cartões de crédito e R$ 7,7 bilhões em débito. Além disso, houve alta de 68% no número de cartões utilizados no 1T22, somando 5,8 milhões. No 1T22, a originação de crédito atingiu R$ 4,5 bilhões, crescimento de 22% na comparação anual.
  • A apresentação da prévia também mostra que o Banco Inter celebrou um novo acordo estratégico de incentivos de longo prazo com a MasterCard, “com potencial para capturarmos uma melhoria de eficiência em 45% na operação de cartões nos próximos 5 anos”, diz o texto.
  • O Banco Inter também firmou um acordo operacional com o Mercantil do Brasil, para explorar operações de crédito focados no público com mais de 50 anos, com volume total de até R$ 2 bilhões em 18 meses. “Pretendemos somar o potencial de capacidade de funding do Inter e a expertise do Mercantil no segmento”, afirma o relatório.
  • Os clientes do banco digital podem agora operar nas bolsas norte-americanas por meio do Home broker internacional, dentro do super app da empresa. Desde o lançamento até março, já foram abertas mais de 54 mil contas, de acordo com dados do Inter.
  • No primeiro trimestre de 2022, o banco chegou a cerca de 2,0 milhões de investidores, o que aponta crescimento de 34% ante mesmo período do ano anterior, com 438 mil clientes com ações custodiadas no banco.

Gol (GOLL4) prevê alta de 45% na receita por passageiro no 1T22; veja previsões

  • A Gol (GOLL4) comunicou nesta segunda-feira (11) que prevê um prejuízo de R$ 1,98 por ação no primeiro trimestre de 2022 (1T22), equivalente a US$ 0,78 por ADR negociado na bolsa de Nova York. A aérea projetou um crescimento de 45% na receita unitária de passageiros (PRASK) no período de janeiro a março deste ano na comparação anual. Para a demanda (RPK) e capacidade (ASK) a Gol espera altas de 46% e 44%, respectivamente, contra a mesma época em 2021.
  • A margem Ebitda da Gol no trimestre está estimada em aproximadamente 11%, um aumento em relação ao primeiro trimestre do ano anterior, representando uma melhora em relação aos 15,9% negativos reportados um ano antes.
  • Outra previsão da Gol para o primeiro trimestre é o custo unitário sem combustível (CASK EX-Fuel). A empresa espera redução de cerca de 4%, em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior, principalmente pela melhor produtividade e queda do dólar.
  • “Os custos unitários com combustíveis (CASK comb.) deverão apresentar aproximadamente crescimento de 48% comparado ao mesmo período do ano passado, impactado negativamente pelo aumento no preço médio do querosene de aviação (QAV) em cerca de 60%. Este é parcialmente compensado por uma frota mais eficiente em termos de combustível, resultando em uma redução de 3,7% no consumo de combustível por hora operada”, diz o fato relevante enviado à CVM nesta segunda.
  • Por fim, a Gol vê a alavancagem financeira de dívida líquida/Ebitda por volta de 10,7x no 1T22 (aproximadamente 10x em IFRS-16). A liquidez total no final do trimestre está estimada em R$ 3,3 bilhões.

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Ações da Infracommerce (IFCM3) caem 8% no dia; veja os motivos

  • As ações do Infracommerce (IFCM3) caíram 8,18%, para R$ 10,22, nesta segunda-feira (11). A reação do mercado vem após a divulgação de um novo plano de opções de ações e remuneração dos sócios.
  • Em edital para uma assembleia de acionistas que será feita em 28 de abril, a Infracommerce adicionou a deliberação sobre um novo plano de opções de ações. Apesar de ser praxe no mercado financeiro, a pauta acendeu alerta a investidores e analistas.
  • O BTG Pactual (BPAC11) divulgou nesta segunda um relatório comentando os planos da Infracommerce. O texto afirma que a decisão foi um “choque” para os investidores, afetando o desempenho recente das ações — que acumulam queda de 28,03% nos últimos cinco dias.
  • O plano de opções de ações original do Infracommerce já havia gerado discussão na época do IPO. Antes da oferta inicial na Bolsa, a empresa havia divulgado um plano de opções de ações que previa a emissão de até 37.576.261 opções, representando 20,5% do total de ações pré-money da empresa. Ao preço de IPO de R$ 16, o plano somaria R$ 603 milhões.
  • A estratégia inicialmente anunciada pela companhia trazia uma grande diluição implícita, de acordo com analistas do banco de investimentos. Com a maioria das opções sendo adquirida de forma relativamente rápida, em conjunto ao preço variando entre R$ 0,43 e R$ 1,44, claramente inferior ao preço do IPO (R$ 16), a maioria dos investidores e analistas escolheu construir modelos de contagem de ações totalmente diluídas, incluindo o BTG.
  • “Desde o IPO, que ocorreu em maio de 2021, 16,7 milhões das 37,6 milhões de opções (44%) foram exercidas. Ainda há uma diluição potencial adicional de 20,9 milhões de ações, com praticamente todas essas opções sendo adquiridas nos próximos 23 meses. Esse volume de 20,9 milhões de ações representa 7,4% da atual contagem de ações da empresa. Mais uma vez, é importante destacar que já se trabalha com um modelo totalmente diluído”, afirma o relatório.

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Telefônica (VIVT3) terá fundo de R$ 320 mi para investir em startups

  • O Conselho de administração da Telefônica (VIVT3) aprovou nesta segunda-feira (11), a criação do Vivo Ventures (VV), um fundo de investimento corporativo de capital de risco (corporate venture capital), em conjunto com a Telefónica Open Innovation. O aporte previsto é estimado em R$ 320 milhões.
  • Ao longo de seus cinco primeiros anos, o fundo da Telefônica investirá esse montante em startups nos segmentos de saúde, finanças, educação, entretenimento, casa inteligente, marketplace, dentre outros.
  • O objetivo do VV será investir em novas empresas de crescimento exponencial focadas em soluções inovadoras e que possam acelerar o aumento do poder de venda direta da companhia para os clientes.
  • “Por meio do VV, a companhia pretende fomentar a expansão de seu ecossistema digital mediante a criação de parcerias significativas com startups, contribuindo para complementar a proposta de valor oferecida a seus clientes através de serviços e produtos inovadores”, afirma a Telefônica em comunicado ao mercado.

Do Petrobras a Telefônica, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Victória Anhesini

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