Radar: Méliuz (CASH3) anuncia pagamento da redução de capital, analistas veem 4T23 sólido da Vibra (VBBR3) e XP espera alta das ações da Vivo (VIVT3)
O Méliuz (CASH3) anunciou que fará no dia 11 de abril o pagamento da redução de capital da empresa, na cifra de R$ 210 milhões.
A data de corte para receber o pagamento do Méliuz será o dia 1º de abril. Dessa forma, as ações de emissão da Méliuz passarão a ser negociadas ex-direitos da redução de capital a partir do pregão do dia 2 de abril deste ano.
Serão pagos R$ 2,41496025096 por ação CASH3.
“O prazo legal de 60 dias para oposição dos credores, após o qual a Redução de Capital se tornará eficaz nos termos do art. 174 da Lei nº 6.404/76, se encerrará no dia 31 de março de 2024. Os acionistas titulares de ações da companhia na data de 1º de abril de 2024 (“Data de Corte”) terão direito ao recebimento da restituição de capital, caso a redução de capital se torne efetiva sem oposição dos credores”, diz o comunicado da empresa.
“Dessa forma, as ações de emissão da companhia passarão a ser negociadas ex-direitos da Redução de Capital a partir de 2 de abril de 2024”, completa.
Além de Méliuz, confira outros destaques desta terça-feira:
Vibra (VBBR3): analistas veem resultados sólidos no 4T23, mas fazem uma ressalva; ações caem no Ibovespa
- A Vibra (VBBR3) apresentou um lucro líquido de R$ 3,297 bilhões no quarto trimestre de 2023 (4T23). A XP Investimentos avalia que a companhia reportou um conjunto de resultados sólidos.
- Os analistas disseram que o lucro líquido da Vibra veio muito forte, impulsionado por ganhos fiscais não recorrentes.
- “A administração da Vibra apontou que a falta de diesel russo foi um dos principais fatores para a perda de participação de mercado, algo que pode mudar agora, já que a empresa parece mais propensa a trazer moléculas desse país”, afirma a XP.
- Segundo a Research, a medida pode potencialmente reduzir (pelo menos uma parte) o gap da Vibra em relação ao Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) unitário em relação a seus pares – durante o 4T23, R$ 194/m³ para a Raízen (RAIZ4) e R$ 192/m³ para a Ipiranga, do Grupo Ultra (UGPA3) -, que estão importando mais diesel russo.
- Além disso, a XP lembra que a geração de caixa foi o principal fator para a redução de R$ 0,7 bilhão na dívida líquida, que, juntamente com um Ebitda nos últimos doze meses mais alto, resultou em uma contração na Dívida Líquida/Ebitda para 1,9x, potencialmente aumentando o espaço para maiores pagamentos de dividendos em 2024.
- “Acompanharemos de perto as importações de diesel da Vibra para ver se a empresa recuperará o atraso nos volumes em relação a seus pares (embora, por enquanto, a molécula importada pareça menos favorável). Ainda estamos otimistas em relação à tese, com base em um ambiente competitivo saudável para o setor e uma avaliação atraente”, diz a XP, que recomenda compra das ações da Vibra.
Telefônica Brasil, dona da Vivo (VIVT3): XP espera alta de mais de 20% nas ações; entenda
- Em atualização da sua tese sobre a Telefônica, dona da Vivo (VIVT3), analistas da XP aumentaram seu preço-alvo para as ações da companhia, sendo agora de R$ 64 por ação – implicando em um upside de cerca de 23%.
- Os especialistas aumentaram o otimismo com as ações da Vivo após o Investor Day da companhia.
- “Embora nenhum novo guidance tenha sido fornecido, saímos do evento mais confiantes nas tendências positivas atuais na área de banda larga fixa e, especialmente, no segmento móvel. A Vivo tem executado com sucesso uma estratégia diferenciada, oferecendo serviços convergentes por meio da fibra óptica e móvel (com foco no 5G)”, diz a casa.
- “O evento também destacou o potencial para novos negócios de serviços digitais tanto no segmento B2B quanto no B2C, com a capacidade de capturar valor além dos serviços de conectividade tradicionais. Aproveitamos a oportunidade para atualizar nossas estimativas”, completa.
- Os especialistas destacaram que a administração reforçou algumas das vantagens que levaram a Vivo a uma posição única e líder nos setores móvel e de fibra no Brasil.
- “A empresa possui uma marca valiosa e um canal de distribuição muito forte, com 1,8 mil lojas físicas e canais digitais, tornando-se uma das maiores varejistas do Brasil, com mais de 8 mil vendedores”, diz a XP.
- “As lojas físicas estão se transformando em pontos de experimentação, oferecendo um amplo portfólio de produtos, incluindo aparelhos celulares (cerca de 1,5 milhão de aparelhos vendidos por ano). A empresa também destacou o potencial de seu data lake, onde os dados são uma ferramenta bem-sucedida para o desenvolvimento de um ecossistema de serviços”.
Alupar (ALUP11) lucra R$ 141,2 milhões no 4T23, queda anual de 26,4%; companhia propõe dividendos milionários
- A holding nacional do ramo de energia Alupar (ALUP11) fechou o 4° trimestre de 2023 com lucro líquido consolidado de R$ 141,2 milhões, queda de 26,4% na comparação do mesmo período de 2022. Em 2023 o lucro líquido foi de 694,1 milhões, resultado 24,4% menor frente ao ano anterior, quando alcançou R$ 918,5 milhões.
- Nos três últimos meses de 2023, a distribuidora e transmissora de energia alcançou uma receita líquida de R$ 878,3 milhões, aumento de 19,9% na comparação com o 3° trimestre do ano passado, que chegou a R$ 649 milhões.
- O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda da Alupar) foi de R$ 608,9 milhões no 4T23, com margem Ebitda ajustada de 76,1%. No ano, a empresa fechou em R$ 2,51 bilhões, queda de 16,7% frente 2022. Já a margem Ebitda da Alupar no 4T23 ajustada do ano passado ficou em 82,6%, mantendo-se praticamente estável ante 2022, com diferença para baixo de 0,5 pontos percentuais.
- Pelos critérios regulatórios, a empresa teve lucro de R$ 157 milhões no 4T23, alta de 1,3%. Em 2023, o lucro da Alupar foi de R$ 668 milhões, avanço de 27,7%.
- A receita líquida regulatória totalizou R$ 787,5 milhões no quarto trimestre, um crescimento de 3,6%, em comparação com o observado um ano antes. No acumulado do ano até dezembro, a empresa teve receita regulatória de R$ 3,189 bilhões, alta de 8,8%, enquanto pela norma IFRS ela totalizou R$ 3,311 bilhões, queda de 13,6% ante o acumulado do ano anterior.
- O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) regulatório totalizou R$ 620,2 milhões no quarto trimestre, elevação de 0,5% na base anual. Pela norma IFRS, o Ebitda no período foi de R$ 608,9 milhões, que alta 16,3%.
- No ano, o Ebitda regulatório da Alupar foi de R$ 2,635 bilhões, avanço de 7,0%. Pela norma IFRS, o Ebitda da empresa totalizou R$ 2,511 bilhões, redução de 16,7%.
- A dívida líquida da companhia somou R$ 8.942 bilhões no quarto trimestre de 2023, crescimento de 1,5% ante o último trimestre de 2022. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, se manteve em 3,4 vezes considerando os indicadores regulatórios, montante 0,1 ponto porcentual (p.p.) menor do que o registrado um ano antes.
Suzano (SUZB3): dinâmica dos preços de celulose vai beneficiar companhia, diz BBA; analistas recomendam ações
- Após reunião com o alto escalão da Suzano (SUZB3), o Itaú BBA reiterou recomendação de compra para a companhia, com preço-alvo de R$ 63. O BBA vê uma dinâmica apertada na indústria de celulose a curto prazo, mas está otimista sobre os aumentos de preço.
- Segundo o BBA, a Suzano está confiante na implementação do aumento de preço da celulose de US$ 30 por tonelada para pedidos chineses em março, e US$ 80/tonelada para a Europa.
- A confiança é baseada na demanda decente na China, com níveis saudáveis de backlog nos últimos meses. Na Europa, a demanda por celulose se recuperou, mas a disponibilidade de celulose está baixa, o que deve levar alguns meses para se normalizar.
- Além disso, durante a reunião, após o início do Projeto Cerrado no 2T24, os executivos da Suzano afirmaram que a empresa passará por um período de desalavancagem e ajustes no balanço. “Isso poderia resultar inicialmente em uma redução significativa na posição de caixa da empresa, que tem sido alta nos últimos anos devido a compromissos significativos relacionados ao Cerrado”, comenta o BBA.
- A Suzano acredita que uma posição de caixa mais normalizada que provavelmente será inferior a R$ 10 bilhões, em comparação aos R$ 21,6 bilhões no 4T23.
- A empresa mencionou que o caminho para cumprir sua orientação de R$ 1.750/tonelada em 2027 de desembolsos operacionais totais (redução de custos) é composto principalmente por dois fatores. Primeiro, o início do Cerrado, que tem um custo de produção de R$ 300-400/tonelada, menor que os custos consolidados atuais da Suzano. Segundo, o amadurecimento de seus esforços de semeadura fortalecidos, que reduzirão o uso de madeira de terceiros para 7% do consumo total, de 33% hoje.
- Por fim, a Suzano reiterou que já possui toda a base florestal necessária para abastecer grande parte de sua produção atual com madeira própria, o que está alinhado com suas metas para 2027.
- No entanto, segundo o BBA, a companhia ainda está aberta para adquirir terras. A Suzano também mencionou que consideraria fusões e aquisições internacionais em segmentos como embalagens e cartão, principalmente na Europa ou nos EUA, já que o espaço para expansão orgânica no Brasil é limitado.
Taesa (TAEE11): lucro vai subir, mas resultados do 4T23 virão ‘sem surpresas’
- A Taesa (TAEE11) reporta seu resultado referente ao quarto trimestre de 2023 (4T23) após o fechamento de pregão desta quarta-feira (6).
- O mercado espera que o lucro da Taesa feche em R$ 469 milhões no período, conforme dados do consenso Bloomberg – ante R$ 278,9 milhões do 3T23 e R$ 22,8 milhões do 4T22
- Além disso, as expectativas são de que a Taesa no 4T23 mostre R$ 512 milhões de Ebitda e R$ 768 milhões de receita líquida, segundo o consenso de mercado.
- Individualmente, analistas mantém cautela com as ações da Taesa, ainda com a tese de que os papéis são relativamente bem precificados e que a companhia tem um futuro menos previsível do que outras companhias do setor elétrico.
- Especialistas do BTG Pactual, por exemplo, chegaram a recomendar venda dos papéis TAEE11. A casa estima um lucro de R$ 267 milhões no 4T23, substancialmente menor do que a expectativa do consenso de mercado.
- “Esperamos outro trimestre nada surpreendente, com a deflação do IGP-M praticamente compensado pela energização de novos ativos no LTM (Sant’Ana e Saíra, ambos parcialmente)”, diz a casa.
- “Os resultados do IFRS devem permanecer suaves em relação à deflação e à diminuição da constrção de margens. Nossa projeção de EBITDA é de R$ 485 milhões, um aumento de 4% na base anual, gerando uma margem EBITDA de 82% (ante 83% no 4T22)”, completa.
- Analistas da XP não emitiram um parecer com projeções específicas para a Taesa, mas, em se tratando do setor elétrico como um todo, destacaram que esperam ver um cenário de maior otimismo para distribuidoras por conta das temperaturas mais elevadas.
- Contudo, sobre o setor de transmissão, o qual a Taesa, integra, os especialistas tem uma análise em linha com a do BTG.
- “Sem surpresas, as empresas de transmissão de energia devem refletir o reajuste inflacionário do ciclo 23/24 da RAP”, dizem os especialistas da casa.
- A XP tem recomendação neutra para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 38. Os papéis são negociados em bolsa atualmente pouco abaixo de R$ 35.
- O último parecer da casa sobre a empresa foi ao fim do Investor Day da elétrica, em dezembro de 2023, quando a XP apontou que o evento “não trouxe nenhuma mudança significativa na estratégia da companhia”.
Do Méliuz à Vivo, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.