O conselho de administração da Hypera (HYPE3) aprovou uma nova distribuição de juros sobre capital próprio (JCP), no valor total de R$ 61,548 milhões, conforme comunicado nesta segunda-feira (20).
Os juros sobre capital próprio da Hypera equivalem a R$ 0,09735 por ação ordinária, sobre a qual haverá retenção de imposto de renda na fonte. Essa tributação apenas não será devida pelos investidores que comprovarem ser imunes ou isentos.
Para que isso aconteça, os investidores devem enviar os documentos que comprovem essa isenção para a instituição escrituradora, que é o banco Bradesco (BBDC4).
O pagamento dos proventos da Hypera será feito até o final do exercício social de 2025, embora a data ainda será anunciada de maneira oportuna.
A distribuição será destinada somente aos investidores com posição comprada nas ações da empresa até o encerramento da sessão do dia 23 de maio de 2024, próxima quinta-feira.
A partir de 24 de maio de 2024, as ações da Hypera passarão a ser negociadas sem direito ao recebimento dos proventos. Sobre a quantia a ser distribuída, não haverá a incidência de qualquer atualização monetária.
Além de Hypera, confira outros destaques desta segunda-feira:
Marcopolo (POMO4) anuncia pagamento de R$ 113,08 milhões em JCP; veja quem recebe
- O conselho de administração da Marcopolo (POMO4) aprovou um novo pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP), no valor de R$ 113,08 milhões.
- Os JCP da Marcopolo representam o valor de R$ 0,10 por ação representativa do capital social da empresa, que vão ser imputados ao dividendo obrigatório já declarado.
- Desse montante total, R$ 0,06 por ação compõem os proventos do exercício atual, equivalentes a R$ 67,849 milhões. O restante, de R$ 0,04 por ação, tem como referência o montante de R$ 45,23 milhões de exercícios anteriores.
- Os juros sobre capital próprio da Marcopolo serão pagos a partir de 10 de junho de 2024, sendo destinados somente aos investidores com posição comprada nas ações da companhia até a próxima quinta-feira, dia 23.
- Em outras palavras, as ações da Marcopolo adquiridas a partir de 24 de maio de 2024 serão negociadas com “ex-juros”, ou seja, não serão contabilizadas nesta distribuição de proventos.
Hora de comprar Klabin (KLBN11)? Morgan Stanley acha que sim
- Em seu relatório mais recente sobre o setor de papel e celulose, especialistas do Morgan Stanley elevaram as suas recomendações de Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3).
- No caso das ações da Klabin, os especialistas elevaram a recomendação de neutra para compra, com um novo preço-alvo de R$ 26 – ao passo que os papéis KLBN11 negociam a cerca de R$ 21 em bolsa atualmente.
- Já no caso da Suzano, os analistas tinham uma recomendação de venda, agora elevada para neutra. O novo preço-alvo é de R$ 57, enquanto as ações SUZB3 negociam na faixa de R$ 52.
- A nova tese da casa para Klabin é de que a empresa deve superar seus pares em um cenário de preços mais baixos de celulose.
- Isso levando em conta o perfil da empresa, que o Morgan Stanley considera “resiliente”.
- A projeção da casa é de que os preços da celulose diminuam no segundo semestre de 2024, à medida que a demanda mais fraca se alinha com a nova oferta.
- Nesse cenário, os cálculos são de que a Klabin negocia 5% abaixo da sua média em uma janela de cinco anos – levando em consideração o Ebitda estimado da casa para 2024.
- No caso da tese de Suzano, os analistas elevaram a recomendação por causa do desempenho abaixo do esperado das ações se comparado com o Ibovespa, ficando 6,2 pontos percentuais abaixo da performance do índice.
- Nesse cenário, o Morgan Stanley vê uma relação risco retorno mais saudável no momento.
- “Esperamos que a Suzano apresente um forte rendimento de fluxo de caixa livre nos próximos anos à medida que o Cerrado acelera, trazendo volume adicional e custos de produção mais baixos, combinados a menores exigências de Capex”, diz a casa.
- “Contudo o risco de a Suzano potencialmente se envolver em uma transação de fusões e aquisições que poderia aumentar significativamente a alavancagem deve permanecer”, completa.
- Nesse cenário, apesar do potencial de valorização das ações, a casa prefere manter cautela, mantendo a recomendação como neutra.
Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3)? Veja que empresas de varejo podem ser mais afetadas pelos juros altos nos EUA e Brasil
- Parte das empresas de varejo podem enfrentar mais dificuldades que outras a partir do próximo semestre. É o que afirma o especialista em renda variável e sócio da The Hill Capital, Christian Iarussi. Para ele, companhias que vendem bens duráveis, como eletrodomésticos e eletrônicos, devem enfrentar desafios devido ao alto nível de endividamento das famílias brasileiras.
- A perspectiva surge após divulgação da última pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor, que mostra que 68,7% das famílias estão endividadas, o que dificulta a compra de bens não essenciais e de maior valor. Empresas como Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3), segundo o especialista, podem ser mais afetadas por essa situação.
- Por outro lado, Iarussi diz que as varejistas que oferecem produtos com preços mais baixos, como Lojas Renner (LREN3), itens essenciais como alimentos, exemplificados pelo Assaí (ASAI3), e aqueles voltados para consumidores de alta renda, como Vivara (VIVA3), têm perspectivas mais favoráveis. “Esses, de fato, devem se recuperar mais rapidamente em um cenário de menor sensibilidade às taxas de juros”, diz Iarussi.
- O especialista aponta que dois fatores devem impedir o crescimento do varejo: a redução da taxa básica de juros, a Selic, e a decisão dos Estados Unidos de adiar os cortes de juros. “De um lado, a queda dos juros abre um raio de esperança, pois pode baratear o crédito e impulsionar o consumo, especialmente de produtos duráveis como eletrodomésticos e móveis, geralmente adquiridos por meio de financiamentos. Isso poderia levar a um aumento nas vendas do varejo, aquecendo a economia como um todo”, afirma.
- No entanto, na visão dele, a inflação contínua e a prudência do Banco Central em reduzir a Selic rapidamente limitam o otimismo. “A corrosão do poder de compra das famílias devido ao aumento dos preços pode desestimular o consumo, especialmente de itens não essenciais”, pontua.
- Outro vilão é a decisão dos Estados Unidos de adiar os cortes de juros, já que essa medida também afeta o mercado brasileiro. A expectativa de que os juros americanos devem cair menos do que o previsto, com apenas dois cortes previstos para este ano, diz Iarussi, fez o Banco Central adotar uma abordagem mais conservadora. Isso levou a uma redução no corte da Selic de 0,50 para 0,25 pontos percentuais em 8 de maio, prolongando a vulnerabilidade do setor devido aos juros altos e à inflação.
Nubank (ROXO34) pode piorar com nova investida em operadoras, diz Bradesco BBI
- A entrada do Nubank (ROXO34) no setor de telecomunicações está agitando o mercado nesta segunda-feira (20). No Bradesco BBI, os analistas são céticos com o movimento do banco digital.
- Em relatório, o time de analistas liderados por Gustavo Schroden afirma que esse tipo de iniciativa do Nu envolve “muito trabalho, pouco dinheiro e pode machucar a satisfação com o produto principal”.
- O projeto do Nubank recebeu a aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para operar como operadora virtual (MVNOs, na sigla em inglês) utilizando a rede da Claro. O pedido foi realizado entre o final de 2023 para o começo deste ano.
Da Hypera ao Nubank, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.