Radar: Natura (NTCO3) pode aumentar rentabilidade com venda de The Body Shop, Ferbasa (FESA4) pagará JCP milionário e Via (VIIA3) cai 6% na Bolsa

O Itaú BBA considerou positiva a iniciativa do conselho de administração da Natura (NTCO3) em autorizar estudos para venda ou uma alternativa estratégica para a unidade de negócios The Body Shop.

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“Positivo, em nossa opinião. Embora já esperada, dado o foco atual da Natura em simplificar seu tamanho e melhorar sua estrutura de capital, acreditamos que uma potencial venda da The Body Shop seria positiva para a companhia, pois isso poderia reduzir o risco de execução percebido na história geral de investimentos da empresa e melhorar resultados consolidados nos próximos anos”, diz o relatório do Itaú BBA enviado aos clientes.

No fechamento as ações subiram 2,62%, mas chegaram a subir 5,1% pela manhã, quando a notícia foi publicada na CVM.

Ainda segundo o relatório do Itaú BBA, o valuation da The Body Shop é de aproximadamente R$ 3,150 bilhões para o Valor da Empresa, enquanto que o Valor Patrimonial da unidade de negócios seria de R$ 1,329 bilhão.

Phill Soares, chefe de análise da Órama, vai na mesma linha: “Natura vai bem com o downsizing para focar no core, que são Natura e Avon na América Latina, no operacional e financeiro desse segmento, sendo assim, a gente vê essa estratégia de venda da The Body Shop como positiva”, diz.

Além de Natura, confira outros destaques desta segunda-feira:

Ferbasa (FESA4) pagará JCP milionário em setembro

  • O valor dos proventos por ação da Ferbasa será de R$ 0,50 por ação preferencial e de R$ 0,46 por ação ordinária, a serem pagos no dia 22 de setembro.
  • Apenas os investidores com ações da Ferbasa no dia no dia 6 de setembro terão direito de receber os rendimentos.
  • A partir do dia 8 de setembro, as ações FESA4 serão negociadas sem direito aos JCP.
  • Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2023.
  • O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,39 ordinária e R$ 0,43 por ação preferencial.
  • No pregão de hoje, a cotação das ações preferenciais da Ferbasa subiu 1,79% a R$ 46,03. No ano, os papéis caem 11,5%.

Ladeira abaixo: Via (VIIA3) cai 6% no Ibovespa e tem rombo de 32% em agosto; Magazine Luiza (MGLU3) sobe na sessão, mas tomba no mês

  • As ações Via (ex-Via Varejo) (VIIA3) recuaram 6,45% nesta segunda-feira (28) no Ibovespa, entre as maiores perdas do dia na bolsa, negociando a R$ 1,45, diante principalmente do avanço dos contratos de juros futuros, que deixam o setor de varejo de eletrônicos ainda mais sensível. O Magazine Luiza (MGLU3) também cedia no intradia, nas acabou fechando em alta contida.
  • Ao longo do mês de agosto as ações da Via já perderam 31,60% de valor, enquanto que desde o início do ano o tombo acumula 36,80%. Somente na semana passada, os papéis da companhia haviam perdido 7,7% de valor após a notícia de uma possível emissão de novas ações (follow on).
  • “Os movimentos sobre os papéis da Via e varejistas se relacionam principalmente às pautas econômicas em discussão. Os debates em torno do limite de juros sobre os cartões de crédito – e a discussão paralela sobre o eventual fim ou limitação do parcelado sem juros – criam temores de que a capacidade de compra das famílias seja afetada. Isto, em teoria, afeta de maneira mais marcante as varejistas de bens duráveis”, destacou Ricardo Schweitzer, analista independente.
  • No caso das varejistas de semiduráveis e não-duráveis, acredita-se que também há impactos relacionados às estimativas do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) em discussão, tendo em vista que a tributação sobre diversos bens de consumo pode ter alterações significativas, com impactos na demanda.
  • “Por último, mas não menos importante, o IPCA-15 divulgado na sexta-feira arrefeceu apostas de aceleração no ritmo de corte da Selic, o que pode ter contribuído para que investidores revissem perspectivas de crescimento econômico à frente no contexto de afrouxamento monetário”, completou Schweitzer.
  • Outra empresa do setor, a Magazine Luiza (MGLU3) recuou 0,34% durante a tarde, nas fechou no positivo, +0,34%, a R$ 2,93. A queda do Magazine Luiza no mês é de 15,45%, segundo dados do Status Invest.
  • O Grupo Pão de Açúcar, apesar de não ser do varejo de eletrônicos, também se destaca negativamente no pregão de hoje, caindo 4,41%, enquanto mercado avalia cisão do Éxito.
  • Para Rafael Passos, analista da Ajas Capital, com o volume de negócios mais baixo no dia de hoje os papéis estão mais sensíveis às notícias e aos DIs, que não aliviam e influenciam na performance desses papéis.

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Alupar (ALUP11): banco reforça recomendação de compra, após perspectiva de maiores dividendos; veja por quê

  • O BTG Pactual reiterou recomendação de compra para a Alupar (ALUP11), com preço-alvo de R$ 30. Segundo o banco, a empresa é sua principal escolha no segmento de transmissão de energia. Para analistas, o início de alguns projetos deve possibilitar o pagamento de maiores dividendos no futuro. 
  • Na última sexta-feira, a empresa informou que sua subsidiária Alupar Peru venceu uma concessão para um projeto de transmissão por 30 anos no país. A empresa já opera no Peru no segmento de geração. A concessão exigirá investimentos de US$ 39 milhões e espera-se que comece a operar em 2026.
  • De acordo com o BTG, taxa interna de retorno (TIR) real estimada é de 10,3%. Além disso, o projeto tem uma receita anual permitida de US$ 4,9 milhões e uma margem estimada de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 80%. 
  • “Com o início dos projetos em construção da Alupar, vemos espaço para maiores dividendos no futuro, sem mencionar a nova política de dividendos anunciada em novembro, que prevê um pagamento de pelo menos 50% do lucro líquido regulatório”, diz a equipe do BTG. 
  • Reforçando a tese, analistas afirmam que a Alupar tem um excelente histórico de alocação de capitais, o que deixa o BTG confortável caso ela decida buscar crescimento adicional. 

Weg (WEGE3) anuncia expansão no México. Como isso vai gerar ganhos exatamente? Analistas explicam

  • Na última sexta-feira (25), a Weg (WEGE3) anunciou aquisição de um terreno na cidade de Atotonilco de Tula, estado de Hidalgo, no México, por US$ 40 milhões, para expansão na produção. Analistas do BTG Pactual avaliam a aquisição como favorável, pois dá continuidade à estratégia de longo prazo da Weg em alcançar integração vertical em seu centro regional de produção. Dessa forma, o banco recomenda compra das ações. 
  • O México é o principal centro de produção da Weg fora do Brasil. A equipe do BTG reforça que, conforme a integração vertical avançar, é esperada maior rentabilidade na região, reduzindo a diferença em relação à unidade brasileira. 
  • Segundo o BTG, a companhia explicou que a proximidade do terreno com  a maior planta de fabricação no país facilitará a integração dos processos de produção e logísticos. 
  • A Weg opera no México desde 2000 e atualmente possui 5 fábricas no país: duas em Huehuetoca, focadas em motores elétricos e transformadores; duas em Tizayuca, especializada na fabricação de transformadores; e duas em Atotonilco de Tula, dedicadas à produção de motores elétricos, painéis elétricos e revestimentos industriais.

Montanha-russa no pregão: VGIA11 tomba 6,3% pela manhã, mas dispara 6,7% poucas horas depois. O que aconteceu?

  • O Fiagro VGIA11 passou por uma “montanha-russa” na Bolsa de Valores hoje (28). O fundo chegou a tombar 6,3% até por volta das 13h, em continuidade ao movimento de forte queda nos 2 pregões anteriores.
  • Com a queda, o fundo VGIA11 atingiu a mínima diária de R$ 8,35, chegando a cair 12,65% desde o preço de fechamento da sessão de quarta-feira (23). Por outro lado, o Fiagro disparou cerca de 6,7% em seguida e terminou o dia no zero a zero neste pregão.
  • Apesar da recuperação na parte da tarde, o VGIA11 fechou a sessão em seu menor patamar desde 28 de abril de 2023, quando também terminou cotado a R$ 8,35. Mas o que explica esses altos e baixos em sua cotação?

Da Natura à Via, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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