Radar: Petrobras (PETR4) vai contratar 2 navios-plataformas, Natura (NTCO3) vende Aesop para L’Oreal e Marisa (AMAR3) fechará 92 lojas
A Petrobras (PETR4) anunciou nesta segunda (03) que deu início ao processo de contratação para o afretamento de dois navios-plataformas. Segundo a estatal, eles serão destinados ao projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP), na Bacia de Sergipe-Alagoas.
Segundo a Petrobras, os FPSO [sistemas flutuantes de produção, armazenamento e transferência de petróleo] serão terão um papel estratégico e abrirão uma nova fronteira de produção de gás natural na região Nordeste.
“O projeto Sergipe Águas Profundas se destaca pelas reservas expressivas, com potencial de impulsionar a oferta de gás natural no país e reduzir nossa dependência à importação desse insumo”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Isso porque cada plataforma (SEAP I e SEAP II) terá capacidade de processar até 120 mil barris de petróleo por dia (bpd). Juntas, as duas unidades terão potencial de ofertar até 18 milhões de m3 de gás por dia.
“Outra vantagem é que o gás é o combustível crucial de transição energética. Não só por sua versatilidade de aplicação – como fonte de energia para as mais diversas indústrias – e previsibilidade de entrega, mas principalmente por sua eficiência em emissões”, complementou Prates.
Além da Petrobras , confira outros destaques desta segunda-feira:
Natura (NTCO3) anuncia venda da Aesop para L’Oreal por US$ 2,53 bilhões
- A Natura&Co. (NTCO3) anunciou nesta segunda-feira (03) a venda da Aesop para a L’Oréal. Segundo fato relevante, o valor da negociação do acordo vinculante foi de US$ 2,525 bilhões.
- De acordo com o comunicado, a transação tem como objetivo suportar a desalavancagem financeira da Natura e permitir que a empresa se concentre em suas prioridades estratégicas.
- “Especialmente na integração na América Latina, assim como na otimização geográfica da Avon Internacional e melhora continua da The Body Shop”, com rígida disciplina financeira“, diz a companhia.
- Depois do anúncio o ADR da Natura subia 8%, cotado a US$ 5,76, no after hours em Nova York.
- A Natura também informou que o pagamento da compra da Aesop pela L’Oréal será feito em dinheiro no fechamento da transação, prevista para ocorrer no terceiro trimestre deste ano. A fabricante ainda destaca que as condições estão sujeitas às aprovações regulatórias habituais.
Marisa (AMAR3) vai fechar 92 lojas, mas diz que não está ‘nem perto’ de crise na Americanas (AMER3)
- Após amargar um prejuízo de 670% no quarto trimestre de 2022, a Marisa (AMAR3) avisou que não está “nem perto” de uma crise como a vivenciada pela Americanas (AMER3). João Nogueira Batista, presidente da varejista de moda, afastou os rumores negativos e detalhou o plano de reestruturação financeira e operacional da empresa.
- “Não há nada nem perto ou parecido com o que se viu no setor”, destacou Batista durante a teleconferência dos resultados do 4T22 da varejista, realizada nesta segunda (3).
- De acordo com informações publicadas pelo jornal Valor Econômico, a empresa de moda fez um processo de revisão e auditoria interna dos números nas últimas semanas. Segundo o CEO da varejista, não havia “nada fraudulento” nas contas.
- Com a reestruturação financeira, a concorrente da Riachuelo (GUAR3), C&A (CEAB3) e Lojas Renner (LREN3) prevê fechar 92 das 334 unidades nos próximos meses, sendo que 20 devem ser encerradas até este mês. A previsão é de que essa operação promova uma geração de quase R$ 70 milhões no lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) anual e mais R$ 30 milhões em redução de despesas.
Americanas (AMER3): bancos veem oportunidade de consenso com proposta de capitalização de R$ 12 bilhões
- Os bancos credores da Americanas (AMER3) estão começando a enxergar um consenso com a possibilidade de uma capitalização de R$ 12 bilhões. Segundo informações do Valor Econômico, a proposta teria sido feita pelo trio de acionistas de referência da varejista, os bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.
- De acordo com a apuração do jornal, a nova proposta de capitalização da Americanas foi apresentada no fim da última semana. “Ainda tem uns detalhes finais, que são importantes, mas deve convergir”, disse uma das fontes.
- A companhia chegou a um montante considerado mínimo pelas instituições financeiras, de R$ 12 bilhões, algo que ampliou a possibilidade de se chegar a um acordo, quase três meses depois da divulgação do fato relevante que tornou público um rombo de R$ 20 bilhões no balanço da empresa.
- Segundo as fontes, que pediram anonimato, o andamento da negociação da Americanas com credores foi facilitado desde que a varejista apresentou uma proposta de R$ 10 bilhões. Embora o valor tenha sido considerado insuficiente, as discussões teriam se tornado mais amenas.
Preferida do setor, segundo analistas: por que a Vale (VALE3) se destaca mesmo em um cenário de incertezas na mineração?
- Os investidores estão cautelosos com o recente rali do minério de ferro e as incertezas quanto à reabertura econômica da China. Ainda assim, a Vale (VALE3) segue como a principal opção de investimentos no setor. O Bank of America (BofA) explica por que a empresa tem vantagem em relação a pares como Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3).
- Em relatório, os analistas do banco americano destacam a sustentabilidade da alta nos preços do minério de ferro como a grande questão no mercado no momento. Isso porque a commodity vem sendo negociada entre US$ 125 a 130 por tonelada nos mercados internacionais.
- Apesar disso, os analistas do BofA lembram que o minério de ferro entrou em rali antes que a recuperação econômica chinesa se concretizasse. Mais: as ações da Vale também se valorizaram no período. “Mesmo que dados recentes indiquem melhoras, a retomada da segunda maior economia do mundo não é linear e continua gerando incertezas”, pontuam.
Hapvida (HAPV3) fará oferta de ações que pode girar R$ 1 bi; papéis caem na Bolsa
- A Hapvida (HAPV3) informou no domingo (2) que fará uma oferta pública primária de, inicialmente, 329.339.600 novas ações, em regime de garantia firme de liquidação, podendo alcançar pouco mais de R$ 1 bilhão, considerando lotes extras. A companhia pretende utilizar integralmente os recursos líquidos provenientes da oferta para fortalecimento de sua estrutura de capital. No fechamento, os papéis caíram 6,87%.
- A quantidade de ações da Hapvida inicialmente ofertada poderá, a critério da companhia, em comum acordo com os coordenadores da oferta, ser acrescida em até 20% do total de ações inicialmente oferecidas, ou seja, em até 65.867.920 novas ações, nas mesmas condições e pelo mesmo preço das ações inicialmente ofertadas, que serão destinadas exclusivamente a atender eventual excesso de demanda que venha a ser constatado.
- Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa lembra que o preço por ação será fixado após a conclusão do procedimento de bookbuilding, previsto para 12 de abril.
- Considerando o preço de fechamento do pregão de 31 de março de R$ 2,62, a oferta pode girar R$ 862.869.752,00, sem considerar a colocação das ações adicionais, e R$ 1.035.443.702,40 considerando a colocação da totalidade do lote extra.
- Simultaneamente, no âmbito da oferta, serão realizados esforços de colocação das ações (considerando as ações adicionais) no exterior. A operação tem coordenação do Bank of America Merrill Lynch (Coordenador Líder), do UBS Brasil (UBS BB), do Banco BTG Pactual e do Banco Itaú BBA.
Petrobras (PETR4) vai revisar processos de desinvestimentos no Plano Estratégico
- A Petrobras (PETR4) anunciou nesta segunda-feira (3) que a revisão dos processos de desinvestimentos não assinados será realizada no âmbito dos ajustes ao Planejamento Estratégico. O comunicado, assinado pela diretoria executiva da estatal, foi divulgado em face da deliberação do Conselho de Administração.
- “A Diretoria Executiva informou que a revisão dos processos de desinvestimentos não assinados será realizada no âmbito dos ajustes ao Planejamento Estratégico da Companhia”, disse a estatal em nota.
- É importante lembrar que a revisão é um pedido do Ministério das Minas e Energia (MME). A pasta solicitou a devolução do estudo preliminar sobre os processos de desinvestimentos da Petrobras em curso.
- Contudo, estudos preliminares da estatal não haviam verificado fundamentos para suspensão dos projetos em que já houve contratos assinados.
De Petrobras à Marisa, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.