Radar: Light (LIGT3) desiste de recuperação judicial, Sabesp (SBSP3) tem preço-alvo elevado em relatório e Via (VIIA3) lidera quedas na Bolsa

conselho de administração da Light (LIGT3) desistiu do seu pedido de recuperação judicial, informa a coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, notícia confirmada pela Folha de S. Paulo nesta terça-feira (5).

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O pedido de recuperação judicial foi realizado em maio de 2023 e enviado para a 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A dívida da Light atualmente está na casa dos R$ 11 bilhões.

A Light ainda não divulgou oficialmente a suspensão do pedido. A partir do momento em que a empresa anunciar a desistência de maneira formal, ela vai passar a realizar a negociação desses valores de forma direta com seus credores.

O pedido de recuperação judicial da Light foi aceito pela Justiça após 48 horas da solicitação. Foi contestado por credores, uma vez que a legislação não permite que concessionárias de serviço público possam fazer essa solicitação para sanar suas dívidas.

Além de Light, confira outros destaques desta terça-feira:

Sabesp (SBSP3): banco projeta 50% de chance de privatização e eleva preço-alvo; veja análise

  • O Itaú BBA manteve recomendação de compra para ações da Sabesp (SBSP3), elevando seu preço-alvo. De acordo com o banco, a posição tem risco atraente e recompensa das ações, principalmente após a adesão da cidade de São Paulo à Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário (URAE). 
  • “Acreditamos que o recente decreto URAE, com São Paulo se juntando, foi um marco importante e melhora substancialmente as chances de privatização. Além disso, esperamos resultados melhores devido às iniciativas da empresa para ganhar eficiência”, diz o BBA. 
  • Segundo analistas, nos últimos anos, a Sabesp tem apresentado desempenho abaixo do Ebitda regulatório (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) “devido à ineficiência”, afetando tanto a receita quanto os custos. “Esperamos que essa lacuna diminua gradualmente, dadas as últimas elevações reais de tarifas aprovadas pela Arsesp [Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo] e as iniciativas anunciadas de redução de custos, como o recente programa de demissão voluntária (PDV)”, projeta o BBA. 
  • Diante dessas ações, houve melhoras nos resultados trimestrais da Sabesp, com tendência positiva no lado dos custos no 3T23. 

Pesadelo das varejistas: Via (VIIA3) lidera quedas e Magazine Luiza (MGLU3) fica entre as maiores perdas do Ibovespa. O que houve?

  • As ações da Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) despencaram nesta terça-feira (5) no Ibovespa, liderando as perdas do índice, em linha com a alta dos juros e com o mercado repercutindo, principalmente, a notícia do follow-on da dona das Casas Bahia, em uma operação que pode levantar quase R$ 1 bilhão.
  • No fechamento, as ações ordinárias da Via (VIIA3) caíram 7,14%, cotadas a R$ 1,17, assim como os papéis do Magazine Luiza (MGLU3), que recuaram 3,24%, a R$ 2,69. As ações de Lojas Renner (LREN3) cederam 2,25%, a R$ 16,07, e as de Petz (PETZ3) tinham baixa de 2,62%, a R$ 5,56.
  • “A queda da Via foi motivada pelos juros que estressaram, com varejo caindo em massa. A dona das Casas Bahia ainda reflete a noticia do follow-on com grande diluição dos minoritários. A Magazine Luiza também acompanha essa queda do setor hoje, que cai como um todo com a alta dos juros”, disse Leandro Petrokas, diretor de research, mestre em finanças e sócio da Quantzed.
  • Mais cedo, nesta terça-feira (5), a Via anunciou que emitirá 778.649.283 ações ordinárias por meio de uma oferta pública primária de ações, o que corresponde a R$ 981 milhões com base no preço de fechamento de R$ 1,26 da véspera (4).
  • Adicionalmente, segundo a Via, serão entregues até 622.919.426 bônus de subscrição aos subscritores das ações, que serão ofertados e alocados aos subscritores em lotes de 5 ações.
  • A fixação do preço por ação será realizada em 13 de setembro, com o início de negociação das ações e dos bônus de subscrição no dia 15. A liquidação ocorre no dia 18 e o crédito dos bônus de subscrição, no dia 19.
  • “A companhia pretende utilizar a totalidade dos recursos líquidos provenientes da oferta para promover a melhora da estrutura de capital, incluindo o investimento nas cotas subordinadas da operação de FIDC da carteira de crediário“, disse a Via.
  • Ainda de acordo com a varejista, as ações da oferta primária serão destinadas exclusivamente à colocação perante os acionistas e as ações remanescentes da oferta prioritária (se houver) serão destinadas à colocação perante investidores profissionais.
  • “Não será admitida distribuição parcial no âmbito da oferta. Assim, caso não haja demanda para a subscrição das ações inicialmente ofertadas por parte dos acionistas e/ou dos investidores profissionais até a data da conclusão do procedimento de bookbuilding, nos termos do contrato de colocação, a oferta será cancelada”, acrescentou.

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Genial muda carteiras do Ibovespa e de dividendos, mas mantém Vale (VALE3) e Engie (EGIE3); veja recomendações

  • A Genial Investimentos anunciou mudanças na carteira Ibovespa 10+, incluindo três novas ações. Para setembro, Hidrovias (HBSA3), Porto Seguro (PSSA3) e Smart Fit (SMFT3) entram no lugar de CVC (CVCB3)Fleury (FLRY3) e Totvs (TOTS3). Mas manteve Vale (VALE3) e Engie (EGIE3) na do Ibovespa e de dividendos. As carteiras de dividendos e de Small Caps também tiveram alterações.
  • De acordo com os analistas, a Casa está adotando uma estratégia de investimento em commodities, como a Vale, e nas empresas ligadas à economia local. Dentre os motivos estão os recentes estímulos do governo chinês em sua economia e os impactos sobre a redução nas taxas de juros no Brasil.
  • Outro ponto citado é a dolarização da carteira. A equipe da Genial continua apostando em manter uma exposição reduzida em ativos dolarizados. “Real apresenta bons fundamentos e, embora o cenário continue desafiador, existem várias forças que podem manter a tendência de depreciação do dólar global”, diz a Genial.

Mobly (MBLY3) esclarece sobre possível acordo com a Tok&Stok para fusão

  • Mobly (MBLY3) prestou esclarecimentos após uma notícia veiculada pelo jornal Valor Econômico, que afirmava que a empresa já teria acertado os termos de fusão com a Tok&Stok.
  • A Mobly diz que está “acompanhando atentamente o mercado de móveis e de decoração brasileiro, assim como as empresas que fazem parte do setor”. Ela esclarece que vem mantendo conversas com a Tok&Stok, mas que ainda não há acordo ou proposta vinculante para uma eventual transação.
  • “A Mobly reforça o seu compromisso com a transparência e o dever de informar seus acionistas e o mercado em geral sobre quaisquer fatos relevantes relacionados ao seu negócio. A companhia manterá seus investidores e o mercado informados sobre eventuais desdobramentos referentes ao assunto em questão”, conclui o comunicado.

Vibra (VBBR3) investe R$ 10 milhões em startup que fornece infraestrutura para abastecer carros elétricos

  • Maior distribuidora de combustíveis do País, a Vibra (VBBR3) anunciou nesta terça-feira, 5, um novo aporte financeiro, de R$ 10 milhões, na EZVolt, startup que oferece infraestrutura de abastecimento de carros elétricos para pessoas físicas. O novo investimento tem como fonte o “Vibra Ventures”, fundo de investimento da Vibra com foco em startups de energia, mobilidade, logística, fintechs e varejo.
  • São R$ 150 milhões disponíveis para acelerar e impulsionar processos de inovação aberta.
  • EZVolt integra o portfólio de projetos em energias renováveis da Vibra e é fundamental ao plano de transformar a em empresa em uma “plataforma multienergia”. Uma das primeiras apostas da Vibra nesse sentido, a EZVolt recebeu um primeiro aporte de R$ 5 milhões em janeiro de 2022.
  • Os eletropostos, atualmente instalados em condomínios, supermercados e shoppings, vão se espalhar pelos postos de gasolina da companhia, os tradicionais da bandeira Petrobras (PETR4). A ideia é eletrificar primeiro 9 mil quilômetros de estradas no nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, até Brasília, onde se concentra a incipiente frota de carros elétricos de passeio do País.
  • “Apostas em eletromobilidade e em todas as soluções de renováveis são alavancas de crescimento para o nosso negócio, comprometido em oferecer oportunidades de descarbonização”, diz o vice-presidente comercial B2B da Vibra, Bernardo Kos Winik.
  • O executivo diz que o movimento é aderente à demanda do cliente e que a transição energética é caminho sem volta para a companhia e para o setor. “A Vibra quer ser a protagonista desse movimento no Brasil”, afirma.

Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa executam o 1º DREX entre bancos públicos

  • Banco do Brasil (BBAS3) e a Caixa Econômica Federal concluíram com sucesso o primeiro teste do DREX (Digital Real Exchange), uma iniciativa pioneira que utiliza a tecnologia blockchain para efetuar transferências de reservas bancárias.
  • A operação de teste ocorreu nos dias 30 e 31 de agosto e envolveu a transferência de reservas bancárias dos dois bancos no ambiente piloto do Banco Central (BC). Durante o teste, os valores foram transferidos da carteira do Banco do Brasil para a Caixa e, posteriormente, retornados para a carteira do Banco do Brasil, demonstrando a viabilidade do sistema.
  • A presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, destacou a importância desse teste entre bancos públicos. Segundo ela, a versão brasileira de uma moeda digital está ganhando cada vez mais relevância. “A colaboração entre as nossas instituições representa um compromisso com a inovação e a modernização do setor financeiro. Estamos entusiasmados com os resultados positivos até agora e ansiosos para explorar ainda mais o potencial das moedas digitais e das transações ágeis”, afirmou Serrano.
  • Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil (BBAS3), ressaltou que o teste é um grande passo na direção de um sistema financeiro mais eficiente e acessível. “O Drex é mais uma iniciativa bem-sucedida, em que teremos a possibilidade de melhorar serviços bancários com a adoção da tecnologia blockchain e a tokenização”, disse Medeiros.

Prio (PRIO3) mostra ‘números resilientes’ e BBA recomenda compra; ações sobem

  • Em análise sobre os dados operacionais recentes divulgados pela Prio (PRIO3)antiga PetroRio, os analistas do Itaú BBA destacaram uma visão neutra, mas seguiram com recomendação de compra para as ações e veem uma ‘produção resiliente’.
  • “Os dados operacionais de agosto ressaltam a resiliência da produção nos campos da empresa. Olhando para o futuro, esperamos que Albacora Leste desempenhe um papel de liderança na colmatar a lacuna entre as médias de produção atuais e as estimativas dos certificados de reservas”, diz o BBA obre os dados operacionais da Prio.
  • Atualmente a recomendação de compra para PRIO3 da casa tem como preço-alvo R$ 58, ante uma cotação atual de cerca de R$ 46.
  • A produção diária consolidada da companhia totalizou 98,0 Mbpd em agosto (queda de 1% no mês), com desempenho ‘achatado’ para todos os campos.
  • “Vale destacar que a produção do mês foi afetada pela paralisação temporária da produção do poço ODP5, no campo de Frade, para comissionamento do gas lift. Isso também interrompeu a produção do poço OUP2, que fica no mesmo gas lift”, observa a casa.
  • Segundo a companhia, ambos os poços retomaram a produção em 25 de agosto.
  • Em termos de vendas, as compras de petróleo totalizaram 2.789 kbbl em agosto, o que compara com 3.422 kbbl em julho.
  • Além disso, o desempenho operacional em agosto impulsionou a média acumulada no acumulado do ano do PRIO produção para 82 Mbpd, em comparação com as médias anuais de 90 Mbpd (1P) e 94 Mbpd (2P) no certificado de reservas.
  • “O cumprimento destas estimativas exigiria que a PRIO mantivesse níveis médios de produção diária de 105 Mbpd (1P) e 117 Mbpd (2P) nos próximos meses, ou crescimento mensal consecutivo de 3% (1P) e 7% (2P)”, conclui o BBA sobre as ações da Prio.

Da Light à Via, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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