O conselho de administração da Itaúsa (ITSA4) aprovou um novo pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) aos seus investidores, no valor total bruto de R$ 820 milhões, conforme comunicado nesta quarta-feira (13).
Os juros sobre capital próprio da Itaúsa terão o valor de R$ 0,0794 por ação. Considerando o valor líquido de imposto de renda na fonte, cuja alíquota é de 15%, o investidor recebe a quantia de R$ 0,06749 por ação.
Essa tributação sobre os proventos só não será aplicada aos investidores que comprovarem ser imunes ou isentos. O JCP anunciado hoje (13) será imputado ao valor do dividendo do exercício de 2023.
O pagamento dos JCP da Itaúsa vai acontecer até o dia 30 de dezembro de 2024. Para ter direito a receber, os investidores precisarão ter ações da empresa em suas carteiras até o final da sessão de 18 de dezembro de 2023.
Além de Itaúsa confira outros destaques desta quarta-feira:
Magazine Luiza (MGLU3) é uma das varejistas indicadas por analistas para 2024
- Em relatório divulgado no início da semana, o BB Investimentos indicou que, além de ser referência no consumo de bens duráveis com boa execução operacional, o Magazine Luiza (MGLU3) deve ser favorecido em 2024 pela continuidade do ciclo de redução da taxa de juros no Brasil. A casa recomendou outras duas varejistas, consideradas “preferidas do setor”, para o ano que vem.
- No texto, os analistas Victor Penna e Wesley Barnabé destacam que a Magalu tem se esforçado para monetizar sua operação e aumentar suas margens operacionais, em um momento de forte pressão sobre os resultados em função de um cenário menos propício para o consumo de bens duráveis.
- A varejista, dizem eles, se empenhou em simplificar sua estrutura e impulsionar a plataforma de marketplace do Magalu, reduzindo o tíquete médio das vendas.
- “Em nossa visão, a melhoria do cenário de concessão de crédito e inadimplência deve impulsionar a venda de bens duráveis, que passou por uma ressaca nos últimos anos após o boom de consumo durante a pandemia. Com isso, esperamos que a Magazine Luiza reporte crescimento de receita e ganho de alavancagem operacional ao longo de 2024, favorecendo a valorização das ações da companhia, as quais também se beneficiarão da redução da taxa de desconto e do fechamento da curva longa de juros”, avaliam.
- O BB Investimentos pontua, ainda, que em 2023, as companhias varejistas foram impactadas negativamente pela cobrança do Difal (diferencial de alíquota do ICMS), com a necessidade de repasse desse custo aos consumidores ao longo do ano, o que impactou a margem bruta da Magazine Luiza no primeiro semestre.
- “Essa pressão, contudo, deixa de impactar os resultados em 2024 do Magazine Luiza, haja vista o repasse ser concluído ainda neste ano”, acrescentam.
- No intradia desta quarta-feira (13), as ações ordinárias de Magazine Luiza caíam 0,44%, a R$ 2,27. No ano, elas cedem 12,36%. Os dados são do Status Invest.
Aura Minerals (AURA33): analistas recomendam compra das ações: “Retornos sólidos com dividendos”
- Após o Investor Day da Aura Minerals (AURA33), o Itaú BBA expressou uma visão positiva da empresa, reiterando sua recomendação “outperform” (equivalente a compra). Durante o evento, a administração da Aura destacou a expectativa de proporcionar retornos sólidos aos acionistas por meio de dividendos.
- A Aura baseia sua estratégia em três pilares para desbloquear valor. Quer impulsionar a produção com projetos como Borborema (RN) e Matupá (MT). Em paralelo, a empresa intensificou os investimentos em exploração, elevando de US$ 9,1 milhões (2017-20) para cerca de US$ 25 milhões em 2023, com o objetivo de descobrir novas reservas de ouro e cobre.
- Outro destaque é o aumento no múltiplo de valuation da Aura. Reconhecendo que as grandes empresas do setor negociam entre 40% a 80% de múltiplos superiores, a companhia vê a entrega de projetos de crescimento e a exploração de fusões e aquisições como estratégias para essa reclassificação positiva.
- “Segundo a administração, a empresa está ativamente procurando oportunidades de M&A que possam contribuir para os esforços em alcançar um nível de produção anual da Aura acima da meta de 450 kGEO até o final de 2025″, diz o BBA.
- A empresa está analisando mais de 20 ativos, preferencialmente com foco em cobre, garantindo cerca de 30% dos resultados, e localizados na América.
- Quanto ao balanço, o BBA destaca um cenário confortável, permitindo retornos aos acionistas por meio de dividendos da Aura. A companhia espera manter a alavancagem abaixo de 1,5x dívida líquida/EBITDA.
- Neste contexto, o Itaú BBA recomenda a compra das ações da Aura, estabelecendo um preço-alvo de R$ 50, representando um potencial de valorização de 49%. Nesta quarta (13), o papel da companhia subiu 2,38%, a R$ 34,35.
Equatorial (EQTL3): subsidiária do Maranhão vai pagar R$ 458,49 milhões em dividendos; Veja valor por ação
- A Equatorial Maranhão, subsidiária da Equatorial (EQTL3), anunciou um novo pagamento de dividendos para o mês de dezembro, no valor total de R$ 458,495 milhões.
- Conforme comunicado nesta quarta-feira (13), os dividendos da Equatorial Maranhão foram aprovados em Assembleia Geral Ordinária (AGO), que aconteceu em 28 de abril de 2023.
- O pagamento dos dividendos será realizado no dia 18 de dezembro de 2023, mas somente aos detentores de ações da empresa até 28 de abril de 2023. A partir do primeiro dia útil seguinte, as ações da Equatorial Maranhão passaram a negociar sem direito aos proventos.
- O valor é de R$ 2,792571337 por ação, que servirá para ações ordinárias, preferenciais do tipo A e preferenciais do tipo B.
B3 (B3SA3) mantém “eficiente máquina de fluxo de caixa”, diz banco; entenda a recomendação
- O BTG Pactual reiterou a recomendação neutra para as ações da B3 (B3SA3) após o Investor day. Apesar disso, o banco destaca que a B3 é considerada uma boa opção para potencial recuperação no mercado de capitais brasileiro, embora enxergue maior potencial de valorização em empresas como XP (XPBR31), e BR Partners (BRBI11). Hoje, as ações da B3 registraram uma forte alta, cerca de 4,18%, impulsionadas pela expectativa de queda nos juros.
- O BTG ressalta ainda as sólidas vantagens competitivas da B3, como principal player do segmento, com diversificação, margens robustas e uma eficiente máquina de fluxo de caixa.
- Durante o Investor Day, o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, comentou o desempenho recente da empresa. Enfatizou os planos de fortalecer e maximizar os pilares do negócio central, ao mesmo tempo em que avalia oportunidades e riscos além do simples ‘trading’, especialmente por meio de dados e análises.
- A mensagem principal, de acordo com o BTG, foi que a B3 continuará tornando seus serviços atrativos para clientes, tanto locais quanto internacionais, em 2024. Finkelsztain expressou otimismo para 2024, considerando o crescimento em ativos, fundos de investimento e emissões de renda fixa nos mercados de capitais brasileiros este ano.
- Os executivos destacaram o impulso no segmento de debêntures, gerando oportunidades para a B3. Finkelsztain também abordou o mercado de ações, que, apesar de perder força nos últimos dois anos devido às altas taxas de juros locais, continua a registrar receitas crescentes de dois dígitos em 2023.
- Segundo o CEO, esse progresso teria sido menor sem iniciativas como a criação de contratos mini-índice e o crescimento de ETFs, FIIs e BDRs.
- O BTG destaca que a B3 busca, como principal pilar, garantir o crescimento e maior diversificação, concentrando-se em linhas menos expostas ao ciclo econômico, como serviços e tecnologia. As aquisições da Neoway e Neurotech estão alinhadas com essa estratégia, visando fortalecer a linha de negócios “análise de dados”.
- “Apesar de uma melhoria recente, os volumes de ações e a velocidade de negociação ainda estão relativamente fracos em comparação com anos recentes, os custos estão aumentando, e o potencial fim do Juros Sobre Capital Próprio (JCP) deve impactar a B3 mais do que seus “pares no mercado de capitais”, observa o BTG.
- Neste contexto, o BTG mantém a recomendação neutra para as ações da B3, com um preço-alvo de R$ 14, ante a cotação atual de R$ 14,43.
Dexco (DXCO3), subsidiária da Itaúsa (ITSA4), anuncia JCP milionário; veja
- A Dexco (DXCO3), subsidiária da Itaúsa (ITSA4), pagará uma cifra de R$ 174 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas, segundo fato relevante divulgado nesta quarta-feira (13).
- O valor dos proventos por ação da Dexco será de R$ 0,21, que serão pagos até o dia 31 de dezembro deste ano.
- Apenas os investidores com ações da Dexco no dia 19 de dezembro terão direito de receber os rendimentos.
- A partir do dia 20 de dezembro, as ações DXCO3 serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos são relativos ao resultado do exercício do ano de 2023
- O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,18 por ação.
Petrobras (PETR4) e Shell arrematam mais 7 blocos em leilão da ANP
- Em leilão realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na manhã desta quarta (13), o consórcio formado por Petrobras (PETR4) e Shell – 70% e 30%, respectivamente – arrematou sete blocos no setor SP-AUP7 da Bacia de Pelotas por um total de R$ 15,13 milhões.
- O investimento previsto na área arrematada pela Petrobras e pela Shell é de R$ 175 milhões.
- Até esse arremate, blocos em 11 setores da Bacia de Pelotas foram leiloados, sendo que seis não receberam ofertas. O bônus acumulado na rodada até agora é de R$ 220,9 milhões.
- No leilão, no total, a oferta é 165 blocos da Bacia de Pelotas.
- A oferta permanente funciona como um banco de áreas de petróleo e gás natural que são licitadas em ciclos a partir da demanda dos interessados, em substituição aos leilões tradicionais da ANP realizados desde 1999, em que os blocos ofertados eram designados pelo governo.
- Especificamente no regime de concessão dentro da Oferta Permanente, 87 empresas estão aptas a participar, mas somente 21 delas apresentaram declarações de interesse e garantias de oferta para os 33 setores em jogo na quarta, que reúnem um total de 602 blocos.
- No regime de concessão, vence a disputa a empresa que oferecer o maior bônus de assinatura e se comprometer a executar o Programa Exploratório Mínimo (PEM).
Da Itaúsa à Aura Minerals, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.