Em nova análise sobre as ações da Itaúsa (ITSA4), especialistas do Goldman Sachs mantiveram cautela com os papéis, com recomendação neutra.
Apesar disso, o preço-alvo da casa para as ações da Itaúsa é de R$ 11,50, ao passo que os papéis são negociados pouco abaixo de R$ 9 atualmente.
O Goldman Sachs também espera que, ano a ano, os dividendos da Itaúsa aumentem. A projeção da casa é de que a holding feche este ano com um dividend yield de 5,9%.
Contudo, para os próximos dois anos a projeção é de 6,8% e 7,3% de yield, respectivamente.
Atualmente a companhia soma 7,89% de DY, conforme dados do Status Invest, com R$ 0,74 pagos por ação nos últimos 12 meses.
Segundo a casa, em encontros recentes a empresa reforçou a sua estratégia de amadurecer a sua carteira de investimentos e continuar a reduzir a dívida no curto prazo.
“A companhia continua comprometida com a sua abordagem ativa, ocupando assentos no conselho das empresas e influenciando a estratégia corporativa e as metas ESG. Quanto ao seu principal ativo Itaú Unibanco (ITUB4), a empresa destacou a gestão ativa de riscos abordagem e mais vantagens para ganhos de eficiência”, destaca o Goldman Sachs.
“Além disso, a ITSA4 vê um potencial aumento nos fluxos de dividendos à medida que o crescimento do crédito desacelera e a lucratividade permanece saudável. Na frente regulatória, a empresa reforçou que um potencial fim do Benefício fiscal do JCP deverá ser positivo para a holding, pois elimina o imposto atual ineficiência”, completa.
Por fim, os analistas destacaram que a administração permanece otimista em relação aos resultados observados no empresas investidas apesar de um cenário macro global e doméstico mais desafiador.
Além de Itaúsa, confira outros destaques desta terça-feira:
BrasilAgro (AGRO3) vai pagar R$ 320 milhões em dividendos; veja o valor por ação
- A BrasilAgro (AGRO3) anunciou, após Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária nesta terça (24), a distribuição de R$ 320 milhões em dividendos aos seus acionistas, segundo fato relevante divulgado hoje.
- O valor dos proventos da BrasilAgro por ação será de R$ 3,212352878 por ação, isento de Imposto de Renda, que serão pagos aos acionistas em “até 30 dias contados da data de sua declaração na AGOE, com base na posição acionária detida pelos acionistas em 24 de outubro de 2023.”
- A partir do pregão de 25 de outubro de 2023, as ações da BrasilAgro serão negociadas sem direito aos dividendos.
Weg (WEGE3): analistas pregam cautela com o 3T23 no radar: “Perspectiva de desaceleração”
- O Itaú BBA recomendou que os investidores reduzam suas posições vendidas em ações da Weg (WEGE3) antes do balanço da empresa, planejado para ser divulgado nesta quarta-feira (25). Contundo, o BBA afirma que mantém uma visão cautelosa sobre a Weg, mantendo-se neutro.
- Segundo analistas do BBA, cálculos indicam apenas uma desaceleração moderada na receita e margens no terceiro trimestre de 2023, o 3T23 da Weg, que, em combinação com um mercado avesso a riscos e uma ação excessivamente vendida, pode resultar em recuperação de curto prazo, caso haja bons resultados.
- “Enquanto a ABB e a Nidec apresentaram margens operacionais estáveis ou ligeira contração para a maioria dos segmentos comparáveis, acreditamos que é possível que a margem Ebitda da Weg mostre uma desaceleração mais moderada no terceiro trimestre”, afirma o BBA.
- O BBA ainda destaca que vê tendências negativas nos fatores de expectativas de crescimento, previsões de lucratividade e custo de capital próprio, sem sinais de uma inflexão iminente.
- Neste contexto, o BBA estima receita líquida de R$ 8,348 bilhões no 3T23, com um Ebitda de R$ 1,8 bilhão e um lucro líquido de R$ 1,3 bilhão. A margem Ebitda é projetada em 21,9%.
- A partir disto, o banco reitera recomendação neutra para WEG, com preço-alvo de R$ 46.
Petrobras (PETR4): após tombo na véspera, ações sobem. Mas analistas dizem que ‘sinal amarelo’ está ligado
- As ações da Petrobras (PETR4) subiram nesta terça-feira (24), em dia de ajuste após o tombo da véspera e com os investidores ainda repercutindo a notícia de que seu conselho de administração aprovou, por maioria, a submissão de proposta de revisão do seu estatuto social à assembleia geral extraordinária (AGE), com o objetivo é criar uma reserva de remuneração de capital.
- No fechamento, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) valorizaram 1,27%, cotadas a R$ 35,80, enquanto as ações ordinárias (PETR3) avançaram 1,96%, a R$ 39,10. O Ibovespa fechou em alta de 0,87%, aos 113.761,72 pontos.
- Na segunda-feira (23), a informação de que o conselho da Petrobras aprovou uma proposta de mudança em seu estatuto social não foi bem recebida pelo mercado, que classificou o movimento como “um passo atrás”.
- Segundo Fábio Lemos, analista da Fatorial Investimentos, houve um grande estresse do mercado com a dubiedade do primeiro informe sobre questões de governança e dividendos, o que inclusive levou a companhia a perder mais de R$ 20 bilhões em valor de mercado no dia de ontem.
- Em um segundo informe, ainda no final da tarde de segunda-feira, a companhia justificou que apenas está se antecipando para que qualquer alteração judicial feita na Lei nº 13.303/2016 (Lei das Estatais) seja adequada no estatuto.
- Entretanto, lembra Lemos, nada está decidido – não há nem mesmo uma data para essa AGE. “Mais uma vez, vemos o motivo de desconto da Petrobras frente a seus pares, o famoso desconto de estatal, já que ficou claro a intenção de, em algum momento, a empresa alterar questões de governança”, destaca.
Alphabet, dona do Google (GOGL34), aumenta lucro em 41,5% no 3T23, para US$ 19,69 bi
- A Alphabet, controladora do Google (GOGL34), registrou lucro líquido de US$ 19,69 bilhões no terceiro trimestre, com lucro por ação ajustado de US$ 1,55, acima da previsão de US$ 1,45 dos analistas ouvidos pela FactSet. O resultado representa ainda um crescimento, na comparação com o lucro líquido de US$ 13,910 bilhões, ou US$ 1,06 por ação ajustado, de igual período do ano passado.
- O resultado do Google no 3T23 no componente de computação em nuvem, porém, frustrou a expectativa e o papel recuava no after hours em Nova York.
- A receita da Alphabet foi de US$ 76,693 bilhões, crescimento anual de 11%. A receita operacional ficou em US$ 21,343 bilhões, de US$ 17,135 bilhões anteriormente.
- A Alphabet também registrou crescimento na receita com anúncios do Google, de US$ 54,482 bilhões anteriormente a US$ 59,647 bilhões.
- Já a computação em nuvem teve alta a US$ 8,411 bilhões, de US$ 6,868 bilhões anteriormente, mas este componente frustrou a expectativa do mercado, segundo a Dow Jones Newswires.
- Após o balanço, a ação da companhia recuava 5,84% no after hours em Nova York, às 17h30 (de Brasília).
Banco do Brasil (BBAS3) deve ter maior lucro entre os bancos, diz Genial
- Na esteira da próxima divulgação de resultados trimestrais do Banco do Brasil (BBAS3), analistas da Genial Investimentos reiteraram otimismo com as ações e destacaram que o banco deve apresentar a maior cifra no quesito lucro dentre todos os players do setor.
- Conforme a análise da Genial, o lucro do Banco do Brasil deve ser de R$ 8,96 bilhões. A estimativa fica levemente abaixo do consenso do mercado, que estima R$ 9,07 bilhões de lucro líquido.
- O resultado do Banco do Brasil será divulgado no dia 8 de novembro.
- “Esperamos mais um trimestre positivo para o BB, novamente podendo apresentar o maior lucro do setor. Nossas estimativas consideram um lucro líquido de R$ 8,96 bi, ficando R$ 33 mi acima da nossa expectativa para o Itaú (ITUB4) que, apesar de marginal, é um marco para o banco que alguns anos atrás tinha o pior ROE entre os grandes bancos”, diz a casa.
- “Nosso lucro leva a uma rentabilidade (ROE) de 21,0%, refletindo o momento de boa performance do BB. Entendemos que nesses últimos meses o valor de mercado do banco não acompanhou as expectativas de lucro pelo mercado, o que em nossa visão pode ser um interessante catalisador para a valorização das ações caso o banco continue entregando bons resultados com fundamentos numa tendência positiva/estável”, completa.
- Atualmente a recomendação da casa é de compra para as ações do Banco do Brasil. O preço-alvo para BBAS3 é de R$ 64,90, ao passo que os papéis negociam pouco abaixo de R$ 50.
- Para o ano que vem, os analistas esperam que o banco siga entregando crescimento de lucro 2024, um pouco acima do consenso de mercado.
- “Para o 3T23 do BB, esperamos que a carteira de crédito apresente uma desaceleração anual devido a uma base comparativa mais alta do ano passado, mas ainda com crescimento atrativo. A receita de juros (NII) continuará em patamares elevados, mas em desaceleração, mas terminando o ano de 2023 no topo do guidance”, diz a Genial.
- “A provisão para devedores duvidosos (PDD) deve ser impactada negativamente pelos créditos tóxicos de Americanas (AMER3) que estavam provisionados em 70% até o 2T23, podendo segurar uma maior evolução de lucro para o trimestre. Para 2024, esperamos uma desaceleração nos resultados depois de um crescimento forte em 2023, impactado principalmente por uma desaceleração do crescimento de receita com juros (NII), que por sua vez acompanha um menor crescimento da carteira de crédito”, completa.
- Nos pontos positivos, a casas destaca que não espera que as provisões não cresçam em relação a 2023, beneficiadas por um menor nível de inadimplência.
- Apesar da desaceleração, a Genial ainda vê resultados fortes, com um lucro estimado de R$ 38,4 bilhões para o próximo ano e um ROE ainda na casa dos 20%.
Da Itaúsa à Weg, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.