No Ibovespa hoje desta terça (9), ações de empresas como Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Assaí (ASAI3) subiram forte. Esse movimento ocorre após a Ata do Copom (Comitê de Política Monetária) afirmar que o Banco Central espera uma redução nas expectativas de inflação após a implementação do novo arcabouço fiscal e das medidas tributárias anunciadas pelo Governo.
No caso das ações do Magazine Luiza, os papéis chegaram a disparar 9,30% por volta das 13h, chegando na casa dos R$ 4,23. Às 15h45, a alta era de 6,26%, no preço de R$ 4,12. No fechamento, os ganhos foram de 7,49%, a R$ 4,16.
Com a Via, às 15h45, a alta era de 5,05%, aos R$ 2,08. As ações do Assaí subiam 3,84%, aos R$ 11,63, neste mesmo horário. A Via encerrou com alta de 5,05% e o Assaí avançou 4,02%, a R$ 11,64.
Na visão de André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, esse movimento de alta das ações está acontecendo porque os investidores estão apostando em uma queda na Taxa Selic na reunião de agosto do Copom.
Além de Magazine Luiza, confira outros destaques desta terça-feira:
Petrobras (PETR4) no 1T23: analistas projetam queda de até 33% no lucro e lançam dúvidas sobre os dividendos bilionários
- Na próxima quinta (11), a Petrobras (PETR4) divulgará o balanço do primeiro trimestre de 2023 (1T23). Analistas estimam que o valor seja 33% menor que os R$ 44,5 bilhões do 1T22. Junto a isso, os olhos dos investidores têm uma mira certa: a política de dividendos.
- Ao contrário do lucro da Petrobras um ano antes — quando a petroleira registrou uma alta recorde no lucro líquido de 3.718%, frente ao R$ 1,16 bilhão registrado entre janeiro e março de 2021 —, os três primeiros meses deste ano terão resultados financeiros menos robustos.
- Ainda de acordo com os especialistas, é esperado que a Petrobras reporte Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 13,2 bilhões no 1T23, queda de 8% em relação ao trimestre anterior e até 13% no Ebitda da estatal do petróleo na comparação anual.
- Conforme aponta Daniel Cobucci, analista do BB Investimentos, a Petrobras apresentou resultados com números estáveis no 1T23 em seu relatório de produção e vendas. A produção média de óleo, LGN e gás natural teve uma redução de 4,5% em relação a um ano antes.
- Por outro lado, a estatal reportou uma redução de 4,5% na produção do pós-sal, com encerramento das plataformas P-18 e P20, além dos desinvestimentos de Albacora Leste e Papa-Terra. O volume de vendas de derivados caiu 0,2% na comparação anual, como efeito da sazonalidade, dadas as menores vendas de gasolina (-3% a/a) e diesel (-0,2% a/a).
- Segundo o analista do BB, apesar dos menores preços do Brent durante o período (cuja média de preço saiu de US$ 93 o barril no 1T22 para US$ 82 o barril no 1T23), a expectativa em relação aos resultados está direcionada aos dividendos.
- “A questão é se a Petrobras seguirá a regra atual (60% da diferença entre CAPEX e investimentos), o mínimo legal (25%) ou até mesmo deixar de pagar de modo antecipado nesse período”, pontua.
CVC (CVCB3): prejuízo diminui 23% no 1T23, para R$ 128 milhões
- A CVC (CVCB3) apurou prejuízo líquido de R$ 128 milhões no primeiro trimestre de 2023, 23% menor do que no mesmo período de 2022.
- O Ebitda da CVC (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 15,8 milhões, queda de 52,5% em relação aos três primeiros meses do ano passado. Já a receita líquida da CVC no mesmo intervalo foi de R$ 295,5 milhões, alta de 0,9%.
- As Reservas Confirmadas e Consumidas cresceram respectivamente 44% e 33% na comparação anual pela retomada de vendas de todas as unidades de negócio. Destaca-se, nas Reservas Consumidas, a participação do produto marítimo, com 800% de crescimento, e a continuidade pela demanda de viagens internacionais, com avanço de 71% no mesmo período.
- O take rate (parcela do que a companhia recebe que fica no negócio) teve impacto por um desempenho aquém do esperado em produtos exclusivos, alto consumo das reservas confirmadas do período de Black Friday e participação recorde de produto marítimo. O indicador ficou em 7,4%, com queda de 2,3 pontos porcentuais.
- A CVC lembra ainda que a conclusão do reperfilamento de suas debêntures aconteceu em 6 de abril, quando os debenturistas concordaram com os termos e condições propostos.
- O fluxo de caixa nas atividades operacionais do trimestre foi negativo em R$ 199,3 milhões, e está impactado essencialmente, segundo a companhia, pelos efeitos da sazonalidade usual do negócio no primeiro trimestre do ano, pelo crescimento das operações e pela adequação do caixa médio e de final de período.
Lucro da EcoRodovias (ECOR3) no 1T23 sobe quase dez vezes mais e vai a R$ 113 mi
- A EcoRodovias (ECOR3) reportou lucro líquido de R$ 113 milhões no primeiro trimestre de 2023, alta de quase dez mais maior que os R$ 11,8 milhões registrados no mesmo intervalo de 2022, segundo balanço divulgado nesta terça-feira, 9. O lucro líquido atribuído aos acionistas controladores alcançou R$ 112,7 milhões de janeiro a março, crescimento sobre os R$ 15,9 milhões do mesmo período do ano passado.
- No primeiro trimestre de 2023, o Ebitda da a EcoRodovias (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 785,1 milhões, ganho de 73,8% em relação ao igual período de 2022.
- Já o Ebitda ajustado da EcoRodovias foi de R$ 804,6 milhões, crescendo 69,1% na mesma base de comparação. A margem Ebitda ajustada no período alcançou 71,2%, crescimento de 9,4 pontos porcentuais sobre igual intervalo de 2022.
- O resultado foi obtido devido, principalmente, ao crescimento do tráfego de veículos, reajustes das tarifas de pedágio e início da cobrança de pedágio pela EcoRioMinas e Ecovias do Araguaia, afirma a empresa em seu balanço.
- A receita líquida ajustada da EcoRodovias atingiu R$ 1,129 bilhão de janeiro a março, alta de 46,8% sobre um ano antes. A dívida líquida chegou a R$ 10,220 bilhões no primeiro trimestre de 2023, crescendo 3,5% com relação ao mesmo período de 2022. Ao fim de março, a relação da dívida líquida com o Ebitda ajustado estava em 3,9 vezes, ante um múltiplo de 4,3 vezes registrado no mesmo período de 2022.
Minerva (BEEF3) anota lucro de R$ 114 milhões no 1T23, leve recuo de 0,52% na comparação anual
- A Minerva Foods (BEEF3) registrou lucro líquido de R$ 114 milhões no primeiro trimestre de 2023. O valor representa estabilidade (-0,52%) ante o lucro de R$ 114,6 milhões reportado em igual período de 2022.
- O Ebitda da Minerva (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 531,9 milhões, queda de 17,7% sobre os R$ 646 milhões verificados no mesmo intervalo do ano anterior. A margem Ebitda foi de 8,3%, ante 8,9% no primeiro trimestre de 2022.
- A receita líquida da Minerva, obtida entre janeiro e março, somou R$ 6,381 bilhões, 11,7% a menos sobre os R$ 7,229 bilhões apurados nos três meses do ano anterior, segundo a empresa.
- As exportações da Minerva continuam correspondendo a mais da metade da receita obtida pela companhia, cerca de 63% do acumulado, ou R$ 4,260 bilhões, enquanto o mercado interno foi responsável por quase 40% do total, ou R$ 2,549 bilhões.
- A empresa diz, em comunicado, que o resultado destaca a assertividade da estratégia de diversificação geográfica. “Fundamental durante o período das suspensões temporárias da carne bovina brasileira para a China, nos proporcionando um footprint, flexibilidade operacional e comercial. Atendemos à demanda dos chineses, por meio de nossas operações na Argentina e no Uruguai”, comenta.
Telefônica (VIVT3) tem alta de 11,3% no lucro do 1T23, para R$ 835 milhões
- A Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, apresentou aumento de 11,3% no seu lucro líquido na comparação entre o primeiro trimestre de 2023 com o mesmo período de 2022, chegando a R$ 835 milhões.
- Segundo a companhia, o crescimento do lucro da Telefônica está relacionado, principalmente, à expansão da receita das suas operações. Por outro lado, a tele sofreu o impacto do aumento na linha de depreciação e amortização, além da subida das despesas com pagamento de juros.
- O Ebitda da Telefônica (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 9,6% na mesma base de comparação anual, totalizando R$ 4,942 bilhões. A margem Ebitda recuou 0,98 ponto porcentual, para 38,9%.
- A receita líquida da Telefônica aumentou 12,1%, para R$ 12,721 bilhões. O resultado foi puxado principalmente pelo segmento de telefonia e internet móvel, cuja receita avançou 16,3%, para R$ 8,819 bilhões. A receita do segmento fixo subiu 3,5%, para R$ 3,902 bilhões.
- O fluxo de caixa operacional cresceu 23,7%, indo a R$ 3,256 bilhões.
- A linha de depreciação e amortização aumentou 6,1%, para R$ 3,260 bilhões. Essa linha foi influenciada negativamente pela depreciação dos ativos de arrendamentos e pela amortização dos ativos intangíveis adquiridos da Oi Móvel.
- Os custos totais da operação da Telefônica cresceram 13,7%, para R$ 7,778 bilhões.
- O resultado financeiro da Telefônica (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa líquida de R$ 657 milhões, consequência do maior endividamento médio, do aumento da taxa de juros e das menores receitas com aplicações financeiras.
Petrobras (PETR4) nega parceria com Mubadala para trocar ações da refinaria na Bahia por Braskem (BRKM5)
- A Petrobras (PETR4) informou que “não são verídicas as informações que a companhia está discutindo parceria com o fundo Mubadala, o fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, para trocar as ações da refinaria de Mataripe, na Bahia, por ações da Braskem (BRKM5)”. A estatal ainda nega conduzir estruturação de operação de venda no mercado privado e afirma que não participa de negociações citadas pela imprensa local.
- Segundo a Petrobras, “todas as ações relacionadas à sua participação na Braskem exigem análise cuidadosa sob a perspectiva de gestão de portfólio e devem ser conduzidas com observância das práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”.
- O Mubadala anunciou no mês passado o investimento de R$ 12 bilhões, nos próximos dez anos, na refinaria de Mataripe.
- A expectativa é de produzir anualmente 1 bilhão de litros de “diesel verde” ou HVO (Hydrotreated Vegetable Oil), o que vai reduzir em até 80% as emissões de CO2 com a substituição do combustível fóssil.
- A nova planta vai utilizar a infraestrutura da Refinaria de Mataripe, como água, energia, vapor e o Terminal Madre de Deus (Temadre), adquirido com a unidade.
- Será construída uma unidade de geração de hidrogênio sustentável, para o hidrotratamento dos combustíveis. A previsão é de iniciar as obras já em janeiro de 2024.
Do Magazine Luiza à Petrobras, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.
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