Os ministros da Fazenda e de Minas e Energia, Fernando Haddad e Alexandre Silveira, confirmaram nesta segunda-feira, 11, que a Petrobras (PETR4) poderá revisar sua decisão de reter os dividendos extraordinários em uma conta de reserva de remuneração de capital, conforme ficou estabelecido na semana passada.
Após a ordem do conselho derrubar as ações da Petrobras, com o temor de ingerência do governo federal sobre a direção da estatal, os dois ministros falaram à imprensa depois de reunião de mais de três horas que ocorreu nesta tarde no Palácio do Planalto, e buscaram ressaltar que a governança da petroleira está sendo respeitada.
Ao negar que o assunto tenha sido discutido no encontro, que também reuniu o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o ministro de Minas e Energia alegou que a distribuição dos dividendos da Petrobras é “dinâmica” e que a divisão destes recursos será avaliada no momento adequado.
Além de Petrobras, confira outros destaques desta segunda-feira:
Vale (VALE3) anuncia valor final de seus dividendos; veja quanto e a data de pagamento
- A Vale (VALE3) informou que o valor final bruto de remuneração aos seus investidores passou a ser de R$ 2,7385483741 por ação (-0,0025%).
- Conforme comunicado nesta segunda-feira (11), a mudança no valor dos dividendos da Vale ocorreu por causa da alteração na quantidade de ações em tesouraria.
- O valor dos proventos aprovados pelo conselho de administração no dia 22 de fevereiro de 2024 foi de R$ 2,738617408 por ação.
- As demais datas e informações referentes a esse pagamento dos proventos da Vale permanecem inalteradas.
- Desse modo, o pagamento dos dividendos vai acontecer em 19 de março de 2024, mas apenas aos investidores que terminaram o pregão desta segunda-feira (11) comprados nas ações da Vale.
- Inicialmente, o valor foi apurado conforme o balanço trimestral de 31 de dezembro de 2023. Segundo a mineradora, a quantia está alinhada com sua política de remuneração aos acionistas.
Banco do Brasil (BBAS3) renegocia R$ 2,35 bilhões em dívidas do Fies
- O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou hoje que renegociou R$ 2,35 bilhões em dívidas do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) nos primeiros meses do processo em todo o país.
- Segundo o BB, mais de 41 mil renegociações foram concluídas, juntamente com cerca de 154 mil simulações realizadas.
- O Banco do Brasil destacou que, desde o início do período de renegociação em novembro, tem oferecido ativamente a oportunidade de renegociação aos beneficiários do programa FIES por meio de seu aplicativo BB Mobile.
- Cerca de 90% das renegociações foram realizadas de forma digital, sem precisar se deslocar a uma agência. “A rede de agências está preparada e os canais digitais do BB também seguem à disposição. Já pudemos contribuir para a regularização da situação de 41 mil brasileiros. Isso é muito representativo porque esse programa de renegociação, assim como o Desenrola, traz maior dignidade financeira às pessoas”, destaca a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
- Estudantes que firmaram contratos até 2017 têm até 31 de maio de 2024 para aderir à renegociação de dívidas do FIES. Será considerada a situação de atraso da dívida até 30 de junho de 2023. O governo estima que cerca de 1,2 milhão de estudantes, com um saldo devedor total de R$ 51 bilhões, têm a possibilidade de renegociar seus contratos, com a maior parte localizada em São Paulo (294 mil), Bahia (108 mil) e Rio de Janeiro (96 mil).
Eletrobras (ELET3) está ‘descontada’ durante negociações da privatização com governo, opinam analistas
- A Eletrobras (ELET3) está diante de um cenário incerto, porém encarado com otimismo pelos analistas do Itaú BBA e da Genial Investimentos. Enquanto disputa pelo seu direito de voto em ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), modificações nas subsidiárias e oscilações no mercado de energia, a elétrica seguem com recomendação de compra de ações das duas casas.
- Os resultados trimestrais da Eletrobras serão divulgados nesta quarta-feira (13).
- O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou para a Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal (CCAF) a ação em que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, questiona a redução de poder de voto da União na Eletrobras. A decisão se deu na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7385, no final de dezembro.
- A Lei de desestatização da Eletrobras (Lei 14.182/202) proíbe que acionistas ou grupo de acionistas tenham votos em número superior a 10% da quantidade de ações em que se dividir o capital votante da empresa. Na ação, a Advocacia-Geral da União (AGU) sustenta que a aplicação imediata dessa regra às ações detidas antes do processo de desestatização representa grave lesão ao patrimônio e ao interesse públicos, porque a União manteve cerca de 42% das ações ordinárias, mas não tem voto proporcional a essa participação.
- De acordo com os analistas Victor Sousa e Israel Rodrigues, da Genial, a Eletrobras e demais nomes do setor de geração de energia viram uma alta na demanda acima do normal para o final do ano, devido às altas temperaturas do verão.
- “Como exemplo de empresa que pode se beneficiar, temos a Eletrobras que possui uma grande quantidade de energia descontratada e que estava sendo negociada com desconto por causa, mas não exclusivamente, do temor da empresa em não conseguir recontratar seu portfólio de energia à níveis de preços mais atraentes”, apontam os analistas.
Nubank (ROXO34): ETF que paga dividendos tem melhor retorno do mercado nos últimos cinco meses
- Os dois ETFs do Nubank (ROXO34) – Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NDIV11) e Nu Ibov Smart Dividendos (NSDV11) – apresentaram a melhor performance do mercado na sua classe de ativos considerando a janela dos últimos cinco meses, período desde o lançamento dos fundos.
- Segundo os dados levantados pela fintech, ambos os ETFs de Dividendos somam R$ 57 milhões investidos. Os volume de cotistas totaliza 13 mil, segundo o Nubank.
- O NSDV11 teve a melhor performance no mercado de ETFs do Brasil, com 17,1% de retorno líquido de taxas de administração e custos.
- Segundo os dados do Nubank, este resultado supera os 36 ETFs com estratégia baseada em ações de empresas brasileiras listadas na bolsa local, além de ter menor volatilidade no período, com o maior “information ratio” – métrica usada para analisar o retorno de um portfólio de investimentos.
- O ativo reinveste automaticamente os dividendos e soma 4,3 mil cotistas.
- Já o NDIV11 é o ETF da casa que paga dividendos mensalmente aos cotistas. A rentabilidade foi de 14,16% desde o lançamento, há cinco meses.
- Nessa janela, foram pagos R$ 3,32 por cota, representando um yield de 2,53% (ou 6,2% anualizado).
- “Os ETFs possuem alto potencial e são ótimos produtos para quem busca diversificar seu portfólio com uma cesta de ações que já tenha passado por uma curadoria, tenha gestão e seja transparente. Este é um mercado que representa US$ 10 trilhões em investimentos em todo o mundo, e que está sendo iniciado no Brasil”, diz Andrés Kikuchi, diretor-executivo da Nu Asset Management.
Weg (WEGE3): aquisição da Regal é ‘perfeita’ para a companhia, diz Itaú BBA
- Em seu relatório mais recente sobre a Weg (WEGE3), analistas do Itaú BBA investigaram como a aquisição da Regal Rexnord, anunciada no ano passado, pode ser significativa para a tese de investimento da companhia. A compra, avaliada em US$ 400 milhões, foi considerada pelo banco como ‘perfeita’ para a companhia, tanto em termos de produtos quanto de mercado.
- Em fato relevante divulgado à época, a Weg informou que a aquisição foi realizada pela Weg Eletric Corp e pela Weg Holding B.V, sociedades detidas pela Weg Equipamentos Elétricos S.A, controlada direta da companhia.
- A empresa disse, ainda, que a transação tem como foco os negócios de motores elétricos industriais e geradores, vendidos sob as marcas Marathon, Cemp e Rotor, do segmento operacional Industrial Systems da Regal Rexnord, empresa com sede nos Estados Unidos e listada da bolsa de valores de Nova York.
- O Itaú BBA considera apropriado o momento para discutir sobre o negócio, pois mesmo anunciado no 3T23, ele deverá ser incorporado aos resultados da Weg apenas no 2T24, tendo potencialmente efeitos significativos na dinâmica de resultados, na comunicação gerencial e no sentimento em relação às ações.
- Para o banco, a aquisição da Rexal é ‘perfeita’ para a companhia, tanto em termos de produtos quanto de mercado, além das várias sinergias a serem extraídas pela integração da produção de ambas as empresas. Além disso, os analistas acreditam que o negócio aumenta o posicionamento da Weg nos mercados dos EUA e China.
- “A transação, portanto, reforça nossa confiança na execução e no potencial de crescimento de longo prazo da Weg”, escreve a equipe de analistas, acrescentando que a empresa sempre aproveitou pequenas fusões e aquisições estratégicas para acelerar o crescimento e aumentar a competitividade.
- O Itaú BBA tem recomendação ‘market perform‘ para as ações de Weg, com preço-alvo a R$ 38,50. Os papéis da Weg estão negociados a R$ 37 nesta segunda (11).
Da Petrobras ao Banco do Brasil, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.
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