A Petrobras (PETR4) poderá desistir da venda de sua participação de 44% no bloco Tayrona, projeto offshore de gás na Colômbia em parceria com a Ecopetrol. A informação foi dada à Reuters pelo diretor de desenvolvimento de produção, Carlos Travassos. Ao Suno Notícias, a estatal confirmou as declarações do executivo.
“Não mais”, disse Travassos em uma conferência de energia em Houston ontem (1). “Vimos a relevância disso”.
Na noite desta terça, em documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a petroleira afirmou que o processo de desinvestimento [do Bloco Tayrona] foi encerrado em 2020, após não ter tido propostas vinculantes na ocasião.
“A Companhia entendeu, na época, que seria mais adequado não relançar o teaser do projeto para aguardar os resultados da perfuração dos poços na região”, diz o comunicado.
A Petrobras havia colocado sua participação à venda após maus resultados de exploração em um poço anterior, mas reviu o plano após identificar a relevância do projeto.
Vale lembrar que a descoberta de gás natural no poço de águas profundas Uchuva-1, no bloco Tayrona, foi anunciada pela Petrobras e a Ecopetrol no ano passado. Segundo projeções da Ecopetrol, o bloco Tayrona deverá fornecer a primeira produção de gás da Colômbia em campos de águas profundas em 2026, conectando-se à infraestrutura próxima.
Além de Petrobras, confira outros destaques desta terça-feira:
Lojas Renner (LREN3) é atingida por ‘efeito Shein’; ação sofre duplo rebaixamento às vésperas de balanço do 1T23
- A Lojas Renner (LREN3) apresenta seu balanço do primeiro trimestre de 2023 nesta quarta (3). Porém, o “efeito Shein” caiu como uma bomba na empresa, para a Genial Investimentos. Por isso, os analistas da casa reduziram o preço-alvo e a recomendação de compra do papel.
- Agora, as ações da Renner contam com recomendação manter (ante comprar), com o preço-alvo de R$ 20,50 (ante R$ 36,25).
- “Diferente de nossa projeção inicial -esperávamos uma recuperação sequencial no 1T23 -, acreditamos que o varejo vestuário de baixa renda terá um primeiro semestre de 2023 ainda desafiador, dada a maior competição low price da Shein e sensibilidade de preço do consumidor”, dizem os analistas da Genial Iago Souza, Vinicius Esteves e Nina Mirazon.
- “Dado o aumento de competitividade e um ambiente macroeconômico ainda desafiador para Realize e Camicado, estamos atualizando a nossa projeção-base para Renner no curto prazo. Em nossa visão, a companhia precisará de mais tempo para conseguir fechar o gap de rentabilidade apresentada em 2019”.
- “As nossas projeções de indústria apontam que os meses entre abril e junho ainda devem se mostrar difíceis para o crescimento de receita da Renner, que sofre em meio a competitividade e uma base de comparação muito forte (2T22)”, reforçam os especialistas.
Banco do Brasil (BBAS3) é acusado de não pagar aluguel e fundo imobiliário diz que rendimentos serão afetados; empresa nega inadimplência
- O Banco do Brasil (BBAS3) foi acusado pelo BTG Pactual (BPAC11) de não pagar o aluguel do imóvel CARJ, localizado no Rio de Janeiro (RJ). Por isso, os administradores do fundo imobiliário BBFI11B disseram que a distribuição dos rendimentos do mês será afetada. Ao Suno Notícias, o banco negou que esteja inadimplente.
- “Até a presente data, o fundo não recebeu a totalidade do pagamento do aluguel referente à
competência do mês de abril de 2023, devido pelo Banco do Brasil, pela locação do imóvel CARJ, localizado no Rio de Janeiro. Dessa forma, a distribuição de rendimentos do fundo foi impactada negativamente em, aproximadamente, R$ 7,35 por cota”, disseram os administradores do BBFI11B em fato relevante publicado na sexta (28).
- No comunicado, os administradores do fundo imobiliário também disseram que não receberam os valores da “ação renovatória de aluguel”, tema que segue em discussão na Justiça. De acordo com os gestores, esse débito também será incluso na inadimplência parcial total, que totalizava até a última sexta o valor de R$ 15 milhões, sem considerar juros, multa e correção monetária.
- Procurado pelo Suno Notícias, o Banco do Brasil reforçou que o debate em torno deste imóvel está sendo realizado na Justiça e que as chaves da propriedade já foram entregues em juízo. Confira o posicionamento na íntegra:
- O BB refuta a informação de que exista inadimplência, já que há um debate judicial em curso sobre o caso, inclusive com a realização da entrega das chaves em juízo. Cabe destacar que a saída do CARJ se trata de decisão administrativa rotineira na gestão imobiliária, que buscou saídas amigáveis ao longo de todo o processo, mas que culminou na necessidade de entrega judicial do imóvel, sem qualquer inadimplência por parte do Banco.
Arezzo (ARZZ3) tem alta de 27% no lucro do 1T23, para R$ 72 mi; empresa anuncia recompra de ações
- A Arezzo (ARZZ3) divulgou nesta terça-feira (02), seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2023 (1T23). A companhia apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 73,1 milhões, um aumento de 27% em relação ao mesmo período do ano passado.
- O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente, por sua vez, totalizou R$ 164,3 milhões no 1T23, crescimento de 22,8% em relação ao 1T22. Já margem Ebitda da Arezzo alcançou 16% no primeiro trimestre de 2023, um aumento de 0,1 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2022.
- A receita líquida recorrente da Arezzo no 1T23 somou R$ 1,025 bilhão, um crescimento de 22,1% na comparação com igual etapa de 2022. O lucro bruto recorrente da companhia foi de R$ 536,8 milhões, com aumento de 19,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A margem bruta recorrente foi de 52,4% no 1T23, baixa de 1 p.p. frente a margem do 1T22.
- As despesas gerais e administrativas somaram R$ 70,5 milhões no 1T23, crescimento de 6% em relação ao mesmo período de 2022. O resultado financeiro líquido da varejista, no entanto, foi negativo em R$ 39,6 milhões no primeiro trimestre de 2023 — uma elevação de 94% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.
- No final do primeiro trimestre de 2023, a dívida líquida da Arezzo era de R$ 277 milhões, enquanto o caixa líquido era de R$ 426,3 milhões no mesmo período de 2022. O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,4 vez em março de 2023, alta de 1 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado.
Minerva (BEEF3) é excluída de carteira de dividendos do Santander; entenda
- Em nova atualização de maio, o Santander realizou duas alterações na sua carteira de dividendos, retirando a Minerva (BEEF3) e a CPFL Energia (CPFE3) do portfólio que tem foco em dividendos.
- “No caso de Minerva, a perspectiva é por um 1T23 mais fraco e dúvidas sobre a recuperação das exportações de carne bovina para a China podem deixar as ações voláteis no curto prazo. Assim, optamos por excluir a ação da Carteira Dividendos e mantê-la apenas na Carteira Small Caps”, justificam os analistas sobre a decisão.
- No caso da CPFL, a passagem da ‘data ex‘ dos dividendos pode fazer com que os “investidores possam perder o interesse pelo ativo no curto prazo”.
- No lugar dos dois ativos, os especialistas do Santander incluíram ações da São Martinho (SMTO3) e da Telefônica (VIVT3) para a carteira de dividendos de maio.
- “Nosso preço-alvo de R$ 36,00 (para o ano fiscal de 2024) implica um potencial de alta de 14%. Em termos de valuation, vemos SMTO negociando a EV/EBITDA 2024E de 3,5x, um desconto de ~40% em relação à média de três anos da SMTO de 5,7x”, diz a casa sobre os ativos.
- Já no caso da Telefônica, o Santander também enxerga melhora operacional para as ações da companhia.
- “O momento operacional da Vivo deve continuar melhorando ao longo de 2023, pois esperamos que todas as unidades de negócios continuem mostrando fortes tendências. No segmento móvel, a combinação de adições líquidas robustas e um ambiente de precificação racional deve permitir que a Vivo cresça acima da inflação, em nossa opinião. Enquanto isso, prevemos um crescimento de receita de telefonia fixa de +3% em 2023, uma melhoria em relação aos +2% de 2022”.
Veja a carteira de dividendos da Santander
- Alupar (ALUP11) -11%
- B3 (B3SA3) – 10%
- Banco do Brasil (BBAS3) – 11%
- Cury (CURY3) – 6%
- Eletrobras (ELET6) – 10%
- Itau Unibanco (ITUB4) – 10%
- Petrobras (PETR3) – 10%
- São Martinho (SMTO3) – 9%
- Telefônica Brasil (VIVT3) – 10%
- Vale (VALE3) – 13%.
Méliuz (CASH3) desaba quase 15%; Veja as 5 ações que mais caíram em abril
- O Ibovespa, principal índice de ações brasileiras da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o mês de abril com uma valorização de 2,50%, registrando a segunda alta mensal de 2023.
- A cotação do Ibovespa apresentou a mínima mensal de 99.897,78 pontos, já a máxima foi de 108.277,02 pontos.
- O Ibovespa retorna a apresentar uma relativa recuperação, depois de terminar o 1º trimestre de 2023 com uma forte queda de 7,16%.
- O mercado ficou em um cenário mais positivo no mês de abril, em meio a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) deve adotar um tom mais ameno em relação ao aumento dos juros.
- Também impactou de forma positiva no preço de algumas ações brasileiras, as sinalizações de retomada da economia chinesa.
- Apesar disso, algumas companhias tiveram desempenhos fortemente negativos no mês. Confira as 5 maiores quedas do Ibovespa em abril.
Maiores quedas de abril
- Assaí (ASAI3): -20,59%
- Natura (NTCO3): -16,21%
- Minerva (BEEF3): -15,54%
- Méliuz (CASH3): -14,85%
- Carrefour (CRFB3): -12,74%.
BB Seguridade (BBSE3) e Cielo (CIEL3) entram na carteira de dividendos do BTG; veja quem saiu
- O BTG Pactual (BPAC11) começa maio “cautelosamente otimista” com o ambiente de investimentos do país. Nesta terça (2), os analistas fizeram alterações na carteira de dividendos e inseriram os papéis da BB Seguridade (BBSE3) e da Cielo (CIEL3). Assim, as ações da Porto Seguro (PSSA3) e da Santos Brasil (STBP3) foram retiradas da carteira.
- Os analistas do BTG Bruno Lima, Luis Mollo, Marcel Zambello e Vitor de Melo acreditam que as ações da BB Seguridade “parecem atraentes”, tendo em vista que estão negociando a 9,2x P/L 23.
- “Os resultados do quarto trimestre e de 2022 foram muito fortes e continuamos vendo uma perspectiva de números muito construtivos para 2023. Dada a natureza do negócio, com 75% dos resultados operacionais anuais geralmente vindos do que foi construído nos anos anteriores, a visibilidade é muito boa para 2023 após um ótimo 2022”, destacam os especialistas.
- No caso das ações da Cielo, a entrada na carteira ocorre após a apresentação dos balanço do primeiro trimestre de 2023, período em que a empresa registrou um lucro líquido de R$ 441 milhões – alta de 140% ante o mesmo período de 2022.
- “Juntamente com os fundamentos e resultados operacionais sólidos (também vemos riscos de surpresas positivas em nossas estimativas após os resultados acima do esperado no primeiro trimestre), a Cielo ainda parece ser uma ótima ação para se ter, pelo menos no curto prazo“, comentam.
Copel (CPLE6) dispara mais de 15%; Veja as 5 ações que mais subiram em abril
- O Ibovespa, principal índice de ações brasileiras da Bolsa de Valores brasileira (B3), terminou o mês de abril com alta de 2,50%, a segunda valorização mensal de 2023.
- A cotação do Ibovespa registrou a mínima mensal de 99.897,78 pontos, enquanto a máxima fora de 108.277,02 pontos.
- O Ibovespa volta a ensaiar uma recuperação, após encerrar o 1º trimestre de 2023 com uma relevante baixa de 7,16%.
- O mercado ficou mais positivo em abril, com a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) possa amenizar a alta dos juros. Além disso, algumas ações brasileiras se movimentaram conforme a sinalização de retomada da economia da China.
- Veja a seguir quais foram as 5 maiores altas do Ibovespa em abril.
Maiores altas de abril
- EzTec (EZTC3): +19,29%
- BTG Pactual (BPAC11): +19,19%
- Ecorodovias (ECOR3): +19,11%
- São Martinho (SMTO3): +16,21%
- Copel (CPLE6): +15,56%.
Alta no lucro, mas.. Analistas estão divididos sobre o 1T23 de Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3)
- O balanço das empresas de siderurgia e mineração está sob expectativas mistas para o primeiro trimestre de 2023 (1T23). Com os indicadores financeiros influenciados por fatores externos, a CSN (CSNA3), CSN Mineração (CMIN3) e Gerdau (GGBR4) têm projeções distintas dos analistas.
- Isso porque, conforme lembram os analistas do Itaú BBA, Santander (SANB11) e XP Investimentos, as empresas desses setores têm sido influenciadas pela volatilidade do minério de ferro e o recente rali — que alcançou níveis históricos em janeiro deste ano, mas vem caindo drasticamente desde o mês seguinte.
- Além disso, a China, maior consumidor mundial da commodity, tem sido um fator importante na oscilação dos preços. A exemplo disso, em 2022, ao reduzir a produção de aço para diminuir suas emissões de carbono, o país afetou a demanda por minério de ferro e reduziu os preços do metal.
- Diante desse cenário, as expectativas dos analistas sobre as empresas de mineração e siderurgia indicam uma melhoria nos resultados da Gerdau em relação ao trimestre anterior.
- Já a CSN deve apresentar um aumento de 1% no Ebitda [lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização], enquanto a CMIN dividiu as projeções dos analistas da XP e do Itaú BBA.
Da Petrobras ao Banco do Brasil, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.