A Netflix (NFLX34) informou nesta quarta-feira (14) que o próximo plano de assinatura com anúncios alcance aproximadamente 40 milhões de espectadores globalmente até o terceiro trimestre de 2023, de acordo com apuração da agência Reuters.
O The Wall Street Journal teve acesso a um documento compartilhado com compradores de anúncios.
Segundo a Reuters, a plataforma de streaming afirmou a executivos de publicidade em projeções preliminares que 4,4 milhões de espectadores únicos mundialmente devem se inscrever para o novo nível até o fim do ano, com 1,1 milhão vindo dos EUA.
A projeção é de que a métrica de espectadores únicos seja maior do que o número de assinantes do plano Netflix com anúncios, com a possibilidade de mais de uma pessoa em uma casa assinante possa assistir ao serviço.
“Ainda estamos nos primeiros dias para decidir como lançar um nível mais barato e suportado por anúncios e nenhuma decisão foi tomada”, disse a Netflix, em comunicado.
A Netflix perdeu quase um milhão de assinantes entre abril e junho, sinal de que o serviço de streaming está sofrendo os efeitos de alta da inflação, além da concorrência acirrada.
A redução levou a empresa a anunciar planos para uma opção de assinatura mais barata e suportada por anúncios no próximo ano. A companhia também realizou cortes de empregos.
Netflix (NFLX34): perda de assinantes no 2T22 é de 1 milhão, abaixo das projeções
Nem séries de sucesso como Stranger Things salvaram o trimestre da Netflix (NFLX34). A empresa voltou a perder assinantes no 2T22, num total de 1 milhão. No 1T22 a perda foi de 200 mil usuários. Mas os números reportados no 2T22 vieram abaixo dos estimados pelo mercado — a metade do que os investidores projetavam.
A Netflix perdeu assinantes no 2T22 em um ritmo mais lento que o estimado. A companhia de streaming viu o cancelamento de 970 mil assinaturas contra uma expectativa de dois milhões no período, de acordo com o Wall Street Journal. A empresa soma 220,67 milhões de assinantes no mundo, ante os 221,64 milhões do primeiro trimestre.
O lucro por ação ficou em US$ 3,20, mais alto que os esperado US$ 2,94, segundo a Refinitiv, citada em reportagem da CNBC. A receita do 2T22 ficou em
US$ 7,97 bilhões, abaixo dos US$ 8,035 bilhões previstos em levantamento da Refinitiv. O resultado representa alta de 9% em relação ao mesmo trimestre em 2021.
O lucro chegou a US$ 1,44 bilhão, contra US$ 1,353 bi no mesmo trimestre do ano passado.
A empresa, com os 220,67 milhões de assinantes, disse que espera que as adições líquidas atinjam 1 milhão no terceiro trimestre. A Netflix estima incremento no próximo trimestre de 221,67 milhões de assinantes. Mas projeta queda na receita para US$ 7,8 bilhões.
Além da Netflix, confira outros destaques desta quarta-feira:
Copel (CPLE6) reforça política de dividendos e deve ter pagamentos mais altos, diz banco
- Após reunião virtual com investidores com apresentação do diretor financeiro, o Goldman Sachs reiterou a recomendação neutra para Copel (CPLE6), no preço-alvo de R$ 7,8.
- Além da alta das ações da Copel, as conclusões dos analistas do banco de investimentos foram:
- A empresa continua a focar em seu negócio core, e segue em frente com a venda da Compagas após a renovação da concessão;
- O Capex nos próximos anos deve ser focado principalmente sobre distribuição de energias renováveis e ativos de transmissão; e
- A administração reforçou sua política de dividendos com pagamentos impulsionados pelo seu nível de alavancagem.
- Os analistas do Goldman Sachs pontua que a venda da Compagas — da qual a Copel possui uma fatia de 51% — é a última de seus ativos “não essenciais”. A expectativa é de que o processo seja concluído em 2023.
- “A empresa reforçou está discutindo o processo atualmente com o governo do Paraná, que abriu uma audiência pública no ano passado e propôs a antecipação da renovação da concessão por 30 anos, com pagamento estimado de R$ 508 milhões”, diz o relatório do GS. Os analistas reiteram que a renovação da concessão é um passo importante para a venda do ativo, pois garantiria um fluxo de caixa no longo prazo.
- No evento, a administração destacou que, após a conclusão das discussões no nível estadual, seguirá com a proposta de venda, que deve ser semelhante à venda da Copel Telecom em 2020, com estimativa de levar de sete a oito meses.
- Em relação ao pagamento da concessão, haverá ainda uma análise para decidir a melhor estrutura financeira para a operação, mas que consideraria alavancar o pagamento. “Nós vemos esses eventos como alinhados com a estratégia da empresa de focar nos ativos principais e observar que estimamos um valor justo para a Compagas de R$ 359 milhões, cerca de 1,6% do nosso SOTP (avaliação da soma das partes, na sigla em inglês) para a Copel”, disseram os analistas.
- O GS afirma que a política de dividendos da Copel foi reforçada pela empresa, que define pelo menos dois pagamentos por ano. Os pagamentos totais são feitos de acordo com a alavancagem financeira da empresa.
- De acordo com o relatório, se a Copel mantiver uma relação de dívida líquida/Ebitda entre 1,5 vez e 2,7 vezes, os resultados serão traduzidos em um payoutde 50% do lucro líquido. Se a empresa mantiver um índice menor, ela desembolsa 65% – como ocorreu no 2T22 da Copel, com 1,3 vez a dívida líquida/Ebitda. Caso a alavancagem estiver acima destes níveis, pagará o mínimo regulatório, 25%.
- Por fim, o GS afirma que mantém a recomendação neutra para os papéis da Copel, utilizando um modelo de avaliação da soma das partes (fluxo de caixa descontado usando o índice de fluxo de caixa livre para o patrimônio líquido), descontado, em média, do capital próprio em 11,5%.
- “Vemos a Copel negociando atualmente a um nível real de TIR (taxa de retorno) implícita de 12,3% em relação ao setor média ponderada de 11,4%. Reconhecemos que a empresa se beneficia de ter um portfólio diversificado de distribuição, geração e transmissão e entregou redução substancial de opex, que vemos positivamente devido ao seu custo histórico ineficiente estrutura”, diz o texto.
- A ação preferencial de classe B da Copel fechou em queda de 0,88%, a R$ 6,74.
Eletrobras (ELET3) é a ação preferida de investidores, aponta levantamento
- A Eletrobras (ELET3) foi escolhida por investidores brasileiros como a “top pick”, em enquete do Itaú BBA.
- O Itaú BBA consultou 46 investidores brasileiros entre 24 de agosto e 1º de setembro, que apontaram as ações da Eletrobras como as preferidas no momento. Do total de entrevistados, 56,5% eram gestores e 43,5%, analistas. As informações são do Valor Investe.
- As empresas apontadas como as principais escolhas foram:
- Eletrobras
- Itaú (ITUB4)
- Localiza (RENT3)
- Petrobras (PETR4)
- Sabesp (SBSP3)
- BTG Pactual (BPAC11)
- Rumo (RUMO3)
- Eneva (ENEV3)
- Em agosto, após o resultado do segundo trimestre da Eletrobras, o Itaú BBA discutiu suas perspectivas para a companhia elétrica.
- Para os analistas do Itaú BBA, o resultado da Eletrobras foi neutro, afetado por diversos itens não recorrentes.
- Apesar disso, o Itaú segue com a recomendação de compra para os papéis da Eletrobras, com o preço-alvo de R$ 61,60: “A Eletrobras é a nossa principal escolha no setor de utilities, pelo seu enorme porte, valuation muito atrativo, forte geração de fluxo de caixa e capacidade de pagar um rendimento de dividendos muito alto no médio prazo”.
- Privatizada, a Eletrobras, deve ter, segundo o BBA, mais flexibilidade para implementar as mudanças que podem torná-la uma das melhores empresas de utilites do mundo.
- O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente, que totalizou R$ 4,14 bilhões no 2T22, ante R$ 2,94 bilhões vistos no 2T21, veio em linha com as estimativas do banco, que vê espaço para ganhos maciços de eficiência daqui em diante.
- Do lado negativo, as despesas controláveis ficaram muito acima da sua expectativa. O BBA projeta que a dívida da Eletrobras deve aumentar substancialmente no próximo trimestre, com a consolidação da Santo Antonio, que possui uma dívida líquida de R$ 20 bilhões.
- Eletrobras: apesar de ação bilionária na Justiça, Goldman Sachs recomenda compra
- O Goldman Sachs também segue otimista com a Eletrobras (ELET3) apesar da notícia recente sobre uma ordem de execução para pagar R$ 6,8 bilhões.
- Os analistas da casa deram um novo parecer sobre as ações da Eletrobras. Em fato relevante nesta semana, a companhia informou que recebeu uma ordem de execução da Justiça para pagar essa cifra bilionária por causa de um empréstimo compulsório.
- Esse valor, de R$ 6,8 bilhões, corresponde a cerca de 6,7% do valor de Capitalização de Mercado (market cap) da Eletrobras.
- Ainda assim, a recomendação do banco é de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 61 para os papéis ELET3. A cotação atual é de cerca de R$ 45.
- Para as ações ELET6, os analistas miram R$ 67 ante uma cotação atual de R$ 47.
- “A Eletrobras informou que recebeu liminar de execução com valor total de R$ 6,8 bilhões referente a empréstimos compulsórios que não estão inclusos nos R$ 26 bilhões em passivos listados nos seus balanços. Embora não tenhamos opinião sobre o resultado potencial deste processo, notamos que embora o valor pareça relevante, representando 6,7% do valor de capitalização de mercado da empresa (market cap), a companhia disse que tomará as medidas cabíveis em sua defesa, pois entende que a questão judicial é improcedente”, diz o Goldman Sachs.
- “Consideramos isso, especialmente, porque houve decisão recente do STJ [Superior Tribunal de Justiça] em processo semelhante que culminou em decisão favorável à Eletrobras”, continuam os analistas.
- As ações da Eletrobras operam em alta de 0,32%, cotadas a R$ 47,09. no intradia.
Santos Brasil (STBP3) é autorizada a operar terminal em Itaqui (MA)
- A Santos Brasil (SBTP3) informou nesta quarta-feira (14) que recebeu autorização para operar seu terminal de granéis líquidos em Itaqui, no Maranhão, o TLG 3.
- A autorização foi dada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O terminal TLG 3 é o primeiro de granéis líquidos da Santos Brasil.
- O terminal tem capacidade nominal de 20 mil metros cúbicos, distribuída em sete tanques para armazenamento de diesel, gasolina, etanol anidro e biodiesel.
- O TLG 3 foi um dos três terminais arrematados por 20 anos pela Santos Brasil no leilão realizado na B3 (B3SA3) em abril do ano passado. As prorrogações de outorgas podem se estender até 70 anos.
- As outorgas combinadas totalizam R$ 157,3 milhões.
- “A Santos Brasil segue trabalhando pela obtenção da licença para início das operações de seu segundo terminal brownfield, o TGL 1, e também no projeto da terceira área arrematada”, disse a companhia em comunicado.
- Santos Brasil pagará R$ 326,5 milhões em dividendos; veja o valor por ação
- A empresa anunciou na sexta-feira (2) que vai pagar R$ 326,5 milhões em dividendos intercalares aos seus acionistas.
- O valor dos proventos por ação será de R$ 0,37, que serão pagos em 16 de setembro.
- Os dividendos da Santos Brasil são compostos da seguinte forma:
- R$ 186,5 milhões, com base no balanço semestral finalizado em 30 de junho de 2022; e
- R$ 140 milhões, à conta de reserva de lucros.
- De acordo com fato relevante da empresa, serão contempladas 863.604.848 ações ordinárias de emissão da empresa, já excluindo-se as mantidas em tesouraria.
- Apenas os investidores com ações da Santos Brasil no dia 8 de setembro terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 9 de setembro, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
- As ações da Santos Brasil fecharam esta quarta-feira (14) em alta de 1,33%, cotadas a R$ 8,41.
IRB Brasil (IRBR3) ou Caixa Seguridade (CXSE3)? UBS analisa as ações de seguradoras
- As ações do IRB Brasil (IRBR3) receberam recomendação de venda dos analistas do UBS-BB, com preço-alvo de R$ 2,30. As ações do BB Seguridade (BBSE3) e da Caixa Seguridade (CXSE3) foram as escolhidas pelo UBS BB no setor de seguros para a recomendação de “compra”, com preço-alvo de R$ 34 e R$ 11,50, respectivamente. A Porto (PSSA3) recebeu recomendação “neutra”, com preço-alvo de R$ 21.
- O UBS BB foi curto na sua análise sobre os ganhos do IRB Brasil, afirmando que “Existem várias diferenças contábeis nos dados relatados pelo IRB e regulador SUSEP”. Os dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados) pesaram também na análise de outras companhias.
- Enquanto a ação do IRB Brasil é descartada, os papéis da BB Seguridade receberam elogios do crescimento do seu braço Brasilseg.
- Os prêmios da Brasilseg cresceram 44% anualmente. Além disso, o lucro líquido do segmento do BB Seguridade está em linha com as estimativas do UBS BB, ao mesmo tempo que o da Brasilprev está abaixo.
- O UBS atualizou suas estimativas do BB Seguridade baseado em:
- Dados de 22 de julho divulgados pela Susep;
- Recente superação das estimativas no resultado do 2T22 do BB Seguridade, impulsionado pela Brasilseg (prêmios 14% acima da estimativa e menor sinistralidade), resultados financeiros na corretora (taxas de apólice mais altas) e receitas de corretagem (4% acima da estimativa).
- Assim, os analistas aumentaram em 2% suas projeções de EPS (lucro por ação) do BB Seguridade em 2022 e 8% em 2023.
- IRB Brasil: ‘Dá para investir, mas agora não é o momento’, diz BTG
- Em relatório sobre as ações do IRB Brasil, analistas do BTG Pactual (BPAC11) destacaram que a companhia é ‘investível’, mas não é o momento de fazer o aporte. Os analistas mantêm recomendação neutra para os papéis, vendo um cenário ainda desfavorável.
- Em termos de preço, os analistas do BTG miram R$ 1,30 de preço alvo para as ações do IRB, enquanto os papéis negociam a cerca de R$ 1,20 atualmente.
- Na análise, Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel afirmam que a oferta de ações feita pela resseguradora é a ‘chave para a recuperação da empresa’, mas não um gatilho para um investimento no IRB Brasil no momento atual.
Da Netflix ao IRB Brasil, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.