Radar: Petrobras (PETR4) tem queda na produção total, GPA (PCAR3) aumenta prejuízo no 2T23 e Raízen (RAIZ4) anuncia dividendos milionários
A Petrobras (PETR4) registrou uma produção total, em média, de 2,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed).

As informação estão no relatório de produção da Petrobras, divulgado na noite desta quarta-feira (26).
Segundo o documento, o volume de vendas de derivados no 2T23 aumentou 1,5% em relação ao 1T23, principalmente por conta da gasolina, em razão da maior competitividade.
Em relação ao primeiro trimestre deste ano, houve queda de 1,4%, segundo relatório de produção da Petrobras divulgado nesta quarta-feira, 26.
Essa queda de produção, informou a Petrobras, teve a ver com “maior volume de perdas por paradas e manutenções; declínio natural de campos maduros e desinvestimentos”.
A produção comercial foi de 2,312 milhões de boe/d, queda de 0,9% ante o segundo trimestre de 2022, e queda de 1,7% contra o trimestre anterior.
A produção de petróleo da Petrobras foi de 2,102 milhões de barris por dia (bpd) no segundo trimestre deste ano, 0,6% menor do que no segundo trimestre de 2022. Já em relação ao trimestre anterior, a queda foi de 1,8%.
Já a produção de gás natural da Petrobras totalizou 501 mil boe/d, queda de 0,2% na comparação com um ano antes, mas 0,4% acima do volume produzido no primeiro trimestre de 2023.
Segundo o documento, o volume de vendas de derivados no 2T23 aumentou 1,5% em relação ao 1T23, principalmente por conta da gasolina, em razão da maior competitividade.
A produção de derivados, por sua vez, subiu 9,4%.
“Esse aumento foi suportado por uma maior disponibilidade das refinarias, após a realização de importantes paradas programadas ocorridas no 1T23 (unidades da REVAP, REFAP e RPBC), além do maior FUT de 93% no 2T23”, diz o relatório da Petrobras.
A produção no pré-sal bateu novo recorde trimestral de 2,06 milhões de boed, o equivalente a 78% da produção total da Petrobras, superando o recorde anterior de 2,05 milhões de boed.
As vendas de diesel tiveram alta de 0,8% no segundo trimestre, com volume de produção equiparado ao volume de vendas.
“O aumento das vendas é explicado, principalmente, pela sazonalidade de consumo, usualmente mais fraca no primeiro trimestre de cada ano devido à redução da atividade econômica, o que foi parcialmente atenuado pelo aumento do teor de mistura obrigatória de biodiesel a partir de abril de 2023”, diz a Petrobras.
Além de Petrobras, confira outros destaques desta quarta-feira:
GPA (PCAR3) aumenta em 146,8% seu prejuízo milionário no 2T23; Veja o valor
- O GPA (PCAR3), empresa controladora do Pão de Açúcar, anunciou nesta quarta-feira (26) seu balanço do segundo trimestre de 2023 (2T23), reportando um prejuízo líquido de R$ 425 milhões no período.
- O resultado do GPA mostra um aumento de 146,8% no prejuízo líquido em relação ao mesmo período de 2022, quando as perdas da companhia foram de R$ 172 milhões.
- A receita líquida do GPA foi de R$ 4,755 bilhões no 2T23, o que representa uma alta de 13,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
- Já o lucro bruto alcançou a marca de R$ 1,181 bilhão no segundo trimestre deste ano, com crescimento anual de 5,9%. A margem bruta registrada foi de 24,8%, com queda de 1,8 ponto percentual em relação a igual período de 2022.
- O balanço trimestral do GPA também destacou que as despesas com vendas gerais e administrativas foram de R$ 926 milhões no segundo trimestre de 2023.
- Quanto ao resultado financeiro líquido da companhia registrou um prejuízo de R$ 338 milhões no 2T23, com crescimento de 33,4% em relação ao 2T22.
Raízen (RAIZ4) anuncia dividendos no total de R$ 250 milhões; confira o valor por ação
- A Raízen (RAIZ4) aprovou a distribuição de dividendos adicionais relativos ao exercício social encerrado em 31 de março deste ano, no valor total de R$ 250 milhões, conforme comunicado divulgado ao mercado nesta quarta-feira (26).
- Os dividendos da Raízen correspondem a R$ 0,0242 por ação, desconsiderando as ações em tesouraria.
- Os proventos da Raízen serão distribuídos aos investidores que tiverem posição acionária na empresa até o final da sessão de hoje (26). Sendo assim, as ações negociadas a partir de amanhã (27) não terão direito ao recebimento dos dividendos.
- A data de pagamento dos dividendos será em 4 de agosto de 2023, cujo valor será creditado em uma única parcela.
Dividendos da Raízen
- Valor total: R$ 250.000.000,00
- Valor por ação: R$ 0,02421061615
- Data de corte: 26 de julho de 2023
- Data de pagamento: 4 de agosto de 2023
- A Raízen realizou apenas um pagamento de dividendos neste ano de 2023 até agora, que aconteceu no dia 27 de março de 2023, no valor de R$ 0,089 por ação.
Assaí (ASAI3) lucra R$ 156 milhões no 2T23, abaixo do esperado
- No segundo trimestre de 2023, o Assaí (ASAI3) registrou uma queda significativa de 51,1% no lucro líquido em comparação ao mesmo período do ano anterior, conforme divulgado nesta quarta-feira (26).
- Os resultados financeiros mostram uma redução do lucro líquido do Assaí de R$ 319 milhões em igual etapa do ano anterior para R$ 156 milhões. Além disso, o lucro ficou abaixo das projeções do consenso Bloomberg, de R$ 167 milhões.
- De acordo com a empresa de atacarejo, esse desempenho foi impactado, principalmente, pelas altas taxas de juros vigentes no período.
- Entretanto, mesmo com o desempenho desafiador em relação ao lucro líquido, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) ajustado apresentou um crescimento anual de 13,8%, totalizando R$ 1,113 bilhão.
- Apesar do aumento do EBITDA, a margem EBITDA ajustada teve uma queda de 0,4 p.p., atingindo 7%.
- A receita líquida, por sua vez, teve um crescimento positivo de 20,8% no segundo trimestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, somando R$ 15,984 bilhões.
- A empresa atribui esse aumento principalmente à expansão das 60 lojas abertas nos últimos 12 meses, que contribuíram de forma consistente para esse resultado, com destaque para a performance das conversões.
- O lucro bruto acompanhou o crescimento da receita, aumentando 19,5% em relação ao segundo trimestre de 2022, totalizando R$ 2,564 bilhões. Entretanto, a margem bruta apresentou uma leve queda de 0,1 p.p., ficando em 16% no segundo trimestre de 2023.
- Por outro lado, as despesas com vendas, gerais e administrativas tiveram um crescimento de 23,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 1,480 bilhão no segundo trimestre de 2023.
- Quanto ao resultado financeiro líquido, houve um aumento expressivo de 91,5% nas perdas financeiras em relação ao mesmo trimestre de 2022, totalizando um resultado negativo de R$ 628 milhões no segundo trimestre de 2023.
- Em relação à dívida líquida, a companhia apresentou um crescimento de 3% em 30 de junho de 2023, totalizando R$ 8,340 bilhões, quando comparado ao mesmo período de 2022.
- Entretanto, o indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/EBITDA ajustado, apresentou uma leve queda de 0,10 vez, ficando em 2,62 vezes em junho de 2023.
- “O grande destaque do trimestre foi a conclusão de cerca de 90% do projeto de conversão dos hipermercados. O nosso modelo de negócio, aliado à localização excepcional das conversões, são fatores essenciais para o sucesso dessas lojas, que apresentam faturamento acima da média da Companhia, com múltiplo de vendas de 2,5x em relação ao formato hipermercado”, disse a administração da companhia.
Carrefour (CRFB3) lidera altas no Ibovespa: por que o salto na Bolsa mesmo após “balanço fraco”? Analistas explicam
- Os resultados do Carrefour Brasil (CRFB3) no segundo trimestre (2T23) foram fracos, apresentando tendências de baixa rentabilidade no BIG, diz o Itaú BBA. Apesar disso, o banco avalia que os dados superaram as estimativas, com um ganho de margem bruta de 80 pontos-base em relação ao ano anterior no negócio de Cash & Carry (vendas para atacado). Hoje (26), as ações do Carrefour estiveram dispararam e lideraram altas do Ibovespa.
- “A expansão da margem bruta foi o lado positivo. As vendas nas mesmas lojas do Carrefour (SSS) chegaram a – 4,3%, um pouco melhor do que esperávamos. A margem bruta (incluindo BIG) aumentou 80 bps (pontos-base) em comparação anual, para 14,9%, em melhores negociações com fornecedores após a integração do Grupo BIG”, afirmam os analistas.
- Outros pontos destacados pelos analistas, os custos de integração do Grupo BIG e o ramp-up da expansão impactaram negativamente as despesas operacionais do Carrefour (SG&A), que aumentaram em 180 pontos-base na base anual.
- Com isso, a margem Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada sofreu uma contração de 90 pontos-base frente ao ano anterior, chegando a 5,7%. No entanto, apesar dessa contração, a margem ainda ficou 80 pontos-base melhor do que o previsto.
- Diante desse cenário, o Itaú BBA tem recomendação neutra para Carrefour Brasil, com preço-alvo em R$ 11,40. Nesta quarta (26), as ações subiram 9,42%, cotadas em R$ 12,43.
Magazine Luiza (MGLU3) tem capital de giro, ‘mas pequenos sofrem’, diz Luiza Trajano
- A presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (MGLU3), Luiza Helena Trajano, voltou a defender a queda da Taxa Selic em novas declarações.
- Segundo a executiva, um corte de juros deve beneficiar o varejo, especialmente as companhias menores. A declaração foi dada pela presidente do Conselho do Magazine Luiza durante o Fórum E-commerce Brasil.
- “Magazine tem capital de giro pela primeira vez, mas pequena e média empresa sofre”, disse Luiza Trajano.
- A executiva ainda disse que o cenário brasileiro tem ‘alta de juros de 2% para 13% de repente’.
- A empresária destacou que uma alternativa para uma grande rede de lojas como o Magalu é realizar descontos em massa e promoções em grande escala, visando aumento do volume geral de vendas da companhia.
- “Com campanhas, vendemos na segunda-feira o que iríamos vender em uma semana”, disse.
- Além disso, Luiza Trajano disse que em países emergentes, a economia é movida pelo patamar de renda e pelo acesso ao crédito.
- Com isso, o nível de emprego e financiamento seriam determinantes para o varejo.
- “Se você corta essas duas coisas, você corta toda a economia do país”, disse a presidente do Magazine Luiza.
Vale (VALE3): resultado do 2T23 deve refletir período difícil, com queda no lucro, dizem analistas
- Previsto para ser divulgado nesta quinta-feira (27), depois do fechamento do mercado, o resultado do segundo trimestre da Vale (VALE3) deve refletir um período difícil em todo o setor, pressionado por custos persistentes e menores preços. As incertezas quanto à melhora na economia chinesa também deixam analistas receosos.
- Em relatório, o Goldman Sachs espera que os resultados operacionais do segundo semestre melhorem, impulsionados pelo crescimento sazonal contínuo da produção, além da recente aprovação da licença da barragem Torto.
- No entanto, com os recentes rebaixamentos de preço do minério de ferro e metais básicos, o Goldman revisou os ganhos anuais da Vale para baixo em 17%, para US$ 14,8 bilhões. Além disso, o real mais forte em relação ao dólar pode impactar negativamente a lucratividade da mineradora.
- A Vale (VALE3) reportou no primeiro trimestre um lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 1,837 bilhão no primeiro trimestre deste ano (1T23), queda de 58,8% sobre igual período de 2022, quando obteve US$ 4,458 bilhões.
- No segundo trimestre de 2022, a Vale apurou lucro líquido de US$ 6,2 bilhões no segundo trimestre de 2022.
- Na média, relatórios de casas de análise estimam queda no lucro líquido da Vale, para até US$ 1,87 bi – o que equivaleria um recuo de quase 70% na comparação anual.
Nubank (NUBR33) terá ‘mais inadimplência’ no 2T23, mas vai reverter prejuízo com lucro de US$ 191 milhões, diz XP
- Analistas da XP Investimentos, olhando para o nicho de fintechs, destacaram que a expectativa é de que o próximo balanço do Nubank (NUBR33), referente ao segundo trimestre deste ano, mostre ainda um crescimento na aquisição de clientes.
- Apesar disso, mesmo que os novos clientes do Nubank tenham um custo menor, considerando o indicador de Receita Média Mensal por Cliente Ativo (ARPAC, na sigla em inglês), a expectativa é de que a evolução das safras antigas deve compensar esse efeito, elevando o indicador de ARPAC.
- “Isso deve levar o Nubank a reportar mais um trimestre de ROE crescente na operação brasileira. Por fim, embora prevejamos uma inadimplência ainda crescente, esperamos que a expansão da margem financeira (NII) de Nu se destaque e mantenha a boa inércia de resultados”, diz a casa.
- A expectativa da casa é de US$ 191 milhões de lucro para o resultado do Nubank no 2T23, além de uma margem bruta de 46%.
- Em igual etapa do ano anterior, o banco registrou prejuízo de US$ 30 milhões, ao passo que o lucro do Nubank foi de US$ 152 milhões no primeiro trimestre deste ano.
- “Prevemos um crescimento robusto da carteira de crédito de +10% na base trimestral e +62% na base anual, à medida que o banco consegue manter a inadimplência sob controle”, observa a XP, sobre os resultados do banco.
- “Dito isto, esperamos apenas um aumento marginal na inadimplência juntamente com um custo de financiamento ligeiramente maior. Nosso Lucro Líquido projetado acima do consenso implica um crescimento de 35% no trimestre e reflete o sólido momento de ganhos da empresa, consistente com sua estratégia de aumentar a monetização de sua grande base de clientes, completa.
- Atualmente a XP tem recomendação neutra para os BDRs do Nubank, com preço alvo de R$ 5,90 para o ano de 2023.
- A tese da casa é de que a ação está bem precificada nos patamares atual, dada parte do seu valor potencial, de 5,6x o Preço sobre Valor Patrimonial (P/VP) para 2023.
Da Petrobras à Raízen, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.