Radar: ISA Cteep (TRPL4) pagará juros de debêntures, Ânima (ANIM3) é a preferida do BTG no setor e mudança de regra pode beneficiar Nubank (ROXO34) e XP (XPBR31)
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A ISA Cteep (TRPL4) informou nesta quarta-feira (14) que pagará o valor principal e os juros de debêntures da 5ª emissão da companhia, de R$ 1.412,41217212 e R$ 69,70151528 por debênture, respectivamente.
O pagamento da remuneração de debêntures da ISA Cteep será realizado amanhã, 15 de fevereiro de 2024, de modo que a data “ex-juros” foi hoje (14).
As debêntures da ISA Cteep são do tipo simples, não conversíveis em ações e da espécie quirografária. A emissão foi realizada em série única.
A empresa ainda informou que as debêntures da 5ª emissão não vão ser mais negociadas por conta do seu vencimento final.
Além de ISA Cteep, confira outros destaques desta quarta-feira:
Ânima (ANIM3) é top pick do BTG no setor de educação, que vê ciclo robusto de admissão; entenda
- O BTG Pactual avalia que as empresas do setor de educação deverão ter uma melhoria gradual, mas ainda enfrentarão inúmeros desafios em 2024. No setor, como preferida, o banco escolheu a Ânima (ANIM3).
- “As empresas de educação indicaram um robusto ciclo de admissão no primeiro semestre de 2024 até agora, impulsionado pela divulgação antecipada dos resultados do Enem“, comentam os analistas.
- Segundo o BTG, a Ânima está confiante em entregar resultados fortes no 4T23. Apesar de esperar um aumento na dívida líquida, a alavancagem deve cair devido à expansão sólida do Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Para 2024, a expectativa é que a empresa continue disciplinada em relação a preços, custos e alavancagem.
- O banco mantém recomendação de compra para Cruzeiro do Sul (CSED3) que, segundo a administração, deve ter as receitas líquidas acima da inflação novamente este ano, refletindo melhores volumes e um leve aumento no ticket médio.
- Sobre a Vitrus, a recomendação também é de compra, na espera de melhor liquidez e redução dos custos neste ano. Além disso, as impressões iniciais do ciclo do primeiro semestre apontam para outro round de robusto crescimento de admissão.
- Para a Cogna (COGN3), o banco espera que as receitas cresçam em um dígito alto durante o ciclo de admissão do primeiro semestre de 2024. “A administração está confiante sobre novas oportunidades no canal B2G (soluções para o setor público), e o crescimento no negócio principal deve permanecer estável, apoiado por ligeiros ganhos de margem”, explica o BTG. No entanto, o banco recomenda venda para as ações.
Nubank (ROXO34) e XP (XPBR31) podem ganhar com ‘fluxo bilionário’ após mudança de regra; entenda
- A MSCI fez o anúncio de que, a partir de agosto deste ano, companhias brasileiras listadas no exterior – como Nubank (ROXO34) e XP (XPBR31) – poderão integrar seu índice MSCI Brazil.
- Essas companhias, como Nubank, XP, Inter (INBR32), Stone (STOC31) e outras, podem receber um fluxo bilionário de investimentos por conta da mudança.
- Isso considerando que há uma série de investidores em ETFs do MSCI Brazil. Além disso, fundos e outros investidores institucionais só realizam aportes em companhias brasileiras que estão contempladas no índice.
- Segundo estimativas do Morgan Stanley, essa mudança trará um fluxo de investimentos de US$ 4,7 bilhões para o Nubank, o Inter, a Stone e o PagSeguro.
- Para a casa, essas quatro são as que possuem mais chances de serem inclusas no índice logo após a mudança de regras.
- Além disso, os analistas ainda acrescentam que o impacto é muito relevante para as companhias na medida em que todas terão acesso ao mercado de capitais e ainda ganharão o fluxo passivo do índice via ETFs e institucionais.
- Especialistas do BBA destacaram que acreditam que Nubank e XP “não terão problemas em aderir ao índice”, ao passo que os resultados de Stone devem ser acompanhados de perto para ver se sua capitalização de mercado no último dez dias úteis de julho cumprirão o limite.
- “Para o AUM passivo seguindo a América Latina, isso poderia criar uma pressão de compra significativa para esses três nomes. No final de janeiro realizamos uma análise de fluxo que resultou na nossa estimativa de US$ 2,8 bilhões de dólares de entradas (ativas e passivas) para Nubank, representando 13 dias de pressão compradora; US$ 1 bilhão de entrada para XP, com 8 dias de pressão; e potencialmente US$ 324 milhões em entradas para a Stone, com 4 dias de pressão”, diz o BBA.
Hapvida (HAPV3), Rede D’Or (RDOR3) e mais: BTG vê cenário desafiador para setor de saúde, mas elege suas favoritas; veja recomendações
- Em relatório, o BTG Pactual afirmou que as empresas de saúde devem apresentar uma melhoria gradual, com a integração de fusões e aquisições continuando no centro dos desafios. Neste contexto, o banco mantém a Hapvida (HAPV3) como sua escolha preferida para o setor.
- “A Hapvida reconhece que a integração do sistema com o Grupo NotreDame Intermédica (GNDI) será um grande desafio este ano, mas o processo já está em andamento e está sendo implementado gradualmente para minimizar interrupções para os beneficiários”, explica o BTG.
- Segundo o banco, a empresa está focada em limitar a rotatividade, então não é esperado fazer ajustes na rede até pelo menos junho. Dessa forma, a Hapvida busca direcionar a discussão para a melhora da sinistralidade (MLR) no longo prazo.
- “O objetivo é alcançar um MLR de 68% e uma margem Ebitda de 15%, mas eles não querem estabelecer um prazo específico”, afirma o BTG, que recomenda compra das ações da Hapvida.
- No setor, o BTG também recomenda compra das ações da Rede D’Or (RDOR3), Viveo (VVEO3) e Oncoclínicas (ONCO3). No caso da Rede D’Or, os analistas avaliam que a administração continua tendo melhorias graduais em 2024, em vários aspectos. No negócio hospitalar, a rede pretende abrir até 500 leitos operacionais este ano, com potencial para melhorias nas margens.
- Por sua vez, segundo o BTG, a Viveo (VVEO3) expressou confiança em seu plano de 2024, que visa colocar a lucratividade e a geração de caixa de volta aos trilhos, embora o 4T23 e o 1T24 devam ser difíceis. Já a Oncoclínicas espera, em 2024, expansão da margem de 100-150bps e lucro líquido próximo ao consenso, cerca de R$ 390 milhões.
Caixa Seguridade (CXSE3) divulga desempenho referente ao mês de dezembro de 2023; veja
- A Caixa Seguridade (CXSE3), holding de seguros, previdência privada e capitalização da Caixa Econômica Federal (CEF), divulgou nesta quarta-feira (14) seu relatório de desempenho referente ao mês de dezembro de 2023.
- Segundo a companhia, no período, o volume em contribuições chegou a R$ 2,2 bilhões, alta de 10,1% em relação a dezembro de 2022. No mês, a captação líquida da Caixa Seguridade foi de R$ 517,9 milhões e as Reservas de Previdência registraram crescimento de 15,9% na base anual, alcançando o montante de R$ 155 bilhões.
- Já as arrecadações mensais da Caixa Seguridade atingiram R$ 135,3 milhões, aumento de 114,2% em relação a dezembro de 2022, com destaque para as arrecadações de pagamento mensal, que representaram 58,7% do total arrecadado no mês.
BB Seguridade (BBSE3) divulga desempenho referente ao mês de dezembro de 2023; confira
- O BB Seguridade (BBSE3) divulgou nesta quarta-feira (14) seu relatório de desempenho referente ao mês de dezembro de 2023.
- Segundo a companhia, no período, a emissão de prêmios do seguro de vida cresceu 2,2% em relação a dezembro de 2022, com impacto positivo decorrente da evolução de vendas novas.
- Já o seguro prestamista do BB Seguridade retraiu 14,5% em prêmios emitidos no período, devido à menor penetração na originação do crédito.
- Por sua vez, os prêmios emitidos do segmento do rural recuaram 5,5%, com queda das emissões do agrícola (-33,6%) e penhor rural (-9,9%). “Tais efeitos foram parcialmente compensados pelas emissões de vida produtor rural (+8,2%), considerando a alta do ticket médio“, pontuou o BB Seguridade.
- Em dezembro, de acordo com a empresa, as contribuições contraíram 8,8% ante o mesmo mês de 2022, com redução do ticket médio das contribuições esporádicas.
- Além disso, a arrecadação do BB Seguridade em dezembro de 2023 apresentou alta de 0,8% em relação a dezembro de 2022, devido ao maior ticket médio dos títulos de pagamento único, efeito parcialmente compensado pela retração na quantidade de títulos vendidos no mês.
Banrisul (BRSR6): Após lucro de R$ 304 milhões, analistas reiteram otimismo
- Após o Banrisul (BRSR6) divulgar seu resultado referente ao quarto trimestre de 20233 (4T23), analistas reforçaram seu otimismo com a companhia. Tanto o BTG Pactual quanto a Genial Investimentos reiteraram recomendação de compra para as ações.
- Os analistas do BTG tem um preço-alvo de R$ 17 para as ações do Banrisul, o que implicaria em uma valorização de cerca de 22%.
- Segundo a casa, o principal destaque do resultado do Banrisul foi o forte crescimento da Receita Líquida de Juros (NII, na sigla em inglês), que também deverá impulsionar os resultados de 2024.
- “Mais importante que o 4º trimestre em si, o Banrisul divulgou sólido guidance para 2024, sinalizando alta de 3,5% no NII ajustado ao risco, acima do esperado (+28% a/a). Assumindo estimativas conservadoras para o restante da linha superior, a orientação sinaliza um ROE de 11-12%, em linha com nós e com o consenso de mercado”, diz a casa.
- Especialistas da Genial, da mesma forma, viram com bons olhos o balanço do Banrisul, mantendo a recomendação de compra com preço-alvo de R$ 17,60 por ação BRSR6.
- “Apesar da recente transição, a nova equipe conseguiu apresentar melhorias no banco, especialmente com ajustes na tesouraria, na equipe de vendas, recuperação do crédito, e processo de aprovação do consignado estadual, que aumenta a receita de juros e diminui despesa com provisões. Além disso, o 4T23 não foi impactado por eventos pontuais que ocorreram no trimestre anterior”.
- Além disso, os analistas estimam que em 2024 o banco apresente um desempenho operacional significativamente mais atrativo em comparação a 2023, com lucro crescendo 40% na base anual e chegando a R$ 1,2 bilhão, elevando a rentabilidade para 12,2%.
- “Acreditamos que 2024 será caracterizado por um maior controle das despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) e que a receita líquida de juros terá um sólido crescimento ano a ano, impulsionada por maiores spreads e menores custos de captação (funding), em parte devido à queda da taxa Selic”, conclui a Genial.
Usiminas (USIM5): apesar de resultado positivo, analistas seguem cautelosos; confira
- Em relatórios após a divulgação dos resultados do quarto trimestre da Usiminas (USIM5), analistas se mostraram cautelosos em relação à companhia, mesmo com o desempenho relativamente positivo no período.
- No acumulado do quarto trimestre de 2023 (4T23), a Usiminas teve um lucro líquido de R$ 975 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 166 milhões registrado no terceiro trimestre e as perdas de R$ 839 milhões reportadas no 4T22.
- O resultado da Usiminas voltando ao positivo foi decorrente da maior recuperabilidade de prejuízos fiscais no valor de R$ 495 milhões, além dos efeitos pontuais em custos e despesas operacionais, detalhados na unidade de siderurgia.
- Para a Genial Investimentos, em linhas gerais, a Usiminas apresentou mais um resultado fraco no 4T23, que foi inflado por reversões de provisões que não configuram desempenho operacional. Apesar disso, o volume na siderurgia veio superior às suas estimativas.
- “Destacamos que a Usiminas consegue surpreender no volume consistentemente, e isso é um ponto positivo. Porém, a dinâmica setorial e dos mercados as quais a companhia está mais exposta permanecem muito desafiadoras, principalmente em relação a precificação”, disseram os analistas Igor Guedes e Lucas Bonventi.
- A Genial espera uma melhora da Usiminas em 2024 devido à dinâmica do mercado automotivo e à reforma do Alto-Forno 3. No entanto, a casa não descarta uma continuidade dos desafios, em linha com a alta penetração do aço chinês e a baixa demanda, especialmente no segmento industrial.
- “A Usiminas aumentou os preços em 6% para a grande rede (distribuição), que representa cerca de 30% das vendas. Entretanto, o setor industrial, responsável por cerca de 40% das vendas, pode evitar reajustes, levando a potenciais quedas de preços. Assim, o efeito líquido sobre o preço da Usiminas no 1T24 deve ser de lateralização, indicando condições de margens ainda apertadas”.
- A casa tem a expectativa, também, de um 1T24 e um 2T24 mais fracos, mas gradualmente melhores, até o 3T24, quando realmente o pico sazonal para o aço e o efeito da redução da Selic na economia real devem coincidir para melhorar os números da Usiminas de forma mais contundente. “Até lá, não estamos otimistas”, completa.
- Por fim, a Genial pontua que o resultado do 4T23 da Usiminas confirma que a situação da empresa ainda é debilitada, uma vez que a melhora de Ebitda veio de uma não recorrência, com reversão de provisões e não de um ambiente mais saudável do ponto de vista operacional.
- “Para nós, os números de Ebitda e lucro líquido mascararam a performance ruim da companhia no 4T23. Sabemos que há dias melhores para a Usiminas à frente, mas não há razão para otimismo em excesso”, ressaltaram os analistas.
- A Genial tem recomendação de ‘manter’ para as ações de Usiminas, com preço-alvo a R$ 8,70, configurando um downside de -6,25%.
Da ISA Cteep ao Nubank, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.