Analistas do Citi observaram em relatório que, com o novo projeto orçamento apresentado pelo governo na semana anterior, a expectativa de dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4) aumentou.
Os analistas destacam que os dividendos da Petrobras ainda devem depender da posição de caixa da empresa – contudo a sinalização do governo de que pode receber R$ 49 bilhões em proventos neste ano aumenta as projeções.
Além disso, as estimativas são de recebimento de R$ 41 bilhões em proventos por parte da União em 2024 – em um contexto em que a Petrobras representa cerca de 58% do montante de dividendos recebidos pelo governo.
Com isso, o Citi estima R$ 100 bilhões pagos aos acionistas da Petrobras neste ano e R$ 84 bilhões no ano que vem.
“Acreditamos que a companhia manterá o foco na atual política de dividendos e podem haver dividendos extras”, dizem os analistas do banco.
Apesar disso, a recomendação ainda é neutra para as ADRs da Petrobras, com preço-alvo de US$ 14.
“Neste ponto, não vemos espaço para as ações da Petrobras subirem, uma vez que o rendimento dos dividendos deve diminuir e a diferença de preços para grandes petrolíferas foi reduzido”.
Além de Petrobras, confira outros destaques desta segunda-feira:
Pão de Açúcar (PCAR3) anuncia venda milionária de ativo no Rio de Janeiro em plano de redução de dívida
- O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) anunciou nesta segunda (4) por meio de fato relevante a venda de um ativo na capital do Rio de Janeiro.
- A venda do Pão de Açúcar é de um imóvel onde funcionava uma unidade do Extra na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo nota do Grupo, a operação de alienação do imóvel vai render aos cofres da varejista um total de R$ 247 milhões.
- “Com a conclusão das condições previstas em contrato, o valor da transação será integralmente pago pelo comprador durante o 3º trimestre de 2023”, explica o Pão de Açúcar.
- “Além da entrada de caixa, proveniente da venda da unidade onde funcionava a unidade do Extra no Rio, a alienação evitará, aproximadamente, R$ 9 milhões anuais com despesas de manutenção atreladas ao imóvel que se encontra inativo desde outubro de 2022″, acrescenta o texto arquivado na Comissão de Valores mobiliários (CVM).
- Segundo o Pão de Açúcar, a “operação faz parte do plano de redução da alavancagem financeira da companhia ao longo de 2023 e 2024, contribuindo para a redução da dívida líquida e reforço da sua estrutura de capital“.
- No plano de redução da alavancagem do Pão de Açúcar, a companhia espera:
- concluir a venda de outros ativos não core;
- melhorias operacionais que resultarão na meta de margem Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada de 8% a 9% em 2024, conforme projeção divulgada por
meio de fato relevante em 07 de dezembro de 2022; - e a venda da sua participação remanescente no Grupo Éxito.
Minerva (BEEF3) deve realizar emissão de bond de até US$ 1 bi para financiar compra de ativos, diz site
- Após adquirir ativos da Marfrig (MRFG3) pelo valor de R$ 7,5 bilhões, a Minerva (BEEF3) deve emitir bonds entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão para financiar a transação, informa o Brazil Journal.
- De acordo com o Brazil Journal, a operação deve ser precificada na quarta ou quinta-feira.
- Embora a Minerva conte com o compromisso de financiamento firmado pelo banco JP Morgan nas parcelas restantes do financiamento, a companhia busca um custo menor de crédito e redução do risco financeiro.
- Atualmente, há poucas emissões de títulos de empresas com rating ‘BB’ similar à Minerva, o que abre uma janela de oportunidade.
- Segundo o Brazil Journal, não há ainda price talk disponível. O JP Morgan é o coordenador global da oferta.
JBS (JBSS3), Minerva (BEEF3), Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3): quais as favoritas do setor? Analistas respondem
- O Itaú BBA manteve visão otimista para a JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3), destacando ambas como as favoritas no setor de frigoríficos. Para a BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3), o banco permaneceu com recomendação neutra.
- Em relação à JBS, os analistas avaliam que o pior em termos de resultados trimestrais deve ter passado. “Consideramos a JBS uma história de geração de valor de médio prazo, apesar da falta de gatilhos no curto prazo.”
- O banco mantém recomendação outperform para JBS, com o preço-alvo de R$ 39 para final de 2023 e R$ 31 para 2024. Segundo analistas, as projeções são uma antecipação da normalização a partir de 2024 da maioria dos negócios da JBS, principalmente Seara e Pilgrim ‘s Pride Corporation, que compensará os “retornos ainda subótimos” na divisão de carne bovina dos Estados Unidos.
- Já para Minerva, o BBA aponta que o mercado ainda está absorvendo a fusão e aquisição nas estimativas da companhia. Na semana passada, a Minerva anunciou que estava adquirindo 16 unidades de abate da Marfrig por R$ 7,5 bilhões.
- Segundo a equipe do BBA, a aquisição de criar valor para empresa no futuro representa um passo importante na consolidação da Minerva como principal exportadora de carne bovina na região, mas o movimento provavelmente impactará a geração de FCFE (Fluxo de Caixa Livre para os Acionistas).
- “O acordo provavelmente adiará a geração de FCFE da Minerva em um setor que historicamente tem sido impulsionado por dinâmicas pró-cíclicas de curto prazo”, explica o BBA.
- Com isso, o BBA mantém recomendação outperform, equivalente a compra, para Minerva. O preço-alvo é de R$ 17.
Vale (VALE3): ações fecham em alta no Ibovespa nesta segunda; saiba por quê
- As ações da Vale (VALE3) fecharam em alta nesta segunda-feira (4) no Ibovespa, com o mercado reagindo positivamente às medidas recentes da China para apoiar o setor imobiliário, com grandes cidades relaxando restrições e políticas para a compra de residências.
- No fechamento, as ações ordinárias da Vale subiram 0,74%, cotadas a R$ 69,60.
- “Finalmente foi anunciado nesse fim de semana um pacote de estímulo na China em relação ao setor imobiliário, que flexibilizou a política de hipotecas nas quatro principais cidades do país, trazendo finalmente um alivio para o setor imobiliário, que vinha sendo pressionado demais”, disse Fábio Lemos, sócio da Fatorial Investimentos.
- Os investidores também aprovaram a notícia de que a incorporadora chinesa Country Garden conseguiu estender o vencimento de um bônus, evitando um default e levando inclusive as Bolsas de Xangai, Seul e Tóquio a terminarem nas máximas do dia.
- “Até mesmo a Incorporadora Contry Garden, que vinha amargando fortes quedas, operou em alta nessa madrugada após o anúncio. Vale ressaltar que o setor imobiliário é responsável por cerca de 35% do aço produzido e, por isso, essa medida de flexibilização era tão esperada”, acrescentou Lemos.
XP ‘aumenta aposta’ em ações da Petrobras (PETR4); veja motivos
- Em nova revisão sobre a sua carteira recomendada de ações, analistas da XP resolveram aumentar a alocação nos papéis da Petrobras (PETR4).
- Com o ajuste, as ações da Petrobras ficam com peso de 10%, tal como a maioria dos portfólio.
- “Aumentamos o peso de PETR4 para 10% buscando balancear nossa exposição à commodities, considerando a diminuição da exposição a outros setores como Mineração Siderurgia Em adição, mantemos nossa visão da Petrobras como sendo uma sólida geradora de caixa com uma saudável política de pagamentos de dividendos“, destaca a casa.
- Atualmente o preço-alvo da casa para os ativos é de R$ 36,70, implicando em uma valorização de cerca de 15% ante os patamares de preço atual.
- “No mês de agosto, a nossa carteira caiu 7,5% vs um desempenho de 5,1% do Ibovespa Desde seu início em julho de 2018 a carteira se valorizou em 49,3 enquanto o Ibovespa 59,1%”, relatam os analistas sobre a performance do portfólio.
- Além da movimentação com as ações da petroleira, a casa reduziu a posição em Gerdau (GGBR4), sendo agora a única companhia da carteira de ações a ter um peso de 5%.
- “Acreditamos que a volatilidade nos preços do minério de ferro e a baixa demanda chinesa por aço pode afetar ainda mais o preço do aço”, explica a XP acerca da mudança.
Da Petrobras à Minerva, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.