Radar: Microsoft (MSFT34) e Google (GOGL34) em guerra por inteligência artificial, produção da Petrobras (PETR4) recua e Klabin (KLBN11) é rebaixada

Analistas do Itaú BBA acreditam que as oportunidades do ChatGPT para a Microsoft (MSFT34), que tem investido pesado na ferramenta de inteligência artificial (IA), poderiam ser utilizadas em toda a empresa e não somente em pesquisa, como ocorre com as ferramentas O365, PowerApps e Dynamics.

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Segundo o relatório do banco de investimento, uma guerra dura de inteligência artificial entre a Microsoft e a Google está apenas começando. “A Microsoft foi rápida em anunciar o ChatGPT no Bing, e o Google já anunciou o Bard on Search (com base em seu Google LaMDA”, contam os analistas.

Entretanto, nesta quarta-feira (8), o Google viu sua IA, o Bard, errar uma pergunta em uma apresentação, o que fez que suas ações e BDRs caíssem mais de 7%.

O banco diz que tem a sensação de que a Microsoft está focando na experiência do usuário (UX) para atrair clientes e depois anunciantes, após participar de uma breve call de investidores com a gigante de tecnologia.

“Nossa percepção é que as margens brutas serão diluídas, mas as margens operacionais provavelmente, não”, ressaltam os analistas.

O banco lembra que, na indústria de publicidade, a alavancagem operacional é considerável, embora muito inferior às margens brutas pelo custo de aquisição (CAC). “Será um tópico importante a ser examinado mais de perto”, dizem os especialistas. Segundo a big tech, a publicidade digital é um mercado de US$ 570 bilhões que ainda tem uma baixa participação de mercado.

O Itaú BBA tem recomendação de “compra” para as ações da Microsoft listadas na Nasdaq, na Bolsa de Nova York, com preço-alvo de US$ 274.

Alphabet, dona do Google (GOGL34), quer lançar recursos de pesquisa de inteligência artificial; mas Bard erra pergunta ao vivo

O Google disse que lançará novos recursos de busca e mapas alimentados por inteligência artificial (IA), incluindo maneiras de fazer perguntas com imagens. As medidas, anunciadas em um evento nesta quarta-feira, 8, em Paris, foram reveladas um dia depois de a Microsoft informar que pretende incorporar a tecnologia por trás do ChatGPT em seu mecanismo de busca Bing.

A unidade da Alphabet disse nesta quarta que está planejando construir a tecnologia do ChatGPT nos resultados de pesquisa para fornecer respostas textuais mais longas a consultas complexas sem uma única resposta correta. Esse recurso será lançado quando o Google estiver confiante na qualidade das respostas fornecidas pela IA, disse a empresa.

O Google anunciou na quarta-feira que expandirá a capacidade dos usuários de consultar o mecanismo de pesquisa com base em imagens e vídeos ao usarem o sistema operacional Android do Google, permitindo que um usuário identifique, digamos, um ponto de referência local.

A empresa também afirmou que está lançando um recurso para permitir aos usuários do Google Maps explorar representações tridimensionais de destinos – como o interior de um restaurante -, feitas por IA a partir de fotos bidimensionais comuns.

Em evento de lançamento do chatbot do Google, Bard, o jornal The Telegraph relatou que a ferramenta respondeu incorretamente a uma pergunta de demonstração realizada no momento da apresentação.

Cotação da Microsoft

Os BDRs da Microsoft caíam 0,57% nesta quarta-feira (8), cotadas a R$ 57,60. Os BDRs do Google despencaram 7,64%, cotados a R$ 42,90.

Com informações do Estadão Conteúdo

Além da Microsoft, confira outros destaques desta quarta-feira:

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Petrobras (PETR4): produção total de óleo e gás recua 2,1% no 4T22; veja números

  • A produção total da Petrobras (PETR4) de petróleo e gás recuou 2,1% no quarto trimestre de 2022 no comparativo com igual período do ano anterior, com 2,646 milhões de barris por dia (bpd). Em 2021, foram 2,704 milhões de barris por dia.
  • Segundo o relatório de produção da Petrobras, divulgado na noite desta quarta (8), no acumulado do ano de 2022, foram produzidos 2,684 milhões de barris por dia. É uma queda de 3,2% se comparado com a produção acumulada do ano anterior, que foi de 2,774 milhões de barris por dia.
  • Já a produção média comercial da Petrobras foi de 2,325 milhões de barris diários de óleo no 4T22, queda de 3,3% na comparação com um ano atrás. Na comparação anual, a queda foi de 4%, saindo de 2,460 milhões de barris diários em 2021 para 2,361milhões de barris diários em 2022.
  • Apesar das quedas na produção, a petroleira ponderou que a performance operacional do trimestre esteve em linha com o 3T22. Os resultados obtidos se deram, principalmente, pela alavancagem de produção da plataforma de Guanabara, início de produção da P-71 e de poços novos da Bacia de Campos.
  • Em linha com 3T22, mas em queda em relação a 2021
  • A produção de óleo, LGN e gás natural da Petrobras teve queda de 2%, para 2,611 milhões de bpd no último trimestre de 2022. No mesmo período de 2021, a produção foi de 2,663 milhões bpd. No acumulado do ano, recuo de 3,1%, saindo de 2,732 milhões de bpd para 2,648 milhões de bpd.
  • Já a produção de óleo da Petrobras caiu 1,9%, para 2,111 milhões de barris por dia. No quarto trimestre de 2021, a produção foi de 2,151 milhões barris por dia. No comparativo anual, a queda foi de 3,1%, indo de 2,211 milhões de barris por dia em 2021 para 2,142 milhões de barris por dia no ano passado.
  • Enquanto isso, a produção de gás da Petrobras recuou 2,5% no 4T22 para 500 milhões de barris de óleo equivalente (BOE). No período equivalente do ano anterior, foram 513 milhões de BOE. Na comparação anual, o recuo foi de 3,1%, passando de 505 milhões de BOE para 521milhões de BOE.
  • Por fim, a produção pré-sal cresceu 2,4% no 4T22 (1.639 Mboed) em relação ao mesmo período de 2021 (1.601 Mboed). O avanço também foi registrado na comparação anual, em que a produção total saiu de 1.616 Mboed para 1.635 Mboed.
  • Outros destaques do relatório da Petrobras:
  • A produção do pós-sal foi de 401 Mbpd, 7,6% inferior ao trimestre anterior, principalmente em função do maior volume de perdas devido a manutenções e intervenções, das paradas para descomissionamento das plataformas P-18, P-19 e P-20, além do declínio natural de produção;
  • A produção em terra e águas rasas, por sua vez, foi de 71 Mbpd, em linha com o 3T22;
  • A produção no exterior foi de 35 Mboed, referente aos campos da Bolívia, Argentina e Estados Unidos, em linha com o 3T22.
  • Refino, transporte e comercialização
  • Segundo o relatório da Petrobras, as vendas de derivados no último trimestre do ano ficaram em linha com as do 3T22, refletindo maiores vendas de gasolina e querosene de aviação (QAV) e redução de vendas nos demais derivados.
  • “O aumento das vendas de gasolina ocorreu em função da sazonalidade do consumo e maior competitividade do derivado. As maiores vendas de QAV se deveram à recuperação frente ao impacto da Covid-19 no setor aéreo. Já a redução nas vendas dos demais derivados no 4T22 deve-se principalmente à sazonalidade do consumo de diesel e venda de quantidades adicionais de nafta no 3T22″, explica a petroleira.
  • Em relação à produção de derivados, houve redução de 1,5% no 4T22 em relação ao 3T22. Segundo a Petrobras, isso ocorreu com as paradas programadas das unidades de destilação e coque da REPAR e ao desinvestimento da REMAN.
  • “A nossa produção em 2022 teve redução de somente 6% e as vendas caíram 3% quando comparadas ao ano anterior, mesmo com o desinvestimento da RLAM no final de 2021, cuja capacidade correspondia a cerca de 13% do total do nosso parque”, destaca a Petrobras.

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Klabin (KLBN11): banco rebaixa empresa e corta preço-alvo após dados do 4T22

  • O BB Investimentos rebaixou a recomendação da Klabin (KLBN11) para “neutra” e o preço-alvo caiu de R$ 30 para R$ 24. Os analistas atualizaram a recomendação após a Klabin divulgar seus resultados do 4T22.
  • Os analistas viram os números como robustos, mas notaram sinais de arrefecimento da demanda e queda na rentabilidade.
  • A visão do BB Investimentos é de que os próximos resultados da Klabin ainda serão satisfatórios, considerando suas vantagens competitivas, como sua posição de liderança, a elevada competitividade de custos, a diversificação de fibras e a exposição a mercados resilientes.
  • Entretanto, os indicadores também devem começar a refletir os efeitos da queda de preços de celulose e continuarão se afastando dos números recordes apresentados pela empresa ao longo de 2022.
  • “Como efeito das preocupações mencionadas, as ações das empresas do setor poderão apresentar volatilidade mais elevada no curto prazo e passar por novas correções ao longo do ano”, completam.
  • Portanto, com essas preocupações, os analistas optaram por rebaixar a recomendação das units da Klabin, mas comentam que o ativo está sendo negociado com 24% de desconto sobre seu múltiplo histórico.
  • Klabin (KLBN11) teve trimestre fraco, mas BBA recomenda compra; entenda
  • Em análise sobre os números da Klabin (KLBN11), o Itaú BBA destacou que sua visão é neutra e que viu os números do quarto trimestre de 2022 (4T22) como “sequencialmente fracos”.
  • Apesar disso, a recomendação ainda é de compra para as ações da Klabin, com preço-alvo de R$ 24 ante uma cotação de R$ 19 por unit.
  • “A Klabin mostrou resultados sequencialmente mais fracos no 4T22, com EBITDA consolidado ajustado de R$ 1,9 bilhão (queda de 18% no trimestre, mas alta de 1% na comparação anual, contra nossa estimativa de R$ 1,87 bilhão). O EBITDA de celulose atingiu R$ 1 bilhão (queda de 10% no trimestre), com menores volumes e menores preços de celulose realizados mais do que compensando uma queda nos custos”, analisam os especialistas do Itaú BBA.
  • Em Celulose, o BBA destaca os preços mais baixos, com um volume de 374 mil toneladas – número menor do que as expectativas por conta das intervenções operacionais em Puma I.
  • “O preço médio realizado da celulose da Klabin caiu 1% no trimestre, para US$ 925 por tonelada. Os custos de caixa com celulose melhoraram no trimestre, caindo para R$ 1.338 tonelada, principalmente pelo menor custo da madeira em função da menor presença da madeira de terceiros no mix de produção da empresa”, aponta o BBA.
  • No total, o EBITDA da divisão de celulose foi de R$ 1,08 bilhão.
  • Para o segmento de papel, o BBA aponta que o resultado veio mais fraco em relação ao trimestre anterior mas ainda se mostra forte na base anual.
  • “A receita líquida de papel veio em R$ 1,5 bilhão (queda de 8% no trimestre, mas alta de 8% no ano), com resultados trimestrais mais fracos prejudicados por volumes de papel e preços mais fracos de papel kraftliner. Os preços do kraftliner caíram 6% no trimestre, impulsionando preços médios de papel realizados que caíram 2% no trimestre no 4T22″, conclui a casa.
  • Cotação
  • As units da Klabin caíram 0,36 nesta terça-feira (8), cotadas a R$ 19,23.

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Americanas (AMER3): CVM abre novos processos administrativos para investigar KPMG e PwC

  • A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou na noite desta quarta-feira (8) a abertura de dois processos administrativos para analisar eventuais irregularidades da KPMG e da PwC. Isso porque entre os anos de 2017 e 2022 as empresas fizeram auditoria da Americanas (AMER3), que recentemente revelou um rombo contábil de R$ 20 bi e entrou com pedido de recuperação judicial.
  • Segundo a CVM, o objetivo dos processos é analisar se houve irregularidades nas auditorias realizadas pelas empresas, visto que elas foram responsáveis por avaliar os balanços da varejista. Entre 2017 e 2018, a KPMG foi auditora da Americanas. Já entre 2019 e 2022, a função foi assumida pela PwC.
  • Os dois procedimentos contra a KPMG e a PwC foram abertos na semana pela Superintendência de Normas Contábeis (SNC), informou a CVM, em comunicado.
  • “Caso venham a ser formalmente caracterizadas infrações, cada um dos eventuais responsáveis será devidamente responsabilizado com a aplicação e o rigor da lei e na extensão que lhe for aplicável. No âmbito de sua esfera de competência, a CVM não tolerará ilícitos que atentem contra a higidez e o adequado funcionamento do mercado de capitais”, pontua a comissão.
  • CVM: inquéritos para investigar a Americanas
  • Ainda no final de janeiro, A CVM abriu mais dois processos para investigar a Americanas. São desdobramentos de duas apurações iniciadas pela autarquia sobre a varejista.
  • Um dos inquéritos trata de insider trading e outro sobre as inconsistências contábeis da companhia, que revelou em 11 de janeiro ter descoberto um rombo de R$ 20 bilhões.
  • Em comunicado à imprensa a CVM diz que apura o inquérito – número nº 19957.000946/2023-08 – sobre informação privilegiada. Diz a comissão que regula o mercado de capitais:
  • “O referido inquérito é um desdobramento do Processo Administrativo CVM nº 19957.000425/2023-42, aberto, em 12/1/2023, pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI), para apurar eventuais irregularidades nas negociações com ativos de emissão da companhia.”
  • A outra investigação – de número 19957.000952/2023-57 – apura, segundo a CVM, “eventuais irregularidades envolvendo informações contábeis”.
  • Explica a autarquia: “O referido inquérito é um desdobramento do Processo Administrativo CVM nº 19957.000413/2023-18, aberto, em 12/1/2023, pela Superintendência de Relações com Empresas (SEP).”
  • A CVM acrescenta: “A instauração dos referidos Inquéritos Administrativos não implica a conclusão das etapas de análise, apuração e investigação em andamento por meio dos demais procedimentos administrativos abertos pela força-tarefa criada pela CVM com relação à companhia aberta Americanas S.A.”
  • Em Ação Civil Pública, minoritários da Americanas pedem responsabilização da PWC
  • Os acionistas minoritários da Americanas entraram com uma Ação Civil Pública que visa responsabilizar a empresa de auditoria PWC pelas perdas dos investidores. A ação é ajuizada pelo Instituto Brasileiro de Ativismo Societário e Governança (IBRASG), associação civil fundada em 2018 e dedicada especialmente à defesa dos direitos dos investidores do mercado de capitais.
  • Os minoritários pedem que seja reconhecida a responsabilidade da PWC, enquanto empresa de auditoria externa corresponsável pelas informações financeiras e contábeis divulgadas pela Americanas ao mercado de capitais. Eles solicitam que a auditoria seja condenada a indenizar os danos sofridos pelos investidores, decorrentes da desvalorização de suas ações desde o dia 11 de janeiro.
  • No documento, são relatadas as cifras das perdas: no dia seguinte à revelação do “rombo contábil”, a ação da Americanas, cujo valor de mercado era de R$ 12 no dia anterior, fechou o pregão de negociação cotada em R$ 2,72, com queda de aproximadamente 80%. O papel chegou a ser precificado em R$ 0,71 em 20 de janeiro de 2023, uma queda de mais de 94%, “sendo esse prejuízo integralmente arcado pelos investidores de mercado proprietários dessas ações”, diz o texto.
  • “Diante da queda vertiginosa do papel, o investidor de mercado que, no dia 11 de janeiro de 2023, possuía R$ 10.000,00 de seu patrimônio alocado em ações de emissão da Americanas, em 20 de janeiro do mesmo ano, após reveladas as informações verdadeiras da Companhia, teve seu patrimônio reduzido a menos de R$ 1.000,00”, continua.
  • A defesa dos minoritários argumenta que a PWC emprestou sua credibilidade aos números divulgados pela companhia. “Nessa dinâmica, comum em todo o mundo globalizado, a Ré empresta seu capital reputacional, a confiança depositada em seu trabalho, às empresas por ela auditadas, garantindo e certificando ao mercado a idoneidade de suas informações financeiras”, escrevem os advogados.
  • PwC rejeita responsabilidade por Americanas
  • A PwC, empresa responsável pela auditoria das contas da Americanas (AMER3), negou ter responsabilidade sobre o rombo bilionário nas contas da varejista.
  • Em resposta uma ação civil pública, a multinacional disse que o caso é uma “questão complexa e controvertida” e classificou o processo como “sensacionalista”.
  • A ação foi movida pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor e Trabalhador (Abradecont) contra a PwC e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A entidade pediu o bloqueio de bens da PwC e a proibição de que a empresa divulgue relatórios destinados ao mercado de ações.
  • Em resposta à Justiça do Rio de Janeiro, os advogados da PwC argumentaram que a ação tem “caráter sensacionalista” e disseram que o processo pode causar “colossais prejuízos” para a empresa.
  • Em nota, a CVM ressaltou que aprovar ou rejeitar relatórios de auditoria não faz parte da sua competência. Além disso, a autarquia montou uma força-tarefa para apurar o caso da Americanas.
  • Com Estadão Conteúdo

CFO da Log (LOGG3): 2023 é ano de cautela até empresa ter maior visibilidade sobre o panorama macroeconômico

  • A Log (LOGG3), desenvolvedora e locadora de galpões logísticos, divulgou nesta quarta-feira (8) os seus resultados do 4TRI22, além do consolidado do ano de 2022. A companhia, que completa 15 anos em 2023, afirmou que 2022 foi o seu melhor em relação ao desempenho financeiro, com um lucro líquido acumulado recorde de R$ 425 mi e R$ 429 mi em venda de ativos. Para 2023, no entanto, a empresa pretende manter um crescimento cauteloso.
  • Segundo o CFO da Log, André Vitória, a empresa pretende analisar com cuidado a demanda do mercado neste ano para atendê-la sem exageros, de forma a não prejudicar a solidez das suas demonstrações financeiras e dos seus indicadores. O executivo falou com exclusividade em entrevista ao Suno Notícias.
  • Para o executivo da Log, a vacância estabilizada em 2,58% em dezembro de 2022 e o índice de renovação contratual no ano, que ficou em 92%, mostram que a empresa tem um bom relacionamento com os clientes e um arcabouço sólido de contratos.
  • André Vitória aponta o boom do e-commerce, que aconteceu no auge da pandemia, como um dos fatores que beneficiaram o mercado de galpões logísticos – em especial os de ponta de linha, caso dos da Log.
  • De acordo com ele, mesmo com o retorno das atividades presenciais, ainda é esperado um crescimento sustentável do setor de e-commerce ao longo dos próximos anos, em especial em grandes metrópoles do nordeste do País, onde cresceu o número de contratos da Log nos últimos anos, mas ainda há demanda reprimida.
  • Confira a entrevista exclusiva completa com o CFO ao Suno Notícias:
  • A que se deve esse bom desempenho da Log em 2022, com recorde de lucro líquido acumulado?
  • Existem hoje, dentro da Log, dois principais drivers que mostram o nosso crescimento. A gente costuma dizer que tanto ter sido afetado positivamente pela expansão do e-commerce no Brasil, quanto a melhora de infraestrutura logística que a gente proporciona para essas empresas, que acabam migrando os seus contratos para a Log, são as duas principais razões para que tivéssemos um desempenho tão positivo em 2022. Ou seja, o e-commerce com o fly to quality – porque as empresas que acabam aderindo às nossas operações acabam deixando galpões de má qualidade, de baixa infraestrutura, para migrar para galpões de alta qualidade, como são os da Log.
  • Quais foram os principais contratos fechados em 2022 que colaboraram para esse crescimento?
  • Eu me arrisco a dizer que nós temos a melhor carteira de clientes do setor de logística. Quaisquer que sejam essas grandes empresas que você encontra de e-commerce, varejo, fármacos ou alimentos e bebidas, todas elas têm pelo menos uma operação conosco. Seja Amazon (AMZO34), Mercado Livre (MELI34), Magazine Luiza (MGLU3), Ambev (ABEV3), DrogaRaia… Quando a gente tem essa abertura de diferentes segmentos que atendem ao nosso portfólio, todas essas empresas acabam tendo contratos conosco. São mais de 250 contratos ativos nos mais variados setores. Em termos de grandes contratos, essas empresas são alguns dos exemplos que nós temos e, em 2022, grande parte dos novos grandes contratos fechados foram com elas. Em geral, quando a gente pensa nos novos contratos de 2022, nós temos três grandes pilares para isso: abertura de novas operações, expansão das atividades já existentes ou empresas que estão migrando suas atividades de galpões de pior qualidade para os nossos, que é o fly to quality.
  • Em 2022, as atividades econômicas que sofreram restrições ao longo do pior período da pandemia já foram, em grande parte, retomadas. Qual foi o comportamento do e-commerce no ano passado e qual a expectativa para 2023?
  • Na pandemia, houve uma mudança de hábito do consumidor e, por esse motivo, tivemos uma expansão relevante do e-commerce dentro do país. Eu acho que agora isso já vem se normalizando, mas não tenho receio nenhum em dizer que o e-commerce vai manter um crescimento sustentável ao longo dos próximos anos aqui no Brasil. Principalmente quando comparamos o país com outros países que também têm dimensões continentais. A gente observa que ainda existe um espaço relevante de crescimento para o e-commerce aqui. Então, vai continuar crescendo – não necessariamente como nesses últimos dois anos, mas vai – e a Log vai continuar capturando a demanda crescente em regiões que ainda estão se aproveitando desse momento de mudança de hábito do consumidor. À medida que empresas que já são clientes da Log ou que ainda não são clientes mas continuam expandindo suas operações em grandes regiões do país crescem, nós também vamos aproveitar esse movimento ao longo dos anos.
  • Qual região do Brasil mais cresceu em demanda por galpões logísticos em 2022 e por quê?
  • Se eu tivesse que destacar uma região, sem dúvida seria a região nordeste. É a região que teve maior demanda de ativos e novas operações. Eu acredito que já havia uma certa demanda reprimida na região e, por isso, o momento foi um catalisador e nós aproveitamos. Além disso, acredito que a mudança de hábitos talvez tenha sido mais significativa lá. Enfim, já existia uma demanda e estamos falando de excelentes regiões metropolitanas que a gente vem atendendo, como Fortaleza, Natal, Maceió, Salvador e Recife – regiões importantes e que tinham pouquíssimas atividades de qualidade como as que oferecemos aqui da Log.
  • Por que o “ABL Locado” da companhia diminuiu de 2021 para 2022? A que se deve isso e qual o impacto disso?
  • Isso aconteceu por um ponto importante pelo qual a gente começa a associar a Log não só a uma empresa de locação de galpões, mas também a uma desenvolvedora de ativos logísticos. Ao mesmo tempo que a gente entrega portfólios novos, a gente também vende ativos já existentes para fomentar esse crescimento da empresa. Então, à medida que a gente tem hoje uma atividade de crescimento como essa, mista, esse crescimento é muito baseado também nos recursos que a gente acaba conseguindo a partir da venda desses ativos. Por isso que flutua um pouco esse ABL total. A gente entregou uma quantidade relativa de ABL, mas vendemos também um ABL que existia.”
  • Em 2023, a Log completará 15 anos. Qual a sua visão sobre o passado, presente e futuro da companhia e quais são os planos já para este ano?
  • O ano de 2023 requer uma certa cautela. Nós entendemos que temos hoje uma capacidade de entrega relevante, mas a gente vai avançar com essas entregas e esse crescimento, mediante a demanda de mercado. A gente não vai prejudicar a solidez das nossas demonstrações financeiras e dos nossos indicadores porque ainda temos uma perspectiva de entender melhor esse cenário macroeconômico para que a gente possa então garantir que manteremos a nossa estabilidade, que é característica na nossa trajetória. Nesses 15 anos, a gente teve novas entregas e apresentamos crescimento. Portanto, a tendência é de que a gente continue mantendo as atividades com os nossos três pilares de negócio. Vamos continuar diversificando as nossas operações pelo Brasil, atendendo cada vez mais regiões que demandam esse tipo de atividades que a gente entrega; continuar flexibilizando os nossos galpões, que podem ser desde grandes galpões para atender grandes empresas, até galpões modulares para atender a demandas crescentes ou reduções de operações que o cliente pode vir a ter; e manter a eficiência no nosso ciclo de negócios, que vai desde o desenvolvimento imobiliário, com construção e locação de imóveis, e é uma vantagem competitiva que temos.

Da Microsoft a Log, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Isabella Taglapietra

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