Radar: Petrobras (PETR4) fecha contrato bilionário com a Comgás (CGAS3), Justiça estende proteção da Americanas (AMER3) e banco recomenda B3 (B3SA3)

Petrobras (PETR4) fechou novo contrato de gás natural com a Companhia de Gás de São Paulo, a Comgás (CGAS3), com vigência a partir de janeiro de 2024 até dezembro de 2034. O valor total estimado, segundo a companhia, é de R$ 56 bilhões.

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“O contrato com a Comgás visa o suprimento de gás para atendimento ao mercado regulado da Comgás, cuja área de concessão está situada no Estado de São Paulo”, diz o comunicado da Petrobras. “Reforça a parceria comercial entre as empresas.”

Seguindo o rito regulatório estabelecido, “o contrato da Petrobras será enviado para a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), responsável pela publicidade de acordo com resolução da agência, sobre os contratos de compra e venda de gás natural firmados entre os comercializadores e as distribuidoras locais de gás canalizado para atendimento a mercados cativos.”

Além de Petrobras, confira outros destaques desta terça-feira:

Americanas (AMER3) consegue mais 180 dias de proteção contra cobranças de credores

  • Americanas (AMER3) informou que a 4ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro aceitou o pedido de prorrogação do período de proteção da empresa e de suas subsidiárias JSM Global e ST Importações, no âmbito de sua recuperação judicial.
  • Em comunicado divulgado ao mercado nesta terça-feira (11), a empresa de varejo informou o alongamento do prazo de suspensão de todas as ações e execuções existentes contra o Grupo Americanas, assim como da exigência de créditos concursais.
  • Esse prazo foi prolongado por mais 180 dias, contados a partir do término desse “período de blindagem”, chamado de “stay period”, que tinha sido concedido pela Justiça ao aceitar o pedido de recuperação judicial da Americanas.
  • Caso não fosse prorrogado, o prazo de suspensão das execuções se encerraria hoje (11), após 6 meses do comunicado feito pela empresa que apontava inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões.
  • Segundo o jornal Valor Econômico, o juiz citou em seu pronunciamento uma petição da Americanas em que os advogados da empresa dizem que, “não obstante todos os esforços direcionados ao bom andamento do feito, não foi possível, ainda nesta quadra processual, promover a deliberação do plano de recuperação judicial”.
  • Outra alegação feita pela defesa da Americanas, segundo o juiz, era sobre “o complexo litígio que se desenvolveu no início do processo e culminou nas dezenas de recursos que se tem conhecimento bem como do extenso volume de trabalho dispendido em sede de verificação administrativa de crédito.”
  • No dia 13 de janeiro de 2023, o juiz Paulo Assed Estefan havia concedido uma tutela cautelar a Americanas. Nesse caso, todos os bens da empresa não poderiam ser bloqueados ou penhorados.

Vitória judicial e parceria com Nasdaq são notícias positivas para a B3 (B3SA3), diz BofA

  • O Bank of America (BofA) manteve a recomendação de compra e o preço-alvo em R$ 18 para as ações da B3 (B3SA3), empresa que administra a maior bolsa de valores da América Latina, após a companhia obter uma vitória na Justiça que reduziu o valor de suas multas em R$ 800 milhões. A renovação da parceria com a Nasdaq para serviços de compensação também é favorável para a B3, segundo o BofA.
  • Segundo o banco americano, ambas as notícias são “marginalmente positivas para empresa”, que manteve a recomendação – no entanto, a notícia da vitória judicial, embora positiva, ainda é passível de recurso pela Receita Federal.
  • A delegacia da Receita, que julgou em primeira instância, reduziu o montante a ser pago em multas por impostos pagos a menos em 2017 e reduziu pela metade os pagamentos de amortização de ágio, de R$ 1,6 bilhão para R$ 782 milhões.
  • O total de multas e juros por todos os casos que ainda estão em julgamento totalizam R$ 13,6 bilhões, cerca de 17% do valor de mercado da B3.
  • No lado comercial, a B3 anunciou a renovação da parceria com a Nasdaq para fornecimento de tecnologia financeira pela sueca Cinnober. A companhia sueca foi comprada pela Nasdaq em 2018, e teve papel fundamental para a integração dos negócios após a compra da Cetip em 2017.
  • O novo acordo inclui a colaboração da Nasdaq fornecendo know-how em compensação, liquidação e gestão de riscos. A nova plataforma substituirá gradativamente a atual solução da B3, sem riscos para o mercado, segundo a empresa.
  • “Vemos o acordo como positivo, pois reflete os esforços da B3 em melhorar a qualidade dos serviços e oferta de produtos e se manter à frente de potenciais novos entrantes”, diz o relatório do BofA, assinado por Mario Pierry e Antonio Ruette.
  • As ações da B3 (B3SA3) fecharam em queda de 1,07% nesta terça-feira (11), negociadas a R$ 13,93.

Investidores europeus estão com “visão otimista” sobre o Brasil e apostam em três ativos da Bolsa; veja quais

  • Após realizar um non-deal roadshow (NDR) na Europa, o Itaú BBA divulgou em relatório, nesta terça-feira (11), que os investidores europeus têm expectativa de aumentar exposição a ativos brasileiros. Para o banco, o otimismo referente ao Brasil é motivado por um possível corte de juros. Entre esses ativos, estão a Lojas Renner (LREN3), Raia Drogasil (RADL3), Mercado Livre (MELI34) e Assaí (ASAI3).
  • “Vemos uma visão construtiva sobre o Brasil com base em nossa crença de que a combinação de taxas de juros em queda e desempenho do PIB melhor do que o esperado o (impulsionado por tendências não inflacionárias, como exportações) apoiará uma reavaliação consistente para cima dos ativos brasileiros”, afirma o banco.
  • Segundo a equipe do Itaú BBA, esse cenário pode fazer com que os investidores europeus ampliem a exposição em ativos brasileiros para compor suas carteiras.
  • No entanto, os europeus também demonstraram uma preocupação com o desempenho das empresas brasileiras no curto prazo, o que pode levá-los, conforme relata o analistas do BBA, a adiar uma potencial expansão de seus investimentos na região.

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Itaúsa (ITSA4): S&P inicia cobertura e atribui rating brAA, com perspectiva estável; veja por quê

  • Itaúsa (ITSA4) anunciou nesta terça-feira (11) que a agência de risco S&P Global Ratings iniciou a cobertura da companhia, atribuindo o rating de crédito corporativo de longo prazo ‘brAAA’, com perspectiva estável.
  • Segundo a agência, a classificação do rating representa a robusta posição de caixa da Itaúsa e a melhora nas métricas de alavancagem, resultado do reforço da liquidez obtida com as vendas de participação acionária na XP Investimentos.
  • Nesta semana, a Itaúsa comunicou que rescindiu o acordo de acionistas da XP Investimentos, mudança que pode impactar o resultado do terceiro trimestre de 2023.
  • Outro ponto destacado no relatório da S&P é a desalavancagem da Itaúsa iniciada em dezembro de 2022, associada à diversificação do portfólio em setores não financeiros que contribuem para a estabilidade dos resultados da Itaúsa, apesar do mercado volátil.

B3 (B3SA3): volume médio diário de negócios atinge R$ 30,5 bilhões em junho, alta anual de 5,8%

  • Novos dados operacionais apurados pela B3 (B3SA3) indicam que o volume médio de negócios da bolsa de valores teve alta de 5,8% na base anual, para cerca de R$ 30,5 bilhões no acumulado de junho.
  • Em relação a maio de 2023, houve avanço de 12,6%, de acordo com os dados da B3, divulgados nesta terça-feira (11).
  • Em segmentos, o mercado de opções apresentou alta de 4,4% na base anual, superado pelo mercado à vista que subiu cerca de 6,3% em relação ao mesmo período em 2022 – totalizando R$ 29,4 bilhões.
  • O número de CPFs individuais cadastrados na bolsa subiu 20,6% no comparativo com igual etapa do ano anterior, para atuais 5,3 milhões. Já em relação a maio, a alta foi de 0,14%.
  • O número de contas cadastradas – que podem ser mais de uma por CPF – foram de 6,21 milhões, representando uma alta de 18,9% na base anual.

IPCA: banco suíço já projeta inflação dentro da meta em 2023

  • O banco de investimentos suíço UBS BB afirmou, em relatório enviado a clientes, que projeta a inflação pelo IPCA de 4,7% em 2023 e 3,5% em 2024, em ambos os casos, dentro das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, de 3,25% até 4,75% em 2023 e de 3% até 4,5% em 2024.
  • relatório do UBS BB destacou os dados do IPCA do mês de junho, divulgados na manhã desta terça-feira (11) pelo IBGE, que apresentaram deflação de 0,08% no mês passado e um acumulado de 3,16% em 12 meses.
  • Segundo o banco suíço, a inflação anual chegou ao seu menor nível neste ano e deve voltar a acelerar nos próximos meses, dado que em 2022 o governo de Jair Bolsonaro realizou uma série de desonerações na reta final das eleições, que já voltaram a ser cobradas normalmente e que deverão pesar no índice.
  • “A inflação anual provavelmente chegou ao fundo do poço no Brasil. Projetamos que reacelere para 5,2% em setembro antes de atingir 4,7% em dezembro”, apontou o relatório assinado pelos economistas Rodrigo Martins, Alexandre de Azara e Fabio Ramos.
  • Para a divulgação de julho do IPCA, a projeção do banco é de uma inflação próxima de zero – com destaques para uma retomada diante do fim da política de subsídios para carros novos, queda no preço da energia elétrica, ligeira alta na gasolina com a recomposição de impostos federais e os preços dos alimentos contribuindo para a queda.

Ações do GPA (PCAR3) saltam com nova oferta pelo colombiano Éxito

  • O Êxito, rede de supermercados da Colômbia, teria recebido uma oferta do grupo chileno Cencosud. A proposta ao Grupo Pão de Açúcar, o GPA (PCAR3), controladora do Éxito, fez disparar as ações da companhia no Ibovespa.
  • A informação foi divulgada na segunda-feira (10) em um dos principais jornais da Colômbia, La República, com uma fonte executiva do Cencosud que preferiu permanecer no anonimato.
  • O interesse vem seguido de duas prévias tentativas de compra do Éxito pelo Cenconsud, em 2016 e 2021, mas ambas não evoluíram. O empresário colombiano, Jaime Gilisnki, também quer comprar 96% do Grupo Pão de Açúcar no Êxito.
  • Entretanto, a oferta foi recusada pelos dirigentes do GPA sob a justificativa de que estavam fazendo um valuation muito baixo da empresa. Mesmo com uma aumento de US$ 150 milhões na oferta por Gilinski, de acordo com o La Republica, o grupo continuou contra a oferta.
  • Caso a oferta do Grupo Gilinski seja aprovada, o empresário estaria no controle das mais de 200 marcas do Grupo Éxito – entre artigos de casa, têxteis e alimentos, além de 17 centros comerciais.
  • Atualmente o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) detém 965% das ações do Éxito, sendo os outros 3,48% flutuantes para acionistas minoritários. Atualmente, a controladora negocia a injeção de mais ativos para o capital aberto, negociados na Bolsa de Valores brasileira (B3) e na Bolsa de Nova York (NYSE). A negociação já foi aprovada em abril pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela B3, e a distribuição prevê que a distribuição ficaria da seguinte forma:
  • GPA teria uma participação minoritária no Êxito;
  • Grupo Casino, controladora do GPA, teria uma participação direta de 34%;
  • A parcela de ações para negociação passaria de 3,48% para 53%.

Cosan (CSAN3) é ‘cavalo vencedor’ e está descontada, diz BBA

  • Retomando sua cobertura para as ações da Cosan (CSAN3), o Itaú BBA reforçou otimismo com os papéis da companhia, recomendando compra e firmando um preço-alvo de R$ 23 – o que representa um potencial de valorização de cerca de 20% ante a cotação atual.
  • Segundo os analistas da casa, as ações da Cosan mostram um desconto substancial considerando o valuation das suas subsidiárias.
  • Além disso, as empresas sob o guarda-chuva da holding mostram um potencial de crescimento que chama atenção e se beneficiam de um cenário de crescimento econômico do Brasil.
  • “O portfólio atual da CSAN3 é formado por empresas líderes, com atuação consolidada nos setores de energia e que também têm potencial para contribuir com o desenvolvimento de negócios inovadores que possam catalisar o crescimento das energias renováveis no Brasil, garantindo a segurança energética ao longo do caminho”, diz o BBA.
  • Segundo a casa, a companhia está empregando sua estratégia com precisão e tem executivos de qualidade e bem conceituados.
  • “A Cosan tem apostado em uma estratégia de portfólio diversificação e alocação de capital que compreende cada vez mais investimentos em ativos irreplicáveis em setores onde a empresa acredita que o Brasil tem clara vantagens competitivas“, diz o BBA.
  • No setor de gás natural, a casa aponta que a Compass “pretende replicar o sucesso modelo de negócios para crescimento e eficiência implantado na Comgás em outras controladas, para aumentar a conexão de novos consumidores com a rede e oferecer opções para um mercado de gás cada vez mais livre no Brasil”
  • “Nosso valuation é baseado em uma avaliação da soma das partes que nos mostra um desconto de holding de 22%. Para a Vale, assumimos as estimativas de valor justo deixando de fora a parte de Metais e Mineração pela participação de 1,55% e um strike de R$ 72 por ação por a estrutura de collar [estratégia de opções para proteger posições acionárias] referente à participação de 3,31%”, destaca o BBA.

Da Petrobras à Cosan, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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