Ícone do site Suno Notícias

Radar: MRV (MRVE3) paga dividendos milionários, CVM analisa Petrobras (PETR4), Oi (OIBR3) adia balanço do 1T22 mais uma vez

Petrobras (PETR4)

Petrobras (PETR4) Foto: Agência Brasil.

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu aval para aquisição, pela PetroRio (PRIO3) por meio de sua subsidiária PetroRio Jaguar, da total participação detida pela Petrobras (PETR4) em um contrato de concessão do Campo Albacora Leste, que fica em águas profundas na Bacia de Campos.

O Diário Oficial da União (DOU) publicou aprovação, que não possui restrições.

De acordo o escrito no contrato, a participação da Petrobras corresponde a 90% do total. Os 10% restantes pertencem à Repsol Sinopec Brasil.

Com o acordo, a PetroRio, pela PetroRio Jaguar, deterá 90% de participação e será operadora da concessão de Albacora Leste. A fatia da Repsol não será afetada pela operação.

Quando foi feito o anúncio do negócio, em abril deste ano, a Petrobras informou que o valor total da venda era de até US$ 2,2 bilhões, dos quais US$ 292,7 milhões foram pagos na ocasião, US$ 1,66 bilhão no fechamento da transação e até US$ 250 milhões em pagamentos contingentes, a depender das cotações futuras do barril de petróleo Brent.

De acordo com a petrolífera, os valores não consideravam os ajustes a serem eventualmente feitos até o fechamento da transação, que estão sujeitos ao cumprimento de certas condições precedentes.

“Como justificativa para realização da operação, as requerentes explicam que, para o Grupo PetroRio, a operação está alinhada com seu modelo de negócios e estratégia de geração de valor. Já para a Petrobras a operação faz parte do Programa de Parcerias e Desinvestimentos da Petrobras, estando alinhada ao Plano Estratégico 2022-2026, que prevê a otimização do portfólio da companhia”, diz o parecer sobre o negócio, publicado pelo Cade.

Privatização na mira

Na semana em que a Petrobras anunciou o reajuste dos preços dos combustíveis e intensificaram-se as críticas do Palácio do Planalto e aliados no Congresso à estatal, o tema da privatização tem voltado com ainda mais força mais à pauta política. Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) e o ministro da Economia Paulo Guedes deram inúmeras declarações sobre a desestatização da empresa.

Agora, o plano para dar início ao processo está quase pronto, segundo apurou o jornal O Globo.

O ministro das Minas e Energia Adolfo Sachsida está perto de concluir um projeto de lei que trata sobre a privatização da Petrobras, de acordo com o jornal do Rio. Esse PL seria elaborada nos moldes do que tratou da capitalização da Eletrobras (ELET3). Sachsida diz que o novo aumento dos preços da gasolina favorece o projeto.

Segundo O Globo, o ministro das Minas e Energia estaria esperando “um momento político propício”, mais o aval de Bolsonaro, para enviá-lo ao Congresso.

CVM analisa Petrobras após renúncia de CEO e comportamento de ações

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está analisando as informações divulgadas pela Petrobras (PETR4) no processo da troca da presidência da estatal, que nesta segunda-feira (20) ganhou mais um capítulo com a renúncia do CEO demissionário, José Mauro Coelho. A autarquia examina ainda o comportamento dos papéis da companhia desde 3 de junho, em função de oscilações registradas na Bolsa.

De acordo com a autarquia, avaliação que está sendo realizada é um procedimento padrão em caso de fatos relevantes e nenhuma investigação foi aberta sobre o assunto. Entretanto, isso não impediria uma futura investigação caso seja necessário.

O que a autarquia observa é cronologia do que ocorreu nesta segunda (20): primeiro, a Petrobras informou à CVM sobre a saída de Coelho da presidência da Petrobras; meia hora depois comunicou a renúncia do executivo ao Conselho de Administração; 50 minutos mais tarde, anunciou a nomeação do diretor de Exploração e Produção da estatal, Fernando Borges, como presidente interino.

De acordo com a entidade, o processo vai investigar primeiro as notícias anteriores à renúncia. O anúncio da estatal ocorreu depois que o jornal O Globo publicou que membros do conselho de administração da Petrobras, que conversaram com Coelho no fim de semana, relataram a disposição de o executivo pedir demissão.

Antes da companhia se manifestar oficialmente sobre a renúncia, os negócios com ações da empresa foram suspensos na B3 (B3SA3).

A CVM também pediu esclarecimentos sobre o comportamento atípico das ações da Petrobras desde o dia 3 de junho, tendo em vista as últimas oscilações registradas, o número de negócios e a quantidade negociada. É um segundo processo que será analisado.

Em resposta, a Petrobras esclareceu que não tem conhecimento de qualquer ato ou fato relevante pendente de divulgação que possa justificar as oscilações registradas no preço, na quantidade e no número de negócios envolvendo ações de sua emissão.

 

Além da Petrobras, confira outros destaques desta segunda-feira:

MRV (MRVE3) e Odontoprev (ODPV3) anunciam dividendos milionários; confira os valores

Magazine Luiza (MGLU3) fecha em alta de 8,4% e lidera ganhos do Ibovespa; veja por quê

Oi (OIBR3) adia de novo balanço do 1T22 e fornece números preliminares; receita recua 0,27%

Weg (WEGE3): XP contraria tese de ‘ação cara’ e recomenda compra

Da MRV à Weg, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

Sair da versão mobile