Radar: Neoenergia (NEOE3) pagará R$ 1,4 bi em dividendos e JCP, Americanas (AMER3) aprova plano de recuperação judicial e BB Seguridade (BBSE3) vira “queridinha” do BTG

A Neoenergia (NEOE3) vai pagar mais de R$ 1,4 bilhão em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos seus investidores.

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Esse montante inclui um pagamento de juros sobre capital próprio da Energia no valor de R$ 308,249 milhões, correspondente a R$ 0,2539543586 por ação ordinária, cujo pagamento vai acontecer a partir de 27 de dezembro de 2023.

Nesse caso, não está prevista atualização monetária sobre o valor, que será distribuído aos investidores com posição acionária ao final de 4 de janeiro de 2023.

Esse montante foi aprovado na reunião do conselho de administração da companhia, realizada em 13 de dezembro de 2022, com base nos resultados do segundo semestre de 2022.

Sobre os JCP da Neoenergia haverá dedução de Imposto de Renda, com exceção dos acionistas que comprovaram estar dispensados da tributação junto ao banco Itaú (ITUB4).

Também a partir de 27 de dezembro, com base na posição acionária do dia 27 de abril de 2023, a Neoenergia pagará R$ 708,66 milhões em dividendos, equivalente a R$ 0,5838428214 por ação ordinária.

Os dividendos da Neoenergia foram aprovados em assembleia geral ordinária e extraordinária da empresa, que foi realizada em 27 de abril de 2023, não estando prevista qualquer atualização monetária.

A Neoenergia também pagará outro montante em juros sobre capital próprio, que foi aprovado na reunião do conselho de administração da empresa, realizada em 27 de junho de 2023, conforme os resultados do primeiro semestre de 2023, no valor de R$ 387,059 milhões.

Esse outro pagamento de JCP da Neoenergia corresponde a R$ 0,3193050597 por ação ordinária. Assim como os demais proventos, a distribuição será realizada a partir de 27 de dezembro de 2023, mas somente aos que detinham ações da empresa ao final de 30 de junho de 2023.

Dividendos da Neoenergia

  • Valor: R$ 708.666.576,37
  • Valor por ação: R$ 0,5838428214
  • Data de corte: 27 de abril de 2023
  • Data de pagamento: a partir de 27 de dezembro de 2023

JCP da Neoenergia

  • Valor: R$ 695.308.000,00
  • Valor por ação: R$ 0,5732594183
  • Data de corte: 4 de janeiro de 2023 e 30 de junho de 2023
  • Data de pagamento: a partir de 27 de dezembro de 2023

Além de Neoenergia, confira outros destaques desta terça-feira:

Americanas (AMER3): credores aprovam plano de recuperação judicial

  • Seis horas depois de seu início, a Assembleia Geral de Credores (ACG) da Americanas (AMER3) aprovou nesta terça-feira (19) o plano de recuperação judicial apresentado pela companhia em 27 de novembro e costurado por vários meses com bancos, seus maiores credores. A AGC e a votação ocorreram digitalmente. A homologação do plano deve acontecer a partir de 8 de janeiro, no retorno do recesso do Judiciário.
  • Credores da Americanas, das classes 1 (trabalhadores) e 4 (micro e pequenas empresas), não tomaram parte da assembleia desta tarde porque não serão afetados pelas deliberações. Os credores presentes eram classe 3 (quirografários), e o plano de recuperação judicial foi aprovado com adesão de 91,14% dos presentes (voto por cabeça) e por 97,19% dos créditos.
  • O trio de acionistas de referência da Americanas – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira – pode chegar a uma participação de 49,3% na rede de varejo após a capitalização de R$ 12 bilhões proposta no plano de recuperação judicial da empresa. Atualmente, o trio de acionistas tem fatia de 30,1%.
  • Os demais credores da Americanas, incluindo os bancos, como Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4), BTG Pactual (BPAC11) e Santander (SANB11), passarão a deter 48,2% da empresa, por conta da conversão da dívida em ações da varejista, em montante também de R$ 12 bilhões.
  • Assim, o aumento de capital total será de R$ 24 bilhões, conforme apresentado na tarde de hoje pela diretora financeira da Americanas, Camille Faria, que leu um resumo do plano de recuperação judicial. A capitalização deve reduzir a dívida da Americanas a cerca de R$ 1,9 bilhão.

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BB Seguridade (BBSE3) vira preferida do BTG Pactual (BPAC11) para 2024; veja por quê

  • Em relatório divulgado na terça-feira (18), após reunião com a equipe do BB Seguridade (BBSE3), o BTG Pactual (BPAC11) espera que os números operacionais da companhia permaneçam fortes em 2024. A empresa é uma das principais escolhas dos analistas do BTG para o ano que vem, junto com Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e XP (XPBR31).
  • Em reunião com a companhia, o BTG mencionou que a abertura de um novo programa de recompra de ações do BB Seguridade será decidido pelos acionistas na assembleia anual, marcada para o final de abril.
  • “Acreditamos que isso não só apoia ainda mais as ações, mas também aumenta implicitamente a participação do Banco do Brasil no BB Seguridade. O BB detém, atualmente, 66,25% do BBSE3 e, caso o programa seja 100% executado, sua participação deverá aumentar para quase 69%. Esperamos que a participação do BB ultrapasse o limite de 70% em 2024″, destacam os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel.
  • O BTG sinaliza, também, que a sinistralidade do BB Seguridade deve retornar a níveis mais normalizados (e superiores) no próximo ano. “A equipe espera que o índice de sinistralidade consolidado aumente entre 100 a 150 pontos-base em 2024, liderado pelo índice de sinistralidade no seguro agrícola convergindo para os níveis históricos após um 2023 muito baixo até outubro”, dizem os analistas.
  • Ainda de acordo com o BTG, o resultado financeiro será outro obstáculo para o crescimento dos resultados de BB Seguridade no próximo ano. De acordo com o banco, o BB Seguridade continua prevendo impacto de R$ 100 milhões no lucro líquido para cada corte de 100 pontos base na taxa Selic.
  • “Considerando a Selic entre 250 e 300 bps menor em 2024, o impacto negativo no lucro líquido poderia ficar em torno de R$ 250 a 300 milhões”, afirma. No entanto, pontua o BTG, “isso deverá ser parcialmente compensado por um saldo médio de investimento mais elevado, devido ao crescimento da carteira de investimentos“.
  • A instituição acrescentou ainda que o BB Seguridade não espera um impacto positivo nem negativo do descasamento do IGPM e IPCA ao longo de 2024, reduzindo alguma volatilidade nesta linha.

BB Seguridade: estimativa maior de dividendos

  • Para o BTG, embora o BB Seguridade tenha aberto capital em 2013 com um valor de mercado de R$ 34 bilhões, com pagamento de aproximadamente R$ 40 bilhões em dividendos desde então, o seu valor de mercado ainda é de R$ 65 bilhões. “Esperamos que pague mais do que isso em dividendos até 2033, quando expira o seu contrato com o BB”, pontua.
  • O BTG tem recomendação de compra para as ações de BB Seguridade, com preço-alvo a R$ 41, ante cotação atual de R$ 33,24.

Gerdau (GGBR4): analistas rebaixam recomendação e veem impacto nos dividendos em 2024; ação despenca

  • O Itaú BBA rebaixou a recomendação da Gerdau (GGBR4) de compra para neutra, introduzindo novo preço-alvo de R$ 26 (antes eram R$ 30). Segundo analistas do BBA, em 2023, a Gerdau reportou resultados fracos nas divisões do Brasil e América do Norte. No próximo ano, o BBA ainda vê pressão nas divisões, podendo impactar os dividendos. Hoje (19), as ações da Gerdau estão entre as maiores baixas no Ibovespa.
  • “Até agora em 2023, as ações da GGBR4 caíram 16% e tiveram desempenho inferior ao do Ibovespa em 39%. Em nossa opinião, o principal fator por trás do fraco desempenho foi a deterioração das operações no Brasil e na América do Norte”, diz o Itaú BBA.
  • Para o 4T23 da Gerdau, os analistas esperam um Ebitda de R$ 2 bilhões, uma queda de 40% na comparação trimestral.
  • Em 2024, a casa prevê que os resultados da Gerdau no Brasil continuarão sob pressão, com um modesto aumento de 2% nos volumes domésticos de aço em relação ao ano anterior. Os analistas lembram que um ambiente competitivo acirrado limita espaço para aumentos de preços.
  • A estimativa do BBA é de que a margem Ebitda no Brasil caia para 11,8% em 2024 (de 12,9% em 2023).
  • Em relação à América do Norte é esperada uma deterioração adicional nos resultados devido a preços mais baixos do aço (queda de 5% em relação ao ano anterior). As projeções apontam que as margens nos EUA vão diminuir para 17,4% em 2024 (de 25,6% em 2023).
  • “Assim, esperamos que a Gerdau reporte uma modesta geração de caixa de R$ 2,7 bilhões em 2024, o GGBR4
  • que pode limitar o pagamento de dividendos no ano. Adicionalmente, vemos a empresa negociando a um múltiplo EV/Ebitda (valor da empresa em relação ao resultado operacional) de 4,3 vezes, em linha com níveis históricos”, comenta o BBA.

Vibra (VBBR3) vai pagar R$ 928,4 milhões em JCP; Veja quem recebe

  • O conselho de administração da Vibra Energia (VBBR3) aprovou o segundo pagamento de remuneração antecipada aos acionistas, na forma de JCP. A empresa também comunicou a data de pagamento da primeira parcela dos proventos. Os dois pagamentos somam R$ 928,42 milhões, ou R$ 0,83271618 por ação.
  • Conforme comunicado nesta terça-feira (19), a empresa vai distribuir R$ 450 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), referente a essa segunda parcela.
  • Nesse caso, os JCP da Vibra Energia equivalem a R$ 0,40362074704 por ação, tendo como referência o exercício social de 2023.
  • O pagamento dessa segunda parcela será realizado aos investidores que detiverem ações da companhia ao final da sessão de 22 de dezembro de 2023.
  • Esse pagamento de juros sobre capital próprio da Vibra Energia vai acontecer em 29 de maio de 2024, não estando prevista qualquer atualização ou correção monetária.
  • A empresa também comunicou que o pagamento da primeira parcela dos JCP, relativos ao exercício de 2023, será realizado no dia 29 de fevereiro de 2024, no valor de R$ 478,4 milhões, ou R$ 0,42909543292 por ação.
  • Nessa primeira parcela, somente terão direito ao recebimento dos proventos os investidores comprados nas ações da Vibra Energia até 21 de setembro de 2023.

JCP da Vibra Energia

  • Valor: R$ 928.421.090,24 (R$ 450.021.090,24 + R$ 478.400.000,00)
  • Valor por ação: R$ 0,83271618 (R$ 0,40362074704 e R$ 0,42909543292)
  • Data de corte: 22 de dezembro de 2023 e 21 de setembro de 2023
  • Data de pagamento: 29 de maio de 2024 e 29 de fevereiro de 2024

Azul (AZUL4) vai decolar? Banco projeta melhora em 2024, mas ainda vê desafios; ações sobem

  • Apesar de projetar melhora no setor em 2024, o BTG Pactual reiterou recomendação neutra para a Azul (AZUL4). De acordo com o banco, as restrições de oferta continuam representando um gargalo para o crescimento da companhia. Hoje, as ações da Azul lideram as altas da Bolsa de Valores.
  • Segundo o BTG, apesar da “postura neutra”, há um otimismo em relação à recuperação da Azul. “Vemos espaço para a ação se valorizar, apoiada por um ímpeto setorial mais forte, uma estrutura de capital aprimorada e tendências macroeconômicas mais favoráveis”, diz o BTG.
  • Os analistas apontam que o cenário da indústria tornou-se mais racional, com os players buscando reestruturar a lucratividade. No entanto, as previsões para o 4T23 da Azul sugerem que a capacidade permanecerá abaixo dos níveis do 4T19, o que significa quatro anos sem crescimento.
  • “A reestruturação significativa da dívida na indústria levou a uma concorrência mais racional, sustentando os níveis de preços atuais, em parte impulsionados pela oferta restrita de novas aeronaves nos mercados globais”, destaca o BTG.
  • Em relação a demanda da Azul, o banco afirma que a resposta dos clientes aos níveis tarifários atuais foi positiva, sem sinal de desaceleração. Dessa forma, as reservas futuras devem permanecer robustas e a potencial redução de capacidade por parte de um dos principais concorrentes da Azul exerce pressão positiva sobre os rendimentos.
  • Além disso, a Azul planeja oferecer 10 milhões de passagens de ida e volta a até R$ 1,6 mil. Em troca, o governo se comprometeu a apoiar as companhias aéreas na redução da judicialização do setor, na fixação de preços de combustíveis e no financiamento colateral.
  • Neste contexto, o banco tem recomendação neutra sobre os papéis da Azul, com preço-alvo de R$ 20.

Da Neoenergia a Azul, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias, clique aqui.

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João Vitor Jacintho

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