Radar: Oi (OIBR3) anuncia data para nova assembleia, Pão de Açúcar (PCAR3) fecha venda de sede e Gerdau (GGBR4) pagará quase R$ 589 milhões em dividendos

Oi (OIBR3) anunciou nesta quinta-feira (2) a sua segunda convocação para Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária.

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Essa assembleia da Oi está marcada para o dia 10 de maio de 2024, às 11h da manhã, conforme comunicado nesta quinta-feira (2).

A deliberação será sobre a proposta de grupamento da totalidade de ações ordinárias e preferenciais da Oi, negociadas sob os tickers OIBR3 e OIBR4.

O grupamento será feito na proporção de 10 para 1.

Além disso a assembleia irá:

  • votar as demonstrações financeiras referentes ao ano de 2023
  • deliberar sobre a destinação do resultado de 2023
  • fixar a verba global anual de remuneração dos administradores para 2024
  • eleger os membros do conselho fiscal e fixar sua remuneração

Essa data foi marcada pela companhia após as assembleias não terem sido instaladas no fim de abril por falta de quórum mínimo.

Além de Oi, confira outros destaques desta quinta-feira:

Pão de Açúcar (PCAR3) vende sua sede em SP por R$ 218 milhões

  • sede do Pão de Açúcar fica localizada na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na região dos Jardins.
  • fato relevante do fundo mostra que ele pagou R$ 109 milhões, sendo R$ 14,5 milhões já desembolsados e o remanescente a ser pago em até 24 meses.
  • “Desta forma, a partir do presente momento o fundo passará a receber o aluguel relativo ao imóvel. Com a operação, estimamos um incremento na receita imobiliária do fundo de R$ 0,19 por cota”, diz o comunicado.
  • A operação será um sale and leaseback – ou seja, após a venda, imediatamente o Pão de Açúcar passa a ser inquilino no imóvel, com um contrato de 15 anos.
  • O fundo vai receber um aluguel mensal de R$ 812 mil, representando um cap rate de 8,9%.
  • O imóvel tem uma área bruta locável (ABL) de 11,2 mil metros quadrados que contempla um estacionamento com 175 vagas.

Gerdau (GGBR4) vai pagar quase R$ 589 milhões em dividendos; veja valor por ação

  • Gerdau (GGBR4) vai distribuir R$ 588,995 milhões em dividendos aos seus investidores, conforme anunciado nesta quinta-feira (2).
  • Os dividendos da Gerdau representam o valor de R$ 0,28 por ação ordinária e preferencial. O montante total divulgado tem como base a quantidade de ações da companhia em circulação.
  • Os proventos serão distribuídos somente aos investidores com posição comprada nas ações da empresa até o encerramento da sessão do dia 15 de maio de 2024 na Bolsa de Valores.
  • Sendo assim, a partir do pregão seguinte, as ações da Gerdau passam a negociar sem direito ao recebimento dos proventos. O pagamento será realizado a partir de 27 de maio de 2024.
  • O montante a ser distribuído faz parte da antecipação do dividendo mínimo obrigatório estabelecido no estatuto social da empresa, relativo ao exercício social que está atualmente em curso.
  • Além disso, o valor dos proventos da Gerdau vai ser recalculado considerando as ações em circulação na respectiva data de crédito.

Nubank (ROXO34), Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) devem surpreender nos resultados do 1T24, diz Safra

  • De olho no desempenho do setor bancário, o Safra acredita que o Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Nubank (ROXO34) podem apresentar ao mercado resultados otimistas em seus balanços financeiros do primeiro trimestre deste ano (1T24).
  • No que diz respeito ao Banco do Brasil, os analistas afirmam que os números revelam um desempenho robusto durante o mês, com um aumento significativo em comparação com o mesmo período do ano anterior.
  • Os ganhos do BB atingiram R$ 3,282 bilhões em março, representando um aumento de 11,4% em relação ao mês anterior e um crescimento de 53,8% em relação ao ano anterior, segundo o relatório. Esses dados sugerem uma trajetória de resultados positivos para o 1T24 do Banco do Brasil, diz o Safra, com estimativas indicando um lucro de R$ 9,342 bilhões, 4% acima das previsões iniciais.
  • Os estrategistas também analisam que o Itaú Unibanco apresentará números sólidos, embora tenha ficado ligeiramente aquém das expectativas do mercado. Quando colocam na ponta do lápis, apontam que o lucro líquido do Itaú em março atingiu R$ 2,940 bilhões, indicando um declínio de 9,4% em relação ao mês anterior, mas um aumento considerável de 32,7% em comparação com o ano anterior.
  • As projeções do Safra para o 1T24 do Itaú apontam para um lucro de R$ 9,281 bilhões, um pouco abaixo das expectativas. “No entanto, assumindo que março representou quase 40% dos lucros do Itaú no ano passado, vemos potencial para lucros no 1T24 ligeiramente acima de nossas expectativas”, diz o relatório.
  • No segmento dos neobancos, segundo os analistas, o desempenho operacional do Nubank continua a se destacar, registrando uma recuperação notável em seus resultados. Com um crescimento consistente em sua carteira de crédito e depósitos, a instituição demonstra aos especialistas do setor financeiro uma performance resiliente em meio ao cenário econômico desafiador.
  • Seus números, diz o Safra, indicam uma boa tendência de lucros, com um lucro líquido implícito de R$ 1,922 bilhão para o primeiro trimestre de 2024, um aumento de 17,2% em relação ao trimestre anterior.
  • O Safra diz que esses números podem não ser exatamente iguais aos números oficiais dos bancos, mas, sim, uma estimativa. Segundo os estrategistas, os números do Nubank Brasil não são os mesmos que os da empresa-mãe, que está registrada nas Ilhas Cayman, localizadas no território ultramarino britânico.

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Weg (WEGE3): resultados do 1T24 ficaram “dentro do esperado”, dizem analistas; ações caem no Ibovespa

  • Em relatórios sobre a Weg (WEGE3), analistas de mercado avaliaram que os resultados do 1T24 da companhia ficaram em linha com o esperado. As ações da companhia fecharam em queda nesta quinta-feira (2) no Ibovespa.
  • No fechamento, as ações WEGE3 caíram 1,77%, cotadas a R$ 38,85.
  • Em relatório, o BTG afirmou que a comparação trimestral dos resultados mais suaves também já era prevista, “devido à diminuição das entregas de energia renovável no Brasil e taxas de câmbio desfavoráveis”, escreveram os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Marcelo Arazi.
  • O BTG destacou a margem Ebitda da Weg de 22% no 1T24, acima dos 21% projetados pela casa e consistente com o quarto trimestre, “ajudada por custos de matéria-prima e um melhor mix de produtos“.
  • Na última sexta-feira (26), a Weg anunciou o fechamento do negócio com a Regal Rexnord, divulgado no ano passado, que deverá começar a ser consolidado nos resultados da Weg em maio. “Deve impactar os números do 2T24, levando a um crescimento mais forte da receita, mas prejudicando temporariamente as margens”, reforça o BTG.
  • “Enquanto continuarmos vendo a Weg como uma grande empresa (uma das melhores histórias corporativas do Brasil), com tendências sólidas de crescimento à frente, permanecemos neutros em termos de avaliação”, completa a casa, que tem preço-alvo a R$ 50,00 para as ações da companhia catarinense.

JBS (JBSS3): subsidiária Pilgrim´s Pride tem lucro acima do esperado, diz BBA; ações sobem

  • A Pilgrim’s Pride (PPC), subsidiária de aves da JBS (JBSS3) nos EUA, apresentou bons resultados no 1T24 afirma o Itaú BBA. A PPC teve um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de US$ 372 milhões, cerca de 5% acima das expectativas do BBA e aproximadamente em linha com as estimativas do consenso.
  • A margem Ebitda ajustada da Pilgrim´s Pride atingiu 8,5% (US GAAP), superando a estimativa do BBA em 70 pontos base.
  • “Acreditamos que a rodada de surpresas positivas no negócio dos EUA da JBS será bem recebida pelo mercado. Além disso, essa surpresa positiva pode nos levar a ajustar nossas estimativas de Ebitda para a JBS no 1T24 para R$ 5,2 bilhões (+2% na base trimestral)”,diz o BBA.
  • Segundo o BBA, o Reino Unido/Europa apresentou uma rentabilidade mais fraca no trimestre, mas ainda uma margem Ebitda decente de 6,4%. O México passou de uma margem Ebitda de 1,3% para 9,2%, com dinâmicas de S&D (Oferta e Demanda) mais fortes.
  • “A expansão da margem Ebitda nos EUA foi a principal contribuição para os resultados consolidados. Nos EUA, os spreads de aves aumentaram em 20% no trimestre, com uma sólida contribuição tanto dos preços do frango, que subiram 11% no trimestre, quanto dos custos de alimentação, que caíram 9% no 1T24”, afirma a research.
  • “Em nossa opinião, o desempenho da PPC no 1T24 superou as expectativas, estabelecendo uma base sólida para 2024 e potencialmente permitindo que a divisão alcance níveis normalizados mais cedo do que o previsto”, acrescentam os analistas.
  • Segundo o BBA, isso poderia ajudar a compensar alguma potencial decepção na operação de carne bovina dos EUA da JBS. 
  • No entanto, diz o BBA, os investidores provavelmente vão se concentrar no equilíbrio entre uma possível queda na rentabilidade na divisão de carne bovina dos EUA para 2024 e 2025, em comparação com melhorias em outras unidades de negócios, que são esperadas para se saírem bem em 2024 mas permanecem incertas para 2025.
  • O Itaú BBA tem recomendação de compra para as ações da JBS, com preço-alvo de R$ 31. Nesta quinta (2), as ações da empresa subiram 1,83%, a R$ 23,87.

Dividendos: Santander aumenta peso de Petrobras (PETR3) e mantém Vale (VALE3) e Banco do Brasil (BBAS3); veja recomendações

  • O Santander anunciou alterações no peso de sua carteira recomendada visando a estratégia de dividendos para maio. Os analistas do banco aumentaram o peso da Petrobras (PETR3), de 11% para 12%, e reduziram em mesma magnitude a participação de SLC Agrícola (SLCE3), de 9% para 8%.
  • No dia 25 de abril, a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Petrobras aprovou a distribuição de R$ 1,76 por ação em dividendos extraordinários, equivalentes a R$ 22,7 bilhões (ou US$ 4,4 bilhões) — 50% da reserva de remuneração de capital e 4% do valor de mercado da empresa.
  • “Acreditamos que essa decisão da AGO inspira confiança em relação ao potencial pagamento dos 50% restantes ao longo do ano, o que elevaria o dividend yield do ano para 17%, em nossa opinião”, cita o Santander.
  • Além disso, o Santander acredita que o próximo catalisador para as ações da Petrobras será um reajuste nos preços domésticos dos combustíveis, dado que os preços da gasolina estão atualmente 28% abaixo da paridade de importação.
  • Em relação à SLC Agrícola (SLCE3), o banco, apesar de recentemente ter reduzido o preço-alvo para 2024 de R$ 23,00 para R$ 22,00, segue com uma visão positiva sobre a tese de investimento da SLC e mantendo recomendação de “compra”. 
  • “A tese de investimento da SLC está centrada em: yields crescentes, maior área plantada, e custos estáveis em meio a um potencial La Niña que se aproxima”, afirma o Santander. 
  • Dos pesos pesados do Ibovespa foram mantidos na carteira de dividendos do Santander a Vale (VALE3) e o Banco do Brasil (BBAS3). A Vale está negociando a um valuation atraente (rendimento de FCL de 8% e 3,7x EV/EBITDA 2024E), um desconto de 26% em relação aos pares globais”, pontua o Santander. 
  • “Por sua vez, enxergamos o Banco do Brasil negociando a 4,0x P/L (2024E), atualmente a ação mais barata do setor de bancos”, acrescenta o banco.

Da Oi à Gerdau, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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