A Petrobras (PETR4) informou em fato relevante na tarde desta quinta-feira (25) que a remuneração total aos acionistas referente ao exercício de 2023 somou R$ 94,35 bilhões, incluindo R$ 36 bilhões – desse valor, R$ 21,9 bi são referentes ao dividendos extraordinários aprovados nesta quinta em assembleia e equivalentes a 50% dos proventos extras que estavam retidos desde março. Serão pagos ainda mais R$ 14,19 bilhões referentes a compromissos assumidos anteriormente pela Petrobras, levando em conta o lucro de 2023 e a fórmula prevista em sua Política de Remuneração aos Acionistas.
Até o mês passado, já haviam sido pagos R$ 58,21 bilhões em dividendos da estatal. Com os novos repasses que serão realizados, a remuneração total chegará a R$ 94,35 bilhões.
As ações da Petrobras dispararam no Ibovespa após o anúncio da decisão, tomada em assembleia.
A remuneração dos dividendos da Petrobras aprovados hoje se dará em duas parcelas iguais nos meses de maio e de junho e, até as datas dos efetivos repasses, os valores seguirão sendo corrigidos.
Os acionistas da Petrobras aprovaram por maioria a proposta da União de pagamento de 50% dos dividendos extraordinários retidos no início de março. Além disso, como novidade, foi aprovada a avaliação do pagamento da metade restante desse montante da reserva ao longo de 2024, com decisão a ser tomada até 31 de dezembro.
A alteração na proposta original de distribuição de dividendos da Petrobras, feita pelo Conselho de Administração, foi realizada pelo representante da União na Assembleia Geral Ordinária de Acionistas da Petrobras (AGO), Ivo Timbó. Ele reiterou o pagamento em duas parcelas, sendo a primeira em 20 de maio e a segunda em 20 de junho de 2024, conforme já havia sido sinalizado pela administração da estatal. Assim, os pagamentos extraordinários acontecerão nas mesas datas dos dividendos ordinários relativos ao quarto trimestre de 2023.
No fechamento, as ações PETR4 subiram 2,21%, cotadas a R$ 42,14, enquanto as ações PETR3 avançavam 2,26%, a R$ 44,25.
A definição sobre o tema, que gerou crise entre o ministério de Minas e Energia e o presidente da Petrobras, saiu após o sinal verde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada. A divergência entre os poderes dentro do Conselho de Administração desencadeou mais uma crise entre Prates e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apaziguada após a entrada do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no circuito.
A distribuição de metade dos dividendos extraordinários significará um ingresso de pouco mais de R$ 6 bilhões nos cofres da União, que é a principal acionista da estatal.
Segundo a companhia, o valor inclui as antecipações aprovadas ao longo de 2023 e pagas até março de 2024 (R$ 58.214.901.362,50) mais a proposta de dividendos complementares da Petrobras no valor de R$ 36.139.414.447,32, (que equivalem a R$ 2,79957250 por ação ordinária e preferencial).
“Considerando a atualização monetária pela taxa Selic de 31/12/2023 até hoje, esse valor tem um acréscimo de R$ 0,09538421 por ação”, informa a Petrobras.
Desta forma, escreve a companhia, o valor total bruto remanescente a ser distribuído aos acionistas da Petrobras, considerando a atualização monetária até hoje, é equivalente a R$ 2,89495671 por ação e será pago em duas parcelas iguais nos meses de maio e junho de 2024. A distribuição se dará da seguinte forma:
- primeira parcela, no valor de R$ 1,44747835 por ação preferencial e ordinária; sendo R$ 0,56890230 referente à aplicação da fórmula da Política de Remuneração aos Acionistas e R$ 0,87857605 referente aos dividendos extraordinários;
- segunda parcela, no valor de R$ 1,44747836 por ação preferencial e ordinária; sendo R$ 0,56890230 referente à aplicação da fórmula da Política de Remuneração aos Acionistas e R$ 0,87857606 referente aos dividendos extraordinários.
Além de Petrobras, confira outros destaques desta quinta-feira:
Cielo (CIEL3) lucra R$ 503 milhões no balanço do 1T24, alta de 14%
- A empresa de maquininhas Cielo (CIEL3) divulgou um lucro líquido de R$ 503,1 milhões no primeiro trimestre deste ano (1T24), representando um aumento de 4,6% em relação ao trimestre anterior (4T23) e de 14,1% em comparação com o mesmo período do ano passado (1T23). A empresa diz que esse é o melhor desempenho do negócio desde o primeiro trimestre de 2019.
- A melhora significativa do resultado financeiro, as otimizações nos gastos com redução dos custos dos serviços prestados e a maior eficiência tributária impulsionaram o lucro, conforme afirmado pela própria Cielo no balanço do 1T24 divulgado ao mercado. No entanto, esse resultado foi parcialmente compensado pela redução na volumetria e pelos maiores gastos com o programa de transformação, explicou a empresa.
- A receita operacional líquida totalizou R$ 2,563 bilhões, registrando uma queda de 7,5% em relação ao trimestre anterior e de 0,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Enquanto na Cielo Brasil houve uma diminuição anual de 3,4%, na Cateno houve um aumento de 4,8%.
- O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente da Cielo totalizou R$ 746,7 milhões, o que representa uma redução de 24,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse declínio está principalmente associado aos gastos relacionados ao avanço do programa de transformação da empresa e à expansão da força comercial. Por outro lado, a margem Ebitda ajustada da Cielo atingiu 29,1% no primeiro trimestre de 2024, mostrando uma queda anual de 9,6 pontos percentuais.
- Um aspecto positivo no balanço foi o resultado financeiro da Cielo, que atingiu R$ 37,5 milhões no primeiro trimestre de 2024, revertendo as perdas financeiras de R$ 70,6 milhões registradas no mesmo período do ano anterior.
- O volume de pagamentos processados (TPV) pela Cielo Brasil no primeiro trimestre atingiu R$ 200,029 bilhões, indicando uma queda de 9,8% em relação ao trimestre anterior e de 0,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. No cartão de crédito, o volume caiu 5,8% no trimestre, mas aumentou 4,2% em um ano, enquanto no débito houve quedas de 16,1% e 7,8%, respectivamente.
Sabesp (SBSP3) anuncia pagamento de quase R$ 1 bilhão em JCP; veja quem recebe
- A Sabesp (SBSP3) aprovou hoje (25) um novo pagamento de juros sobre capital próprio (JCP), no valor total de R$ 984,527 milhões.
- Conforme informado nesta quinta-feira (25), os juros sobre capital próprio da Sabesp equivalem a R$ 1,4404 por ação ordinária.
- O pagamento será realizado por meio de parcela única, com distribuição a ser feita no dia 24 de junho de 2024. Porém, vale destacar que o valor se destina somente aos detentores de ações da companhia até o fechamento do pregão de hoje (25).
- Dessa forma, as ações compradas a partir de amanhã (26) não serão consideradas nesta distribuição de proventos.
- Os JCP da Sabesp são relativos às demonstrações financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2023.
JCP da Sabesp
- Valor: R$ 984.527.615,31
- Valor por ação: R$ 1,4404
- Data de corte: 25 de abril de 2024
- Data de pagamento: 24 de junho de 2024
- O valor dos proventos da Sabesp está sujeito à retenção de imposto de renda na fonte, conforme regras aplicáveis a esse tipo de provento. No caso dos investidores isentos ou imunes, tal condição deverá ser comprovada até o dia 10 de maio deste ano.
- Os juros sobre capital próprio serão considerados no cálculo do dividendo mínimo obrigatório estabelecido no estatuto social da empresa.
- O pagamento será realizado de maneira proporcional à quantidade de cotas detidas até a data de corte. O crédito do valor total será feito na conta corrente e domicílio bancário informado ao banco Bradesco (BBDC4).
- Em relação aos cadastros que não têm o número do CPF ou indicação de banco, agência e conta corrente, o pagamento dos proventos será feito a partir do terceiro dia útil após efetuada a atualização do cadastro junto ao Bradesco. Esse procedimento pode ser feito em qualquer agência do banco.
- Nesta quinta-feira (25), as ações da Sabesp fecharam com ligeira alta de 0,16%, cotadas a R$ 82,57, após registrarem queda de 0,79% na sessão anterior.
- No acumulado de abril, os papéis da Sabesp somam um desempenho negativo de 2,51%, o que representa, até o momento, a primeira baixa mensal em 6 meses.
Multiplan (MULT3) tem lucro líquido de R$ 267 milhões no 1T24, alta de 28,9%
- A Multiplan (MULT3), empresa responsável pela administração de shoppings centers, anunciou um lucro de R$ 267 milhões no primeiro trimestre deste ano (1T24), marcando um novo recorde da companhia para o período e um aumento de 28,9% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. As receitas também apresentaram um crescimento, atingindo R$ 523,6 milhões, o que representa um aumento de 12,6%.
- O balanço do 1T24 da Multiplan diz que a receita proveniente de locações, tanto de espaços comerciais em shoppings quanto de torres comerciais, aumentou 1,1%, alcançando R$ 388,5 milhões. As receitas de estacionamento registraram um crescimento de 6,9%, totalizando R$ 4,4 milhões, enquanto as receitas de serviços expandiram-se em 11,3%, atingindo R$ 39,6 milhões.
- O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou R$ 390,8 milhões, um aumento anual de 9,3%. No entanto, a margem Ebitda da Multiplan diminuiu de 75,9% para 74,6%.
- As vendas dos lojistas alcançaram um total de R$ 5,1 bilhões no período de janeiro a março, marcando o maior valor já registrado para este período e um aumento de 10% em comparação com o primeiro trimestre de 2023. As vendas nas mesmas lojas (SSS) cresceram 8,6%.
- A taxa média de ocupação dos espaços comerciais foi de 95,7%, um aumento em relação aos 94,7% registrados no ano anterior, enquanto o custo de ocupação diminuiu de 15% para 14% no mesmo período de comparação. As despesas gerais e administrativas aumentaram 4,5%, atingindo R$ 46,2 milhões.
- Por outro lado, a dívida líquida da Multiplan reduziu-se em 2,1% em comparação com o final de 2023, totalizando R$ 2,04 bilhões. Isso resultou em uma redução da alavancagem da companhia, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, que passou de 1,38 vez para 1,32 vez no final do quarto trimestre.
- Ao final do 1T24, a Multiplan diz que possuía e administrava 20 shoppings centers, abrangendo cerca de 6 mil lojas. Segundo a empresa, os melhores desempenhos de vendas foram no New York City Center (RJ), Barra Shopping Sul (RS) e Shopping Santa Úrsula (SP) cujas vendas superaram o 1T23 em 42,0%, 23,3% e 22,0%, respectivamente.
Engie (EGIE3) pagará R$ 1,139 bilhão em dividendos e JCP; veja quando
- A Engie (EGIE3) vai pagar R$ 1,139 bilhão em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) em julho deste ano.
- Conforme comunicado nesta quinta-feira (25), os JCP da Engie terão o valor de R$ 145 milhões, equivalente a R$ 0,17771181551 por ação, cujo montante é relativo ao exercício de 2023.
- O pagamento dos JCP será realizado em 26 de julho de 2024, mas somente aos investidores que tinham posição comprada nos papéis da empresa até 21 de dezembro de 2023.
- Já os dividendos da Engie, aprovados hoje (25) em Assembleia Geral Ordinária da companhia, terão o valor de R$ 994,45 milhões. O valor se refere a dividendos mínimos obrigatórios e complementares relativos ao exercício de 2023.
- O dividendo da Engie equivale a R$ 1,21880323443 por ação, com pagamento também previsto para o dia 26 de julho de 2024. Nesse caso, a data de corte será em 6 de maio de 2024. Desse modo, somente os investidores com ações da empresa em suas carteiras até esta data terão direito aos proventos.
- A partir de 7 de maio de 2024, as ações serão negociadas como “ex-dividendos”, ou seja, sem direito ao recebimento desses proventos.
Magazine Luiza (MGLU3) aprova grupamento de ações: o que isso significa para o investidor?
- O grupamento de ações do Magazine Luiza (MGLU3) foi aprovado em assembleia geral ordinária e extraordinária realizada na quarta-feira (24). Qual o impacto desse movimento da varejista terá para investidores e também para a própria empresa?
- “Para os investidores, esse grupamento pode significar uma redução da volatilidade, pois ações com preços mais altos tendem a ser menos voláteis. Isso é positivo para aqueles que buscam estabilidade em seus investimentos”, descreve Nilson Marcelo, analista quantitativo da CM Capital.
- Além disso, um preço por ação mais alto pode melhorar a percepção de mercado sobre a empresa, uma vez que investidores podem ver o aumento de preço como um sinal de qualidade ou estabilidade, o que é psicologicamente atrativo, diz o analista.
- “Outro ponto é que o grupamento do Magazine Luiza pode tornar as ações mais acessíveis para investidores institucionais, que muitas vezes têm políticas que exigem um preço mínimo por ação”, acrescenta.
- Vale lembrar que com esse grupamento, o capital social do Magazine Luiza passou a ser dividido em 738,995 milhões de ações ordinárias, de modo que todas elas são nominativas, escriturais e sem valor nominal. Por outro lado, o montante desse capital continua em R$ 13,802 bilhões.
- Além disso, os investidores poderão ajustar suas posições nas ações do Magazine Luiza em lotes múltiplos de 10, dentro do período compreendido entre 25 de abril e 24 de maio de 2024. Esses ajustes podem ser realizados por meio da negociação privada ou na própria Bolsa de Valores brasileira.
- As ações MGLU3 serão negociadas apenas de maneira grupada a partir de 27 de maio de 2024, que é a data da primeira sessão depois do encerramento do prazo para realizar o livre ajuste das posições acionárias.
Alphabet (GOGL34), dona do Google, aumenta lucro e divulga inédito pagamento de dividendos; ação salta no after hours
- A Alphabet (GOGL34), dona do Google, ampliou o lucro mais que o esperado no primeiro trimestre e anunciou que vai pagar dividendos pela primeira vez na história. Após a publicação do balanço, a ação da Alphabet Class A saltava 11,60% no after hours em Nova York, às 19h23 (de Brasília).
- O lucro líquido da Alphabet foi de US$ 23,662 bilhões no primeiro trimestre de 2024, ante os US$ 15,051 bilhões vistos em igual período de 2023. O resultado mais recente corresponde a lucro por ação (EPS) de US$ 1,89 em termos diluído – também mais que os US$ 1,17 um ano atrás. O EPS ainda ficou acima da projeção de US$ 1,51 de analistas ouvidos pela FactSet.
- As receitas da Alphabet subiram 15% na comparação anual, a US$ 80,539 bilhões no trimestre, também melhor que a previsão dos analistas, que era de US$ 78,7 bilhões.
- O anúncio dos resultados da Alphabet incluiu a notícia de que o conselho da Alphabet aprovou o pagamento de dividendos e declarou o dividendo de US$ 0,20 por ação de Classe A, B e C. O valor será pago em 17 de junho aos acionistas que detiverem papéis até dia 10 de junho. O conselho também autorizou a recompra de US$ 70 bilhões de ações de Classe A e Classe C adicionais.
Usiminas (USIM5) anuncia pagamento de R$ 330 milhões em dividendos; veja quando serão pagos
- A Usiminas (USIM5) aprovou um novo pagamento de dividendos, no valor de R$ 330,34 milhões. A quantia foi aprovada em nova Assembleia Geral Ordinária realizada hoje (25).
- Os dividendos da Usiminas equivalem a R$ 0,25732541629 por ação ordinária e R$ 0,28305795791 por ação preferencial.
- A distribuição dos proventos vai acontecer no dia 24 de junho de 2024. O valor se destina somente aos investidores comprados nas ações da companhia até o final da sessão de hoje (25) na Bolsa de Valores.
- As ações da Usiminas passarão a ser negociadas como “ex-dividendos” a partir de amanhã (26). Em outras palavras, os papéis comprados a partir do próximo pregão não serão contabilizados no pagamento de proventos.
- Sobre o novo valor do dividendo da Usiminas, não está prevista qualquer atualização monetária, nem mesmo outra remuneração.
Da Petrobras à Sabesp essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.