Radar: Lojas Renner (LREN3) pagará JCP milionário, Marisa (AMAR3) vai recomprar ações e Magazine Luiza (MGLU3) sofre no Ibovespa
O conselho de administração das Lojas Renner (LREN3) declarou e aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP), no valor de R$ 172,175 milhões, conforme comunicado pela empresa de varejo nesta quinta-feira (22).
Os proventos das Lojas Renner se referem ao exercício de 2023, e correspondem a R$ 0,180177 por ação, levando-se em conta a quantidade de aproximadamente 955,59 milhões de ações ordinárias, já excluindo os papéis em tesouraria.
O pagamento dos JCP das Lojas Renner vai ser feito até a data da assembleia geral ordinária (AGO) de 2024, sem atualização monetária.
Esses juros sobre capital próprio estão sujeitos ao Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), de acordo com a legislação vigente a esse tipo de provento.
Os JCP das Lojas Renner serão imputados no cálculo do dividendo obrigatório do exercício de 2023, conforme previsto no estatuto social da companhia.
Os acionistas que receberão os proventos são os detentores de ações da empresa até o final da sessão na Bolsa brasileira em 27 de junho de 2023.
Por essa razão, a partir do pregão seguinte, 28 de junho, as ações das Lojas Renner serão negociadas “Ex-JCP”, sem direito aos proventos.
Além de Lojas Renner, confira outros destaques desta quinta-feira:
Em meio a plano de reestruturação, Marisa (AMAR3) anuncia plano de recompra de ações
- A Marisa (AMAR3) anunciou nesta quinta-feira (22) que seu Conselho de Administração aprovou a criação de um Programa de Recompra de Ações. Para financiar o programa serão utilizados recursos disponíveis na conta de reservas de capital da empresa.
- Atualmente a empresa passa por uma crise financeira e, por isso, iniciou um programa de eficiência operacional.
- O programa de recompra da Marisa permitirá que a empresa adquira até 295.790 ações ordinárias, o que representa aproximadamente 0,19% do total. Além disso, as ações poderão ser compradas no prazo de 18 meses, sem redução do capital social da empresa.
- De acordo com a companhia, o principal objetivo da recompra das ações é atender à entrega de ações no âmbito dos Planos de Opções, Plano de Ações Restritas e Plano de Outorga de Ações da empresa, aprovados em assembleias gerais extraordinárias. As ações adquiridas podem ser mantidas em tesouraria para posterior cancelamento ou alienação.
- A diretoria da empresa foi autorizada a determinar a oportunidade e a quantidade de ações a serem adquiridas na B3. Segundo fato relevante, essa aprovação está em conformidade com o Estatuto Social da empresa, a Lei das Sociedades por Ações e as regulamentações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
- Hoje, as ações da Marisa fecharam em queda de 14.81%, cotadas a R$ 0,92.
Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) sofrem com perdas no Ibovespa; saiba por quê
- As ações de Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) estão entre os destaques negativos do Ibovespa desta quinta-feira (22), com o mercado repercutindo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic em 13,75%, divulgada ontem (21).
- No fechamento, os papéis da Via recuaram 4,2%, cotados a R$ 2,50, enquanto os ativos do Magazine Luiza também caíram 3,99%, a R$ 3,61. As ações ordinárias de Lojas Renner (LREN3) cederam 1,19%, a R$ 21,50, assim como as de Petz (PETZ3), que sofreram baixa de 3,02%, cotadas a R$ 7,07.
- Em sua quarta reunião do ano, realizada na quarta-feira (21), o Copom decidiu por manter a taxa Selic em 13,75% ao ano pela sétima vez consecutiva. A decisão foi unânime. No comunicado, o comitê disse que “irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como ancoragem das expectativas”.
- “Isso acaba pesando bastante no mercado, traz juros altos por mais tempo, e pega bastante as varejistas principalmente porque têm dívidas altas, para poder comprar e recebem muitas vezes parcelado – então, tem um descasamento de fluxo de caixa”, explica Vitor Miziara, sócio da Criteria Investimentos, lembrando que as ações de construtoras, mais sensíveis às taxas de juros, também cedem no Ibovespa nesta tarde.
- A decisão do Copom também abalou empresas de outros setores, Por volta do mesmo horário, os papéis de Eztec (EZTC3) cediam 6,54%, cotados a R$ 18,02, e MRV (MRVE3) caíam 5,04%, a R$ 11,30.
- “Tivemos um Copom mais duro do que o esperado. Diferente do que o mercado esperava, ele não abriu claramente as portas para uma queda em agosto. Se antes a gente tinha a maior parte do mercado já discutindo se ia ter uma queda de 0,25 bps ou 0,5 bps para agosto, agora o mercado discute se vai ter queda ou não”, complementou Miziara.
B3 (B3SA3) aprova dividendos e JCP milionários; confira os valores
- Em reunião extraordinária realizada hoje (22), o conselho de administração da B3 (B3SA3) aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 351,5 milhões, assim como de dividendos no montante de R$ 306,6 milhões – total de R$ 658,1 mi.
- Os JCP da B3 equivalem ao valor bruto de R$ 0,06161196 por ação, cujo pagamento terá um valor líquido de R$ 0,05237017 por ação, já descontado o Imposto de Renda na Fonte de 15% sobre a quantia inicialmente declarada.
- Vale destacar que essa tributação só não será realizada nos casos dos acionistas que estiverem dispensados ou isentos dela.
- Já os dividendos da B3 se referem à apuração do resultado do 1º trimestre do exercício de 2023, e correspondem ao valor de R$ 0,05374176 por ação.
- O pagamento desses proventos vai ser realizado no dia 7 de julho de 2023, tendo como base de cálculo a posição acionária do dia 27 de junho.
- Sendo assim, ações da B3 serão negociadas na condição de “ex” JCP e dividendos a partir de 28 de junho, ou seja, sem direito ao recebimento dos proventos.
- No caso dos juros sobre capital próprio da B3, o valor também será imputado aos dividendos obrigatórios do exercício social de 2023.
- Apesar disso, a ata de reunião destaca que os valores por ação dos proventos da B3 são apenas estimados, de modo que poderão mudar em razão da venda de ações em tesouraria, no intuito de atender ao plano de concessão de ações da empresa, ou pela compra de ações no programa de recompra.
Vamos (VAMO3): analistas recomendam compra, mas veem pontos negativos na oferta de ações; veja por quê
- Nesta semana, a Vamos (VAMO3) informou ao mercado que irá realizar uma oferta subsequente de ações (follow-on). De acordo com a Genial Investimento, a operação é negativa para o investidor devido ao tamanho da diluição acionária, que deve ultrapassar os 7%. No entanto, a casa mantém recomendação de compra dos papéis.
- “Olhando para a empresa em si, achamos o fato positivo, visto que foi mencionado no fato relevante que a destinação dos recursos na oferta da Vamos será para aquisição de máquinas e equipamentos, além do fortalecimento da estrutura de capital da companhia. No entanto, do lado do investidor, julgamos o fato negativo devido ao tamanho da diluição, que chega a ultrapassar os 7%. Vale a pena ressaltar que nos níveis de preço atuais, a emissão está saindo a um preço abaixo do que consideramos justo”, afirmam os analistas da Genial em relatório.
- Segundo a equipe da Genial, a Vamos, negociada a um P/L (Preço/Lucro) de 15,2x para 2023, com um CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta) no período de 2017 a 2022 de aproximadamente 50%, é considerada atrativa.
- Neste cenário, a recomendação da casa é de compra, com preço-alvo de R$ 21,00. Potencial de 68.95% de crescimento.
- A empresa pretende com o follow-on da Vamos ampliar sua frota e acelerar seu crescimento orgânico para ampliar sua vantagem competitiva em termos de escala em relação aos concorrentes. “Como a Vamos não discriminou exatamente os percentuais em que serão divididos o montante arrecadado. No entanto, acreditamos que a maioria deverá ser direcionada para a aquisição de caminhões, seguida por máquinas e então diminuição da dívida líquida”, afirma a Genial em relatório divulgado nesta quinta-feira (22).
SLC Agrícola (SLCE3): consultoria avalia terras da empresa em R$ 10,9 bilhões
- A SLC Agrícola (SLCE3) informou, nesta quinta-feira (22), ao mercado que suas terras foram avaliadas em R$ 10,9 bilhões, ante os R$ 9,3 bi de 2022, pela consultoria empresarial Deloitte.
- De acordo com a empresa, o portfólio da SLC Agrícola atingiu valor médio de R$ 52.895 por hectare agricultável, apresentando uma apreciação de 12% frente a 2022.
- Neste ano, a SLC Agrícola adquiriu 12.473,88 hectares de terras agricultáveis, mais reserva legal, no município de São Desidério, estado da Bahia. O valor da transação foi de R$ 470 milhões, sendo R$ 55,1 milhões relativos às benfeitorias. O preço por hectare agricultável corresponde a R$ 33.262,60.
- “Adicionalmente, tivemos mais uma pequena variação no total da área avaliada, versus 2022, com a devolução de 852 hectares, relativos à Fazenda Paineira, através de distrato parcial de compra e venda”, comunica a empresa.
Nubank (NUBR33): banco eleva preço-alvo das ações e espera lucro de US$ 800 milhões
- Em análise sobre as ações do Nubank (NUBR33), especialistas do Itaú BBA destacaram que seguem positivos sobre a tese com as ações do banco, com recomendação ‘outperform’, equivalente a compra.
- O preço alvo da casa é de US$ 9,5 para as ações do Nubank listadas na NYSE, enquanto os ativos são negociados a cerca de US$ 7,50.
- “Continuamos otimistas com a tese de Nubank, e estamos elevando nossas estimativas e o valor justo. O ambiente macroeconômico não mudou muito para o cliente brasileiro, mas esperamos que o próximo resultado do Nubank conforme a capacidade de entregar lucro indicadores chave de performance independentemente disso”, diz a casa.
- Segundo a casa, a monetização de clientes do Nubank está a pleno vapor
- “Não adianta ter muitos clientes se eles não forem monetizados. O Nubank está rumando nessa direção, considerando que sua carteira de juros vem crescendo a uma taxa muitas vezes maior do que de sua exposição total de crédito”, observa o BBA.
- Os especialistas apontam que os produtos que rendem juros estão ganhando participação, tanto entre usuários de que usufruem de empréstimo para pessoa física como com os cartões.
- “Os ganhos mais óbvios ocorreram nos cartões de crédito com juros. O Nubank está adicionando soluções inteligentes para a venda cruzada de empréstimos altamente lucrativos”, diz a casa.
Da Lojas Renner a Magazine Luisa, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.