Radar: Cade aprova compra de imóvel da Oi (OIBR3), Banco do Brasil (BBAS3) puxa queda de estatais na Bolsa e cai produção da Petrobras (PETR4)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição de imóvel da Oi (OIBR3) pelo REC X, Performance e SIG Empreendimentos. Apesar disso, a conclusão da operação ainda depende da Anatel, segundo informações do portal TeleSíntese publicadas nesta sexta-feira (21).

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O prédio vendido pela Oi está situado no Leblon, localizado na Zona Sul do município do Rio de Janeiro – RJ.

Depois que a operação for concluída, o imóvel ainda estará sujeito a passar por um procedimento de retrofit. O empreendimento vendido será objeto de locação comercial.

Conforme informado pelas partes envolvidas, ainda há uma pendência em aberto para a solicitação de anuência prévia para que o empreendimento seja desvinculado da relação de bens associados à prestação do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC).

Recuperação judicial da Oi

Atualmente, a Oi encontra- se em processo de recuperação judicial. Isso significa que os recursos que ela obtém são utilizados para quitar dívidas com os credores.

No ano de 2016, as dívidas da Oi totalizavam cerca de R$ 65 bilhões. Desde então, a empresa de telecomunicações conseguiu pagar 35.372 credores com a qual tinha dívidas em aberto.

Uma das dívidas da Oi era com a Anatel, no valor de R$ 20,23 bilhões, montante que foi renegociado entre a empresa e a agência reguladora. Com a negociação, essa dívida teve um desconto de quase 55%, chegando a R$ 14,2 bilhões.

Segundo informações do administrador judicial da Oi, AJ Wald, “a documentação recebida e examinada pelo AJ comprova o cumprimento da obrigação pelo Grupo Oi”.

Além disso, confirmou-se que a Oi quitou totalmente sua dívida com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no valor de R$ 4,64 bilhões. Essa pendência foi paga a partir dos recursos obtidos com a venda da Oi Móvel.

Por meio de 31.220 acordos estabelecidos com os credores da Oi, a empresa pagou cerca de R$ 640 milhões. Vale destacar que a empresa de telecomunicações tinha 65 mil credores com pendências em aberto.

A companhia tinha dívidas de até R$ 50 mil com quase 59 mil destes credores, representando cerca de 90% do total.

Cotação da Oi

As ações da Oi terminaram a sessão de hoje (24) em queda na bolsa de valores brasileira (B3).

Enquanto as ações ordinárias da Oi, com ticker OIBR3, encerraram em baixa de 3,65%, a R$ 0,25, as preferenciais, com ticker OIBR4, terminaram o dia com desempenho negativo de -6,15%, a R$ 0,61.

Além da Oi, confira outros destaques desta segunda-feira:

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Banco do Brasil (BBAS3) derrete 9% e puxa queda de estatais após ‘caso Roberto Jefferson’

  • O Banco do Brasil (BBAS3) figura como a maior queda do Ibovespa nesta segunda-feira (24), desabando 9%, em um dia negativo para o mercado brasileiro com o aumento da tensão política a poucos dias do segundo turno das eleições. O índice cai 3,2% ao passo que o dólar sobe 2,1% – desacelerando uma alta de 2,7% mais cedo.
  • As ações do Banco do Brasil ‘puxam’ uma queda especialmente das estatais, que também têm grande relevância no índice. A Petrobras (PETR4) cai cerca de 7,8%, considerando as ações ordinárias.
  • Os papéis da bolsa reagem aos episódios de domingo (23), em que o deputado federal Roberto Jefferson (PTB) entrou em conflito armado com policiais federais que estavam em sua casa para executar um mandado de prisão.
  • Na ponta positiva, uma fatia relevante das poucas altas da sessão são de empresas dolarizadas, favorecidas pela depreciação do real ante o dólar. Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) sobem 3,2% e 1,3%, respectivamente.
  • Na ocasião, o parlamentar teve sua prisão domiciliar revogada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Jefferson, segundo o magistrado, descumpriu ordens judiciais ao postar conteúdo em suas redes sociais.
  • Na ocasião, Jefferson teceu ofensas à ministra Cármen Lúcia, do STF, e a ex-ministra e apoiadora do candidato Lula (PT). Moraes, então revogou sua prisão, implicando em uma ida de agentes federais à casa de Roberto Jefferson.
  • O parlamentar alegou que ‘iria reagir’ às ordens para prendê-lo, e posteriormente trocou tiros e arremessou granadas contra os policiais. Após horas de negociação, foi preso.
  • Com o cenário, iniciou-se uma crise política.
  • Posteriormente, o candidato Jair Bolsonaro (PL), que era aliado Jefferson há meses, disse que a atitude tomada pelo mesmo ‘dispensava tratamento de bandido’.
  • Os papéis do Banco estatal, assim como os da Petrobras, subiram vertiginosamente nas últimas semanas, com o cenário eleitoral. No caso da petroleira, foram 12,9% de alta no acumulado dos pregões da última semana.
  • Os papéis do Banco do Brasil também subiram no período, com 13,7% de alta na semana anterior.

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Petrobras (PETR4): produção de 3T22 cai 6,5% na comparação anual

  • Em relatório divulgado nesta segunda-feira (24), a Petrobras (PETR4) reportou a produção média comercial de 2,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed) no terceiro trimestre deste ano. Isso representa uma queda de 6,5% em relação ao que a companhia produziu no mesmo período do ano passado.
  • Houve também variação negativa na produção de derivados, que passou de 1,771 para 1,750 milhão de bpd no intervalo de três meses. No período de um ano, o recuo foi de 9,4%.
  • Já as vendas de derivados subiram 4,7% no trimestre, puxadas pelo desempenho do diesel e da gasolina. “O aumento do mercado de gasolina se deu por conta da queda do preço médio ao consumidor na comparação entre os períodos”, destaca a petroleira.
  • A produção brasileira de petróleo ficou em 2,115 milhões de barris por dia ante 2,114 milhões registrados no trimestre imediatamente anterior. No acumulado de um ano, houve uma retração de 6,8% na produção do óleo.
  • A extração de pré-sal se manteve no patamar anterior, em 1,609 milhão de bpd, mas caiu 3,8% também em relação há um an
  • A produção do pós-sal e terras e águas rasas também não oscilou do padrão anterior, em 434 bpd e 71 mil bpd, respectivamente. A empresa diz que ainda houve perdas com paradas para manutenção e intervenções”.
  • Por causa do declínio natural de produção dos campos, a produção no exterior foi de 35 mil boed, 2 mil boed abaixo de 2T22.

Queda na produção de óleo

A Petrobras destaca alguns pontos como fatores para a baixa na produção média de óleo, líquidos de gás natural (LGN) e gás natural:

  • Maior impacto dos Contratos de Partilha de Produção dos Volumes do Excedente da Cessão Onerosa de Atapu e Sépia, no 3T22, vigentes a partir de 2 de maio, com redução de participação da Petrobras nestes campos. O impacto no 3T22, em relação ao 2T22, foi de cerca de 43 mil boed, escreveu a empresa.
  • A parada para descomissionamento e desmobilização do FPSO Capixaba, em 21 de maio, com impacto de 11 mil boed. Esse descomissionamento faz parte do Projeto Integrado Parque das Baleias (IPB), que irá recuperar sua produção com a transferência de poços para a plataforma P-58 e uma nova plataforma, o FPSO Maria Quitéria, com início de operação previsto para 2024.
  • Declínio natural dos campos maduros.

Méliuz (CASH3) estuda separação e IPO do banco digital Bankly

  • O conselho de administração do Méliuz (CASH3) aprovou o início de estudos para separar as operações da subsidiária Bankly. O fato relevante divulgado nesta segunda-feira (24) afirma que, dependendo do resultado, pode haver uma listagem de ações individual do banco digital na bolsa de valores.
  • De acordo com o documento, a separação do Bankly tem o objetivo de liberar o pleno potencial dos negócios em soluções de pagamentos. Além disso, o plano é permitir que as empresas operem de forma autônoma, com administração separada para garantir novas oportunidades de mercado.
  • “A transação permitirá a cada um dos negócios acesso direto ao mercado de capitais e a outras fontes de financiamento, possibilitando, desta forma, priorizar necessidades de investimentos e maximizar flexibilidade para transações estratégicas”, disse o Meliuz.
  • A decisão sobre a separação está condicionada ao resultado do estudo contratado. A empresa deve levar o relatório final para aprovação dos acionistas do Méliuz, credores e órgãos reguladores.
  • O banco de investimentos Lazard e o escritório de advocacia foram contratados para liderar a operação na área financeira e jurídica, informou o diretor de relações com investidores, Luciano Cardoso Valle.

Braskem (BRKM5): BTG prevê resultados negativos no curto prazo, mas recomenda compra

  • O BTG Pactual divulgou hoje a sua projeção de resultados para o terceiro trimestre da Braskem (BRKM5), com recomendação de compra ao preço-alvo de R$ 68, apesar da perspectiva de resultados negativos no curto prazo. Nesta segunda (24), os papéis da empresa fecharam em queda de 2,27%, cotados a R$ 33,78.
  • “No total, estamos projetando uma receita líquida de R$ 22,3 bilhões, Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 2,7 bilhões (US$ 509,4 milhões e -36% no trimestre) e um prejuízo líquido de R$ 509 milhões. Embora os resultados da Braskem mais fracos não devam surpreender os investidores, tememos que essa dinâmica persista por mais alguns trimestres”, avaliaram os analistas do banco.
  • De acordo com o relatório, a combinação de um significativo adicional de capacidade de produção (principalmente na China e nos EUA) e a desaceleração global no consumo de resina está reduzindo os spreads da Braskem: “No Brasil, estamos modelando os spreads de PE (polietileno) e PP-nafta com queda de 30% e 2% no trimestre, respectivamente, também impactados pelos efeitos de estoque de preços mais altos da nafta no 2T.”
  • Ainda segundo os analistas: “Nos EUA (PP-propileno) e México (PE-etano) observamos que os spreads caíram 12% e 40% t/t para US$ 1.045/t e US$ 650/t, respectivamente”.

Petrobras (PETR4): conselho tem reunião na quarta, mas não deve reajustar preços, diz jornal

  • O conselho de administração da Petrobras (PETR4) tem reunião marcada para esta quarta-feira (26). O encontro vai discutir questões como o preço dos combustíveis. No entanto, o mercado não trabalha com a hipótese de que haja alguma deliberação sobre o assunto antes do segundo turno da eleição presidencial, no próximo domingo (30).
  • Segundo informações do jornal Valor Econômico, essa reunião da Petrobras seria como um encontro entre os executivos da empresa para prestação de contas. O preço dos combustíveis deve ser um dos assuntos em discussão, já que o valor praticado no Brasil está descolado do cenário internacional.
  • A reportagem relata que, neste momento, membros do alto escalão da Petrobras estão se concentrando em pautas burocráticas, como aprovação de relatórios. Ao que tudo indica, o corpo diretivo está adiando definições de preços e aguardando o resultado eleitoral para essas decisões.
  • Neste ano, o preço dos combustíveis tomou grande parte do debate político, em razão de alcançar os maiores patamares históricos. O diesel, por exemplo, chegou à casa de R$ 7 e a gasolina passou de R$ 8 nas bombas dos postos.
  • Em junho, o governo zerou os impostos federais e conseguiu aprovar uma medida para limitar a cobrança dos estados, como ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), sobre os combustíveis. Isso derrubou os preços por todo o país e puxou os índices de inflação para baixo.
  • Embora a cifra tenha se mantido estável por mais de três meses, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo), ela está voltando a subir.
  • Na última semana, o órgão informou que o preço médio da gasolina passou de R$ 4,79 para R$ 4,88 no intervalo de 15 dias. Diesel e Etanol também sofreram variação positiva.
  • Mesmo assim, de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), há uma defasagem nos preços do país, uma vez Petrobras não faz reajuste há quase dois meses. Pelos cálculos da entidade, a diferença média em relação ao mercado internacional é de 5% para a gasolina e 14% para o diesel.

IRB BRASIL (IRBR3) cai mais de 8% com piora nos resultados em agosto

  • As ações do IRB Brasil (IRBR3) fecharam em queda de 8,4% nesta segunda-feira (24), após a empresa apresentar indicadores considerados ruins pelo mercado em agosto. As ações terminaram a sessão de hoje negociadas a menos de R$ 1: precisamente, a R$ 0,97.
  • A companhia divulgou que nos oito primeiros meses de 2022 o prejuízo líquido do IRB totalizou R$ 516,4 milhões, enquanto que no mesmo período de 2021 esse número ficou em R$ 168,9 milhões.
  • “Mais um mês de prejuízo foi forte para o IRB. Mesmo ajustando o resultado do ano passado a efeitos não recorrentes, os números de IRB continuariam apresentando piora expressiva”, disse a Guide Investimentos em relatório.
  • Somente em agosto, o resultado líquido ficou negativo em R$ 164,7 milhões, comparado a um lucro de R$ 84,8 milhões em agosto de 2021.
  • “Vale lembrar que em agosto de 2021 o resultado foi impactado pelo efeito positivo one-off de R$ 129,4 milhões, decorrente de registro do ganho de ação judicial referente ao PIS/PASEP”, explicou o IRB no relatório.
  • Além disso, o prêmio emitido atingiu o montante de R$ 5.563,6 milhões, com redução de 7,4% em relação ao mesmo período de 2021.
  • No Brasil houve crescimento no prêmio do IRB Brasil em 4,5%, atingindo R$ 3,83 bilhões, mas no exterior houve uma diminuição de 26,1%, com R$ 1,724,6 bilhão.
  • Além disso, somente no mês de agosto, o prêmio emitido do IRB Brasil totalizou R$ 524,9 milhões, queda de 30,1% em relação a agosto de 2021.
  • O total, segundo o IRB, é composto pela diminuição do prêmio no Brasil de 16,2%, para R$ 380,9 milhões, e pelo decréscimo do prêmio no exterior de 51,3%, para R$143,9 milhões.
  • As despesas com sinistro do IRB cresceram nos primeiros oito meses de 2022,  em 1,8%, somando  R$ 3,765,8 bilhões, com um índice de sinistralidade de 107,2%.
  • Somente em agosto, a despesa de sinistro do IRB foi de R$ 633,7 milhões, com índice de sinistralidade de 145%, 18,8% superior ao de agosto de 2021, de R$ 533,7 milhões, com sinistralidade de 84,6%.

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Suzano (SUZB3) anuncia a compra de ativos da Kimberly-Clark

  • A Suzano (SUZB3) adquiriu a totalidade das cotas detidas pela Kimberly-Clark Brasil (KC Brasil), passando a ser titular dos ativos do negócio de fabricação, marketing, distribuição ou venda no Brasil de produtos de tissue.
  • A compra de negócios de tissue da Kimberly-Clark pela Suzano inclui produtos como papel higiênico, toalhas de papel, guardanapos, lenços e outros produtos de papel.
  • Além disso, a nova aquisição da Suzano inclui a propriedade sobre a marca NEVE. Como parte do negócio, outras marcas globais usadas atualmente pela KC Brasil serão licenciadas para a companhia por prazo determinado.
  • A compra da Suzano foi realizada por meio da celebração, na data de hoje (24), de um contrato de compra e venda de participação societária (Equity Purchase Agreement) entre a companhia e a Kimberly-Clark Brasil Indústria e Comércio de Produtos de Higiene Ltda. O contrato tem como garantidora a Kimberly-Clark Worldwide (KC).
  • O principal ativo contemplado na operação de compra da Suzano é uma fábrica de produção de tissue, localizada no município de Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo.
  • O empreendimento possui uma capacidade anual de produção de cerca de 130 mil toneladas. A operação, segundo a companhia, está “alinhada à estratégia de longo prazo da Suzano de ‘avançar nos elos da cadeia’.
  • A Suzano também informou que a operação não tem materialidade à sua alavancagem financeira ou endividamento.
  • A conclusão da operação ainda está sujeita à verificação de condições precedentes que são praticadas pelo mercado nesse tipo de transação, o que inclui a aprovação da mesma pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
  • Além disso, ainda é preciso que seja concluída a reorganização societária da KC Brasil para a criação e contribuição dos ativos referentes ao negócio de tissue na sociedade alvo.
  • Apesar disso, a operação da Suzano não depende da aprovação de assembleia geral de acionistas da companhia, já que não se atingiram os parâmetros estabelecidos na Lei das Sociedades por Ações.
  • Nesta segunda-feira (24), o conselho de administração da Suzano aprovou a operação, autorizando a diretoria da empresa a praticar todos e quaisquer atos, negociar e celebrar contratos, instrumentos e eventuais aditamentos que forem necessários ou convenientes para que a deliberação seja efetivada.
  • A nova aquisição da Suzano foi aprovada por unanimidade e sem ressalvas pelo conselho, após a apresentação do material pertinente, análise e discussão em reunião realizada pelo órgão.
  • As ações da Suzano, com ticker SUZB3, terminaram a sessão de hoje (24) em alta de 3,48%, a R$ 51,42, após oscilarem entre R$ 49,93 e R$ 52,08 durante o dia.

Da Oi à Suzano, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Isabella Taglapietra

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