Radar: Petrobras (PETR4) aumenta investimentos em plano estratégico, calor beneficia Magazine Luiza (MGLU3) e o impacto do edital do TCU na Taesa (TAEE11)

conselho de administração da Petrobras (PETR4) aprovou hoje (23) o seu plano estratégico para o quinquênio 2024-2028. A expectativa é de que os investimentos da empresa somem US$ 102 bilhões nos próximos 5 anos.

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Assim, a nova expectativa de investimentos da Petrobras (Capex) é 31% maior quando comparada ao do plano estratégico anterior. Do valor estimado de US$ 102 bilhões, cerca de US$ 91 bilhões devem ser alocados em projetos da carteira de implantação.

Além disso, outros US$ 11 bilhões devem ser investidos em projetos que estão na carteira em avaliação. Apesar disso, esses projetos estão sujeitos a estudos adicionais quanto à viabilidade financeira, antes mesmo de serem contratados e executados.

“Quando concluídos os estudos e comprovada sua viabilidade econômica, esses projetos podem migrar para a carteira em implantação. O estudo de financiabilidade para projetos em avaliação é um item adicional à governança estabelecida de aprovação de projetos, que está mantida para ambas as carteiras”, diz o documento com o novo plano da Petrobras.

A Petrobras atribui o aumento do Capex principalmente a novos projetos a serem realizados, o que inclui possíveis compras de ativos que estavam em desinvestimentos e que retornaram ao portfólio de investimentos da empresa. Além disso, também estaria associado à inflação de custos, que afetou a cadeia de suprimentos como um todo.

Do total do Capex, cerca de 72% são do segmento Exploração e Produção (E&P). Em seguida, o segmento mais representativo é o de Refino, Transporte e Comercialização (RTC), com uma fatia de 16%, enquanto Gás e Energia (G&E) e Baixo Carbono representam 9%, e o Corporativo é de 3%.

Além de Petrobras, confira outros destaques desta quinta-feira:

Magazine Luiza (MGLU3): onda de calor e Black Friday fazem varejista lucrar alto com vendas de cervejas e ar-condicionado 

  • Pegando embalo na onda de calor que atinge várias regiões do país, o Magazine Luiza (MGLU3) registrou fortes vendas nas ofertas antecipadas de Black Friday, principalmente com aparelhos de ar-condicionado e cervejas.
  • Segundo o Magalu, mais de 213 mil cervejas e 110 mil copos foram vendidos durante as promoções antecipadas de Black Friday. Além disso, no topo da lista, estavam itens de ventilação e ar. 
  • Até 20 de novembro, foram mais de 1,3 milhão de buscas pelos produtos comercializados no Magazine Luiza. Dados da varejista mostram que foram vendidos cerca de 200 mil ventiladores. As compras de aparelhos de ar-condicionado triplicaram no período, chegando a quase 40 mil unidades.
  • Outro setor de destaque na Black Friday do Magalu foi o automotivo, no qual foram comercializados mais de 40 mil pneus, alta de 34% em comparação ao ano passado. A categoria de ferramentas quase dobrou a quantidade de itens vendidos na promoção. 

Taesa (TAEE11) será impactada por edital bilionário do TCU?

  • Conforme informações da Folha de S. Paulo, o TCU (Tribunal de Contas da União) deve aprovar o edital do leilão de R$ 21 bilhões em linhas de transmissão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) – o que pode ser interesse da Taesa (TAEE11)Copel (CPLE6)Alupar (ALUP11) e demais companhias elétricas.
  • A expectativa é de que o edital do TCU tenha certame previsto para dezembro na B3. O lote 1, que concentra 94% das obras, tem orçamento de R$ 17 bilhões.
  • Além disso, a RAP (Receita Anual Permitida) autorizada pela Aneel para o vencedor da concessão é definida com base no investimento a ser realizado.
  • leilão da Aneel inclui três lotes, que envolvem a construção de nove empreendimentos em cinco estados — Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins.
  • Serão leiloados, no total, 4.471 km de linhas.
  • Segundo o analista Bernardo Viero, da Suno Research, o leilão não deve afetar a Taesa, tal como outros players relevantes do setor elétrico
  • “Pelo tamanho elevado dos investimentos necessários para a maioria dos ativos (principalmente 1A, 1B e 2) e a característica de corrente contínua, que só a Eletrobras opera no Brasil, é natural se esperar que a empresa tenha algum protagonismo na disputa, também considerando a falta de algumas concorrentes que foram muito atuantes nos leilões dos últimos anos”, explica.
  • “Nesse sentido, esperamos um protagonismo maior da Eletrobras (ELET3) e de companhias estrangeiras, com alguma possibilidade de Engie Brasil (EGIE3) e da Alupar (ALUP11) também buscarem uma participação”, conclui o analista da Suno Research.

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Bradesco (BBDC4) vai mudar com troca de CEO? Ações têm forte alta, mas analistas fazem alertas

  • Após uma troca de CEO que animou o mercado – dado que as ações chegaram a subir 4% após a notícia -, os analistas do Goldman Sachs mantiveram recomendação neutra para os papéis do Bradesco (BBDC4) e destacaram que não enxergam a mudança como significativa. As ações do banco sobem forte hoje no Ibovespa, e analistas fazem outras ressalvas sobre a mudança na presidência.
  • Os analistas chamaram atenção para o fato de que o novo CEO do BradescoMarcelo Noronha, tem 38 anos de experiência no setor bancário, sendo 20 deles no próprio banco.
  • saída de Lazari Jr. da presidência do Bradesco vem em contexto de dificuldades do banco, que sofre mais do que seus pares com uma inadimplência mais elevada e vem na esteira de resultados abaixo do consenso Bloomberg e um top line com problemas dentro dos últimos números trimestrais.
  • “Em um entrevista em maio de 2023, o executivo [novo CEO Marcelo Noronha] destacou seu objetivo de melhorar a eficiência e entregar um ROE adequado no negócio de varejo, próximo a 20% (10,6% no 1T23)”, diz o Goldman Sachs.
  • Noronha também mencionou iniciativas de redução de custos, como o fechamento de cerca de 300 filiais e reorganização de outras, bem como aumento de receitas por meio de melhor segmentando a base de clientes”, acrescenta.
  • Os especialistas, com isso, disseram que enxergam a mudança na gestão do Bradesco como uma ‘continuidade da equipe atual’.

Alpargatas (ALPA4), controlada da Itaúsa (ITSA4), sofre queda na bolsa no dia que Dynamo vai às compras

  • Alpargatas (ALPA4), empresa da holding Itaúsa (ITSA4), fechou em queda de 2,8% no intradia desta quinta-feira (23) em um movimento de realização de lucros. A companhia chegou a cair mais de 3% logo na abertura.
  • A realização de lucros com as ações da Alpargatas ocorre após ganhos significativos neste mês, com 10,91% de alta em novembro. No entanto, ao longo do ano, a empresa apresenta uma queda de 39,32%.
  • A empresa anunciou hoje que as empresas Dynamo Administração de Recursos e Dynamo Internacional Gestão de Recursos aumentaram sua participação para 35.060.490 ações preferenciais da Alpargatas, equivalente a 10,20% do total dessa categoria de ações.
  • “As empresas informam que o objetivo da participação acionária detida é o investimento na Companhia, sem a intenção de alterar sua composição de controle ou estrutura administrativa, e não visa a atingir qualquer percentual específico de participação acionária”, diz o comunicado ao mercado da ALPA4.
  • “Esclarecem, ainda, que os veículos geridos não possuem outros valores mobiliários referenciados em tais ações e que não foram celebrados contratos regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da Companhia”, completa a Alpargatas.

Da Petrobras à Taesa, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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