O Itaú (ITUB4) foi atingido por um facão duplo do Inter Research, com um rebaixamento no preço-alvo das ações e na recomendação dos papéis. De acordo com o analista Matheus Amaral, o “cenário para 2023 ainda requer cautela com os bancos”. Por esse mesmo motivo, os papéis do Bradesco (BBDC4) e do Santander (SANB11) também foram atingidos.
As ações do Itaú perderam a recomendação de “compra” do Inter e foram para “neutra”, com o novo preço-alvo de R$ 28 (ante R$ 35).
“A inadimplência no banco segue mostrando gradual deterioração e o cenário de crédito ainda se mostra restritivo, o que deve pressionar o banco no seu custo do risco”, destacou Amaral.
“Ainda observamos o Itaú como um player sólido, com uma carteira diversificada e clientes com características de maior renda trazendo melhor qualidade de crédito ao banco. Sua transformação cultural também tem trazido maior agilidade com plataformas como o íon ganhando tração na competição no varejo de investimentos, aliada às aquisições estratégicas como a Avenue, que devem complementar ainda mais seu portfólio de serviços”, complementou o especialista.
Além de Itaú, confira outros destaques desta terça-feira:
Banco do Brasil (BBAS3): analistas sobem preço-alvo à espera de ‘resultados fortes’ no 1T23
- O Banco do Brasil (BBAS3) teve seu preço-alvo elevado pelos analistas da Inter Research. A casa trabalha agora com o valor de R$ 49 para os papéis no fim deste ano (ante R$ 42 no relatório anterior), mas mantém a recomendação neutra. Segundo o analista Matheus Amaral, a expectativa é de que o banco apresente “resultados ainda fortes” no próximo balanço, agendado para 15 de maio. Nesta terça (25), os papéis do banco são negociados a R$ 43.
- “O banco tem avançado em linhas sem garantia, como cartão de crédito, e a safra atual da inadimplência na pessoa física tem mostrado maiores níveis desde 2013″, destacou o analista ao analisar os números do Banco do Brasil.
- “Por outro lado, o banco tem apresentado a melhor performance do setor no ano e ainda traz mais qualidade que seus pares, vindo da sua carteira de crédito altamente colateralizada, forte desempenho com tesouraria com uma carteira de ativos concentrada em títulos atrelados à Selic e bom controle de custos e outros resultados, que também contam com superávit na Previ”, prosseguiu.
- Segundo o especialista, a recomendação neutra nas ações do Banco do Brasil é justificada pelo “cenário atual do crédito, que ainda pressiona o setor”.
Magazine Luiza (MGLU3), Arezzo (ARZZ3) e as outras varejistas vivem dia difícil no Ibovespa hoje. O que houve?
- As ações das empresas ligadas ao setor do varejo, como Magazine Luiza (MGLU3) e Arezzo (ARZZ3), tiveram um dia difícil no pregão desta terça (25) e caíram em bloco. O movimento ocorreu após a divulgação dos números da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de fevereiro/23, indicador que apresentou uma queda de 0,1% no setor, ante janeiro deste ano.
- No Ibovespa hoje, as varejistas apresentaram quedas significativas. Confira como os principais papéis fecharam o dia:
- Guararapes/Riachuelo (GUAR3): queda de 5,01%, ao preço de R$ 4,17;
- C&A (CEAB3): queda de 4,93%, ao preço de R$ 2,70;
- Arezzo (ARZZ3): queda de 3,51%, ao preço de R$ 62,40;
- Assaí (ASAI3): queda de 3,26%, ao preço de R$ 12,48;
- Magazine Luiza (MGLU3): queda de 3,25%, ao preço de R$ 3,28;
- Lojas Renner (LREN3): queda de 2,19%, ao preço de R$ 14,77.
Lucro da Neoenergia (NEOE3) sobe 0,25% no 1T23 e soma R$ 1,215 bilhão
- A Neoenergia (NEOE3) registrou lucro líquido de R$ 1,215 bilhão no primeiro trimestre de 2023 (1T23), de acordo com o balanço publicado nesta terça (25), o que representa um aumento de 0,25% em relação ao mesmo período do ano anterior.
- O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Neoenergia teve alta de 14% em relação ao 1T22, alcançando R$ 3,6 bilhões nos três primeiros meses de 2023. Já o Ebitda ajustado no período foi de R$ 2,6 bilhões, avanço de 7% na comparação anual.
- Segundo a companhia, o resultado positivo foi influenciado pela entrega de projetos de geração renovável, como o complexo solar Neoenergia Luzia (PA), o primeiro empreendimento de geração fotovoltaica centralizada da companhia.
- Enquanto isso, a dívida líquida da companhia, incluindo equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários avançou 1% no trimestre, em comparação com o mesmo período de 2022, totalizando R$ 36,8 bilhões.
- No período, os investimentos da Neoenergia totalizaram R$ 2,1 bilhões, redução de 13% em comparação com o mesmo intervalo de 2022. Com a finalização dos projetos de geração de energia renovável, os aportes agora se concentram em negócios de redes, que receberam R$ 1,9 bilhão para melhoria e ampliação dos serviços de distribuição e transmissão.
Lucro da Alphabet (GOGL34), dona do Google, recua 8,5% no 1T23, para US$ 15,05 bi
- A Alphabet (GOGL34), que controla o Google, teve lucro líquido de US$ 15,05 bilhões no primeiro trimestre de 2023, queda de 8,5% na comparação anual, ou US$ 1,17 por ação, segundo balanço divulgado nesta terça-feira. No mesmo período do ano passado, a multinacional americana havia lucrado US$ 16,436 bilhões, ou US$ 1,23 por ação. Mesmo com o recuo anual, o valor acabou superando a previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 1,08.
- Já a receita da Alphabet teve avanço anual de 3% no trimestre, a US$ 69,787 bilhões. O segmento é liderado pelos anúncios do Google, que somaram US$ 54,55 bilhões no período.
- A receita com publicidade do Google veio acima das expectativas dos analistas, embora tenha recuado em relação ao mesmo intervalo do ano anterior – quando anotou US$ 54,66 bi. A receita de publicidade do YouTube foi de US$ 6,69 bilhões ante US$ 6,6 bilhões, segundo estimativa do StreetAccount.
- A Alphabet destacou ainda uma redução de US$ 2 bilhões em custos operacionais, especialmente ligados a ambientes de trabalho. Além disso, a empresa autorizou uma recompra de ações no valor de US$ 70 bilhões.
- A receita do serviços de nuvem do Google Cloud foi de US$ 7,45 bilhões, também acima das projeções da StreetAccount.
- Os custos de aquisição de tráfego (TAC, na sigla em inglês) foram de US$ 11,72 bilhões contra US$ 11,78 bilhões, de acordo com a estimativa dos especialistas.
Petrobras (PETR4) está de olho na marca BR, da Vibra (VBBR3); analistas veem impactos nos dividendos
- Atendendo a direcionamento do novo governo, a Petrobras (PETR4) está buscando meios de retomar a sua distribuição. Segundo informações do Broadcast/Estadão, os primeiros passos para isso têm sido dados: a estatal estaria em busca de retomar a marca BR, que foi arrendada à Vibra (VBBR3) por dez anos, desde a da venda da BR Distribuidora.
- A Vibra Energia, ex-subsidiária da Petrobras, adquiriu o direito de usar a marca até 2031. Entre as opções que a petroleira estaria mirando para reaver a marca está o questionamento jurídico do contrato de arrendamento.
- Ainda de acordo com o Estadão, a Petrobras já iniciou conversas informais com fundos investidores nacionais e estrangeiros interessados no mercado. Contudo, ainda não foi apresentada uma proposta formal ao alto comando da Vibra.
- Procurada pelo Suno Notícias, até o fechamento da matéria, a Petrobras não se manifestou sobre o assunto.
Eneva (ENEV3) investe R$ 5,5 milhões na Sunne, startup especializada em energia renovável
- A Eneva (ENEV3) anunciou o investimento de mais R$ 5,5 milhões na Sunne, startup especializada na negociação de energia limpa a pequenos e médios consumidores do Nordeste. Em 2021, a companhia já havia aportado R$ 1 milhão na startup em parceria com o grupo de investidores GVAngels.
- Entre as razões que levaram a Eneva a investir na Sunne está o diferencial da startup em negociar energia limpa e sustentável a pequenos e médios consumidores por meios flexíveis de contratação. Na prática, ela negocia eletricidade produzida a partir de fontes renováveis e distribui essa capacidade como crédito aos seus clientes.
- O valor correspondente a esse volume de energia é descontado na conta de luz desse cliente, o que garante uma economia de até 20% ao mês.
- Além disso, a startup tem dois produtos:
- marketplace: no qual faz a prospecção comercial dos consumidores;
- SaaS (Software as a Service): plataforma proprietária responsável pela gestão comercial entre clientes e empresas de energia.
Com baixa na cotação do minério, Vale (VALE3) afunda e pressiona Ibovespa. O que está acontecendo?
- As ações da Vale (VALE3) amargam nova queda no Ibovespa desta terça-feira (25). Por volta das 15h10, os papéis da companhia fecharam em queda de 2,72%, cotados a R$ 70. E o motivo não é exatamente uma novidade para os investidores: o minério de ferro voltou a cair. A queda da Vale pressionou o Ibovespa, que fechou em queda.
- No entanto, o preocupante é que a commodity recua pelo quinta dia consecutivo. As negociações na bolsa de Dalian, na China, fecharam com queda de 1,86%, a cerca de US$ 102,83 (711 iuanes) a tonelada do metal.
- Atingindo a menor cotação em desde 21 de dezembro, os contratos futuros do minério de ferro foram negativamente impactados com a demanda fraca da China pela commodity. Com isso, as usinas do país reduziram a produção de aço e a possibilidade de um excesso de oferta da matéria-prima siderúrgica cresceu.
- Diante do pessimismo com a commodity, não somente a Vale caiu no Ibovespa, mas seus pares de setor também. Confira as cotações abaixo:
- CSN Mineração (CMIN3): -3,18%, cotada a R$ 4,27;
- CSN (CSNA3): -3,99%, cotada a R$ 13,49;
- Gerdau (GGBR4): -4,22%, cotada a R$ 24,09;
- Usiminas (USIM5): -1,83%, cotada a R$ 6,98.
Americanas (AMER3) faz mudança permanente no marketplace após ‘susto’ com recuperação judicial
- A Americanas (AMER3) fará uma mudança na política de repasse dos valores recebidos aos lojistas do marketplace da plataforma. Marco Zolet, diretor da varejista, adiantou à Bloomberg Línea que os recursos serão entregues aos vendedores de forma semanal e permanente.
- “Foi um projeto piloto, que agora vamos tornar permanente. O objetivo é ficar mais próximo dos sellers (vendedores), que se assustaram com os eventos do fato relevante de 11 de janeiro”, comentou Zolet ao veículo.
- Em março, a varejista divulgou ao mercado que os vendedores da plataforma seguiam recebendo os repasses, dentro dos prazos de pagamentos e acordos estabelecidos. Uma parte deste grupo já recebia os recursos de forma semanal, o que será o padrão para todos agora.
- “Temos mais de 150 mil sellers. Não houve redução nesse número mesmo após o fato relevante de 11 de janeiro”, reforçou o diretor de marketplace da Americanas.
- Antes da recuperação judicial da Americanas, o número de lojistas cadastrados na plataforma era de 149 mil (3T22). Porém, a empresa não divulgava quantos eram considerados ativos.
Do Itaú à Magazine Luiza, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.