Radar: Itaúsa (ITSA4) pagará JCP, Braskem (BRKM5) dispara na Bolsa e banco recomenda ações de Telefônica (VIVT3)
O conselho de administração da Itaúsa (ITSA4) anunciou um novo pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP), no valor bruto de R$ 0,1165 por ação.
Os JCP da Itaúsa serão distribuídos até 30 de dezembro de 2024, mas apenas aos investidores que detiverem ações da empresa até o encerramento da sessão de 21 de setembro de 2023.
Os juros sobre capital próprio da Itaúsa estão sujeitos a retenção de 15% de imposto de renda na fonte. Assim, os proventos terão um valor líquido de R$ 0,099025 por ação, com exceção dos acionistas pessoas jurídicas que comprovarem ser imunes ou isentos.
A partir do dia 22 de setembro, os novos JCP da Itaúsa serão considerados como “ex-proventos”. Sendo assim, os investidores que adquirem cotas da companhia a partir desta data não terão direito à remuneração.
Além disso, os juros sobre capital próprio da Itaúsa vão ser imputados ao valor do dividendo do exercício de 2023.
Além de Itaúsa, confira outros destaques desta segunda-feira:
Braskem (BRKM5) lidera altas no Ibovespa: por que as ações dispararam nesta segunda?
- As ações da Braskem (BRKM5) dispararam nesta segunda-feira (18), no Ibovespa, liderando os ganhos do índice. O mercado repercute a notícia divulgada no fim de semana pelo colunista do jornal “O Globo”, Lauro Jardim, de que a Petrobras (PETR4) já escolheu a proposta feita pela Apollo Global e Adnoc como a melhor para a empresa, e levou sua decisão ao presidente Lula.
- No fechamento, as ações preferenciais classe A da Braskem subiram 5,83%, cotadas a R$ 23,21.
- “O acordo da Braskem deve agradar ao governo pelo grupo apresentar condições financeiras e de execução melhores do que a proposta anterior da J&F, além da possibilidade de manter a Petrobras dentro do business, como é de aparente interesse. Dado a atual situação da companhia e o alinhamento por ter ‘de volta’ uma estatal no board da petroquímica brasileira, há expectativa que o negócio seja fechado até o final do ano”, disse Fábio Lemos, sócio da Fatorial Investimentos.
- Em comunicado ao mercado nesta segunda (18), a Braskem informou que “não conduz eventuais negociações da Novonor e Petrobras para a venda da companhia” e que “seguirá apoiando os acionistas e manterá o mercado informado sobre desdobramentos relevantes, em cumprimento com as legislações aplicáveis”.
- Mais cedo, a Petrobras informou que segue realizando processo de due diligente (auditoria) na Braskem, para eventual exercício de “tag along” ou direito de preferência, reforçando que não houve qualquer decisão da diretoria executiva ou do conselho de administração em relação ao tema.
- A estatal disse ainda que “decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis”.
Telefônica (VIVT3): banco recomenda compra das ações após aval para redução de capital; veja por quê
- A Telefônica Brasil (VIVT3) recebeu aval do Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para reduzir capital social em até R$ 5 bilhões. Para o BTG Pactual, a redução de capital é um ótimo mecanismo para a empresa melhorar a remuneração aos acionistas. O banco recomenda compra das ações da companhia.
- “A Vivo tem R$ 64 bilhões em capital e poderia operar o negócio com muito menos” , dizem os analistas do BTG.
- Após a aprovação do conselho de administração e Anatel, os próximos passos serão convocar uma assembleia de acionistas, abrir período de oposição para credores e, por fim, decidir quando o pagamento será feito.
- Segundo o BTG, existe a possibilidade de fazer o pagamento em parcelas. O valor máximo possível é de R$ 5 bilhões, equivalente a um rendimento de 7%.
- Diante deste cenário, o BTG recomenda compra das ações da Telefônica, com preço-alvo de R$ 48.
Vibra Energia (VBBR3) aprova pagamento de R$ 478,4 milhões em JCP; veja o valor por ação
- A Vibra Energia (VBBR3) vai pagar R$ 478,4 milhões em juros sobre capital próprio aos seus acionistas, segundo fato relevante divulgado nesta segunda (18).
- O valor dos proventos por ação será de R$ 0,42909543292, que serão pagos até 30 de junho de 2024.
- Dessa cifra, segundo a Vibra, “poderá ainda deduzido o valor relativo ao imposto de renda retido na fonte (IRRF), na forma da legislação em vigor (exceto para os acionistas comprovadamente imunes e/ou isentos), na Assembleia Geral Ordinária que apreciará as demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2023.”
- Apenas os investidores com ações da Vibra no dia 21 de setembro terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 22 de setembro, as ações serão negociadas sem direito ao JCP.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os JCP da Vibra fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2023.
Via (VIIA3): Últimas decisões ‘azedaram’ tese sobre a companhia, dizem analistas
- Analistas do BB Investimentos, apesar de certo otimismo após a divulgação do Plano de Transformação da Via (VIIA3), voltou atrás e rebaixou sua recomendação da companhia.
- Os especialistas cortaram o preço-alvo das ações da Via de R$ 2,30 para R$ 1,40, e rebaixaram a recomendação para neutra.
- “Entendemos que, no último mês, as ações do Grupo Casas Bahia passaram por momentos bastante desafiadores”, diz o BB Investimentos.
- “Em nosso último relatório, referente ao resultado do 2T23, comentamos que, apesar dos números fracos, a divulgação de um plano de transformação de 2 anos tendo como prioridades a geração de caixa e melhoria da rentabilidade poderia ser um catalisador de resultados mais construtivos já nos próximos trimestres, razão pela qual elevamos nossa recomendação para compra naquela ocasião”, segue.
- Desde o fim de agosto, as ações VIIA3 somam retração de 56%. Em uma janela maior, de 12 meses, os papéis mostram retração de 77%.
- Um dos principais catalisadores para essa retração foi a recente decisão da empresa de realizar uma emissão de bilhões de papéis – já precificados a R$ 0,80, patamar abaixo do preço de fechamento da véspera do anúncio da operação ao mercado.
- “Observamos medidas tomadas pela companhia que pressionaram o desempenho das ações, em especial no que se refere à oferta pública de ações (778.649.283 ações), precedida da necessidade de convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar acerca da alteração do capital autorizado para até 3 bilhões de ações ordinárias“, diz o BB.
- “Esse movimento implicou em uma queda de cerca de 35% do preço das ações entre o dia 05/09 e 11/08. Ao nosso ver, essa queda refletiu a preocupação dos investidores com a iniciativa da companhia em captar recursos em um momento delicado em que, apesar da boa recepção do plano de transformação, ainda é incipiente para observar melhoras concretas decorrentes dos projetos ora em curso”, completa.
- Além disso, a casa destaca que nesse mesmo período, logo após o lançamento da oferta pública, a agência Standard & Poor’s rebaixou o rating corporativo e o rating de um CRI da companhia, o que adicionou pressão à oferta em andamento.
Casas Bahia, ex-Via (VIIA3), volta a derreter no Ibovespa, enquanto Magazine Luiza (MGLU3) sobe. O que está acontecendo?
- As ações da Via (VIIA3), que agora se chama Grupo Casas Bahia, voltaram a despencar nesta segunda-feira (18) no Ibovespa, entre as principais altas do índice. Os papéis continuam sofrendo penalização pelo preço da oferta subsequente de ações da companhia (follow-on), abaixo do esperado pelo mercado. No lado oposto, os papéis de Magazine Luiza (MGLU3) avançam.
- No fechamento, as ações ordinárias da Via caíram 3,95%, cotadas a R$ 0,73, enquanto os papéis ordinários da Magazine Luiza (MGLU3) avançaram 4,44%, a R$ 2,59, com investidores de olho na fatia de mercado que o Magalu pode conquistar com o recuo da Via. Hoje o Ibovespa caiu 0,40%, aos 118.288,21 pontos.
- “Os papéis ainda vêm repercutindo o aumento de capital da empresa, que provocou uma diluição muito grande das ações. Com isso, os ativos caíram muito. A empresa já está com o valor de mercado baixíssimo. O valor em si do follow-on não resolve o problema da empresa. O resultado financeiro da companhia no ano passado foi de menos de R$ 2,2 bilhões. Então, captar cerca de R$ 1 bi, até agora, é menos da metade desse valor”, disse Leandro Petrokas, diretor de research, mestre em finanças e sócio da Quantzed.
- Na última quinta-feira (14), os papéis da Via chegaram a cair mais de 30%, após a precificação de sua oferta de ações, fazendo com que a empresa perdesse cerca de R$ 32 bilhões em valor de mercado desde 2020. Os ativos chegaram a recuar 96% desde a máxima atingida há três anos, quando dispararam em meio ao salto do comércio eletrônico impulsionado pela pandemia.
- Em fato relevante divulgado no mesmo dia, a Via precificou sua ação no follow-on em R$ 0,80 por papel, cerca de 27,9% abaixo da sua cotação atual, que é de R$ 1,11, após cair 5,13% na Bolsa de Valores na quarta-feira (13).
- Assim, a varejista captou R$ 622,9 milhões, abaixo dos R$ 981 milhões previstos inicialmente.
- Do preço por ação de R$ 0,80, o valor de R$ 0,40 será destinado à conta de capital social da companhia, totalizando a quantia de R$ 311,5 milhões em aumento de capital social. Já o valor remanescente de R$ 0,40 mira a formação de reserva de capital, em conta de ágio na subscrição de ações, totalizando a quantia de R$ 311,5 milhões destinada à reserva de capital.
- Desta forma, o capital social da companhia foi aumentado para R$ 5,449 bilhões, dividido em 2.377.080.572 ações.
- O conselho de administração do Grupo Casas Bahia também aprovou a emissão de até 622.919.426 bônus de subscrição aos subscritores das ações, que foram ofertados e alocados aos subscritores à razão de 4 bônus de subscrição para cada 5 ações subscritas.
- Segundo a companhia, caso a totalidade dos 622.919.426 bônus de subscrição seja emitida e exercida, o montante captado pela companhia por meio da oferta será de R$ 1,121 bilhão.
Da Itaúsa à Braskem, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.