Radar: Pão de Açúcar (PCAR3) lucra R$ 1,4 bi no 1T22, Ambipar (AMBP3) vai pagar R$ 34,2 mi em dividendos, Magazine Luiza (MGLU3) salta no Ibovespa
O Pão de Açúcar (PCAR3) informou nesta quarta-feira (4) que o lucro líquido consolidado do primeiro trimestre de 2022 (1T22) foi de de R$ 1,4 bilhão, alta anual de 1.250%.
De acordo com o Pão de Açúcar, o número foi puxado pelo montante embolsado pela companhia com a venda de pontos comerciais de Extra Hiper para o Assaí (ASAI3). Se consideradas apenas as operações continuadas do grupo, a companhia registrou prejuízo de R$ 111 milhões no trimestre, o que significa a reversão do lucro de R$ 103 milhões registrados no mesmo período de 2021.
A empresa descreveu em seu balanço como a venda dos pontos comerciais aparece nas últimas linhas do balanço.
“Conforme comunicado no dia 4 de abril de 2022, concluímos a cessão dos direitos de exploração de mais 40 pontos comerciais ao Assaí, somando aos 20 realizados no quarto trimestre de 2021, terminamos o primeiro trimestre de 2022 com 60 pontos cedidos, 86% do perímetro da transação. Com isso tivemos no trimestre um lucro líquido das atividades descontinuadas de R$ 1.510 milhões”, escreveu a gestão em seu release de resultados.
O Ebitda ajustado do Pão de Açúcar foi de R$ 655 milhões, uma queda de 12,2% em relação ao registrado um ano antes. A margem Ebitda ajustada caiu 1,1 ponto percentual ante o primeiro trimestre do 2021, para 6,5%.
Além da Pão de Açúcar, confira outros destaques desta quarta-feira:
Ambipar (AMBP3) vai pagar R$ 34,2 milhões em dividendos; veja valor por ação
- A Ambipar (AMBP3) anunciou nesta quarta-feira (4) que foi aprovado em Assembleia Geral Ordinária (AGO) o pagamento de R$ 34,2 milhões em dividendos.
- De acordo com o fato relevante enviado pela a empresa, o valor dos proventos por ação será de R$ 0,30.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Ambipar efetuará o pagamento no dia 5 de julho.
- Apenas os investidores com ações da Ambipar hoje, 4 de maio, terão direito de receber os rendimentos. A partir de 5 de maio, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Valor total: R$ 34.238.759,71
- Valor por ação: R$ 0,3031707
- Data de corte: 4 de maio
- Data do pagamento: 5 de julho
Petrobras (PETR4) investirá US$ 5,5 bilhões em atividades exploratórias no pré-sal
- A Petrobras (PETR4) investirá USS$ 5,5 bilhões em atividades exploratórias nos próximos cinco anos. Foi o que disse o gerente-executivo de Estratégia da empresa, Eduardo Bordieri, nesta quarta-feira, 4, no painel Petrobras perspectives on O&G double resilience, que aconteceu no Annual Breakfast Offshor da Brazil-Texas Chamber of Commerce (Bratecc), em Houston, Texas. Bordieri afirma que o aumento do esforço exploratório da empresa vem das recentes descobertas de petróleo na região do pré-sal, nas regiões próximas à Alto de Cabo Frio Central e Aram.
- Do total de investimentos programados pelo Plano Estratégico da Petrobras em novas fronteiras exploratórias, 58% serão destinados às Bacias do Sudeste (incluindo os prospectos do pré-sal); 38% à Margem Equatorial; e 2% às demais áreas.
- “Todos os investimentos da Petrobras buscam a dupla resiliência: tanto econômica (considerando projetos viáveis do ponto de vista financeiro com o preço do Brent a US$ 35 no longo prazo), quanto ambiental (projetos com baixa emissão de carbono)”, explicou Bordieri.
- Em sua palestra, ele destacou a redução significativa no tempo de construção de poços no pré-sal, com a manutenção de segurança operacional. Entre 2018 e 2021, a companhia reduziu esse prazo de 100 dias para menos de 70 dias, em média.
- A Petrobras quer intensificar esses esforços para alcançar, até 2024, redução de 14% nesse prazo, para o qual contribuirá o programa de eficiência em perfuração e completação da empresa, além da utilização de novos modelos de configuração de poços, mais rápidos e otimizados.
- Bordieri sinalizou que toda redução de tempo de construção de poços é sinônimo de preservação de segurança operacional e redução de custos associada à geração de valor.
- “Para se ter ideia, a atividade de poços responde por cerca de 30% dos investimentos na área de exploração e produção. Por isso, perseguimos os melhores resultados nessa atividade, preservando a segurança e otimizando a configuração de poços da forma mais rápida e eficiente possível, sempre de acordo com as melhores práticas de segurança da indústria”, afirmou.
- Nos próximos cinco anos, a Petrobras vai colocar em produção 15 navios-plataforma, do tipo sistema flutuante de produção, armazenagem e transferência de petróleo (FPSO, na sigla em inglês). Desse total, dez navios plataformas serão instalados no pré-sal e cinco no pós-sal. A companhia já colocou em operação 32 FPSOs ao longo de sua história mais recente, o que constitui um recorde na indústria do petróleo.
- “Hoje, a Petrobras é líder na operação de FPSOs no mundo e é a empresa que instalará o maior número de plataformas desse tipo nos próximos cinco anos, gerando valor para os nossos públicos de interesse”, assegurou o executivo.
Getnet (GETT11) pagará R$ 96 milhões em JCP; confira valor por ação
- A Getnet (GETT11) anunciou nesta quarta-feira (4) que vai pagar R$ 96 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas, proposta aprovada em Assembleia Geral Ordinária (AGO).
- O valor bruto dos proventos por ação será dividido da seguinte forma:
- O equivalente de ações ordinárias será de R$ 0,04909436481;
- Já para ações preferenciais, R$ 0,05400380129;
- O JCP por unit será de R$ 0,10309816610
- Os rendimentos serão pagos a partir do dia 27 de junho de 2022.
- Apenas os investidores com ações da Getnet no dia 14 de junho terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 15 de junho, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
- O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%. O montante total líquido é de R$ 81,7 milhões.
- Valor total: R$ 96.142.602,89
- Valor por ação: R$ 0,2061963322, na soma total
- Data de corte: 14 de junho
- Data do pagamento: 27 de junho
- Rendimento (dividend yield): 9,03%
BRF (BRFS3) reverte lucro e soma prejuízo de R$ 1,546 bi no 1T22
- A BRF (BRFS3) registrou prejuízo líquido de R$ 1,546 bilhão no primeiro trimestre de 2022, revertendo lucro de R$ 22 milhões reportado no primeiro trimestre do ano passado, informou a companhia em comunicado divulgado nesta quarta-feira (4).
- A receita líquida proveniente das vendas no período somou R$ 12,04 bilhões, aumento de 13,7% sobre os R$ 10,592 bilhões de igual trimestre de 2021. A empresa atribuiu o resultado ao cenário econômico brasileiro e geopolítico mundial que pressionou negativamente o desempenho da companhia no primeiro trimestre.
- O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da BRF nos primeiros três meses do ano alcançou R$ 121 milhões, queda de 90,2% ante a soma de R$ 1,234 bilhão registrado no mesmo intervalo do ano anterior. A margem do Ebitda ajustado foi de 1%, ante 11,6% na mesma base comparativa.
- Em comunicado enviado à imprensa, a BRF informou que a dívida líquida ficou em R$ 12,588 bilhões, R$ 2,73 milhões a menos que o reportado de janeiro a março de 2021. Com isso, a companhia encerrou o trimestre com o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) em 2,83 vezes, contra 2,96 vezes no mesmo período do ano anterior.
- “A queda de renda da população brasileira, somada à alta da inflação global, impactou o planejamento operacional da BRF no período, com uma perceptível quebra de volumes. Este cenário afetou o varejo alimentar, levando o setor a adequar seus estoques nos primeiros meses de 2022, o que também impactou as vendas da companhia”, disse a BRF em nota.
- Nos primeiros três meses do ano, a BRF comercializou 1,144 milhão de toneladas de produtos, uma alta de 6,9% em comparação com as 1,070 milhão de toneladas de um ano antes. A empresa disse ainda que o fluxo de caixa operacional ficou negativo em R$ 137 milhões no período e que o fluxo de caixa livre chegou a R$ 3,691 bilhões, também negativos.
- A BRF registrou receita operacional líquida no segmento Brasil de R$ 5,883 bilhões, aumento de 9,1% em comparação com igual intervalo do ano passado. O volume comercializado de carne de aves e suínos in natura e produtos processados somou 549 mil toneladas, 2,6% a mais na mesma base comparativa.
Porto (PSSA3) cria programa de remuneração via ações para funcionários
- A Porto (PSSA3), ex-Porto Seguro, anunciou nesta quarta-feira (4) que vai permitir que todos os funcionários se tornem sócios da empresa, por meio de um novo programa de remuneração por ações.
- De acordo com a companhia, o “Porto em Ação” será parte da participação nos lucros resultados (PLR) da empresa.
- A Porto afirma que o programa fará parte da PLR entre 2022 e 2025, com as atuais recompensas da participação nos resultados mantidas. Agora, todos os 13 mil funcionários da empresa terão direito à transferência direta de ações. A novidade é uma maneira de a empresa de fortalecer a retenção de colaboradores.
- Com a mudança estrutural da holding, o cálculo do programa terá como base o resultado ponderado de duas metas da empresa: o aumento no número de clientes e o crescimento do número de negócios.
- Para efeito de atingimento, será considerado o cálculo ponderado entre as duas metas, com valor igual ou superior a 70% e limitado a 120%.
- “Queremos reforçar o compromisso da Porto como uma das grandes marcas empregadoras do País. Atrair e reter talentos de alta performance é um fator estratégico para a competitividade de mercado”, afirma Carolina Zwarg, diretora de Pessoas e Sustentabilidade da holding.
- O programa entra em vigor neste ano. A primeira apuração ocorrerá em janeiro do ano que vem. Se as metas deste ano forem atingidas, os pagamentos serão realizados até março de 2023, por meio de ações da empresa. A empresa realizará iniciativas internas de educação financeira para os funcionários.
Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3): varejistas saltam 7% no Ibovespa; entenda
- O setor de varejistas do Ibovespa foi o grande destaque no ranking das maiores altas do índice nesta quarta-feira (4). Magazine Luiza (MGLU3) liderou, com ganhos de 7,61%, a R$ 4,95. Americanas (AMER3) saltou 7,54%, a R$ 25,09, assim como Via (VIIA3), que subiu 5,59%, a R$ 3,02.
- A disparada nas ações da Magazine Luiza e outras empresas de e-commerce acompanhou as declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, sobre a alta de juros nos Estados Unidos.
- O mercado esperava que Powell fosse tomar medidas mais duras a respeito do próximo ciclo de altas, mas o presidente do Fed preferiu um caminho mais “tranquilo”, ou dovish, afastando a possibilidade de uma alta de 75 pontos nos juros americanos. O aceno agradou diversas empresas do setor de varejo e tecnologia: altas mais “moderadas” estimulam o consumo, o que beneficia os papéis do segmento.
- Companhias como Magazine Luiza, por exemplo, necessitam de capital intensivo para manter suas operações. Então, é preciso tomar dinheiro no mercado para financiar os custos operacionais. “Se esse dinheiro no mercado fica mais caro, e tem sinalização de ficar mais caro futuramente, pesa sobre as ações sobre as varejistas de e-commerce”, afirmou Waldir Morgado, sócio da Nexgen Capital.
- “O mercado recebeu de uma forma que não haverá grandes altas de juros daqui para frente. Haverá sim, avanço na taxa de juros americana, mas não num passo acelerado”, disse o sócio. “Então isso significa que as empresas de varejo e e-commerce, além das de tecnologia, poderão se financiar com o custo de capital mais barato no mercado.”
- Com as falas de Powell, o dólar também recuou, em linha com a tendência internacional de maior apetite por risco nesta quarta. Houve forte aumento nas bolsas de Nova York e, consequentemente, no Ibovespa hoje, que encerrou o dia com alta de 1,7%.
- Waldir Morgado ainda ressalta que a situação vale tanto para os EUA quanto para as empresas do Brasil que atuam nesse setor. Mas, com os resultado e comunicado do Copom, será preciso esperar para ver a reação do mercado brasileiro no próximo pregão.
- O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu elevar a taxa Selic de 11,75% para 12.75%. O aumento de 1 ponto percentual, no terceiro encontro do comitê do BC em 2022, era aguardado pelo mercado, com a intenção de conter a inflação com esse aumento. “As projeções de inflação do Copom situam-se em 7,3% para 2022 e 3,4% para 2023″, aponta o comunicado do BC.
Suzano (SUZB3) reverte prejuízo e lucra R$ 10,3 bilhões no 1T22
- A Suzano (SUZB3) divulgou nesta quarta-feira (4) que conseguiu reverter o prejuízo reportado nos três primeiros meses de 2021 para um lucro líquido de R$ 10,3 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22).
- Em relação ao trimestre anterior, o último de 2021, o lucro líquido de R$ 2,3 bilhões mais que triplicou, com uma alta de 347%.
- O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Suzano de janeiro a março foi de R$ 5,1 bilhões, uma elevação de 5% na comparação com igual período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre de 2021, houve recuo de 19%.
- “O primeiro trimestre de 2022 foi novamente marcado por significativas restrições logísticas nas cadeias globais e baixa disponibilidade de celulose de mercado, o que impulsionou os preços ao longo do período. Neste contexto, a companhia manteve sua consistência na geração de caixa, ainda que a apreciação cambial, a continuidade da elevação dos preços das commodities e as paradas programadas de manutenção tenham impactado o Ebitda em relação ao trimestre anterior”, diz a Suzano, em apresentação dos resultados.
- A margem do Ebitda ajustado da Suzano no trimestre ficou em 53%, queda de dois pontos porcentuais tanto em relação a igual período de 2021, quanto ao trimestre anterior, terminado em dezembro passado.
- A receita líquida da Suzano nos três primeiros meses de 2022 atingiu R$ 9,7 bilhões, crescimento de 10% na comparação e um recuo de 15% ante o quarto trimestre de 2021. A receita líquida foi gerada 81% no mercado externo (contra 83% no 4T21 e 85% no 1T21).
- “A elevação de 10% da receita líquida consolidada em relação ao 1T21 é explicada pelo maior preço médio líquido em dólar, principalmente da celulose, parcialmente compensado pelo menor volume vendido (-9%) e valorização do BRL médio em relação ao USD (4%)”, diz a empresa.
- A dívida líquida da Suzano de janeiro a março deste ano totalizou R$ 49,6 bilhões, uma diminuição de 25% ante o 1T21. A dívida líquida/Ebitda ajustado em reais é de 2,1x no trimestre.
- Já a dívida bruta, em reais, foi de R$ 68,8 bilhões, sendo 97% dos vencimentos concentrados no longo prazo e 3% no curto prazo. A dívida em moeda estrangeira representava, no final do trimestre, 81% da dívida total da companhia.
Anatel deve definir venda da unidade de fibra ótica da Oi (OIBR3) amanhã
- A reunião do conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para decidir sobre a anuência prévia à venda do braço de fibra ótica da Oi (OIBR3) à GloboNet e aos fundos geridos pelo BTG Pactual (BPAC11) acontecerá nesta quinta (5).
- A definição, que deveria ter acontecido no dia 14 de abril, foi adiada após o pedido de vista do conselheiro Emmanoel Campelo, que alegou falta de tempo para analisar o processo de venda dos negócios de fibra ótica da Oi, porque a convocação do encontro aconteceu só um dia antes. Campelo prometeu agir com senso de urgência e levar o assunto de volta para a pauta.
- Antes disso, o relator do processo, Vicente Aquino, apresentou um parecer favorável à concessão da anuência prévia à transação, sem impor exigências relevantes. Na sequência, o conselheiro Moisés Queiroz antecipou que seu voto será em linha com o do relator.
- O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, não manifestou seu voto, mas a tendência é de que também acompanhe o relator, seu aliado no colegiado. Já o conselheiro Artur Coimbra não revelou sua posição.
- Há, portanto, pelo menos três dos cinco membros favoráveis à transação, o que indica que a chancela é apenas questão de tempo.
- A venda do braço de fibra ótica da Oi – batizado de V.tal – para o fundo de investimento do BTG Pactual (BPAC11) em conjunto com a Globenet Cabos Submarinos foi acertado no começo do segundo semestre do ano passado, por R$ 12,9 bilhões. A Oi ficou com 42,1% da subsidiária, enquanto os novos acionistas, com 57,9%.
- Considerada peça-chave do plano estratégico da Oi, a venda do controle da subsidiária de fibra ótica servirá para desafogar parte das dívidas, além de alimentar investimentos nas operações das redes de banda larga após a venda das redes móveis.
Do Pão de Açúcar a Oi, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.