Radar: Petrobras (PETR4) retoma venda de refinarias, BB Seguridade (BBSE3) vai distribuir 80% do lucro do 1º semestre em dividendos, Localiza (RENT3) pagará R$ 131,6 milhões em JCP
A Petrobras (PETR4) anunciou nesta segunda-feira (27) o reinício dos processos de venda dos seus ativos da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR) e Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP). Os ativos logísticos integrados a essas refinarias também serão vendidos.
Ao todo, a companhia deve vender 8 das suas 13 refinarias, segundo o plano de desinvestimento em refino da Petrobras. Esses ativos juntos possuem a capacidade de refino de cerca de 1,1 milhão de barris de petróleo por dia, representando quase 50% de toda a capacidade de refino do país.
“A venda dessas oito refinarias está sendo conduzida de acordo com o Decreto 9.188/2017 e a Sistemática de Desinvestimentos da Petrobras, por meio de processos competitivos independentes, os quais se encontram em diferentes estágios, conforme amplamente divulgados pela companhia,” diz a nota divulgada em fato relevante pela companhia.
A empresa afirma que os processos de venda dos ativos estão alinhados às diretrizes do Conselho Nacional de Política Energética, que busca assegurar a livre concorrência no setor do refino petrolífero no Brasil, e “integram o compromisso firmado pela Petrobras com o CADE em junho de 2019 para a abertura do setor de refino no Brasil”.
Segundo a companhia, os contratos de venda e compra da RLAM e das refinarias REMAN, LUBNOR e SIX já foram celebrados e aguardam as aprovações regulatórias correspondentes. O processo de venda da REGAP, contudo, está ainda em fase vinculante.
A Petrobras inclui o processo de desinvestimentos em refino na sua estratégia de gestão de portfólio, que tem como intuito melhorar a alocação do capital da companhia para a maximização de retornos.
Além da Petrobras, confira outros destaques desta segunda-feira:
BB Seguridade (BBSE3) vai distribuir 80% do lucro do 1S22 em dividendos
- A BB Seguridade (BBSE3) comunicou nesta segunda-feira (27) que o conselho de administração da companhia aprovou a destinação de 80% do lucro líquido do primeiro semestre de 2022 (1S22) para pagamento de dividendos aos acionistas.
- Os valores a serem distribuídos por ação da BB Seguridade, data de pagamento e data de corte serão informados após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2022, prevista para o dia 8 de agosto.
- Além disso, a empresa anunciou que, em conjunto com o Banco do Brasil (BBAS3), criou a plataforma digital Broto, com participação voltada para cadeia produtiva do agronegócio. As companhias assinaram um acordo com a BB Mapfre para constituir sociedade na condução.
- Seu desenvolvimento ocorre por meio da Brasilseg Companhia de Seguros, que é uma subsidiária da BB Mapfre.
- Vale destacar que o capital social da Broto corresponde às ações ordinárias que estão detidas pelo BB Mapfre, assim como pelas preferenciais detidas pelo Banco do Brasil.
- A criação da Broto acontece pela BB Seguridade e Banco do Brasil, por meio da BB Seguros e Participações. Assim, é prevista a transferência de participação da BB Mapfre ao próprio BB, conforme as condições e prazos que ainda serão determinados no acordo de acionistas.
Conselho da Petrobras (PETR4) aprova Caio Paes de Andrade para a presidência da estatal
- O Conselho de Administração da Petrobras (PETR4) aprovou nesta segunda (27) o nome de Caio Paes de Andrade para assumir a presidência da estatal. A votação terminou com o placar de 7 a 3.
- Andrade também teve aval do colegiado para ser novo conselheiro da Petrobras. Resta apenas a ratificação da Assembleia Geral de Acionistas para Andrade ocupar o cargo.
- Segundo fontes, votaram a favor de Paes de Andrade os cinco conselheiros da União e dois representantes de acionistas minoritários. Votaram contra dois minoritários e a conselheira que representa os funcionários, Rosangela Buzanelli.
- Paes de Andrade será o quinto presidente da Petrobras no governo Jair Bolsonaro, em sucessão novamente marcada pela queda de braço entre o governo e a diretoria da petroleira sobre a alta nos preços dos combustíveis em refinarias da Petrobras, hoje alinhados ao mercado internacional.
- O nome do novo CEO da Petrobras foi aprovado na última sexta pelo Comitê de Elegibilidade da estatal. O Comitê deu sinal verde para a indicação de Caio Paes de Andrade à presidência da companhia.
- A decisão não foi unânime, mas venceu a maioria. Andrade foi escolhido pelo governo para ocupar o posto depois da demissão, em maio, e da renúncia na última segunda (20) de José Mauro Coelho. No mesmo dia, a companhia nomeou Fernando Borges para presidir interinamente a estatal.
- O Celeg disse que Andrade reúne os requisitos para comandar a companhia. A indicação de Paes de Andrade já tinha sido comunicada à estatal havia quase um mês. Mas o processo administrativo de substituição exige que o comitê dê o aval para a indicação.
- “Foi reconhecido pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) previsto no artigo 21 do Decreto nº 8.945/16, por maioria, o preenchimento dos requisitos previstos na Lei nº 13.303/16, no Decreto nº 8.945/16 e na Política de Indicação de Membros da Alta Administração da Petrobras”, disse a estatal, no documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após reunião iniciada às 16h desta sexta-feira.
- Segundo o comunicado, Paes de Andrade foi indicado aos cargos de conselheiro de administração e presidente da Petrobras, o que precisava ser respaldado pelo conselho de administração da empresa.
- Paes de Andrade foi secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. Ele será o quarto presidente da Petrobras no governo atual. Antes dele, foram presidentes da Petrobras, Roberto Castelo Branco, o general da reserva do Exército, Joaquim Silva e Luna, e José Mauro Ferreira Coelho.
Arezzo (ARZZ3) pagará R$ 69,8 milhões em JCP; veja valor por ação
- A Arezzo (ARZZ3) comunicou que vai pagar R$ 69,8 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas, proposta aprovada pelo conselho de administração nesta segunda-feira (27).
- O valor dos proventos por ação será de R$ 0,63, que serão pagos em 14 de julho.
- Apenas os investidores com ações da Arezzo no dia 1º de julho poderão receber os rendimentos. A partir do dia 4 de julho, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
- O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,53 por ação.
Localiza (RENT3) vai pagar R$ 131,6 milhões em JCP; confira valor por ação
- A Localiza (RENT3) divulgou nesta segunda-feira (27) que vai pagar R$ 131,6 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas, segundo fato relevante.
- O valor dos proventos por ação será de R$ 0,17, que serão pagos em 26 de agosto.
- Apenas os investidores com ações da Localiza no dia 30 de junho poderão receber os rendimentos. A partir de de julho, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
- O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,14 por ação.
Omega Energia (MEGA3) vende 10% das ações para Actis; empresa promete investimento de R$ 850 mi
- A Omega Energia (MEGA3) anunciou nesta segunda-feira (27) que fechou negócio com a firma de private equity Actis para o grupo de acionistas, com investimento primário de até R$ 850 milhões.
- De acordo com fato relevante, a Actis vai comprar 10% das ações da empresa no mercado secundário.
- A gestora Tarpon em conjunto com o fundador Antonio Bastos Filho, controladores da Omega Energia, outorgou à Actis opções para a aquisição dessa participação, ao preço de R$ 13,50. A Tarpon possui uma fatia de 34,8% da Omega.
- A participação na Omega custou, com base no valor estabelecido, aproximadamente R$ 770 milhões, equivalente a 56,9 milhões de ações. Ou seja, 10% do capital social total da companhia.
- O negócio veio seis meses depois da combinação dos ativos de geração e desenvolvimento da Omega. Todo o andamento da transformação precisou do aval dos acionistas minoritários, mas levou a companhia a possuir ativos operacionais com capacidade para superar 4.500 MW em funcionamento até dezembro de 2024.
- A Actis se comprometeu a investir até R$ 850 milhões na Omega Energia. A companhia conseguirá atrair esse capital por meio de uma emissão de ações com preço fixado em R$ 16, até março de 2023.
- A Omega Energia, além do investimento por parte da Actis, escreveu em nota que firmou protocolo de intenções de compra dos direitos sobre um projeto de parque eólico no estado do Texas, Estados Unidos, com capacidade instalada projetada de 531 megawatts.
- Conforme a apuração do jornal Pipeline, um sócio importante da Omega afirmou que a chegada do investidor estratégico tem o objetivo de financiar o plano de expansão da companhia, que prevê a internacionalização com foco nos Estados Unidos.
- A entrada no projeto não está completamente fechada, embora mostre o caminho para trazer mais investidores para a Omega. O sócio de nome ainda não revelado poderá investir até US$ 500 milhões nos projetos de energia renovável desenvolvidos ou adquiridos pela Omega no mercado americano.
Cogna (COGN3) perdeu participação de mercado no setor educacional, diz relatório do BTG
- A Cogna (COGN3) deixou de ser líder de mercado no setor educacional, de acordo com um recente relatório temático da área produzido pelo BTG Pactual.
- Uma pesquisa do banco sobre o setor da educação no Brasil, que avaliou as estimativas para os papéis de Anima (ANIM3), Cogna (COGN3), Cruzeiro do Sul (CSED3) e Ser (SEER3) — empresas nacionais da área que estão listadas na bolsa —, afirmou que a Cogna perdeu o posto de líder do mercado para a YDUQS, que agora proporciona seus serviços educacionais para mais de 353 mil alunos.
- O número de estudantes em faculdades, centros de ensino e cursos de EAD administrados pela Cogna chega a ser de 279,402.
- As empresas listadas alcançaram 45% de participação no mercado de educação privada no país em 2020.
- Nos últimos 12 meses, as ações da Cogna caíram 40%, após uma série de derrocadas na bolsa.
- Segundo os analistas do BTG, o setor educacional continua enfrentando diversos desafios em 2022, como a alta inflação, a elevação subsequente de custos decorrente dessa inflação, o ambiente altamente competitivo, o aumento da taxa básica de juros em um setor que tende a ser alavancado financeiramente e a renda comprometida da população, entre outros.
- O primeiro trimestre de 2022 fechou com prejuízo líquido de R$ 13,107 milhões para a Cogna, o que representa uma redução de 61,3% ante o prejuízo de R$ 33,885 milhões registrado no mesmo período de 2021.
- E o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa, por outro lado, atingiu R$ 428,576 milhões no período — um avanço de 27,2% na comparação anual.
- Contudo, este mercado como um todo está vendo uma recuperação promissora em comparação com o ano anterior.
- “Quase todas as empresas que cobrimos registraram uma captação maior no primeiro trimestre, com uma recuperação sólida de alunos no presencial e outro trimestre de aceleração consistente na captação no EaD,” diz o relatório.
- A Cogna, por outro lado, vem perdendo gradualmente também a participação de mercado no segmento presencial, com apenas 7% de participação no mercado, em comparação com 9% da YDUQS.
- No segmento EAD, área de domínio da empresa, a Cogna também perdeu a liderança, ficando atrás da Vitru, que adquiriu recentemente sua rival Unicesumar por R$ 3,2 bilhões, com o intuito de aumentar sua participação no setor de ensino EAD.
- O BTG Pactual mantém uma recomendação neutra de compra para a Cogna, com preço-alvo de R$ 2,60.
Da Petrobras à Cogna, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.