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Radar: governo pode congelar preços da Petrobras (PETR4), ações da Gol (GOLL4) derretem, Apple (AAPL34) lança iPhone de ‘baixo custo’

Petrobras (PETR4)

Decisão de reduzir dividendos da Petrobras (PETR4) pode ser repentina, diz BTG Pactual. Foto: Divulgação

Em ano eleitoral, o mercado já avaliava os possíveis riscos para as ações da Petrobras (PETR4) em meio à escalada dos preços dos combustíveis em 2021. A situação se agravou neste ano com o cenário de guerra entre Rússia e Ucrânia, que pressiona os valores da cotação do petróleo já que o país de Vladimir Putin é um grande exportador do óleo – e o barril subiu ainda mais desde que os EUA anunciaram que vão discutir com aliados um veto à comercialização do petróleo russo. Como alternativa ao cenário que pode fazer disparar os preços dos combustíveis, o governo federal avalia agora suspender temporariamente os reajustes – o que derrubou os papéis da companhia na Bolsa de Valores nesta segunda.

Se o petróleo já estava caro, agora, o barril Brent, referência de preços para a Petrobras, está avaliado em US$ 123,21 – muito acima da marca significa de US$ 100 e alcançando o recorde histórico de US$ 147, registrado em 2008.

Com isso, estão pressionados os bolsos dos brasileiros – com o encarecimento da gasolina, gás de cozinha, etanol, entre outros aumentos que pegam carona – , e as chances de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, com a insatisfação da população diante da alta de preços.

Para tentar amenizar os ânimos, o governo estuda anunciar, ainda nesta semana, um novo programa de subsídio aos combustíveis, com validade de três a seis meses, para compensar a alta do petróleo no mercado internacional e evitar o repasse do preço para a bomba.

Segundo fontes do Estadão que participam das discussões, o que está na mesa de negociação é reeditar o modelo adotado em 2018, quando o governo do então presidente Michel Temer subsidiou o consumo de diesel e congelou os preços, dando fim à greve dos caminhoneiros.

Esse subsídio temporário para o preço dos combustíveis pode custar cerca de R$ 37 bilhões, de acordo com reportagem de O Globo.

“São os investidores prevendo uma intervenção”, crava Rodrigo Barreto, analista da Necton. O movimento também pesou sobre o Ibovespa, que acentuou as perdas para 2,52%, aos 111.593 pontos.

Em paralelo, a equipe econômica de Paulo Guedes defende uma solução via Senado, com a aprovação de um projeto de lei para mudar a tributação dos combustíveis.

A Petrobras já perdeu R$ 29 bilhões de valor mercado desde a sexta (4), em meio ao debate político para impedir a escalada dos preços de combustíveis. Nesta segunda, técnicos de ao menos três ministérios se reuniram para debater uma forma de evitar que a disparada do preço do petróleo no mercado internacional chegue às bombas de combustíveis no País.

“Hoje o noticiário traz exatamente as possibilidades que muita gente temia, de alteração na política de preços da Petrobras por iniciativa do governo. Em todo e qualquer governo esse receio paira, mas os medos vem se tornando realidade nesse”, afirma Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos. “O fato é que o PL do Senador Jean Paul Prates pode ser apreciado essa semana, quando voltam os trabalhos presenciais, mas seu impacto é extremamente limitado e pioraria muito as expectativas de inflação pelo modelo de alívio.”

Sanchez calcula que, ao término da semana passada, mesmo com o câmbio cotado a R$ 5,06 o dólar, a Petrobras já tinha cerca de 25% de defasagem para corrigir. Caso o dólar permaneça nesse patamar e a gasolina suba os 7% que o Brent vai avançando hoje sobre o último fechamento, a defasagem estará em 35%.

Além da Petrobras, confira outros destaques desta segunda-feira:

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