Radar: Previ entra com pedido de arbitragem contra o IRB (IRBR3), Vivara (VIVA3) bate recorde de vendas e BlackRock passa a deter 10% de ações ordinárias da Cogna (COGN3)
O IRB Brasil (IRBR3) comunicou que a Previ – fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3) – entrou com um pedido de arbitragem contra a companhia.
Além do IRB, também são alvos do pedido de arbitragem Fernando Passos e José Carlos Cardoso, ambos ex-executivos da empresa.
No pedido, a Previ solicita um ressarcimento de R$ 10 milhões.
Conforme a resseguradora, o pedido foi feito à Câmara de Arbitragem (CAM) da B3 no dia 12 de dezembro, e a companhia tinha sido informada sobre o pedido ainda no fim de 2023, no dia 26 de dezembro.
“A requerente alega que as ações de emissão da companhia detidas por ela sofreram desvalorização abrupta desde fevereiro de 2020, em decorrência de alegada divulgação de informações falsas ou enganosas acerca das informações financeiras elaboradas pela companhia e da sua base acionária. A requerente pede a condenação dos requeridos à indenização por perdas e danos relacionados aos fatos narrados acima”, diz o IRB.
A companhia se envolveu em dois escândalos nos últimos anos. O primeiro – e maior – foi uma fraude contábil revelada pela gestora Squadra, de Guilherme Aché.
A frauda contábil, que derrubou as ações IRBR3, também causou a saída de Passos e Cardoso.
O segundo escândalo consistiu na afirmação de que a Berkshire Hathaway (BERK34), de Warren Buffett, havia comprado ações do IRB.
A afirmação foi feita por Passos e Cardoso quando ainda eram executivos do IRB, durante uma teleconferência de resultados trimestrais.
Além de IRB Brasil, confira outros destaques desta quarta-feira:
Vivara (VIVA3) registra recorde de vendas em 2023: R$ 2,8 bi, alta anual de 21,6%; veja o que impactou o resultado
- A Vivara (VIVA3), maior joalheria da América Latina, atingiu um novo recorde de vendas em 2023, totalizando R$ 2,8 bilhões no período, uma alta de 21,6% em relação ao ano anterior, impactada pela Black Friday e Natal, duas datas vitais para o varejo nacional. Os números foram apresentados na prévia operacional divulgada ao mercado nesta quarta (3).
- A companhia informou que as vendas na Black Friday, compreendidas entre os dias 13 e 27 de novembro, cresceram 31,2% na base anual.
- As vendas da Vivara no Natal, por sua vez, de 1º a 24 de dezembro, totalizaram R$ 440 milhões, número 20,3% maior que o visto no mesmo intervalo de 2022. O destaque foi para as regiões Nordeste e Centro-Oeste, que apresentaram uma expansão de 25% de vendas no período
- Ainda segundo o documento, o aumento das vendas da Vivara reflete a expansão de itens vendidos, responsáveis por 65% do crescimento registrado, a criação de oito novas coleções e a antecipação do abastecimento das lojas, que potencializou a venda dos produtos das novas coleções durante o período. “O Natal garantiu à joalheria um mix de vendas diversificado em que 45,3% foram das marcas Life, 40,8% de joias e 11,8% de relógios”, diz a companhia.
- Por categoria, do total vendido no ano passado, o maior volume de vendas foi das lojas Físicas, de R$ 2,33 bilhões, enquanto as lojas Vivara somaram R$ 1,36 bilhão. As lojas Life, voltadas para o público de média renda, registraram R$ 1,01 bilhão. Na sequência, aparecem os segmentos de Relógios e Acessórios, que totalizaram R$ 337,14 milhões e R$ 53,4 milhões, respectivamente.
BlackRock passa a deter 10% de ações ordinárias da Cogna (COGN3)
- A Cogna (COGN3) anunciou nesta quarta-feira, 3, que a BlackRock, uma das maiores gestoras do mundo, passou a deter 188,006 milhões de ações ordinárias da companhia, o que representa 10,018% do total de ações de mesma classe.
- Em comunicado enviado ao mercado, a empresa de educação explicou que o objetivo da Blackrock, ao atingir esse percentual de ações na Cogna, é estritamente investimento, não tendo como objetivo a alteração do controle acionário.
Nubank (ROXO34): subsidiária da Colômbia recebe aval para operar como financeira
- O Nu Colômbia, subsidiária do Nubank (ROXO34) no país, teve aprovada sua solicitação para operar como empresa financeira.
- A decisão foi comunicada pelo Nubank nesta quarta-feira (3), após decisão da Superintendência Financeira da Colômbia.
- A aprovação significa um marco significativo para a operação colombiana do Nu, que também abre espaço para a expansão de seu portfólio de produtos para poupança, com o lançamento iminente da Cuenta Nu, um movimento crucial para sua visão de longo prazo no país.
- Segundo o Nubank, tornar-se uma financeira é um passo fundamental no plano de crescimento do Nu Colômbia, enquanto a empresa busca se tornar líder em serviços financeiros digitais no país.
- Atualmente, a empresa possui clientes em 100% dos departamentos colombianos e, até setembro de 2023, já havia alcançado 800.000 clientes apenas com seu produto de cartão de crédito.
- “Obter essa licença é o resultado de meses de trabalho em equipe e representa um passo fundamental na nossa jornada na Colômbia, ao fornecer o quadro regulatório adequado para o lançamento da Cuenta Nu e a expansão contínua de nosso portfólio de produtos”, diz Marcela Torres, líder de operações do Nu Colômbia.
- Segundo ela, a Cuenta Nu ajudará os colombianos a alcançarem seus objetivos de economia e planos financeiros, e nos permitirá ampliar nosso impacto para milhões de pessoas, sendo capazes de dizer ‘sim’ a todos.
- O Nu tem demonstrado seu compromisso com a Colômbia, não apenas com a recente licença de operação, mas também por meio de investimentos significativos. A empresa celebrou em 2023 o segundo aniversário do lançamento de seu cartão de crédito anunciando uma capitalização de aproximadamente US$ 150 milhões para os próximos dois anos, que, somado aos investimentos feitos desde 2021, totaliza cerca de US$ 450 milhões.
- Além disso, em setembro, o IFC aumentou o empréstimo A/B que havia concedido à empresa: do compromisso inicial de US$ 150 milhões para um valor total de US$ 265,1 milhões.
Vale (VALE3) segue como ‘maior aposta’ do Santander em carteira de dividendos
- Em nova atualização da sua carteira de dividendos, os analistas do Santander mantiveram as ações da Vale (VALE3) como as com o maior percentual no portfólio recomendado.
- Conforme o último relatório, a recomendação é de 13% de alocação nas ações da Vale visando dividendos.
- Logo em seguida, aparecem os papéis da Petrobras (PETR3) e do Banco do Brasil (BBAS3), com 12% e 11% recomendados, respectivamente.
- Os especialistas destacaram que as ações VALE3 são as prediletas da casa no segmento de Siderurgia & Mineração, diante da preferência por minério de ferro ante aço.
- “Além disso, vemos a Vale negociando a um valuation atraente (rendimento de FCL de 11% e 4,6x EV/EBITDA 2024E), um desconto de 28% em relação aos pares globais e um desconto de 30% em relação à média da própria Vale de 3 anos”, explica a casa.
- “Também estamos satisfeitos em ver a Administração da Vale confiante em sua geração de fluxo de caixa livre, com a empresa anunciando um novo programa de recompra de ações (cobrindo as ações remanescentes do programa anterior) e a distribuição de cerca de US$ 2 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio“, completa.
Banco do Brasil (BBAS3) atinge máxima histórica após alta de 76% em 2023
- As ações do Banco do Brasil (BBAS3) fecharam o ano de 2023 na sua máxima histórica, em uma cotação de R$ 55,39.
- O recorde para as ações do Banco do Brasil é fruto de um avanço de 76% no acumulado de 2023.
- Após a valorização, o BB está propondo aos acionistas desdobrar cada ação em duas, sem alteração do capital social, o que também dividiria a cotação e tornaria os papéis mais acessíveis a pequenos investidores.
- A assembleia geral extraordinária que votará a proposta de desdobramento foi marcada para o dia 2 de fevereiro, conforme comunicado pela companhia ainda nesta quarta (3).
- A alta das ações BBAS3 foi a maior entre os grandes bancos brasileiros que têm capital aberto. Questões como a rentabilidade acima de 20% em um ano desafiador para os bancos de varejo, o crescimento da carteira de crédito a dois dígitos e a inadimplência abaixo dos pares impulsionaram os papéis.
- Os resultados reduziram os temores do mercado com possíveis guinadas na estratégia do banco com a mudança do governo, dado que a União é a controladora do BB. A presidente do banco, Tarciana Medeiros, e os demais membros do comitê executivo que ela formou são funcionários de carreira do conglomerado.
Do IRB Brasil à Cogna, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.