A Aegea Saneamento, uma das subsidiárias da holding Itaúsa (ITSA4), recebeu rating AA (bra) por parte da Fitch Ratings, uma agência de classificação de risco de crédito.
Segundo a Fitch, a subsidiária da Itaúsa possui a forte posição de negócios e sua diversificada base de ativos no setor brasileiro de água e esgoto, com expectativa de crescente geração de caixa operacional e alavancagem tendendo a patamares mais moderados, à medida que a empresa desenvolve suas subsidiárias.
A agência considera que a Aegea tem uma dívida considerada entre um patamar administrável e um patamar elevado, considerando o comprovado acesso do grupo a diversificadas fontes de captação e a expectativa de fluxo de dividendos.
Conforme os especialistas da agência, a Aegea deve continuar apresentando FCF negativo, devido às necessidades de investimentos e aos relevantes pagamentos de juros.
“A Fitch considera a dívida da Aegea elevada, porém administrável, uma vez que o volume de dividendos das subsidiárias deve aumentar. Ao final de junho de 2023, a holding apresentava dívida de R$ 9,8 bilhões”, diz a Fitch.
“No cenário-base da Fitch, a Aegea receberá, em média, R$ 716 milhões em dividendos anuais de 2023 a 2025, o que aumentaria substancialmente, para em torno de R$ 1,7 bilhão, em 2026, quando a AdR começar a contribuir”, completa.
As projeções são de que a companhia termine o ano com R$ 6,18 bilhões de receita líquida, além de R$ 2,71 bilhões de Ebitda e uma alavancagem líquida de 6,2x Ebitda.
Já para 2024 as expectativas são de que a empresa tenha R$ 9,4 bilhões de receita, R$ 4,5 bilhões de Ebitda e uma alavancagem de 4,4x Ebitda.
Além de Aegea Saneamento, confira outros destaques desta quarta-feira:
Celulose: alta demanda chinesa favorece a Suzano (SUZB3), predileta dos analistas; Klabin (KLBN11) deve se beneficiar do cenário
- Com o dólar de volta à casa dos R$ 5,10, é natural que os investidores procurem alternativas que protejam suas carteiras da desvalorização do real. Na Bolsa, algumas alternativas são ações de empresas exportadoras, que se beneficiam dessa trajetória altista da moeda americana. De acordo com relatórios do Goldman Sachs, Itaú BBA, JP Morgan, XP e Bank of America, a celulose pode ser o setor a ser observado com carinho pelos investidores.
- Segundo o Goldman Sachs, a oferta global de celulose está restrita, enquanto a demanda da China se mantém em patamares elevados. Como o Brasil é o maior exportador mundial da commodity, o cenário pode significar uma oportunidade. É a mesma análise dos analistas do Itaú BBA, que destacam a alta das remessas de celulose para a China – que aumentaram 42% em agosto na base anual. Com isso, o banco afirma que o momentum da commodity melhorou no início do terceiro trimestre, com a demanda chinesa apoiando uma alta dos preços.
Minerva (BEEF3): analistas ajustam estimativas e cortam preço-alvo após aquisições de ativos da Marfrig (MRFG3)
- O Itaú BBA manteve recomendação outperform, equivalente a compra, para Minerva (BEEF3), mas reduziu seu preço-alvo. O BBA aponta que está adotando uma perspectiva mais conservadora sobre os ativos adquiridos pela companhia até ver lucratividade em potencial.
- “A ação da BEEF3 caiu 25% desde o anúncio da aquisição [de ativos da Marfrig (MRFG3)], refletindo uma possível desvalorização dos múltiplos. Estamos ajustando nossas estimativas para incorporar a aquisição e para melhor refletir a estrutura de capital mais alavancada e os riscos de execução aumentados”, afirma o BBA.
- Para o BBA, a aquisição da Minerva envolvendo frigoríficos da Marfrig está alinhada com os objetivos de longo prazo da empresa, mas é influenciada por dinâmicas pró-cíclicas. Com isso, a aquisição adia uma redução de alavancagem.
- A empresa, conforme relatam os analistas, agora enfrenta o desafio de melhorar as taxas de utilização de sua capacidade para maximizar a extração de valor dos novos ativos.
- Diante disso, o BBA mantém recomendação de compra para a ação da Minerva, com preço-alvo de R$ 11 (antes era R$ 17). O papel do frigorífico fechou em alta de 0,25% nesta quarta (4), cotado a R$ 8,15.
Gerdau (GGBR4) atualiza Capex para R$ 12 bilhões; veja
- A Gerdau (GGBR4) e a Metalúrgica Gerdau (GOAU4) comunicaram, em fato relevante na noite desta quarta-feira (4), uma atualização do seu Capex.
- Conforme a Gerdau e a Metalúrgica Gerdau comunicaram no documento, a expectativa é de que os os investimentos em CAPEX estratégico somem R$11,9 bilhões quando considerado o período de 2021 a 2026.
- “Ressalte-se que desse total já foram investidos 27,7% (ou R$3,3 bilhões), ao passo que os 73,3% restantes (ou R$8,6 bilhões) são projetados para os próximos anos (período de 2024 a 2026)”, diz a administração.
- “A administração das Companhias espera que os Investimentos em CAPEX Estratégico tenham o potencial de, entre os anos de 2021 a 2031, gerar um crescimento potencial do EBITDA anual no valor de R$4,0 bilhões, ao final do período. Vale dizer que cerca de 15% desse valor (ou R$600 milhões) já foram capturados no EBITDA, ao passo que 85% (R$3,4 bilhões) espera-se que ainda poderão ser adicionados à rentabilidade das Companhias em seus resultados futuro”, completa.
- No fato relevante, a Gerdau ressalta que os dados apresentados “foram elaborados a partir de previsões sujeitas a riscos e incertezas correntes de mercado, tendo sido realizadas com base em crenças e premissas da administração das Companhias, de acordo com as informações disponíveis”.
- “Nesse sentido, as Companhias ressaltam que tais dados não configuram de qualquer modo promessas de desempenho, sendo que os resultados reais das Companhias para tais indicadores poderão ser materialmente diferentes dos resultados previstos expressa ou implicitamente em tais dados”.
Oi (OIBR3): tribunal aprova acordo com Tim (TIMS3), Telefônica (VIVT3) e Claro em venda bilionária de ativos; tele leva mais R$ 821,418 mi
- A Oi (OIBR3) informou que o tribunal da câmara arbitral homologou um acordo feito entre ela, a Tim (TIMS3), a Telefônica (VIVT3) e a Claro, referente ao valor final do preço de compra da UPI Ativos Móveis, após realizado reajuste.
- Conforme comunicado pela Oi nesta quarta-feira (4), depois desse ajuste pós-fechamento, o valor total devido a ela pelos UPI Ativos Móveis ficou definido em aproximadamente R$ 15,198 bilhões.
- Até o fechamento da operação, que ocorreu em 20 de abril de 2022, a tele tinha recebido pouco mais de R$ 14,474 bilhões. Mas hoje (4) a Oi passa a ter direito a receber quase R$ 723,738 milhões.
- Essa quantia, somada aos rendimentos incidentes, resulta em um valor final de R$ 821,418 milhões a ser recebido pela Oi.
- “O valor de fechamento levantado é equivalente à metade do valor que havia sido depositado pelas compradoras no juízo da recuperação judicial e posteriormente transferido sob a responsabilidade do procedimento arbitral. O restante do valor depositado, acrescido dos respectivos rendimentos incidentes até a data de pagamento, deverá ser levantado pelas compradoras”, explica o comunicado da Oi.
- A partir do novo acordo sobre o ajuste, as pendências e litígios que existirem entre a Oi e as compradoras dos ativos sobre o preço de aquisição serão encerradas.
Gerdau (GGBR4): analistas mantêm recomendação, mas alertam sobre “preocupações de curto prazo”
- Após encontro com alto escalão da Gerdau (GGBR4), a Genial manteve visão otimista sobre a companhia, reiterando recomendação de manter as ações. Porém, os analistas destacam preocupações de curto prazo no mercado de siderurgia.
- “As discussões que tivemos no encontro foram imperativas para nos mantermos ainda com viés neutro no 2S23, e chamamos atenção para a opinião da própria companhia sobre o efeito das exportações da China na indústria brasileira”, diz a Genial
- Segundo analistas, as exportações chinesas seguem aumentando o consumo aparente de aço, dificultando a realização tanto do preço quanto do volume da Gerdau. A Genial acredita que os aços longos devem ficar mais estáveis no Brasil devido ao influxo do aço chinês.
- “A Gerdau, menos exposta a aços planos, está se saindo melhor do que seus pares. Mas enfrenta queda de volumes e descontos de preços, levando a pedidos junto ao as autoridades brasileiras para que as tarifas de importações cheguem a 25% (vs. 10% atuais)”, mencionam os analistas da Genial.
- Embora haja perspectivas setoriais negativas a curto prazo, os analistas afirmam que a Gerdau está mais diversificada, deixando de “focar apenas em vergalhões”. Existe, porém, uma preocupação sobre os planos para o Capex (despesas de capital), que pode impactar a geração de fluxo de caixa.
- Neste contexto, a decisão da Genial é reiterar a recomendação de manter as ações da Gerdau, com preço-alvo de R$ 32. Nesta quarta, os papéis da companhia caem 1,3%, a R$ 22,98.
Ambev (ABEV3) deve aumentar dividendos e contornar impostos mais altos, diz BofA
- Em nova análise sobre as ações da Ambev (ABEV3), analistas do Bank of America (BofA) reiteraram otimismo com os papéis, reforçando recomendação de compra. O preço alvo da casa é de R$ 17,50 por papel, ao passo que a cotação atual fica no patamar de R$ 13.
- Além disso, os analistas da casa esperam um aumento no pagamento de dividendos da Ambev para o ano que vem, prevendo que o dividend yield (DY) suba para 8,8% – e então se estabilize nesse patamar também para o ano de 2025.
- Atualmente, segundo dados do Status Invest, o Dividend Yield da Ambev é de 5,8%, com R$ 0,76 pagos por ação no acumulado dos últimos 12 meses.
- Contudo, o que de fato motivou os analistas a revisarem sua tese para ABEV3 foi a possível mudança da dinâmica tributária que pode vir a afetar a companhia – e consequentemente sua rentabilidade e outros indicadores relevantes nos balanços financeiros.
- Isso levando-se em conta que o tema do fim dos Juros Sobre Capital Próprio (JCP) está sendo ventilado e sua concretização está sendo considerada por analistas de sell side de um modo geral.
- “Acreditamos que o fim do JCP está precificado, depois que as ações da Ambev caíram 15% nos últimos três meses, ante uma baixa de 3,8% do Ibovespa. Estimamos que isso teria um impacto negativo isolado sobre Valor patrimonial da companhia de cerca de R$ 0,6 por ação”, diz o BofA.
- “Isso pressupõe que o JCP não esteja incluído na perpetuidade do modelo DCF. de acordo com a nossa abordagem. Acreditamos que alavancar o balanço é a principal alternativa para compensar esse impacto. Ao trazer gradualmente a alavancagem para 0,3x Líquida Dívida/EBITDA até 2026, o custo médio de capital poderá diminuir 50bps”, completa.
- Segundo a casa, essa implicação seria suficiente para compensar totalmente o impacto dos pagamentos de impostos mais elevados sobre o valor patrimonial e manter inalterado o retorno total para os acionistas.
Da Aegea Saneamento à Minerva, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.
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