A Meta Platforms (M1TA34), dona do Facebook (FBOK34), informou nesta quarta-feira (26) que registrou lucro líquido de US$ 4,395 bilhões no terceiro trimestre, ou US$ 1,64 por ação diluída.
O resultado da Meta foi 52% inferior aos US$ 9,194 bilhões, ou US$ 3,22 por ação, de igual período do ano passado, e também ficou abaixo do US$ 1,90 previsto pelos analistas ouvidos pelo FactSet.
A receita do conglomerado de tecnologia, dono do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, foi de US$ 27,714 bilhões no terceiro trimestre, queda de 4% na comparação anual. Já os custos e despesas aumentaram 19%, a US$ 22,050 bilhões.
Segundo informações do Financial Times, o CEO Mark Zuckerberg afirmou que, embora a Meta enfrente desafios no curto-prazo na receita, os fundamentos estão “lá” para um retorno de crescimento.
A empresa ainda informa, em seu balanço, que sua receita total no quarto trimestre de 2022 deve ficar na faixa entre US$ 30 bilhões e US$ 32,5 bilhões.
De acordo com o Financial Times, a Meta sofreu um escrutínio particular por expandir rapidamente o número de funcionários durante a pandemia de coronavírus e investir na construção do Metaverso.
O resultado “decepcionante” da Meta vem na esteira de outras big techs registrando números negativos.
A Microsoft (MSFT34) registrou lucro líquido de US$ 17,6 bilhões em seu primeiro trimestre fiscal, superior ao lucro de US$ 17,214 bilhões do mesmo período de 2021. Entretanto, s a Microsoft teve um benefício fiscal de US$ 3,3 bilhões no mesmo trimestre do ano passado. Desconsiderando esse dado, o lucro cairia 14% em relação ao mesmo período em 2021.
Além disso, a Alphabet (GOGL34), dona do Google, registrou US$ 13,91 bilhões de lucro líquido no terceiro trimestre, 26,6% menor do que os US$ 18,936 bilhões de igual período do ano passado. As ações da Alphabet caíram mais de 8% na terça-feira (25).
Às 17h32 (de Brasília), a ação da Meta recuava 11,93% no after hours em Nova York. Às 20h, a queda chegava a 19%.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
Além da Meta, confira outros destaques desta quarta-feira:
Eleições 2022: Google (GOGL34) e Facebook (FBOK34) já faturam R$ 150 milhões com anúncios
- No total, com as verbas vindas das eleições, foram cerca de R$ 150 milhões faturados pelo Google (GOGL34) e pelo Facebook (FBOK34). Os dados são da plataforma DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
- Dentre os presidenciáveis, Simone Tebet (MDB) foi a que teve o maior gasto com as plataformas digitais nas eleições, com R$ 2,7 milhões no acumulado total. A senadora e candidata derrotada no primeiro turno destinou esses recursos majoritariamente ao Facebook.
- Logo em seguida, no ranking, Lula (PT) aparece com gastos de R$ 2,2 milhões entre o Google e o Facebook – e a primeira foi a ‘predileta’ pelo presidenciável petista. Entre os anúncios no Google estão artigos dizendo que Lula é inocente nos mais de 20 processos judiciais que soma.
- Esse comportamento vai na contramão do observado na eleição de 2018, quando o Facebook era o preferido dos candidatos.
- Vale lembrar que plataformas como o Twitter (TWTR34) não aceitam propaganda política.
- Jair Bolsonaro (PL) destinou cerca de R$ 13,7 milhões em 645 peças anunciadas no Google. O atual presidente passou a gastar mais com esse tipo de publicidade no segundo turno.
- Uma fatia de mais de 85% dos anúncios distribuídos têm formato de vídeo, mostrando que o foco dos investimentos no Google visa o YouTube. Tanto Lula quanto Bolsonaro miram mais eleitores de São Paulo e Minas na campanha do segundo turno.
- No Facebook, foram R$ 1,5 milhão gastos por Bolsonaro, com diversas peças, ante R$ 768 mil do petista.
- Em segmentações partidárias, quem teve o maior gasto foi a União Brasil, com cerca de R$ 21 milhões gastos em propagandas políticas no Google e no Facebook.
- Nos Estados Unidos, os gastos com propaganda eleitoral representam cerca de 3% das receitas da Meta, a holding que controla o Facebook.
- Foram US$ 264 milhões com anúncios no acumulado de 2020, ano da última eleição presidencial que alçou o democrata Joe Biden à cadeira de Presidente dos Estados Unidos.
- Apesar disso, os conteúdos – nos EUA e no Brasil – têm sido mais monitorados pelas empresas de tecnologia. Por aqui, foram mais de 600 mil posts e anúncios excluídos durante o período de eleições.
Assaí (ASAI3): Casino avalia vender fatia de sua participação, por cerca de US$ 500 mi
- O Assaí (ASAI3) anunciou nesta quarta-feira (26) que o Grupo Casino, seu controlador, iniciou estudos para uma potencial venda parcial da sua participação na companhia por um montante aproximado de US$ 500 milhões, que poderá ser aumentado a depender das condições de mercado. O controlador solicitou que o Assaí “inicie os trabalhos preliminares para a potencial transação”. O movimento indica uma deterioração na situação financeira do Casino.
- Uma piora nos indicadores de qualidade de crédito do Casino colocou o Assaí na mira do mercado na semana passada. As ações do Assaí caíram 9,22% no dia 18 de outubro com os rumores que agora se confirmam. A rede de atacarejo pondera, em seu comunicado, “que ainda não foi tomada nenhuma decisão final acerca da potencial transação, que seria implementada por meio de uma oferta pública secundária e poderia ser concluída ao final de novembro”, a depender da condições de mercado.
- Fontes ouvidas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, afirmaram que o Casino estaria mais pressionado a resolver seus problemas de endividamento e, por isso, teria vindo à tona a possibilidade de se desfazer de seu melhor ativo da América Latina. O Casino tem 41% dos papéis do Assaí e a empresa é o ativo latino americano que oferece mais crescimento e caixa para a matriz francesa.
- Os bancos BTG Pactual, Itaú BBA e J.P. Morgan S.A. foram contratados para analisar os termos dessa possível oferta do Casino. Segundo o comunicado do Assaí, o Casino ainda não tomou nenhuma decisão final sobre a venda.
- Os contratos de proteção contra calote (Credit Default Swap) do grupo francês têm subido rapidamente nas últimas semanas. “Em nossa opinião, o Assaí é a fonte de financiamento mais fácil/rápida para o Casino entre as três subsidiárias que cobrimos”, disseram em relatório publicado na semana passada os analistas Joseph Giordano, Nicolas Larrain, Guilherme Adami Vilela do JPMorgan.
- O JPMorgan citava uma “deterioração implícita” na margem que o controlador Casino tem para cumprir com as garantias acordadas com os credores financeiros para o terceiro trimestre de 2022. Essa deterioração, para o analista de crédito do banco Neill Keaney, poderia significar uma aceleração do processo de alienação das subsidiárias do grupo na América Latina.
- O Assaí pontua ainda, em fato relevante, que manterá seus acionistas e o mercado em geral informado sobre a existência de novos desdobramentos relevantes vinculados à potencial transação.
Klabin (KBN11) vê lucro avançar 70% no 3T22, para R$ 2 bilhões
- Em relatório publicado nesta quarta-feira (26), a Klabin (KLBN11) reportou um lucro líquido de R$ 2 bilhões no terceiro trimestre do ano. Isso representa um avanço de 70% em relação ao que a empresa auferiu na mesma etapa do ano passado.
- Outro índice positivo do balanço da Klabin vem do resultado financeiro: o saldo negativo era de R$ 290 milhões e agora passou a ser positivo em R$ 319 milhões.
- Já o lucro Ebitda (lucros antes de juros, impostos e amortizações) foi de R$ 2,3 bilhões, crescimento de 20% em relação a 3T21. Já a margem Ebitda recuou 2%, para 42%.
- A empresa destacou um volume total de produção de 1 milhão de toneladas. No caso específico da celulose, o total foi de 418 mil toneladas, um montante acima da capacidade padrão da planta.
- Com isso, a receita líquida da Klabin cresceu 26%, para R$ 5,4 bi, motivada por um maior volume de vendas, reajuste de preços e o efeito positivo do câmbio no período. O Retorno sobre Capital Investido (ROIC) foi de 19,3%.
- “Os resultados da Klabin no terceiro trimestre de 2022 representam um recorde na história da companhia para um trimestre e demonstram a força do modelo de negócios integrado, diversificado e flexível”, destaca o conselho de administração.
- A Klabin também cita que os preços da celulose atingiram o seu maior patamar histórico, com o balanço entre oferta e demanda seguindo “justo, principalmente pelo efeito das restrições de oferta global de celulose decorrentes de diversos fatores, como atrasos na entrada das novas capacidades, interrupções inesperadas de produção, dificuldades na cadeia de suprimentos e logística global, problemas climáticos, dentre outros”.
- De acordo com a companhia, no segmento de papéis para embalagens, as vendas no mercado doméstico foram impulsionadas pela retomada no consumo de papelão ondulado. No mercado externo, o terceiro trimestre foi marcado pela acomodação da demanda e manutenção de estoques mais elevados, além da maior pressão de custos dos produtores do hemisfério norte, principalmente relacionados à matriz energética e logística na Europa.
- Assim, os preços para exportação apresentaram leve redução, mas ainda permaneceram em patamar elevado no período. “O preço médio de kraftliner, medido pelo FOEX Europa, alcançou US$ 961/t na média do terceiro trimestre de 2022, redução de 4% em relação ao trimestre anterior e 9% superior à média do terceiro trimestre de 2021”, afirma.
- Também nesta quarta, a Klabin anunciou a liberação de R$ 502 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas.
- Segundo fato relevante, serão pagos R$ 221 milhões em JCP e R$ 281 milhões em dividendos. A empresa afirma que será repassado R$ 0,0912 por ação e R$ 0,4561 por unit.
- O pagamento dos proventos está agendado para o próximo dia 14 de novembro, e só os investidores com papéis em 31 de outubro terão direito.
- No caso dos JCP da Klabin, há incidência de 15% de Imposto de Renda aos acionistas, exceto para aqueles que estão sujeitos à tributação exclusiva. Sobre os dividendos não há cobrança de IR.
Santander (SANB11): XP vê 3T22 “fraco e pressionado por margens”; recomendação é de venda
- Vendo os números do resultado financeiro do Santander (SANB11) divulgados na manhã desta quarta-feira (26), a XP reiterou sua recomendação de venda com preço-alvo de R$ 32.
- A ‘visão conservadora’ sobre as ações do Santander veio após um resultado do 3T22 com margens financeiras mais apertadas, com um NII abaixo do esperado no período.
- “Consequentemente, isso levou a uma pior rentabilidade no 3T22, com um ROAE anualizado de 15,6% (-5,2pp T/T). Do lado positivo, a inadimplência manteve-se em níveis controlados (3,0%), levando a um índice de cobertura estável e saudável de 226%”, diz a XP.
- A última linha do balanço, segundo a casa, ficou 15% abaixo das projeções.
- “Apesar da carga tributária abaixo do esperado (alíquota de 7%) beneficiando seus resultados, o lucro líquido recorrente do banco no 3T22 atingiu R$ 3,1 bilhões (-23% T/T e 15% abaixo do nosso número). Isso se deve principalmente ao NII mais fraco, que pressionou o resultado deste trimestre e levou a um ROAE anualizado de 15,6%”, destacam os analistas da XP.
- Um dos poucos pontos positivos, conforme citado, foi o aumento ‘marginal’ do índice de inadimplência, mantendo um índice de cobertura em patamar estável de 226%, ainda ‘considerado saudável’ pela XP.
- No seu parecer, o UBS manteve recomendação neutra para os papéis SANB11 e frisou ‘resultados ainda mais fracos do que o esperado’, citando o lucro por ação (LPA) de R$ 4,12 estimado para o acumulado deste ano.
- “A margem financeira com os clientes mostrou uma leve queda em meio a spreads menores. Além disso, a margem com o mercado apresentou prejuízo semelhante ao 2T22 de R$ 1,5 bilhão, ainda impactado negativamente pelo atual nível da taxa de política monetária“, destacam os analistas do UBS.
- “O índice de inadimplência de 90 dias veio melhor do que o esperado, aumentando 11bps QoQ para 3,0%, fomentado por pessoas físicas – nota-se que os créditos renegociados continuam em patamares muito elevados”, acrescentam.
- O Santander (SANB11) reportou lucro líquido gerencial de R$ 3,122 bilhões no terceiro trimestre de 2022 (3T22), O lucro do Santander, assim, é 23,5% menor do que o reportado no segundo trimestre de 2022. A queda foi de 28% na comparação com o 3T21.
- Assim, no acumulado de 2022, em nove meses, o lucro líquido foi de R$ 11,211 bilhões, retração de 10,1% se comparado com o mesmo período do ano anterior.
- Segundo o resultado do Santander o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 15,6% no 3T22 e 19,0% no acumulado dos primeiros nove meses do ano.
- As receitas totais de prestação de serviços do Santander chegaram a R$ 4,734 bilhões no terceiro trimestre de 2022, representando redução de 3,0%, “influenciado por menores receitas de administração de fundos, cartões de crédito e corretagem e colocação de títulos”, diz o banco.
- No total a margem do Santander no 3T22 totalizou R$ 39,311 bilhões no acumulado dos nove primeiros meses de 2022, representando queda de 5,2% se comparado com o mesmo período do ano anterior.
- A margem de operações com o mercado, por sua vez, fechou em R$ 1,545 bilhão no 3T22, praticamente estável no trimestre e com redução no ano, impactada pela sensibilidade da taxa de juros.
- A margem financeira bruta alcançou R$ 12,598 bilhões no terceiro trimestre de 2022, uma queda de 1,4% em relação ao 2T22.
- As despesas gerais do Santander atingiram R$ 5,69 bilhões no trimestre, crescimento de cerca de 5% no comparativo com o trimestre anterior.
- O banco aponta maiores gastos com o pessoal, segmento que cresceu 6,3% no trimestre, por conta de um acordo coletivo aplicado sobre a base salarial da companhia a partir de setembro de 2022.
- Além disso o Santander alega “maiores gastos administrativos com variação de +3,3%, principalmente pelo crescimento dos negócios, com maiores custos com processamento de dados e serviços técnicos especializados e de terceiros e maior gasto de amortização e depreciação que atingiu 4,6% neste trimestre refletindo principalmente os maiores investimentos realizados em software e hardware”.
- Nesta semana, divulgam seus balanços trimestrais empresas como a Suzano (SUZB3), a Ambev (ABEV3) a Vale (VALE3) e a Gol (GOLL4).
- Nesta quarta (26), além do Santander, divulgam seus balanços a Klabin (KLBN11), a Weg (WEGE3) e a Energias do Brasil (ENBR3).
Da Meta ao Santander, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.