A Oi (OIBR3) registrou um prejuízo líquido de R$ 1,267 bilhão no primeiro trimestre de 2023 (1T23). Assim, a companhia reverteu o lucro líquido de R$ 1,623 bilhão observado no mesmo período do ano passado, conforme balanço trimestral divulgado nesta quarta-feira (14).
O Ebitda de rotina da Oi, que representa o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização, foi de R$ 234 milhões no primeiro trimestre de 2023, o que representa uma queda de 81,3% na comparação com igual etapa do ano passado.
A margem Ebitda de rotina da Oi alcançou 7,7% no 1T23, com recuo de 20,1 pontos percentuais em comparação ao primeiro trimestre de 2022 (1T22).
Além disso, a Oi registrou uma receita líquida de R$ 2,2 bilhões no 1T23, com crescimento de 4,8% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
O balanço da Oi aponta que esse desempenho positivo foi alavancado pela performance dos serviços core, incluindo a Oi Fibra (+20,8% A/A, +R$ 190 milhões) e a Oi Soluções (+12,9% A/A , +R$ 80 milhões).
Já a queda da receita líquida consolidada da operação brasileira, de 42,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2022, teria sido influenciada pela conclusão das vendas das operações descontinuadas, que incluía o setor de mobilidade e a UPI InfraCo.
Além de Oi, confira outros destaques desta quarta-feira:
O que impulsionou as altas de Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) no Ibovespa hoje?
- As ações da Vale (VALE3) fecharam em alta nesta quarta-feira (14), assim como as demais mineradoras e siderúrgicas, em linha com as esperanças do mercado de um estímulo maior para apoiar a economia da China.
- A explicação passa pela política monetária da China e pela alta do minério de ferro.
- Na terça-feira (13), o Banco Popular da China (PBoC) divulgou que os novos empréstimos bancários subiram para 1,36 trilhão de iuanes (cerca de US$ 189,92 bilhões) em maio, abaixo das estimativas dos analistas.
- Os contratos futuros do minério de ferro em Dalian encerraram as negociações diurnas em alta de 1,51%, a 804,5 iuanes por tonelada métrica, ao passo que o índice de referência em Cingapura recuava 0,1%, para US$ 111,55 a tonelada métrica, impactando também as ações da Vale e das mineradoras.
Gol (GOLL4) lidera altas e Azul (AZUL4) também decola no Ibovespa; saiba os motivos
- As ações preferenciais de Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) fecharam em alta nesta quarta-feira (13), após dia de queda na véspera, em um movimento que os analistas chamam de “sell-off” entre as empresas do setor aéreo, puxado pela alta do petróleo.
- No fechamento, os papéis da Azul avançaram 8,66%, a R$ 19,55. Na semana, as ações caem mais de 4%.
- Já as ações da Gol lideraram o Ibovespa, com alta de 11,8%, a R$ 11,18.
- “Ontem tivemos um movimento de ‘sell-off’ no setor, puxado pela alta do Brent, o que tende a elevar os custos das companhias. Hoje, apesar do movimento ainda altista, tivemos um cenário de médio/longo prazo mais baixista para a commodity, o que tende a aliviar a pressão sobre esses custos para as companhias”, pontua Fábio Lemos, sócio da Fatorial Investimentos.
- Segundo Lemos, a melhora no cenário econômico também colabora bastante para o segmento. “A Selic mais baixa em empresas com alavancagem alta deve ajudar a melhorar as margens financeiras das empresas do setor, além de uma expectativa de melhoras nas viagens com a chegada do período de férias escolares no Brasil”, acrescenta.
- Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo no último domingo, o CEO da Azul, John Rodgerson, reforçou que os gastos com combustíveis representam 45% do total de custos da empresa, mas que enxerga boa vontade por parte do governo em dialogar com as companhias do setor.
- Na semana passada, os analistas do Citi elevaram o preço-alvo para as ações da Azul e Gol negociadas na Bolsa de Nova York (Nyse), o que fez com que os papéis das duas empresas disparassem.
- Os analistas Stephen Trent, Filipe Nielsen e Jay Singh elevaram o preço-alvo para os ADRs da Azul de US$ 17,00 para US$ 20,50 e os da Gol de US$ 6,75 para US$ 7,75. Em ambos os casos, eles reiteraram a recomendação de compra.
- No relatório, a equipe do Citi ressaltou que a demanda por passagens das companhias aéreas brasileiras continua em crescimento, além da receita por assento, que permanece próxima a níveis recorde. Os analistas enxergam, ainda, que as pressões cambiais e os custos com combustíveis parecem estar diminuindo.
- Ainda no relatório, o banco alertou para a alavancagem financeira das companhias, o que pode ser um gatilho importante para as ações, caso as empresas não consigam avançar nos planos de redução de dívida.
B3 (B3SA3) dispara: banco recomenda compra com cenário de juros mais baixos e volume elevado de ações
Com os dados operacionais de maio da B3 (B3SA3) divulgados, analistas BTG Pactual afirmam em relatório que as expectativas para os resultados do segundo trimestre da companhia aumentaram. O banco projeta um ciclo de flexibilização nos juros e volume de ações mais forte – por isso os especialistas recomendam compra da ação.
O relatório do BTG sobre as ações da B3 repercutiram bem entre os investidores: nesta quarta (14), dia em que o Ibovespa superou os 119 mil pontos em forte alta, os papéis da empresa que administra a Bolsa dispararam 4,17%, cotados a R$ 15,22.
De acordo com projeções do BTG, a B3 deve registrar R$ 2,2 bilhões em receita líquida no segundo trimestre. “A B3 é uma de nossas opções preferidas para ‘arriscar’ nos mercados de capitais do Brasil, que acreditamos funcionará bem no curto prazo com a aproximação do ciclo de flexibilização ”, avaliam os analistas do banco em relatório divulgado nesta terça-feira (13).
Embora a ação não seja a mais barata, avalia o banco, as expectativas de ganhos para a B3 tendem a ser revisadas para cima durante o mercado em alta, com o P/L podendo ir além de 20x. Essa situação faz com que o BTG recomende a compra e fixe o preço-alvo em R$ 15.
B3: volumes acima do esperado em maio
O ADTV [volume financeiro médio diário negociado] de ações em maio foi de R$ 27,1 bilhões, aumento de 6% em relação ao mês anterior. Descendo a linha, os volumes de registro OTC aumentaram 12% em comparação ao mês anterior, enquanto os volumes de custódia subiram1%.
“Como resultado, o ADTV agora aponta para uma queda de 7% em relação à nossa previsão do 2T, enquanto o ADV (volume médio diário negociado) está praticamente em linha conosco em R$ 6,0 milhões. Os volumes estimados de registro OTC estão 5% à nossa frente em R$ 8,4 bilhões e os volumes de custódia (R$ 15,2 bilhões) estão 1,5% acima do que estamos modelando atualmente para o segundo trimestre”, analisa o banco.
Os derivativos de ADV também foram avaliados positivamente com aumento de 10% ante ao mês anterior, chegando a 6,3 milhões.
Itaú BBA também recomendou compra da B3
Na semana passada, em relatório, o Itaú BBA também avaliou um cenário positivo para os papéis da B3. Segundo analistas do banco, o crescimento do lucro recorrente da B3 deve acelerar em 4% neste ano e 15% em 2024 – a melhor dinâmica de receitas colaboram para o aumento. “Estamos elevando nossas estimativas de ADTV em 7% para 2023 e 21% para 2024. Um melhor volume e mix também devem ajudar as margens e o crescimento da receita da B3. A empresa enfatizou que o controle de despesas é a principal prioridade à frente.”
Como o BTG, o banco também compartilha a visão de que a queda da taxa de juros deve gerar uma dinâmica melhor para os fundos locais e, consequentemente, volumes mais robustos para a B3.
“A melhor notícia é que os ativos sob gestão na indústria de fundos do Brasil aumentaram 24% em relação a 2020, antes do aumento da taxa Selic, enquanto em ações [o volume de ativos sob gestão] caiu 23%. Com base em dados históricos, taxas de juros mais baixas são um bom presságio para o setor, com melhores fluxos para fundos de ações e hedge”, afirma o banco em relatório sobre as ações da B3.
Embraer (EMBR3): Eve e United Airlines (U1AL34) fazem acordo para oferecer trajetos com o carro voador nos EUA
A Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer (EMBR3), e a United Airlines (U1AL34) anunciaram nesta quarta-feira (14) um acordo para levar a Mobilidade Urbana Aérea (UAM) para São Francisco, nos Estados Unidos. Ambas as empresas trabalharão com autoridades locais e estaduais, provedores de infraestrutura, energia e tecnologia para introduzir aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL).
“Nosso objetivo é oferecer aos residentes e visitantes da área da Baía de São Francisco um transporte eficiente e competitivo em termos de custo em uma das áreas urbanas mais densamente povoadas dos EUA,” disse Andre Stein, co-CEO da Eve.
As empresas também estão trabalhando para identificar áreas de origem e destino, além da futura rede de rotas para a Mobilidade Urbana Aérea (UAM). “A Mobilidade Aérea Urbana tem o potencial de revolucionar a forma como os clientes da United trabalham, vivem e viajam,” disse Michael Leskinen, presidente da United Airlines Ventures.
“A rota proposta pela Eve é um primeiro passo fundamental para tornar essa jornada totalmente elétrica e silenciosa uma realidade para os moradores da área da Baía”, conclui o executivo.
Em 2022, United anunciou um investimento de US$ 15 milhões na Eve
No ano passado, United anunciou um investimento de US$ 15 milhões na Eve e um acordo de compra condicional de até 400 eVTOLs, como parte de sua estratégia de investir em tecnologias de ponta, enquanto se posiciona como líder no investimento em sustentabilidade no setor da aviação e tecnologias inovadoras.
Com isso, a United poderá ter toda a sua frota de eVTOLs atendida pela rede de serviços e suporte da Eve, englobando acesso aos centros de serviços globais da Embraer, o que envolve depósitos de peças e técnicos de campo.
O que é o eVTOL da Eve?
O eVTOL da Eve é um veículo 100% elétrico, zero emissão de carbono, que possui um alcance de 60 milhas (100 quilômetros). A aeronave será pilotada no lançamento, mas projetada para operações não tripuladas no futuro.
A aeronave está planejada para entrar em serviço em 2026.
Da Oi à Embraer, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.