Radar: Itaú (ITUB4) distribuirá JCP aos acionistas, Raízen (RAIZ4) pode ser penalizada e Braskem (BRKM5) planeja oferta bilionária

conselho de administração do Itaú (ITUB4) aprovou hoje (6) o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP), no valor de R$ 0,2693 por ação, conforme comunicado pela empresa nesta quarta-feira.

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Os JCP do Itaú estão sujeitos a retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em uma remuneração líquida de R$ 0,228905 por ação, com exceção da retenção para os acionistas pessoas jurídicas que comprovarem ser imunes ou isentos.

Os juros sobre capital próprio do Itaú serão pagos até 30 de abril de 2024, como geralmente é feito pela companhia.

Os JCP do Itaú têm como base de cálculo a posição acionária final registrada no dia 18 de setembro de 2023. Por essa razão, as ações do banco serão negociadas sem direito a proventos a partir do dia 19 de setembro.

Além de Itaú, confira outros destaques desta quarta-feira:

Raízen (RAIZ4) pode perder licença por entregar dados falsos de produção, diz ANP

  • Raízen (RAIZ4) foi novamente advertida pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP).
  • O motivo são os dados falsos entregues pela Raízen, que infla sua capacidade de produção e etanol. Além disso, a companhia não apresentou nenhuma justificativa cabível.
  • A primeira vez que a empresa de Rubens Ometto teve este problema neste ano foi em meados de junho , após uma fiscalização.
  • Com problemas regulatórios, à Raízen pode perder sua licença de produção.
  • Entre fevereiro e maio, houveram 59 registros da ANP sobre rendimentos ‘inconsistentes e inverídicos’ na produção da etanol da Raízen nos estados de São Paulo e Goiás.
  • As informações da Raízen são de uma produção de 439 milhões de litros de etanol nesse período, utilizando 808,8 mil toneladas de matéria prima (melado, bagaço, palha e cana de açúcar).
  • Com isso, a proporção e de 2kg de matéria prima para cada litro de etanol. Apesar disso, a Raízen transparece em seu site que necessita de 12kg de cana de açúcar.
  • Vale lembrar que em meados de 2020 a empresa já havia sido responsabilizada pelo mesmo problema.
  • O fornecimento de dados de produção à ANP é uma obrigação regulatória.

Braskem (BRKM5) quer levantar até US$ 1 bilhão com nova oferta; Veja os motivos

  • Braskem (BRKM5) começou a apresentar para os investidores a sua 2ª emissão de bonds de 2023, conforme noticiado hoje (6) pelo jornal Valor Econômico.
  • Com a realização da emissão de dívida externa, a Braskem quer levantar um total de US$ 1 bilhão. Embora as apresentações já estejam sendo realizadas, os preços envolvidos na oferta ainda não foram divulgados, já que devem ser definidos entre amanhã (7) e sexta (8), segundo o jornal.
  • Os títulos de dívida da Braskem terão um prazo de sete anos. O dinheiro arrecadado vai ser utilizado para fins corporativos gerais. Nesse sentido, a empresa poderá, inclusive, antecipar dívidas.
  • Quem vai coordenar a oferta da Braskem são as seguintes instituições: Morgan Stanley, CrediAg, Citi, Santander, Itaú BBA e SMBC Nikko.
  • A demanda por títulos da Braskem passou dos US$ 6,1 bilhões em fevereiro deste ano. Na época, a empresa petroquímica conseguiu arrecadar US$ 1 bilhão com títulos de dívida, cujo prazo era de 10 anos. A taxa de remuneração, que era de 7,75%, passou para 7,25%.

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Azul (AZUL4): com reestruturação da dívida e demanda aquecida, analistas veem alta das ações – mas mantêm recomendação neutra

  • Em relatório, o BTG Pactual manteve recomendação neutra para Azul (AZUL4). Após Investor Day, realizado nesta quarta-feira (5) em Nova York, os analistas do BTG elogiaram o processo de reestruturação da dívida da companhia e estão otimistas com a reformulação de seu modelo de negócios.
  • De acordo com o BTG, durante o Investor Day, os executivos da Azul demonstraram que a companhia conseguiu cumprir seus compromissos firmados no IPO (Oferta Pública Inicial) de 2017, mesmo com o cenário desafiador da pandemia deCovid-19, além de melhorar algumas métricas financeiras. 
  • “A receita da Azul está três vezes maior do que em 2016, enquanto a capacidade ofertada em quilômetros de assentos disponíveis (ASK) dobrou, destacando o compromisso com disciplina de custos e lucratividade”, diz o BTG. 
  • Associado a isso, as unidades de negócios da Azul não relacionadas à aviação, como o programa de fidelidade e o negócio de embalagens, registraram crescimento. 
  • Segundo analistas, embora o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) tenha se recuperado pós-Covid, os preços das ações permanecem abaixo dos níveis pré-pandemia, inclusive do preço de IPO. “A Azul afirmou que sua avaliação (4-5 vezes o Ebitda) está com um pequeno desconto em relação à média de seus pares na América Latina. Dada sua gestão significativa de passivos, principalmente em comparação com a reestruturação de dívidas de seus pares, uma reavaliação parece altamente justificada.”
  • Neste cenário, o BTG mantém recomendação neutra para ações, com preço-alvo de R$ 20 – ante os R$ 13.

Infracommerce (IFCM3) pretende fazer oferta de ações no total de R$ 277,5 milhões; papéis despencam da Bolsa

  • A Infracommerce (IFCM3) anunciou, nesta quarta-feira (06), que pretende realizar um follow-on (oferta pública subsequente de ações) com a distribuição primária de 150 milhões de papéis, totalizando R$ 277,5 milhões. O valor leva como base a cotação de terça-feira (5), quando as ações valiam R$ 1,85. Hoje, os papéis despencaram quase 11% na Bolsa. 
  • Segundo a empresa, os recursos da oferta da Infracommerce devem ser usados para melhora da estrutura de capital e para o processo de aquisições. 
  • Do total, R$ 205 milhões já são objetos de compromissos e acordos celebrados com sócios e acionistas da companhia. Segundo a Reuters, ainda pode ser acrescido um lote adicional de 75 milhões de ações, além de uma emissão de 1 bônus de subscrição para cada 3 ações.
  • De acordo com o Pipeline, o Pátria se comprometeu a subscrever R$ 60 milhões, enquanto os principais acionistas devem aportar R$ 33 milhões. Os maiores acionistas da Infracommerce  são a Compass (7,5%), seguida pela Flybridge Capital (7,1%) e a Alphorn Investments (7,1%).
  • Além disso, estimativas do Citibank apontaram que o follow-on pode gerar uma diluição de até  44% para os atuais acionistas.
  • Para estruturar a operação, a Infracommerce contratou o Itaú BBA. 

Nubank (ROXO34): NuPay é autorizado a atuar como instituição de pagamento

  • A plataforma de pagamento do Nubank (ROXO34) para e-commerces, o NuPay for Business, recebeu autorização do Banco Central (BC) para operar como uma instituição de pagamento. Agora a plataforma de pagamentos de varejistas poderá emitir moeda eletrônica, ser credenciador e iniciar transações de pagamento. As informações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (6).
  • Segundo o banco digital (ex-NUBR33), em apuração da Reuters, este processo já estava em andamento e “agora teve sua finalização, dentro do período regulatório previsto.”
  • A publicação do DOU informou que o NuPay for Business agora pode atuar como:
  • Emissor de moeda eletrônica;
  • Credenciador;
  • Iniciador de transações de pagamento.
  • NuPay for Business nasceu da aquisição da fintech Spin Pay, em 2021, pela Nubank. Desde então, a empresa engloba o ecossistema do “roxinho”, servindo pagamentos instantâneos para as empresas (pessoas jurídicas).
  • Para clientes pessoas físicas, o NuPay foi a opção criada para pagamento para e-commerce que permite fazer compras diretamente pelo app do Nubank, com taxas menores para lojistas.

Do Itaú ao Nubank, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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