A Gerdau (GGBR4) pagará R$ 755 milhões em dividendos aos seus acionistas, conforme comunicado na noite desta terça-feira (8) após a divulgação do balanço da companhia.
O valor dos proventos por ação da Gerdau será de R$ 0,43 por ação, que serão pagos em 29 de agosto.
Apenas os investidores com ações da Gerdau no dia 18 de agosto terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 19 de agosto as ações GGBR4 serão negociadas sem direito aos dividendos.
Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos constituem antecipação do dividendo mínimo obrigatório referente ao exercício social em curso.
Dividendos da Gerdau
- Valor total: R$ 755 milhões
- Valor por ação:
- Data de corte: R$ 0,43
- Data do pagamento: 28 de agosto
No pregão de hoje as ações da companhia caíram cerca de 3%, a R$ 26,95. No acumulado do ano, os papéis caem 3,96%.
Além de Gerdau, confira outros destaques desta terça-feira:
Méliuz (CASH3) reduz prejuízo no 2T23 em 73%, para 6,3 mi
- O Méliuz (CASH3), empresa especializada em programas de cashback, divulgou um prejuízo líquido consolidado de R$ 6,3 milhões no segundo trimestre deste ano. Isso representa uma significativa melhora de 73% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o prejuízo foi de R$ 23,3 milhões. No critério ajustado consolidado, o prejuízo foi de R$ 3,9 milhões, também demonstrando uma redução de 11,4% em relação aos R$ 4,4 milhões negativos do período de abril a junho de 2022.
- O Ebitda consolidado do Méliuz (excluindo os números de Bankly) foi de R$ 14,1 milhões negativos, uma melhora de 69% quando comparado a igual intervalo do ano passado. “A melhora do Ebitda na comparação anual é resultado principalmente da redução de custos e despesas realizada entre os períodos”, diz o diretor de Growth da companhia, Gabriel Loures.
- Excluindo os itens extraordinários, o Ebitda consolidado ajustado foi de R$ 11,7 milhões negativos no trimestre, contra R$ 27 milhões negativos no segundo trimestre do ano passado, uma melhora de 56,7%. “Essa queda do Ebitda do Méliuz é resultado principalmente da menor receita no Shopping Brasil em consequência da sazonalidade do período, que já era esperada”, afirma a empresa no release de resultados reportado nesta terça-feira, 8.
- Entre abril e junho de 2023, a receita líquida total do Méliuz atingiu R$ 72,2 milhões, aumento de 1% em relação aos R$ 71,7 milhões reportados um ano antes.
- Já o GMV (valor bruto de mercadoria) somou R$ 1,221 bilhão, recuo anual de 7%. No release de resultados do Méliuz, a empresa destaca aumento da margem do Shopping Brasil em 53% entre os períodos, de R$ 13,0 milhões no segundo trimestre de 2022 para R$ 19,9 milhões no mesmo trimestre deste ano.
- Em relação aos três meses do início do ano, a Méliuz apresentou uma queda de 6% no GMV, atribuída ao caráter do segundo trimestre do ano que é, na visão da empresa, um período com menor volume de vendas para o e-commerce Brasil.
- “Estamos otimistas com o resultado do e-commerce Brasil para o segundo semestre do ano, dado que sazonalmente se trata de um período com maior volume de vendas. Outras variáveis externas, como por exemplo o início da queda da taxa de juros no Brasil, devem impactar positivamente o setor no longo prazo“, diz ainda a empresa.
- O net take rate (taxa líquida de serviço) da companhia ficou em 2,3%, 0,2 ponto porcentual acima da taxa da registrada um ano antes. O take rate ficou em 6,1%, queda de 0,2 p.p. Já o número total de contas totais subiu 11% ano contra ano, para 28,1 milhões.
- Loures também destaca que, no trimestre, foram cumpridos importantes marcos com a parceria estratégica junto ao banco BV. “Em 1º de junho, foi realizada a assinatura do SPA (Shareholder Purchase Agreement) do Bankly, conduzindo a transação para aprovação do Bacen (Banco Central do Brasil) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a qual deve ser concluída em seis a doze meses”, observa o diretor.
- Com isso, os resultados de Bankly foram eliminados dos resultados consolidados do 2T23 do Méliuz e, para fins comparativos, dos demais períodos apresentados.
Eletrobras (ELET3): analistas recomendam compra e veem upside de 43%; ações sobem
- A Eletrobras (ELET3) apresentou resultados operacionais expressivos no segundo semestre (2T23), avalia a Genial Investimentos. Para os analistas, a companhia teve boas notícias sobre o processo de turnaround e melhora de eficiência.
- Segundo a Genial, um dos pontos favoráveis para os resultados foi a consolidação da Usina de Santo Antônio (SAESA), que segue trazendo números relevantes.
- Analistas também apontam como pontos importantes no 2T23 do Eletrobras o Programa de Demissão Voluntária lançado em julho de 2023 e reversões de provisões de R$ 1,6 bilhão, relacionadas à celebração de acordos judiciais aos empréstimos compulsórios. “Nesse trimestre, houve uma redução total de R$ 2,1 bilhões devido aos acordos celebrados e pagamentos efetuados no trimestre”, diz a equipe da Genial.
- Além disso, um destaque é a maior contratação da empresa no ACR/ACL, fazendo com que a empresa esteja com apenas 6% a 7% de sua capacidade descontratada para 2023-2024 a preços ainda interessantes.
- A Eletrobras está sendo negociada a um nível de preço que implica uma Taxa Interna de Retorno de 13% em termos reais, em comparação com uma taxa de 5,47% das NTN-Bs, e a apenas 0,6x Preço/Valor Patrimonial.
- “É um valor que achamos depreciado se pensarmos em uma empresa privada de Geração/Transmissão de Energia Elétrica (que negocia a até 3x P/VPA, como com a Engie (EGIE3)”, diz a Genial.
Totvs (TOTS3) lucra R$ 103,8 milhões no 2T23, recuo de 19,5% no ano
- A Totvs (TOTS3) encerrou o segundo trimestre de 2023 com lucro líquido ajustado de R$ 113,6 milhões. O montante representa alta anual de 2,9%, mas queda de 2% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O lucro recorrente foi de R$ 103,8 milhões, queda de 19,5% no ano.
- Já o Ebitda ajustado da Totvs subiu 11,7% quando comparado ao segundo trimestre de 2022, para R$ 256,2 milhões, com margem Ebitda ajustada de 22,6%, aumento de 110 pontos base na mesma base comparativa. Segundo a companhia, o resultado é reflexo, principalmente, da redução da Produção de Crédito de Techfin.
- A receita líquida consolidada da Totvs encerrou o trimestre acima de R$ 1,1 bilhão, crescimento superior a 17% frente ao mesmo período do ano anterior. A Totvs destaca o crescimento de 31% ano contra ano da Receita SaaS Gestão e da Receita de Business Performance, de +34%.
- “Mesmo com a forte redução da inflação, a receita líquida da dimensão cresceu 18% ano contra ano, puxada, principalmente, pelo crescimento de 19% da receita recorrente, demonstrando que os signings de novos clientes, somados ao cross e up-sell para clientes da base, seguem em bom ritmo”, afirma a empresa em release de resultados.
- A receita recorrente anualizada (ARR, na sigla em inglês) consolidado atingiu R$ 4,3 bilhões, 22,7% acima do valor reportado um ano antes. A adição líquida orgânica, por sua vez, foi de R$ 178,2 milhões, sendo a soma da adição líquida orgânica de ARR de Gestão e da Business Performance.
- Já a dívida bruta da empresa foi de R$ 2,1 bilhões no trimestre, aumento de 4,1% em comparação aos primeiro três meses de 2023, como consequência do aumento de 3,6% nas debêntures pela apropriação de juros no período e pelo aumento de 5,6% nas Obrigações Decorrentes de Aquisições Líquidas devido aos compromissos assumidos com a aquisição da Lexos e da Exact Sales.
- Por outro lado, o saldo de caixa e equivalentes encerrou o trimestre em R$ 2,9 bilhões, o que corresponde a aproximadamente 1,4 vez o saldo da dívida bruta.
Engie (EGIE3) tem salto de 85% no lucro; empresa anuncia dividendos de R$ 767,2 milhões
- A Engie (EGIE3) divulgou seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre de 2023 (2T23), mostrando um lucro líquido de R$ 733 milhões, um crescimento notável de 85,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A empresa elétrica compartilhou os números nesta terça-feira (8).
- Apesar desse expressivo crescimento no lucro líquido, o EBITDA ajustado da Engie – que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – apresentou um recuo de 5,2%, totalizando R$ 1,798 bilhão no 2T23.
- Por outro lado, a margem EBITDA ajustada mostrou uma trajetória ascendente, atingindo 68,9% entre abril e junho de 2023, representando um aumento de 5,6 pontos percentuais em relação à margem registrada no 2T22.
- A receita líquida da Engie no 2T23 totalizou R$ 2,610 bilhões no segundo trimestre deste ano, indicando uma diminuição de 12,9% na comparação com igual período de 2022.
- O retorno sobre o patrimônio (ROE) ajustado da EGIE3 também registrou avanço, alcançando 35,1% no 2T23, um aumento de 2,7 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período do ano anterior.
Gerdau (GGBR4) tem queda de 50% em seu lucro no 2T23, para R$ 2,1 bilhões
- A Gerdau (GGBR4) divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23), reportando um lucro líquido ajustado de R$ 2,1 bilhões.
- Em relação ao 2T22, o lucro da Gerdau atual foi 50,1% inferior. A empresa atribui esse resultado à forte base de comparação do período, que se soma à redução do consumo. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior (1T23), esse resultado é 10,3% menor.
- Também houve recuo de 33,3% no lucro líquido ajustado na comparação com o primeiro trimestre de 2023, informou a empresa no resultado financeiro divulgado nesta terça-feira. “Destaca-se a importância das ações tomadas pela companhia no sentido de eficiência operacional e redução de sua alavancagem ao longo dos últimos anos, o que contribui para uma geração importante de lucro líquido mantido em patamares elevados em comparação com a base histórica”, afirma a companhia.
- Conforme relatório de resultados da companhia, o resultado é explicado pela forte base de comparação com o segundo trimestre de 2022, que foi recorde para o período. “Mesmo com a redução apresentada, o resultado alcançado representa um dos melhores resultados para um 2º trimestre reportado pela companhia e ratifica a assertividade do modelo e estratégia de negócios da Gerdau por meio de uma maior flexibilidade e equilíbrio entre suas operações de negócios”, diz a empresa.
- A empresa do setor de siderurgia e mineração destacou as medidas que vem tomando para aumentar sua eficiência operacional, assim como diminuir sua alavancagem nos últimos anos.
- Segundo o balanço da Gerdau, essas medidas contribuem para “uma geração importante de lucro líquido mantido em patamares elevados em comparação com a base histórica”.
- O Ebitda ajustado da Gerdau, que representa o lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização da companhia, registrou uma baixa de 43,2% no segundo trimestre de 2023, quando comparado ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 3,79 bilhões.
- Enquanto isso, a margem Ebtida da Gerdau teve uma queda anual de 8,3 pontos percentuais, registrando 20,8% no 2T23.
- “Mesmo com a redução apresentada, o resultado alcançado representa um dos melhores resultados para um 2T23 reportado pela companhia e ratifica a assertividade do modelo e estratégia de negócios da Gerdau por meio de uma maior flexibilidade e equilíbrio entre suas operações de negócios”, explica o documento de resultados da Gerdau.
- A receita líquida da Gerdau foi de R$ 18,3 bilhões no 2T23, cerca de 3,2% abaixo do valor reportado no primeiro trimestre deste ano, e 20,5% menor que a do mesmo período de 2022, em razão da “forte base de comparação”.
- A receita líquida por tonelada foi de R$ 6.227 no segundo trimestre de 2023 que, em meio a permanência dos spreads na América Latina, trouxe números alinhados com o 1T23. A Gerdau também destacou a maior proporção maior de exportações nos volumes da operação Brasil.
- O resultado financeiro gerou uma despesa líquida de R$ 423 milhões no segundo trimestre de 2023, cerca de 17% mais elevada que no 2T22, que fora de R$ 361 milhões. Esse resultado teria sido impactado principalmente pelo efeito da variação cambial.
Itaú (ITUB4): analistas apontam qual foi o maior destaque no 2T23; ações caem
- As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) recuperaram as perdas registradas no início do pregão, mas voltaram a subir na tarde desta terça-feira (8), em um movimento de correção do papel e com analistas de mercado repercutindo o balanço do segundo trimestre da instituição, divulgado na véspera.
- No fechamento, as ações preferenciais do Itaú caíram 0,22%, cotadas a R$ 27,60. O Bradesco (BBDC4) subiu 0,46%, cotado a R$ 15,41. No lado oposto, as ações do Santander (SANB11) caíram 1,26%, a R$ 27,49. O Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,70%, a R$ 46,99.
- “Basicamente, no início do dia, tivemos um recuo e o papel chegou a cair mais um pouco mais de 2%, mas foi por causa de uma correção no mercado como um todo. Levando em consideração o balanço, ele foi dentro com o esperado, diferente dos outros pares privados Santander e Bradesco”, pontuou Gustavo Gomes, especialista de renda variável e sócio da Acqua Vero.
- Segundo Gomes, o que mais chamou a atenção neste segundo trimestre do Itaú foi o Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) de 21%, que ficou bastante em linha com o esperado pelo mercado. “Ou seja, o banco está conseguindo entregar uma margem bem interessante em relação aos pares, e o guidance para a carteira de crédito do segundo semestre de 2023 também foi reiterado, com margens bem interessantes e toda a parte de linha de crédito tendo uma alta”, acrescentou.
- Em relatório, os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura, do BTG Pactual, também destacaram o forte desempenho do ROE no período. Apesar de um segundo trimestre considerado fraco para o crescimento do crédito no setor, o Itaú conseguiu expandir sua carteira de empréstimos.
- No geral, segundo o banco de investimentos enxerga os resultados do Itaú como ‘neutros’ para a ação.
- “Taxas menores no ano devem ser compensadas por impostos mais baixos, o que significa nenhuma mudança relevante em nossa estimativa de lucro líquido de R$ 35 bilhões. Embora a administração ainda não tenha anunciado nada, acreditamos que dividendos mais altos virão no segundo semestre”, acrescentaram.
- O BTG Pactual tem recomendação de “compra” para as ações do Itaú, com preço-alvo a R$ 35,00.
- Em relatório, o analista Rafael Reis, do BB Investimentos, disse que o resultado do Itaú no segundo trimestre foi marcado por dinâmicas similares às dos trimestres anteriores, com carteira de crédito ainda equilibrando expansão e rentabilidade diante de um ciclo de desaceleração, com inadimplência sob controle.
- “Acreditamos que, dentro do setor bancário, o Itaú continua representando uma alocação em renda variável de risco mais reduzido, já que conta com uma entrega de qualidade, estando entre as maiores rentabilidades e eficiências do setor”, destacou Reis.
- O analista enxerga, ainda, um gatilho positivo vindo do cenário de queda de juros que se desenha, com a queda no custo de captação, incremento de resultado de tesouraria, maior atividade em mercado de capitais, além de melhoria na inadimplência passando a se manifestar de forma mais sólida no radar.
- O BB Investimentos tem recomendação de “compra” para as ações do Itaú, com preço-alvo a R$ 35,20, sendo uma das “top picks” para 2023.
Petrobras (PETR4) pode pagar até R$ 19,6 bi em dividendos extraordinários, projeta Goldman Sachs
- A Petrobras (PETR4) pode pagar o total de dividendos extraordinários avaliado em até US$ 4 bilhões (R$ 19,6 bi) no final deste ano, projetaram analistas do Goldman Sachs em relatório divulgado na segunda-feira (7), em linha com a nova política de proventos anunciada recentemente e comentários sobre a teleconferência de resultados do segundo trimestre.
- Segundo os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins, caso a Petrobras decida pagar 100% da geração de fluxo de caixa de financiamento (FCF) em 2023, haveria espaço para um anúncio de dividendo extraordinário no valor de aproximadamente US$ 4 bilhões, para um rendimento adicional de cerca de 5%.
- Em teleconferência de resultados do segundo trimestre, realizada na última sexta-feira (4), o diretor-financeiro da Petrobras, Sérgio Caetano Leite, disse que a atual política de dividendos da Petrobras prevê o pagamento de dividendos extraordinários, mas que a decisão vai depender da análise das finanças da companhia no curto, médio e longo prazo.
- Assim, segundo o Goldman, a medida levaria à disposição de quase US$ 24 bilhões (R$ 117,6 bi) em dividendos neste ano – divididos em torno de US$ 20 bilhões (R$ 98 bi), ou 23% de rendimento no cenário-base), enquanto o dividendo adicional de US$ 4 bilhões implicaria em mais um rendimento de 5%.
- Entre os motivos elencados para uma possível distribuição de dividendos da Petrobras, o Goldman destacou que a administração reconheceu a possibilidade de dividendos extraordinários e observou que o atual nível de endividamento da empresa é confortável e em linha com as expectativas do plano estratégico em vigor.
- Além disso, segundo o Goldman, o governo, acionista majoritário da Petrobras, tem procurado alternativas para aumentar as receitas da companhia.
- O Goldman Sachs tem recomendação de “compra” para as ações da Petrobras, com preço-alvo a US$ 18,30 para as ADRs.
Da Gerdau à Eletrobras, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.