Radar: Privatização da Eletrobras (ELET3), possível novo CEO da Petrobras (PETR4), Itaú (ITUB4) e Totvs (TOTS3) criam joint venture

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na segunda-feira (11), durante evento, que a privatização da Eletrobras (ELET3) está na reta final e deve ocorrer em “2, 3 ou 4 semanas”.

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Apesar de ainda depender do aval do Tribunal de Contas da União (TCU), Guedes disse que acreditar que o relator do processo, Aroldo Cedraz, deve entregar o relatório sobre a privatização da Eletrobras “o mais rápido possível”. “O TCU trabalhou conosco por 2 anos em todos os problemas que poderiam existir. Todo o futuro da energia brasileira depende disso”, completou o ministro.

O Tribunal de Contas da União (TCU) frustrou as expectativas do governo federal e publicou na sexta-feira (8), a pauta de julgamento desta semana sem constar a análise da segunda etapa da privatização da Eletrobras. O governo aguardava que a Corte de Contas concluísse o processo até a sessão da próxima quarta-feira, 13, para conseguir finalizar a venda da estatal em um mês, até o dia 13 de maio.

O ministro Aroldo Cedraz pode, se quiser, pedir a inclusão do processo de privatização da pauta a qualquer momento.

Entretanto, como informou na quinta-feira o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o ministro estará fora de Brasília nas próximas duas semanas. Segundo a pauta divulgada hoje, ele relatará somente três processos na próxima sessão.

Apesar de não estar na capital, pessoas próximas ao ministro afirmam que ele ainda pode relatar o processo virtualmente, já que as sessões do TCU ocorrem em modelo híbrido.

Por outro lado, uma ala da Corte acha difícil que isso ocorra, tendo em vista a magnitude do julgamento – considerado o mais importante do ano, até o momento, no Tribunal.

Além de Eletrobras, confira outros destaques desta terça-feira:

Petrobras (PETR4): Comitê recomenda aprovar José Mauro Coelho para a presidência da estatal

  • O Comitê de Pessoas da Petrobras (PETR4) considerou que José Mauro Ferreira Coelho preenche todos os requisitos para ocupar a presidência da empresa. Reunido ontem (11), o grupo avaliou que não há nada que impeça a eleição de Coelho na Assembleia Geral Ordinária da empresa, marcada para amanhã (13).
  • Depois de eleito, José Mauro Coelho ainda terá seu nome submetido ao Conselho de Administração da Petrobras, onde precisará ser aprovado.
  • Na reunião de ontem, o comitê também avaliou o nome de Eduardo Karrer para integrar o Conselho de Administração e considerou que ele preenche todos os requisitos para a função.
  • José Mauro Ferreira Coelho foi indicado para a presidência da Petrobras na última semana, depois que Adriano Pires, inicialmente nomeado para substituir Joaquim Luna e Silva, ter desistido do cargo.
  • Ex-oficial de Artilharia do Exército, ele já foi Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia. Atualmente preside o conselho de administração da estatal Pré-Sal Petróleo S.A. Também já ocupou a diretoria da Empresa de Pesquisa Energética e, ao longo de 15 anos, trabalhou na Agência Nacional do Petróleo.
  • Graduado em química industrial, José Mauro Ferreira Coelho é mestre em engenharia.
  • Ele foi indicado para a presidência da Petrobras na última semana, depois que Adriano Pires, inicialmente indicado para substituir Joaquim Luna e Silva, ter desistido do cargo. Depois de eleito nesta quarta-feira, Coelho ainda terá seu nome submetido ao Conselho de Administração da empresa, onde precisará ser aprovado.

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Porto Seguro (PSSA3) muda e vai se chamar apenas ‘Porto’; veja outros planos da empresa

  • Após quase oito décadas, a Porto Seguro (PSSA3) divulgou nesta terça-feira (12) que vai passar a se chamar apenas Porto. A mudança foi anunciada durante o evento para investidores da companhia, promovido de maneira virtual.
  • “Temos muita clareza da nossa proposta de valor, mas percebemos que falta sermos reconhecidos por essa pluralidade de soluções para clientes e para empresas”, disse o presidente do conselho de administração da companhia, Bruno Garfinkel. “A partir de hoje, a Porto Seguro é Porto.”
  • Em conjunto com o novo nome, outros negócios da empresa também vão ganhar uma marca própria, com estruturas individuais e maior capacidade de crescimento. Assim, a área de seguros será Porto Seguros; a de Saúde, Porto Saúde; e a de serviços financeiros, Porto Bank, de acordo com o presidente do Conselho.
  • “Hoje, com a marca e o apoio dos corretores, podemos sonhar sermos relevantes em saúde como somos em auto”, exemplificou Garfinkel.
  • Ele ressaltou que a transformação da empresa, de Porto Seguro para a holding Porto, começou em 2020, quando a companhia traçou a meta de dobrar sua base de clientes até 2025.

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Via (VIIA3) compra Já Vendeu, startup que cresceu 700% em 2021

  • A Via (VIIA3) comprou a Já Vendeu, startup de economia circular que faturou R$ 1,1 milhão no 1T22 – mais do que o total do ano anterior – e cresceu cerca de 700% no acumulado de 2021.
  • A aquisição da Via segue uma tendência do último biênio em que varejistas têm potencializado o seu braço de M&As, a exemplo das compras mais agressivas da concorrente Magalu (MGLU3), como a compra da KaBum.
  • Segundo o estudo Inside Retailtech Report, realizado pelo Distrito, as startups de varejo receberam mais de US$ 2,5 bilhões em investimentos no ano de 2021 – 263% de alta em relação ao ano de 2020.
  • A Já Vendeu nasceu na pandemia, em 2020, na cidade de São Carlos, interior de São Paulo. A companhia operacionaliza a venda de mercadorias usadas, buscando na casa dos clientes. Depois, fotografa, precifica, vende, entrega ao comprador e paga ao vendedor.
  • A empresa inaugurou, em 2021, seu primeiro centro de distribuição na cidade de São Paulo. Em 2021, a Já Vendeu recebeu um aporte de R$ 2,5 milhões de investidores.
  • O investimento marca uma imersão maior dos gestores de grandes empresas em startups e companhias digitais.
  • Para João Luiz Evangelista Barbosa, Strategic Planning and Open Innovation na Cia. Hering, “essa imersão dos gestores com startups e com esse ambiente facilita conversas internas de POCs, MVPs, sprints de testes, conceitos que antes eram desconhecidos para muitos internamente. Outro impacto positivo é a interação com startups que apresentam potencial de alavancar e acelerar os objetivos da companhia com produtos e processos que não estavam no plano estratégico prévio ao programa”.
  • A compra foi feita na Retail Scale, programa de aceleração para startups do varejo criado pela Darwin Startups e Distrito em parceria com Cia Hering (ex-HGTX3) e Via.
  • Além da Já Vendeu, o Retail Scale selecionou outros quatro negócios para serem acelerados: Idid Tecnologia, solução de pagamentos para e-commerce; Yapoli, solução para distribuição de ativos digitais; Hubii, marketplace-enabler; Manfing, desenvolvedora de Inteligência Artificial para o varejo; e Me Veste Brasil, focada em moda circular.
  • No programa, as empresas receberam R$ 1,5 milhão em investimentos. O processo começou em maio de 2021, com mais de 200 inscritas, e passou por quatro etapas de seleção.
  • “Acreditamos que este programa enriquece o processo da Via. Além dos resultados perseguidos pelos cinco projetos de viabilidade testados com as startups escolhidas, existe a possibilidade de êxito delas como investimentos de perfil venture. A aplicação dos aprendizados vai muito além da aceleração, é transformacional”, diz Helisson Lemos, Chief Innovation Officer e Marketplace na Via.
  • Lucas Navarro, CEO da Já Vendeu, afirma que essa é uma oportunidade única. “Estamos dando mais um passo na evolução da Já Vendeu. O programa oferece inúmeras possibilidades. Será um grande impulsionador para o crescimento das empresas participantes”, explica.

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Itaú (ITUB4) e Totvs (TOTS3) se juntam para criar joint venture; investimento vai até R$ 860 mi

  • A Totvs (TOTS3) informou nesta terça-feira (12) que o Conselho de Administração celebrou a criação de uma joint venture com o Itaú Unibanco (ITUB4), denominada Totvs Techfin.
  • O objetivo, de acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), é operar uma plataforma digital de serviços financeiros para pequenas e médias empresas (PMEs).
  • A integração ocorre de forma nativa aos sistemas de gestão da Totvs, o que facilita a contração e distribuição conforme a definição de uso inteligente de dados transacionais.
  • A companhia e o Itaú acordaram em 50% de participação na joint venture. Para fins de desenvolvimento das atividades, ambas as empresas vão contribuir com as respectivas expertises, além de seguir com as seguintes obrigações:
  • A Totvs deve contribuir com ativos da sua dimensão de negócios Techfin, incluindo a totalidade das ações do capital social votante da Supplier;
  • O Itaú será responsável por disponibilizar funding para as operações da joint venture, pelo prazo e nos volumes necessários, assim como;
  • A expertise financeira, contribuindo com o desenvolvimento de produtos financeiros da joint venture; e
  • Realizar um aporte primário de R$200 milhões no capital social da Techfin.
  • O Itaú também se comprometeu a pagar adicionalmente até R$ 860 milhões à Totvs pelas ações da joint venture, dos quais R$ 410 serão pagos à vista, na data do fechamento da transação.
  • E, os R$ 450 milhões restantes, no prazo de cinco anos, a título de preço complementar (earn-out), mediante o atingimento de metas alinhadas aos objetivos de crescimento e performance da Techfin.
  • A partir do fechamento, a nova joint venture será o único veículo de desenvolvimento e distribuição de serviços financeiros da Totvs, e poderá se beneficiar das integrações com os demais sistemas de gestão da companhia.
  • De acordo com a nota da Totvs, a joint venture foi criada baseada na estratégia de uma combinação inédita entre ambas as companhias, de forma que a visão é simplificar e democratizar o acesso a uma ampla oferta de produtos financeiros no mercado B2B.
  • “Essa combinação de esforços deverá beneficiar pequenas e médias empresas e toda a cadeia produtiva do país”, afirma a nota.
  • A equipe de Research da Ativa Investimentos acredita que o negócio será muito positivo para a Totvs, “dando maior substância ao segmento de Techfin, que tem grande potencial de crescimento, porém necessita de significativa expertise financeira, que poderá ser suprida pela parceria com o Itaú”, afirmam.
  • O fechamento da operação depende das aprovações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e do Banco Central (BC), assim como outros tipos de verificações empresariais.

Da Eletrobras ao Itaú, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Victória Anhesini

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