O presidente da Eletrobras (ELET3), Wilson Ferreira Júnior, disse nesta quinta-feira (29) que sua gestão estuda a venda de empresas em que o grupo tem participação, mas é minoritária.
O CEO da Eletrobras disse que sua gestão vai priorizar ativos em que a companhia é controladora. As declarações foram dadas em coletiva de imprensa.
“Vamos estudar possíveis vendas de SPEs (sociedades de propósito específico), nas quais somos minoritários. Queremos ativos onde temos controle. Não somos investidores financeiros”, disse o executivo.
A fala vem em linha com as expectativas do mercado em relação à nova gestão da Eletrobras sobre ganho de eficiência. Não significa necessariamente um enxugamento da empresa, uma vez que um dos eixos de ação anunciados é o estudo de “novas avenidas de crescimento”, via leilões ou fusões e aquisições.
Na rota do ganho de eficiência, disse Ferreira Jr., estão mudanças no tamanho do corpo de funcionários. Ele disse que, já em novembro, será apresentado um plano de demissão voluntária (PDV) negociado pelos dirigentes que o antecederam.
Esse programa, afirmou, será voltado a funcionários “aposentados e aposentáveis” e abrirá espaço para a contratação de colaboradores mais jovens.
Neoenergia (NEOE3) e Prumo vão desenvolver projeto de hidrogênio verde
- A Neoenergia (NEOE3) e a Prumo fecharam na última quarta-feira (28) um acordo para desenvolver um projeto de hidrogênio verde no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, aliado à instalação de um parque eólico offshore de 3 gigawatts (GW).
- As informações vieram diretamente da diretoria-executiva de Renováveis da Neoenergia, Laura Porto, durante apresentação na edição da Rio, Oil & Gas deste ano.
- O presidente da Prumo, Rogério Zampronha, afirma que a aliança com a Neoenergia segue outra, feita com a francesa EDF-Re, também para produção de hidrogênio verde por meio de energia eólica offshore.
- “Temos um projeto bastante ambicioso dentro da Prumo, de fazer do Porto do Açu um lugar onde toda a transição energética, ou revolução energética, como chamamos, vai acontecer, porque lá podemos instalar toda a cadeia de valor, desde equipamentos até a produção de itens para exportação”, disse Zampronha, ressaltando que além de ventos offshore competitivos, o Porto do Açu já tem toda a infraestrutura para suportar a produção de petróleo, o que vai ajudar a instalação do parque eólico.
- Segundo ele, a expectativa é de que o primeiro megawatt-hora (MWh) eólico offshore seja gerado no empreendimento até 2030.
- De acordo com a Laura Porto, da Neoenergia, a partir de agora serão estabelecidos marcos entre as duas empresas e os estudos ambientais deverão ser os primeiros a serem desenvolvidos.
Petrobras (PETR4): Venda de refinarias pode ser revista se próximo governo decidir
- O Termo de Compromisso de Cessação (TCC) assinado entre a Petrobras (PETR4) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no setor de refino pode ser revisto se o controlador da companhia, o governo brasileiro, quiser fazer alterações, informou o superintendente do órgão antitruste Felipe Mundim.
- Isso poderia ocorrer no caso da vitória do líder nas pesquisas para as eleições presidenciais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já manifestou interesse em rever os desinvestimentos da estatal, se eleito.
- “Nesse caso teria que ser votado pelo tribunal do Cade, mas se a outra parte identifica uma necessidade de alterar os termos do acordo, nós vamos renegociar, se necessário”, disse Mundim, após participar do último painel da 20ª edição da Rio, Oil & Gas, maior feira de petróleo e gás da América Latina realizada esta semana no Rio de Janeiro.
- Segundo Mundim, a Petrobras tem até o final deste ano para vender cinco de oito refinarias que fazem parte do TCC. Outras três, mais complexas, tem um prazo mais flexível, mas que não pode ser divulgado, segundo o executivo.
- “A publicidade do prazo pode afetar a relação da Petrobras na negociação com outros agentes, para preservar essa negociação não divulgamos esse prazo”, disse Mundim, referindo-se às unidades de Pernambuco (Renest), Paraná (Repar) e Rio Grande do Sul (Refap).
Não conte com grandes dividendos da Vivo (VIVT3) em 2023, diz BTG
- A Vivo (VIVT3) deve ter dificuldade em remunerar seus acionistas no curto prazo após a aquisição da Oi, afirmou o BTG Pactual nesta quinta-feira (29).
- Em relatório divulgado ao mercado, o banco manteve recomendação de compra, mas reduziu o preço-alvo das ações da Vivo de R$ 64 para R$ 50.
- Para calcular o novo preço-alvo da Vivo, o BTG está usando um custo de capital próprio (retorno mínimo que os sócios vão exigir de seu patrimônio investido na companhia) e um WACC (custo de capital utilizado em uma análise de retorno) mais altos, de 14,9% e 13,7%, respectivamente, para descontar os fluxos de caixa da empresa.
- Dividendos mais fracos em 2023
- Como lucros acumulados da Vivo foram quase 100% pagos, novos dividendos dependerão dos lucros nos próximos trimestres.
- Mas, segundo o BTG, a incorporação da Oi, a inflação e as taxas de juros em espiral fizeram com que os lucros da Vivo caíssem no primeiro semestre do ano, o que deve atrapalhar resultados no curto prazo.
- O pagamento anual de dividendos da Vivo deve ser de R$ 4,6 bilhões em 2022, R$ 3,5 bilhões em 2023 e R$ 5,1 bilhões em 2024.
- Uma alternativa possível para a Vivo continuar remunerando seus acionistas é uma redução de capital, utilizando parte dos R$ 64 bilhões disponíveis para isso.
- O BTG não descarta a operação, que deve ter aprovação da Anatel, de um conselho fiscal e dos acionistas convocados em uma assembleia geral.
- Entretanto, o banco não incorpora isso em seu modelo de precificação, por considerar que um movimento neste sentido em ainda em 2022 é improvável.
- Tim é pedra no sapado da Vivo
- O BTG vê a Vivo sendo negociada a um múltiplo EV/Ebitda (indicador que mostra quantos anos seriam necessários para que o lucro operacional da empresa quitasse todos os gastos gerados para comprá-la) de 4,2x no ano que vem.
- O número é atrativo, considerando a estimativa de 5,8x para a concorrência em 2023 — menos para a Tim, que opera a um múltiplo de 4,1x.
- A Tim também deve entregar um melhor rendimento de dividendos (dividend yield, ou DY) em 2023, de 7%, contra 5% da Vivo.
- “No médio/longo prazo, os dividendos da Vivo devem retornar aos altos níveis observados nos últimos anos”, conclui a casa.
Tombo da Apple (AAPL34) é questão de tempo, segundo o Itaú BBA; veja por quê
- O Itaú BBA acredita ser uma questão de tempo para as ações da Apple (AAPL34) começarem a performar abaixo do desempenho de mercado, conforme informou a instituição nesta quinta-feira (29) em relatório.
- Nas últimas semanas, notícias relacionadas à venda do mais novo modelo lançado pela Apple, o iPhone 14, turbinaram o desempenho das ações da companhia.
- A expectativa de que o modelo geraria fortes demandas fez com que a Apple abrisse vantagem de 7% contra outras gigantes de tecnologia desde o anúncio do lançamento do novo iPhone.
- Entretanto, uma única notícia negativa foi capaz de trazer pessimismo de volta ao papel.
- Com o anúncio de que a Apple teria desistido de aumentar a produção do novo iPhone, devido a uma revisão nas previsões de demanda, as ações da gigante sentiram o baque.
- De acordo com o Bloomberg, a produção do iPhone 14 deve totalizar cerca de 90 milhões de unidades, valor em linha com modelos anteriores e abaixo das expectativas da companhia.
- Na bolsa americana, as ações da Apple amargam queda de quase 5%, enquanto, na B3, os BDRs da companhia recuam cerca de 3,9%.
- “Embora o tempo vá dizer se acertamos ou não, continuamos firmes em nossa classificação de baixo desempenho no nome” afirmam os analistas do BBA.
Petrobras (PETR4): asfalto terá redução de 10,5% a partir de 1º de outubro
- A Petrobras (PETR4) anunciou nesta quinta (29) redução de 10,5% nos preços do asfalto em suas refinarias. É a terceira baixa seguida no preço do produto em dois meses.
- Os novos valores da Petrobras para o asfalto passam a valer a partir de 1º de outubro, na tabela de preços atualizada mensalmente.
- A estatal já havia reduzido os preços do asfalto em 6,4% este mês, após uma primeira queda de 4,5% em agosto. O movimento, disse a Petrobras em nota, “acompanha a evolução do mercado”.
- Como de praxe em anúncios de reajustes de produtos refinados, a Petrobras informou que seu o método de precificação “busca o equilíbrio com o mercado e acompanha as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo, mas sem repassar a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbio”.
- A companhia reiterou que, no próximo dia 1º de outubro, vai ajustar também os preços de querosene de qviação (QAV) e da gasolina de aviação (GAV), com reduções de 0,84% e 5,9 % respectivamente. Esses ajustes de preços de QAV e GAV são mensais e definidos por meio de fórmula contratual negociada com as distribuidoras.
Track & Field (TFCO4) pagará R$ 8,65 milhões em JCP; veja valor por ação
- A Track & Field (TFCO4) comunicou nesta quinta-feira (29) que vai pagar R$ 8,65 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas.
- O valor dos proventos por ação será de R$ 0,005 por ação ordinária e R$ 0,055 por ação preferencial, que serão pagos em 30 de março de 2023.
- Apenas os investidores com ações da Track & Field no dia 05 de outubro terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 06 de outubro, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
- O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,04 por ação.
- JCP da Track & Field
- Valor total: R$ 8.650.000,00
- Valor por ação: R$ 0,005530863872 (TFCO3) e R$ 0,055308638718 (TFCO4)
- Data de corte: 05 de outubro
- Data do pagamento: 30 de março de 2023
- Rendimento (dividend yield): 1,04%