Radar: presidente da Petrobras (PETR4) é demitido, debêntures da Taesa (TAEE11) e lucro de Nubank (ROXO34) salta 167% no 1T24
O presidente da Petrobras (PETR4) Jean Paul Prates foi demitido nesta terça (14). Prates foi comunicado no início da noite pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. A Petrobras acabou de confirmar em fato relevante.
De acordo com a jornalista Malu Gaspar, que noticiou a demissão de Prates, ele já se despediu de diretores da empresa e comunicou que Magda Chambriard, ex-diretora da ANP (Agência Nacional do Petróleo), vai substituí-lo no comando da estatal.
A Petrobras divulgou este comunicado ao mercado:
“A Petrobras informa que recebeu nesta noite de seu Presidente, Sr. Jean Paul Prattes, solicitação de que o Conselho de Administração da Companhia se reúna para apreciar o encerramento antecipado de seu mandato como Presidente da Petrobras de forma negociada. Adicionalmente, o Sr. Jean Paul informou que, se e uma vez aprovado o encerramento indicado, ele pretende posteriormente apresentar sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras.
Fatos julgados relevantes serão tempestivamente divulgados ao mercado.”
As ações da empresa no after hours de Nova York, as ADRs da Petrobras, desabam mais de 7%.
Além de Petrobras, confira outros destaques desta terça-feira:
Taesa (TAEE11) pagará R$ 43,2 milhões em rendimentos
- A Taesa (TAEE11) pagará mais de R$ 43 milhões em rendimentos de debêntures, conforme comunicado pela companhia nesta terça-feira (14).
- O pagamento é referente às debêntures da Taesa da 1ª e 2ª série da 10ª emissão – feita em meados de maio de 2021.
- O pagamento dos rendimentos da Taesa será feito nesta quarta (15).
- No caso das debêntures de 1ª série (TAEEA1), serão pagos R$ 40,4 milhões em rendimentos, representando R$ 62,28 por papel.
- Já no caso das debêntures de 2ª série, serão distribuídos R$ 2,7 milhões, representando R$ 27,77 por papel.
Nubank (ROXO34): lucro salta 167% no 1T24, para US$ 378,8 milhões, e receita atinge novo recorde; veja valores
- O Nubank (ROXO34) registrou um lucro líquido de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), conforme novo balanço divulgado nesta terça-feira (14).
- Quando comparado ao lucro reportado no mesmo período do ano passado (1T23), de US$ 141,8 milhões, o resultado do Nubank apresentou um aumento de 167%.
- Enquanto isso, o lucro líquido ajustado alcançou US$ 442,7 milhões no 1T24, ante o resultado observado no 1T23, que tinha sido de US$ 182,4 milhões.
- O balanço do Nubank também destacou um novo recorde para as receitas, que somaram US$ 2,7 bilhões, o que corresponde a uma alta de 64% na comparação anual, puxada pelo aumento do crédito, com o avanço de linhas como empréstimo pessoal e cartão de crédito.
- O Nubank também reportou um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 23% ao ano no 1T24, ou ainda, 27% em termos ajustados. As receitas do banco digital totalizaram US$ 2,7 bilhões no período, um montante 64% maior na comparação anual, considerando o valor neutro de câmbio.
- O banco digital destaca que o custo médio mensal por cliente ativo permaneceu próximo de US$ 0,9 que, conforme destaca o balanço de resultados do Nubank, esse fator indica a “forte alavancagem operacional do modelo de negócios
- O Nubank também reportou uma carteira de crédito de US$ 19,6 bilhões, cerca de 53% acima do valor registrado no 1T23, que tinha sido de US$ 12,8 bilhões.
- No Brasil, o número de clientes do Nubank atingiu a marca de 91,8 milhões no final do primeiro trimestre de 2024. Na comparação anual, o crescimento foi de 22%. Já no mês de maio, a companhia somava 92 milhões.
Aeris (AERI3) registra prejuízo líquido de R$ 41,2 mi no 1T24
- A Aeris (AERI3) registrou prejuízo líquido de R$ 41,248 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo lucro de R$ 15,730 milhões anotados em igual período de 2023.
- No 1T24 da Aeris, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) alcançou R$ 42,475 milhões, queda de 69,6% em base anual de comparação.
- De janeiro março, a receita líquida da companhia totalizou R$ 515,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que significa um recuo de 20,9%.
- Essa redução ocorreu principalmente por causa do descomissionamento de cinco linhas de produção já maduras, no período, conforme já previsto pela companhia.
- Com isso, a empresa fica com dez linhas de produção ativas.
- Segundo o resultado da Aeris, a receita com a venda de pás eólicas totalizou R$ 499,638 milhões, queda de 21,1% em comparação com o primeiro trimestre de 2023.
- A receita de serviços do trimestre foi de R$ 15,807 milhões, montante 16,8% menor do que o anotado um ano antes. Essa diminuição se deu por pela sazonalidade e por questões climáticas nos Estados Unidos.
Porto (PSSA3) vê lucro crescer 90,2% no 1T24, para R$ 651 milhões
- O conglomerado empresarial Porto (PSSA3), conhecido anteriormente como Porto Seguro, informou ao mercado um lucro líquido de R$ 651 milhões nos primeiros três meses deste ano (1T24), marcando um aumento de 90,2% em comparação ao mesmo período de 2023 (1T23). O desempenho da empresa foi anunciado em balanço nesta terça-feira (14).
- A receita total do grupo Porto no 1T24 também apresentou uma trajetória ascendente, atingindo um crescimento anual de 14,2%, totalizando R$ 8,6 bilhões.
- A métrica que serve para avaliar a eficácia dos investimentos, o Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio (ROAE), registrou uma elevação de 8,1 pontos percentuais em relação ao 1T23, alcançando a marca de 20,9% no final de março.
- Segundo o balanço da Porto no 1T24, os investimentos gerenciados pela tesouraria da Porto apresentaram um retorno de R$ 322,2 milhões durante o 1T24. Esse desempenho representa uma rentabilidade equivalente a 94,9% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), conforme comunicado oficial do grupo.
- O grupo Porto diz que esse resultado foi influenciado positivamente pelo desempenho favorável em renda variável e multimercados, enquanto crédito privado e títulos marcados na curva (NTN-B) também contribuíram para o impacto positivo.
- No que diz respeito ao resultado financeiro global da holding, houve um crescimento de 68,5% em comparação ao início de 2023, totalizando R$ 234,1 milhões ao término do primeiro trimestre deste ano.
- Além disso, o índice de eficiência operacional do grupo, que analisa as despesas administrativas em relação à receita total, registrou uma melhora de 1,3 ponto percentual nos três primeiros meses deste ano, atingindo o patamar de 11,5%.
- A inadimplência das operações de crédito da Porto, considerando atrasos superiores a 90 dias, encerrou o 1T24 em 6,5%, caindo 1,0 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023. Essa taxa continua 0,4 ponto percentual abaixo da média de mercado.
- O grupo afirma que as novas safras de operações de crédito têm se destacado pela boa performance, indicando a efetividade das políticas implementadas nos últimos meses pela companhia. Diz ainda que o foco na gestão de risco e na melhora da qualidade da carteira de crédito permanecem como pilares do crescimento sustentável do grupo.
BB Seguridade (BBSE3): Itaú BBA mantém recomendação neutra e traça panorama dos impactos da crise no RS
- O Itaú BBA manteve recomendação neutra para as ações do BB Seguridade (BBSE3), pois avalia que os gatilhos positivos são limitados. O preço-alvo permanece em R$ 37 por ação para o final de 2024.
- “Acreditamos que a empresa esteja sendo negociada a 8x P/E para 2024, com potencial de alta limitado, mas oferecendo um atraente rendimento de dividendos de 11%”, diz o BBA.
- No geral, o BBA antecipa um lucro de R$ 7,8 bilhões para o ano, refletindo um modesto crescimento de 1,3% em relação ao ano anterior. Segundo os analistas, as tendências operacionais parecem robustas, com as estimativas se alinhando mais para o extremo superior da orientação.
- Sobre a situação do Rio Grande do Sul, o BBA avalia ser cedo para entender totalmente os impactos no lucro do BB Seguridade. No entanto, é estimado que o impacto nos ganhos no braço de seguros (Brasilseg) seja de médios a altos dígitos, resultando em um impacto de dígitos baixos a médios no BB Seguridade consolidado.
- “Apesar das reclamações específicas serem diluídas devido à diversificação de produtos e geográfica, reconhecemos o impacto significativo na região afetada e em seus cidadãos”, comenta o BBA.
- No estado do Rio Grande do Sul, a maior parte da exposição da BB Seguridade no rural é para milho e soja. A colheita de milho já estava 83% concluída, enquanto a de soja está 75% concluída. No seguro residencial, o BBA projeta a exposição em cerca de 5% no RS.
- “No próprio braço de seguros, o impacto anual nos ganhos poderia ser de R$ 80 a 500 milhões, ou 2% – 12% da unidade. Isso é diluído para 1% a 5% do total de ganhos. Um impacto de R$ 10 – 80 milhões das linhas residencial e comercial se aumentarmos nossa taxa de reclamação de 65% para 90% no 2º e 3º trimestres de 2024”, afirma o BBA.
- Com isso, o impacto estimado total estressado no resultado final em média seria de cerca de R$ 300 milhões, ou 4% do total de R$ 7,8 bilhões estimados de lucro líquido para 2024.
Da Petrobras ao Nubank, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.